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Fundador do GRUPO SEM LIMITE, que trabalha com a Inclusão Social das Pessoas com Deficiências, através da Arte, Cultura, Esporte, Entretenimento, Socialização, etc, a todo tipo de deficiência. Tem como obejtivo incluir as pessoas na sociedade, acabando com o preconceito e a descriminação ainda existentes na sociedade, e trazendo de volta a sua auto-estima e a vontade de viver novamente. Hoje o GRUPO SEM LIMITE, conta com atividades ON LINE, para as pessoas acamadas, e que tenham alguma dificuldade de sair de casa. Tambem conta com uma RADIO WEB da Inclusaão Socia. Acesse www.radiogr100limites.com.br Sobre mim, GILSON DE SOUZ DANIEL, tenho 65 anos, sou paraplégico há 11 anos, acidente automobilistico, sou divorciado, tenho dois filhos, sou contador aposentado e moro em Cascavel Pr, há 53 anos. Limitação não é falta de capacidade!!! Faendo seu Caminho mais FELIZ, Construindo o FUTURO. Contato WatSapp (45)9 9988 9333 Email [email protected] Endereço Sede Rua Treze de Maio, nr 1222 - Sala 102 - Ed Daniel Bairro Centro 85.812-190 Cascavel Pr Endreço local atividades Saão paroquial Santa Luzia Bairro Cascavel Velho Rua Suissa, nr 90 Junte-se a nós.. "Nada sobre nós....sem nós""""

Guia completo para Vagas PCD 2023 | 2024

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Promover vagas PCD ajuda na evolução social em diversos aspectos.

Contudo, para conseguir executar o processo de forma eficiente, é crucial entender como ele funciona. Então, se esse é o seu objetivo, conheça mais sobre o tema.

O que são vagas PCD?

As vagas PCD são chances de emprego para as pessoas com deficiência. Desse modo, elas englobam condições físicas, cognitivas e intelectuais que fogem do chamado padrão social.

Quem está apto a preenchê-las?

Os indivíduos que possuem deficiência física, sensorial, cognitiva ou intelectual são elegíveis às vagas. Mas, em alguns casos, elas podem analisar alguns fatores específicos, por exemplo:

gravidade da deficiência;
capacidade de realizar as funções;
o tipo de deficiência.

Algumas empresas buscam por perfis específicos, porque ainda não possuem o suporte adequado para abraçar a todos. Contudo, muitas já estão investindo para mudar esse quadro.

Guia completo para Vagas PCD 2023 | 2024É dever do time de RH analisar para ver se as vagas PCD são claras e objetivas.

Qual é a importância das vagas PCD para à sociedade?

As vagas PCD incentivam a inclusão e a igualdade social. Além disso, elas mostram para o mundo que as pessoas com deficiência possuem habilidades para preencher qualquer tipo de cargo e assim, ter uma vida comum.

Outro ponto é que elas ajudam a melhorar a economia do mundo.

Isso porque, quando há emprego para todos os grupos, isso significa que mais impostos serão pagos, o que ajuda a fluir dinheiro.

O trabalho tendo como base a diversidade faz com que o mundo fique mais tolerante e reflexivo.

Logo, será mais fácil quebrar barreiras antigas, como o capacitismo, que não faz jus à realidade.

Essa é uma ação que reflete de forma positiva na vida de todos.

Desse modo, muitas empresas estão adotando práticas para incluir cada vez mais este grupo de forma segura, justa e eficiente.

A importância das pessoas com deficiência nas empresas

As vagas para as pessoas com deficiência fazem com que seu negócio tenha acesso a talentos valiosos.

Isso porque, há vários indivíduos que são brilhantes, mas, ainda não tiveram a chance de mostrar isso para o mundo.
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Além disso, elas são benéficas por:

melhorar a imagem da empresa;
atrair novos clientes;
estimular a produtividade;
tornar o mercado de trabalho mais acessível.

Perspectivas diversas podem ajudar a encontrar soluções com mais eficiência. Desse modo, abrir essas vagas faz com que você consiga ter pessoas com visões novas que estimulem a criatividade de todo o time.

O que a lei fala sobre as vagas PCD?

A Lei Federal n.º 8.213/1991 e n.º 9.508/2018 definem que as vagas PCD são obrigatórias e devem ser promovidas de forma adequada. Mas, de forma específica, ela determina que:

empresas com 100 ou mais funcionários devem destinar parte das vagas ao grupo;
todas as instalações devem ser seguras e confortáveis;
não pode existir discriminação ou preconceito nos processos seletivos;
as empresas devem fornecer capacitação.

