A importância da inclusão social nas escolas

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)

Falar sobre inclusão social nas escolas é essencial. Isso vale tanto no ambiente de ensino, quanto em outros âmbitos da vida.

Além de ajudar no desenvolvimento de uma pessoa com deficiência, também torna os estudantes, pais e professores mais conscientes.

O objetivo de difundir esse debate escolar é permitir que estudantes com algum tipo de necessidade, seja física ou intelectual, frequentem o mesmo espaço que todos os estudantes.

Vale dizer que, antigamente, as escolas não admitiam a inserção de crianças com deficiência. Nesse caso, pediam que os responsáveis buscassem um local especializado.

Hoje, com o avanço das leis de inclusão e das práticas pedagógicas, após diversos fóruns para discussão, isso mudou. Esses estudantes começaram a ser aceitos nas instituições convencionais.

Logo, passam a ter as mesmas oportunidades de aprendizado que todos os estudantes.

Se você quer um aprofundamento sobre esse tema, basta continuar a leitura.

A importância da inclusão social nas escolas

Foto de uma mulher loira sentada no chão com uma garota com Síndrome de Down, as duas brincam com peças de madeira em formato de animais.

A educação é um direito de todos, por isso é importante que as escolas estejam preparadas para acolher estudantes com necessidades especiais.

A inclusão nas escolas não é apenas uma ideologia, mas um direito civil.

No artigo 26º da Declaração Universal dos Direitos Humanos está que “toda pessoa tem direito à educação”.

Dessa forma, buscar essa condição igualitária é um papel fundamental para o desenvolvimento psicoemocional dos estudantes com necessidades especiais.

Além disso, a legislação, LDBEN 9394/96, propõe que toda criança possa socializar, ampliar sua inteligência emocional e desenvolver suas capacidades por meio da inclusão social nas escolas.

Então, esse acesso à escola não promove apenas o desenvolvimento pessoal, mas é uma ferramenta poderosa no aprimoramento dos relacionamentos interpessoais.

Afinal, nas instituições de ensino, o jovem tem contato com realidades e pessoas diversas, indo além da própria família.

Com isso, a inclusão traz benefícios não apenas para os estudantes com necessidades especiais, mas para todos os discentes que convivem com ele.

Assim, o grupo aprende na prática a respeitar as diferenças – um fator fundamental para conviver em sociedade.
Melhorias na estrutura nas escolas

Além do crescimento pessoal de cada estudante, a própria escola começa a ser um ambiente mais plural.

Por isso, é preciso incentivar a inclusão de espaços acessíveis, como elevadores, rampas e banheiros adaptados. Além de um material de apoio que explore os outros sentidos, por exemplo, atividades manuais ou exercícios em áudio.

Fora isso, os gestores, docentes e demais colaboradores também devem estar prontos para dar todo o suporte na recepção desse estudante.

Com isso, entra a questão de uma qualificação específica para a equipe escolar, para que tenham formação adequada no ensino de estudantes PcD.

Entretanto, é importante lembrar que esse estudante também deve receber as recomendações no cotidiano escolar.

Todas essas mudanças são gradativas e não se espera que uma escola sem essa estrutura mude de uma hora para outra. No entanto, levantar esse tema já é o primeiro passo para ter um ambiente que acolha a todos os estudantes, seja qual for sua necessidade.

Incentivo para o desenvolvimento da autonomia

Foto de um garoto com paralisia cerebral na escola, sentado e sorrindo brincando com um objeto educativo de madeira.

A inclusão social na escola ajuda no desenvolvimento da criança com necessidades especiais, o que leva a uma possível maior autonomia para ela no dia a dia.

Toda essa mudança estrutural para trazer inclusão reflete não apenas na oferta dos conteúdos programáticos. Na verdade, a profundidade de um ambiente inclusivo está na oportunidade de autonomia desses discentes.

Fora isso, um estudante que conviveu com um colega que tenha alguma dificuldade, percebe o quanto é importante o acesso para todos na sociedade.

A simples presença do estudante PcD em sala de aula é uma lição de cidadania e de responsabilidade social.

Ainda é uma forma de mostrar para o estudante com deficiência o direito da igualdade, portanto, sentir mais autonomia é crucial para a autoestima fortalecida desse jovem. Logo, apesar dos obstáculos, ele percebe que pode estudar e ter um ótimo desenvolvimento em todas as áreas.

Os temas de diversidade e respeito são fundamentais na construção de cidadãos que entendem a democracia.