Existem diversos órgãos do governo como Ministério da Economia, cujo foco é fiscalizar o processo de inclusão.

Desse modo, se o seu negócio renuncia a esse aspecto, ele pode responder a processos civis e penais.

A lei brasileira está em constante evolução. Portanto, é crucial sempre revê-la para ter certeza que o seu negócio está cumprindo com todos os requisitos estabelecidos.

Mas, vale citar que devido aos benefícios, o ideal é sempre ir além da obrigação.

Guia completo para Vagas PCD 2023 | 2024É crucial que todo seu time saiba o que dita a lei sobre as Vagas PCD.

Como oferecer vagas PCD em 2023 | 2024?

Para oferecer vagas PCD em 2023 l 2024 com eficiência, o primeiro passo é ter um alto compromisso de liderança. Então, é dever dela estabelecer metas e criar projetos que abracem esse público. Além disso, é crucial:

analisar a política de diversidade e inclusão;
perceber as barreiras;
treinar de forma regular a equipe de RH;
adequar a cultura da empresa;
cumprir as cotas determinadas por lei;
promover a acessibilidade;
solicitar feedbacks das pessoas com deficiência que fazem parte do time;
incentivar a cultura inclusiva;
divulgar as vagas de forma eficiente;
criar comitê de diversidade e inclusão;
avaliar os resultados.

Ao seguir todos os pontos citados, você vai conseguir criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e saudável. Desse modo, estará contribuindo para construir uma sociedade melhor e em paralelo, uma empresa mais diversa em talentos.

As pessoas se sentem melhor em locais onde elas são acolhidas. Portanto, essa é uma ação que vai melhorar o bem-estar de todo o time.

Inclusive, para melhorar ainda mais esse aspecto, vale a pena investir em dinâmicas em grupo.
Dinâmicas em grupo

Ao realizar atividades em grupo, você dá a chance dos seus colegas se enturmarem.

Além disso, com elas, é possível recolher boas ideias, sensibilizar, relaxar e divertir o time. Ou seja, é algo que vai trazer bons resultados a curto, médio e longo prazo.

Como divulgar as vagas para pessoas com deficiência de forma eficiente?

Para divulgar as vagas para pessoas com deficiência de forma eficiente, você deve investir em plataformas online adaptadas. Isso porque, por serem especializadas, elas vão atrair candidatos interessados com mais facilidade.

Caso isso seja esteja em prática, o próximo passo será:

usar as redes sociais;
fazer divulgação interna;
participar de feiras e eventos físicos e online;
treinar o time de RH online.

É muito vantajoso realizar o processo seletivo de forma online.

Afinal, com isso, você vai conseguir atingir mais talentos, promover a sua marca, economizar recursos e incentivar ainda mais a equidade.

Forme parcerias

Há diversos sites e ONGs que têm acesso a pessoas com deficiência capacitadas para o mercado de trabalho. Desse modo, forme parcerias com eles para conseguir encontrar bons talentos de forma fácil e precisa.

Ao realizar todas as dicas citadas, o seu negócio estará cumprindo os requisitos legais e contribuindo para a diversidade e inclusão. Ou seja, estará ajudando a construir um mundo melhor para as presentes e futuras gerações.

Edição:Gilson de Souza DANIEL
Fonte:Igual/Internet

Guia geral dos direitos trabalhistas 2023 para pessoas com deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Direitos trabalhistas 2023 são as leis e regras que asseguram os direitos e deveres das pessoas e empresas em uma relação de trabalho.

Por isso, conheça todos os detalhes que estão em vigor no ano de 2023 e veja quais são os direitos das pessoas com deficiência.

O que são os direitos trabalhistas 2023?

Os direitos trabalhistas 2023 são um conjunto de leis que regem as condições e garantias mínimas para os trabalhadores no Brasil. Nesse sentido, são criados para:

proteger os direitos das pessoas;
garantir um trabalho seguro e digno;
promover relações de trabalho justas.

Esses direitos também regem o salário mínimo, isto é, o valor mínimo que uma empresa deve pagar a alguém por hora ou mês.

Além disso, também cria uma jornada de trabalho, que serve para evitar abusos e garantir que as pessoas tenham tempo adequado para descanso e lazer.

Portanto, isso inclui limites para horas extras e descanso todas as semanas, em diversos padrões de jornadas.
Outros direitos assegurados

No Brasil e em outros países, os direitos também exigem um período de férias às pessoas sem reduzir em nada o seu salário. Ainda assim, no caso do Brasil, a pessoa também recebe 30% a mais do valor do seu salário mensal durante esse período.

Direitos a licenças

Os trabalhadores têm o direito de se afastar do trabalho por motivos de saúde, o que inclui licença médica por doença ou acidente. Da mesma forma, as mães e pais, em geral, têm direito a licença maternidade também remunerada.

Vale destacar que as pessoas com deficiência devem ter, de forma legal, o acesso a esses mesmos direitos, com mais alguns destaques que servem para promover a equidade de chances, seja nas empresas ou em locais de ensino, por exemplo.
Guia geral dos direitos trabalhistas 2023 para pessoas com deficiênciaAs pessoas com deficiência tem os mesmos direitos trabalhistas 2023 e devem ter acesso a todas as chances que os demais colaboradores de uma empresa.

Quais são os direitos trabalhistas 2023 para as pessoas com deficiência?

Os direitos trabalhistas 2023 para as pessoas com deficiência são regidos por diversas leis e regras que visam promover a equidade no mercado de trabalho. Desse modo, visa garantir condições justas e dignas de emprego para todos.

Cotas nas empresas

De acordo com a Lei de Cotas (Lei n.º 8.213/1991), empresas com 100 ou mais funcionários são obrigadas a preencher um certo número de seus cargos com pessoas com deficiência.

Nesse sentido, a porcentagem varia conforme o tamanho da empresa, em geral, vai de 2% a 5% do total de funcionários na empresa, por exemplo.

Adaptações no local de trabalho

As pessoas com deficiência têm o direito de receber treinamento e capacitação para cumprir suas funções no trabalho de maneira eficaz. Dessa forma, isso ajuda a garantir que estejam prontas para as vagas disponíveis e para crescer no ambiente interno da empresa.

Estabilidade no emprego

Por lei, as empresas não podem demitir as pessoas com deficiência sem justa causa durante o período de cinco anos após a obtenção do BPC ou aposentadoria por invalidez.

Benefícios sociais

Pessoas com deficiência têm direito aos mesmos benefícios sociais, como seguro-desemprego e FGTS, que os demais trabalhadores.

Além disso, elas podem ter direito a horários de trabalho flexíveis ou outras medidas de ajustes razoáveis que facilitem a sua atuação no mercado de trabalho.

O salário-família é um benefício pago ao trabalhador de baixa renda com filhos menores de 14 anos ou de qualquer idade, desde que possua algum tipo de limitação.

Por isso, pessoas com deficiência que se enquadram nessa categoria podem receber o salário-família para ajudar nas despesas com seus filhos.

Guia geral dos direitos trabalhistas 2023 para pessoas com deficiênciaOs direitos trabalhistas 2023 oferecem alguns benefícios aos trabalhadores com deficiência.

Quais são os benefícios da previdência nos direitos trabalhistas 2023?

Entre os direitos trabalhistas 2023 na previdência, continua em vigor a aposentadoria especial para pessoas com deficiência. Contudo, existem outros mais, como você pode ver mais adiante.

Aposentadoria por invalidez

Pessoas que, devido à sua condição, não têm capacidade de continuar no trabalho, têm direito à aposentadoria por invalidez.

Mas, para se qualificar, é preciso passar por uma perícia médica que ateste a incapacidade total e permanente para o trabalho. Isso porque, essa aposentadoria é vitalícia e paga enquanto durar a invalidez.

As pessoas com deficiência também tem acesso aos mesmos direitos que outros trabalhadores, sem levar em conta a sua condição ou capacidade.

Por que conhecer os direitos trabalhistas 2023?

Conhecer os direitos trabalhistas 2023 é crucial por várias razões, como se proteger de possíveis abusos, por exemplo. Além disso, existem mais motivos, como:

proteção dos trabalhadores;
justiça e igualdade;
cumprir as leis.

As empresas que respeitam os direitos têm maior chance também de atrair e reter talentos únicos para seu quadro de pessoal. Isso porque, as pessoas dão mais valor a empresas que mostram compromisso com o bem-estar e o tratamento justo entre todos.
Bem-estar pessoal

Conhecer seus direitos ajuda as pessoas a alcançarem um maior bem-estar pessoal. Contudo, isso inclui não apenas questões financeiras, mas também o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal na promoção da saúde mental no trabalho.

O acesso aos direitos também ajuda a prevenir conflitos no local de trabalho. Afinal, quando ambas as partes entendem seus deveres e direitos, as chances de mal-entendidos e disputas diminuem.
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Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte:Igual/Internet

A Deficiência e os Vários Tipos Existentes

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Qual o significado da palavra “deficiência”?