Portanto, melhoram sua inteligência emocional com competências como empatia, colaboração e paciência.

A inclusão, em si, é uma medida educativa que ensina a toda a comunidade.
Acompanhamento escolar

A instituição de ensino deve acompanhar a saúde de seus estudantes de perto.

Para isso, pode começar solicitando aos responsáveis um documento que comprove a situação da criança a partir de um laudo em detalhes.

Com essas informações técnicas é possível realizar um planejamento escolar para ter um ambiente acolhedor para esses estudantes.

Ainda é recomendável manter o contato com os médicos, enfermeiros e profissionais da saúde que atendem o estudante.

Isso é ainda mais relevante quando for um caso novo e que a equipe pedagógica ainda não entenda. Dessa forma, o objetivo é unir forças e o entendimento de todos os envolvidos para trazer ótimos resultados e ofertar uma verdadeira comunidade de apoio.

O apoio pedagógico para a criança

Para o auxílio de estudantes com necessidades específicas, é importante contar com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) com a utilização da sala de recursos ou sala de apoio pedagógico.

Sendo assim, tanto a escola deve estar preparada com materiais e estrutura de acesso, quanto seus professores e coordenadores devem ter treinamento adequado, além de ferramentas didáticas aperfeiçoadas.

O estudante PcD continuará frequentando as aulas normalmente, mas pode contar com esse espaço para reforço de seu aprendizado. Nesse local, é interessante ter materiais de suporte e professores capacitados para o desenvolvimento dessas crianças e jovens.

Outro ponto benéfico para todo o corpo de estudantes é a presença de um psicólogo escolar. Vale destacar que esse profissional não substitui um psicólogo clínico, mas oferece suporte dentro do contexto de ensino-aprendizagem.

Educação contra o bullying

A foto de uma sala de aula, com estudantes e professora em volta de uma mesa e há um garoto em uma cadeira de rodas, representando a inclusão social na escola.

A inclusão social na escola traz para a realidade dos estudantes mais diversidade, o que ajuda no preparo para o convívio com as diferenças.

Não se pode falar em ambiente escolar saudável e não tocar na questão do bullying – essa realidade não deve ser ignorada.

Com isso, é preciso entender que muitas crianças não contam com um preparo para conviver com as diferenças e podem ferir emocionalmente seus colegas.

Até mesmo um comentário feito em tom de brincadeira tem o poder de trazer grande impacto para quem recebe.

Por isso, a educação realmente inclusiva, não apenas permite que o estudante com deficiência frequente a sala de aula regular, como também prepara todos os estudantes para receber e respeitar a criança.

Isso pode ser feito com atividades em classe, semanas especiais, campeonatos internos ou práticas que ajudem a ver a diferença como algo valioso que constrói a individualidade e singularidade.

Quanto mais esse tema é apresentado para a classe, maiores são as chances de evitar que casos de agressões emocionais ocorram na escola. Esse trabalho não é imediato e é uma prática diária, mas que deve ser mantida.

Presença ativa dos pais

Ainda que seja um desafio, também é recomendado envolver os pais na temática da inclusão social nas escolas.

Afinal, o preconceito pode ser reproduzido por gerações e o trabalho em todas as esferas ajuda a cortar as raízes do bullying.

Os responsáveis das crianças, independente de sua condição, também devem estar próximos ao ambiente escolar.

A relação familiar precisa ser informada aos educadores para entender o contexto que essa criança leva para a sala de aula.

Assim, é interessante até mesmo relatar desafios e pequenas conquistas para os pais. Esses assuntos podem parecer triviais sem um olhar cuidadoso, mas são de total importância na vida do estudante PcD e de sua família.

A equipe pedagógica pode avaliar ainda se a comunicação com esses responsáveis deve ocorrer com mais frequência. Ou seja, não apenas durante a reunião escolar de rotina.

O mais importante é ofertar as melhores condições para receber e manter essas crianças no ambiente escolar.

Concluindo, um fato é que todos ganham com a inclusão social nas escolas.

Como se trata de um aprendizado conjunto, todo o processo é enriquecedor para os estudantes, professores, funcionários e gestores.

O que você achou deste conteúdo? Se você gostou, deixe seu comentário contando a sua experiência e as dificuldades com a inclusão na sua escola.

Edição: CLEOddomira Soares dos Santos
Fonte:Tagged With: escola inclusiva, inclusão na escola, inclusão social na escola