Segundo a Organização Mundial de Saúde, deficiência é o substantivo atribuído a toda a perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatómica. Refere-se, portanto, à biologia do ser humano.

Quem pode ser considerado deficiente?]

A expressão “pessoa com deficiência” pode ser atribuída a pessoas portadoras de qualquer tipo(s) de deficiência. Porém, em termos legais, esta mesma expressão é aplicada de um modo mais restrito e refere-se a pessoas que se encontram sob o amparo de determinada legislação.

É designado “deficiente” todo aquele que tem um ou mais problemas de funcionamento ou falta de parte anatómica, embargando com isto dificuldades a vários níveis: de locomoção, percepção, pensamento ou relação social.

Até bem recentemente, o termo “deficiente” era vulgarmente aplicado a pessoas portadoras de deficiência(s). Porém, esta expressão embarga consigo uma forte carga negativa depreciativa da pessoa, pelo que foi, ao longo dos anos, cada vez mais rejeitada pelos especialistas da área e, em especial, pelos próprios portadores.

Actualmente, a palavra é considerada comoinadequada e estimuladora do preconceito a respeito do valor integral da pessoa. Deste modo, a substitui-la surge a expressão: “pessoa especial”.

Quais os vários tipos de deficiência?

A pessoa especial pode ser portadora de deficiência única ou de deficiência múltipla (associação de uma ou mais deficiências). As várias deficiências podem agrupar-se em quatro conjuntos distintos, sendo eles:

Deficiência visual
Deficiência motora
Deficiência mental
Deficiência auditiva
Paralisia cerebral

Deficiência Visual
Visão
A visão é um dos sentidos que nos ajuda a compreender o mundo à nossa volta, ao mesmo tempo que nos dá significado para os objectos, conceitos e ideias.
A comunicação por meio de imagens e elementos visuais relacionados é denominada “comunicação visual”. Os humanos empregam-na desde o amanhecer dos tempos. Na realidade, ela é predadora de todas as linguagens escritas.

Deficiência Visual
Deficiência visual é a perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos, com carácter definitivo, não sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico.
De entre os deficientes visuais, podemos ainda distinguir os portadores de cegueira e os de visão subnormal.

Causas da Deficiência Visual
• Congénitas: amaurose congénita de Leber, malformações oculares, glaucoma congénito, catarata congénita.
• Adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.

Como identificar?
• Desvio de um dos olhos;
• Não seguimento visual de objectos;
• Não reconhecimento visual de pessoas ou objectos;
• Baixo aproveitamento escolar;
• Atraso de desenvolvimento.

Sinais de alerta
• Olhos vermelhos, inflamados ou lacrimejantes;
• Pálpebras inchadas ou com pus nas pestanas;
• Esfregar os olhos com frequência;
• Fechar ou tapar um dos olhos, sacode a cabeça ou estende-a para a frente;
• Segura os objectos muito perto dos olhos;
• Inclina a cabeça para a frente ou para trás, pisca ou semicerra os olhos para ver os objectos que estão longe ou perto;
• Quando deixa cair objectos pequenos, precisa de tactear para os encontrar;
• Cansa-se facilmente ou distrai-se ao aplicar a vista muito tempo.

Consequências da Baixa Visão
Percepção Turva
• Os contrastes são poucos perceptíveis;
• As distâncias são mal apreciadas;
• Existe uma má percepção do relevo;
• As cores são atenuadas.

Escotoma Central e Visão Periférica
• Funciona apenas a retina periférica, que não é tão
discriminativa, pelo que pode ser necessária a ampliação
da letra para efeitos de leitura;
• É em geral impeditiva das actividades realizadas com proximidade dos restantes elementos ,bem como da leitura;
• Apresenta acuidade visual baixa (cerca de 1/10).

Visão Tubular
• A retina central funciona, podendo a acuidade visual ser normal;
• A visão nocturna é reduzida, pois depende funcionalmente da retina periférica;
• Podendo não limitar a leitura, é muito limitativa das actividades de autonomia.

Patologias que conduzem à baixa visão
Atrofia do Nervo Óptico:
• Degenerescência das fibras do nervo óptico. Se for total, não há percepção luminosa.

Alta miopia:
• Baseia-se num defeito de refracção elevado (> a 6 dioptrias), que frequentemente é hereditário, associado a outros aspectos degenerativos. O risco do deslocamento da retina é elevado, nesse caso, devem ser tomadas precauções necessárias.

Cataratas Congénitas:
• Perda de transparência do cristalino, originando perturbações na diminuição da acuidade visual. A visão periférica também está normalmente afectada, daí existir uma grande dependência na funcionalidade e na autonomia.

Degeneração macular:
• Situa-se, na zona central da retina, mácula, e constitui uma das causas mais frequentes de dependência visual ligada à idade. Outras patologias surgem em escalões etários mais jovens (ex.: queimadura da mácula – eclipse solar). A visão periférica não sofre alterações pelo que não há problemas na mobilidade. A visão central é afectada por escotomas que podem progredir.

Glaucoma:
• É uma patologia do olho em que a pressão intra-ocular é elevada por produção excessiva ou deficiência na drenagem do humor aquoso.
• O glaucoma agudo é mais raro, doloroso e normalmente implica intervenção cirúrgica no seu tratamento.

Outras Retinopatias
• Degenerescência da retina que poder ser hereditária ou não. Envolve perda de visão e consequentes problemas na mobilidade, ficando a pessoa com visão tubular.

Síndroma USHER
• Associa a retinopatia pigmentar à patologia auditiva, afectando simultaneamente a visão e a audição.

Doença de Stargardt
• Consiste em diversos escotomas do centro para a periferia da retina, mantendo-se quase sempre um ilhéu central de visão.

O aluno deficiente visual…

Características da Criança Deficiente Visual
– A criança deficiente visual é aquela que difere da média, a tal ponto que irá necessitar de professores especializados, adaptações curriculares e ou materiais adicionais de ensino, para ajudá-la a atingir um nível de desenvolvimento proporcional às suas capacidades;
•Os alunos com deficiência visual não constituem um grupo homogéneo;
• Os portadores de deficiência visual apresentam uma variação de perdas que se poderão manifestar em diferentes graus de acuidade visual;

Adaptações educacionais para os Deficientes Visuais
• A educação da criança deficiente visual pode se processar por meio de programas diferentes, desenvolvidos em classes especiais ou na classe comum, recebendo apoio do professor especializado;
• As crianças necessitam de uma boa educação geral, somada a um tipo de educação compatível com seus requisitos especiais, fazendo ou não, uso de materiais ou equipamentos de apoio.
• A educação do deficiente visual necessita de professores especializados nesta área, métodos e técnicas específicas de trabalho, instalações e equipamentos especiais, bem como algumas adaptações ou adições curriculares;
• A tendência actual da educação especial é manter na escola comum o maior número possível de crianças com necessidades educativas especiais;
• Cabe à sociedade a responsabilidade de prover os auxílios necessários para que a criança se capacite e possa integrar-se no grupo social.

Princípios da Educação do Deficiente Visual
• Individualização
• Concretização
• Ensino Unificado
• Estímulo Adicional
• Auto-Actividade

Estimulação dos sentidos:
• Estimulação visual
• Estimulação do tacto
• Estimulação auditiva
• Estimulação do olfacto e do paladar

Estimulação visual
• Motivar a criança a alcançar, tocar, manipular e reconhecer o objecto;
• Ensinar a “olhar” para o rosto de quem fala;
• Ajustar uma área onde a criança possa brincar em segurança e onde os objectos estejam ao alcance dos seus braços;
• O educador pode usar fita-cola de diferentes cores para contrastarem com os objectos da criança, de modo a torná-los mais visíveis.

Estimulação do tacto
• Descriminar diferentes texturas;
• Experimentar materiais com formas e feitios com contornos nítidos e cores vivas;
• Distinguir a temperatura dos líquidos e sólidos;
• Mostrar como pode manipular o objecto.

Estimulação auditiva
• Ouvir barulhos ambientais, gravadores, rádios…;
• Identificar sons simples;
• Distinguir timbres e volumes dos sons;
• Discriminar a diferença entre duas frases quase iguais;
• Desenvolver a memória auditiva selectiva.

Estimulação do olfacto e do paladar
• Provar e cheirar diferentes comidas (salgadas, doces e amargas);
• Cheirar vinagre, perfumes, detergentes, sabonetes e outros líquidos com cheiros fortes.

Programa pré-escolar
Quando em idade pré-escolar, a criança deficiente visual necessita que se dê importância à “rapidez,” para que atinja o mesmo nível que os colegas normo-visuais.
Para tal é particularmente importante que ela desenvolva :
• capacidades motoras ;
• capacidades da linguagem;
• capacidades discriminativas e perceptivas .

Entrada para a escola
À entrada para a escola a Criança D.V. deve:
• Compreender o seu corpo;
• Ter a lateralidade desenvolvida;
• Estar desenvolvido no Tacto;
• Estar desenvolvido auditivamente

Reabilitação
A Reabilitação é essencial no processo de inserção na sociedade, dado que a redução ou a privação da capacidade de ver traz consequências para a vida do indivíduo, tanto no nível pessoal como no funcional, colocando-o, na maioria das vezes, à margem do processo social, segurança psicológica e nas habilidades básicas;

Sala de recursos
• Estas salas podem estabelecer uma alternativa de qualidade se tivermos em conta determinadas características, tais como:
• necessidade de um apoio individualizado;
• necessidade de um currículo com objectivos funcionais;
• ambientes estruturados e securizantes;
• equipamentos e materiais específicos;
• problemas de saúde graves;
• necessidade de gestão de tempos específicos.

Currículo escolar e a deficiência visual
• Os programas educativos direccionados para os deficientes visuais devem ir ao encontro das mesmas áreas e actividades que se encontram nos programas regulares(sendo feitas adaptações consoante as necessidades e dificuldades dos alunos).

O reforço pedagógico e a coordenação Técnico – Docente
• Ajuste do tempo ao seu ritmo de trabalho;
• Planificação de Actividades;
• Adaptação do Processo de Avaliação.

Orientação e movimentação da Criança com D.V. no espaço
• Processo prolongado e sequenciado que deve começar o mais cedo possível.
– As técnicas mais utilizadas são:
• Guia normovisual;
• Uso da bengala;
• Cão Guia;
• Etc.

A aprendizagem da criança com deficiência visual
• A capacidade de aprendizagem de uma criança não está directamente relacionada com o seu grau de visão;
• Depende do momento em que a criança perdeu a visão.

Adaptação do Espaço
• Serão necessárias adaptações no espaço se a dificuldade de visão for acrescida de outras;
– Conhecer o ambiente escolar;
– Na sala de aula é necessário:
• Comunicação Oral;
• Condições de iluminação;
• Organização do espaço e dos materiais;
• Estratégias e recursos.

Avaliação Clínica
– A Equipa deve ser constituída por:
• Professor do Ensino regular;
• Serviços Especializados de A.E.;
• Oftalmologista;
• Ortoptista;
• Técnico de Reabilitação;
• Psicólogo;
• Técnico de Serviço Social;

Avaliação funcional
• Consiste em avaliar os aspectos funcionais da visão e as suas implicações educacionais;
• Ocorre em contextos naturais e implica recolha de elementos relativos à forma como a pessoa utiliza a sua visão em ambientes com condições diferentes;

Avaliação
• A avaliação deve ter em conta:
– Idade do início das dificuldades visuais;
– Modo de progressão da perda de visão- lento ou abrupto;
– Causa dessas dificuldades – sistémica (ex. diabetes), ou confinada ao olho;
– Se a patologia é hereditária, congénita, ou adquirida (antes dos 5 anos ou após este período);
– Se o prognóstico é estacionário ou evolutivo.

• A avaliação para ser eficaz deve:
– Utilizar formas de comunicação que a criança/jovem compreenda;
– Incluir objectos e materiais familiares interessantes;
– Apresentar esses materiais e objectos de forma contextualizada, baseada numa aprendizagem significativa e estruturada;
– Organizar e provocar situações de aprendizagem estruturada mediante a utilização de objectos e materiais, apresentados em contextos naturais.

Deficiência Motora

O que é a deficiência motora?
Deficiência motora é uma disfunção física ou motora, a qual poderá ser de carácter congénito ou adquirido.
Desta forma, esta disfunção irá afectar o indivíduo, no que diz respeito à mobilidade. À coordenação motora ou à fala. Este tipo de deficiência pode decorrer de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas e ainda de mal formação.

Quem pode ser considerado deficiente motor?
Considera-se deficiente motor todo o indivíduo que seja portador de deficiência motora, de carácter permanente, ao nível dos membros superiores ou inferiores, de grau igual ou superior a 60% (avaliada pela Tabela Nacional de Incapacidades, aprovada pelo decreto de lei nº 341/93, 30 de Setembro).
Para além disso, para ser titular deste nome, é necessário que essa deficiência dificulte, comprovadamente, a locomoção na via pública sem auxílio de outrem ou recurso a meios de compensação, bem como o acesso ou utilização dos transportes públicos.

Quem pode ser considerado portador de multideficiência profunda?
É considerado portador de multideficiência profunda todo aquele que tenha uma deficiência motora de carácter permanente, ao nível dos membros inferiores ou superiores, de grau igual ou superior a 60%, e contenha, cumulativamente, deficiência sensorial, intelectual ou visual de carácter permanente, daí resultando um grau de desvalorização superior a 90% e que, deste modo, esteja comprovadamente de conduzir veículos automóveis.

Como pode ser comprovada a deficiência? As declarações de incapacidade das deficiências motora ou multideficiência podem ser emitidas por:
•Juntas médicas, nomeadas pelo Ministro da Saúde nos casos de pessoa com deficiências civis;
•Direcções dos serviços competentes de cada um dos ramos das Forças Armadas;
•Comandos-Gerais da Guarda Nacional Republicana e da Policia de Segurança Pública.

Quais as causas da deficiência motora?
São vários os motivos que podemos encontrar na base da deficiência motora, destacando-se as seguintes:
• Acidentes de trânsito;
• Acidentes de trabalho;
• Erros médicos;
• Problemas durante o parto;
• Violência;
• Desnutrição
• Etc.

Quais os vários tipos de deficiência motora?
•Monoplegia
•Hemiplegia
•Paraplegia
•Tetraplegia
•Amputação

Distinção entre os vários tipos:
•monoplegia: paralisia em um membro do corpo;
• hemiplegia: paralisia na metade do corpo;
• paraplegia: paralisia da cintura para baixo;
• tetraplegia: paralisia do pescoço para baixo;
• amputado: falta de um membro do corpo.

Medidas preventivas:
• Maior consciencialização por parte das mulheres acerca da necessidade de fazer acompanhamento médico pré-natal;
• Existirem mais pessoas treinadas no resgate de vitimas de acidentes de transito;
• Consciencialização dos riscos da hipertensão e da diabetes;

O aluno portador de deficiência motora e a escola…
Dentro da sala de aula:
• Deverão ocupar um lugar relativamente próximo do professor
• Aqueles que necessitem de usar cadeira de rodas, devem ter mesas adaptadas, mais alta do que a dos colegas
• A incontinência é um dos obstáculos mais desagradáveis, o professor deverá estar a par do problema e explicar aos outros alunos a situação.
• Deverá portanto ter em atenção os horário de evacuação da criança para que não surjam situações embaraçosas

O papel do professor:
• Especialização por parte do professor;
• Pesquisa intensiva;
• Inter-ajuda entre pais e professores;
• Ajudar na relação entre os alunos;
• Esclarecimento do problema do aluno;
• Estimular o aluno;

“Lutar pelos direitos dos deficientes é uma forma de superar as nossas próprias deficiências” J.F.Kennedy

A escola é muito importante para qualquer criança, tendo mais importância ainda, para uma criança portadora de necessidades especiais. É na escola que aos poucos a criança adquire confiança em si mesma.

Comportamentos que devemos evitar e que devemos promover nos alunos com deficiência motora
• Devemos promover o máximo de independência no âmbito das capacidades e limitações do aluno, mas atendendo sempre às necessidades inerentes a cada caso de deficiência, pois cada caso é um caso e deve-se encontrar sempre uma solução específica adequada.
• Não se deve fazer de conta que estas pessoas não existem, pois se o fizermos vamos estar a ignorar uma característica muito importante dessa pessoa e, se não a virmos da forma como ela é, não nos estaremos a relacionar com a pessoa “verdadeira”, mas sim com outra pessoa que foi inventada por nós próprios.
• Quando se conversa com um aluno em cadeira de rodas, devemo-nos lembrar sempre que, para eles é extremamente incómodo conversar com a cabeça levantada, sendo por isso melhor sentarmo-nos ao seu nível, para que o aluno se possa sentir mais confortável.
• Sempre que haja muita gente em corredores, bares, restaurantes, shopings etc e estivermos a ajudar um colega em cadeira de rodas, devemos avançar a cadeira com prudência, pois a pessoa poder-se-á sentir incomodada, se magoar outras pessoas.
• As maiores barreiras não são arquitectónicas, mas sim a falta de informação e os preconceitos.

Deficiência Mental
Inteligência…
Definição de inteligência: “capacidade para aprender, capacidade para pensar abstractamente, capacidade de adaptação a novas situações” e “conjunto de processos como memória, categorização, aprendizagem e solução de problemas, capacidade linguística ou de comunicação, conhecimento social…”(Sainz e Mayor).

Deficiência Mental
Conceito:
Deficiência mental é a designação que caracteriza os problemas que ocorrem no cérebro e levam a um baixo rendimento, mas que não afectam outras regiões ou áreas cerebrais.

Quem pode ser considerado deficiente mental?
Deficiente mental são “todas as pessoas que tenham um QI abaixo de 70 e cujos sintomas tenham aparecido antes dos dezoito anos considera-se que têm deficiência mental.” – Paula Romana.
Segundo a vertente pedagógica, o deficiente mental será o indivíduo que tem uma maior ou menor dificuldade em seguir o processo regular de aprendizagem e que por isso tem necessidades educativas especiais, ou seja, necessita de apoios e adaptações curriculares que lhe permitam seguir o processo regular de ensino.

Graus de deficiência mental
Embora existam diferentes correntes para determinar o grau de deficiência mental, são as técnicas psicométricas que mais se impõem, utilizando o QI para a classificação desse grau.
O conceito de QI foi introduzido por Stern e é o resultado da multiplicação por cem do quociente obtido pela divisão da IM (idade mental) pela IC (idade cronológica).Segundo a OMS, a deficiência
divide-se:
– Profunda:
• Grandes problemas sensorio-motores e de comunicação,bem como de comunicação com o meio;
• São dependentes dos outros em quase todas as funções e actividades, pois os seus handicaps físicos e intelectuais são gravíssimos;
• Excepcionalmente terão autonomia para se deslocar e responder a treinos simples de auto-ajuda.

– Grave/severa:
• Necessitam de protecção e ajuda, pois o seu nível de autonomia é muito pobre;
• Apresentam muitos problemas psicomotores;
• A sua linguagem verbal é muito deficitária – comunicação primária;
• Podem ser treinados em algumas actividades de vida diária básicas e em aprendizagens pré-tecnológicas simples;

– Moderado/média:
• São capazes de adquirir hábitos de autonomia pessoal e social;
• Podem aprender a comunicar pela linguagem oral, mas apresentam dificuldades na expressão e compreensão oral;
• Apresentam um desenvolvimento motor aceitável e têm possibilidade para adquirir alguns conhecimentos pré-tecnológicos básicos que lhes permitam realizar algum trabalho;
• Dificilmente chegam a dominar as técnicas de leitura, escrita e cálculo;

– Leve/ligeira:
• São educáveis;
• Podem chegar a realizar tarefas mais complexas;
• A sua aprendizagem é mais lenta, mas podem permanecer em classes comuns embora precisem de um acompanhamento especial;
• Podem desenvolver aprendizagens sociais e de comunicação e têm capacidade para se adaptar e integrar no mundo laboral;
• Apresentam atraso mínimo nas áreas perceptivas e motoras;
• Geralmente não apresentam problemas de adaptação ao ambiente familiar e social.

Etiologia/Causas e factores de risco
É importante alertar que, muitas vezes, apesar da utilização de recursos sofisticados na realização do diagnóstico, não se chega a definir com clareza a causa de deficiência mental.

Factores Genéticos
Estes factores actuam antes da gestação; a origem da deficiência está já determinada pelos genes ou herança genética. São factores ou causas de tipo endógeno (actuam no interior do próprio ser).
Existem dois tipos de causas genéticas:
• Geneopatias – alterações genéticas que produzem metabolopatias ou alterações de metabolismo;
• Cromossomopatias – que são síndromes devidos a anomalias ou alterações nos cromossomas.

Factores Extrínsecos
Factores extrínsecos são factores pré-natais, isto é, que actuam antes do nascimento do ser.
Podemos, então, constatar os seguintes problemas:
• Desnutrição materna;
• Má assistência à gestante;
• Doenças infecciosas;
• Intoxicações;
• Perturbações psiquícas;
• Infecções;
• Fetopatias; (actuam a partir do 3º mês de gestação)
• Embriopatias (actuam durante os 3 primeiros meses de gestação)
• Genéticos.
• etc

Factores Perinatais e neonatais
Factores Perinatais ou Neonatais são aqueles que actuam durante o nascimento ou no recém-nascido.
Neste caso, podemos constatar os seguintes problemas:
• Metabolopatias;
• Infecções;
• Incompatibilidade RH entre mãe e recém nascido.
• Má assistência e traumas de parto;
• Hipóxia ou anóxia;
• Prematuridade e baixo peso;
• Icterícia grave do recém nascido (incompatibilidade RH/ABO).

Factores Pós-Natais
Factores pós-natais são factores que actuam após o parto.
Observamos, assim, os seguintes problemas:
• Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global:
• Infecções;
• convulsões;
• Anoxia (paragem cardíaca, asfixia…)
• Intoxicações exógenas (envenenamento);
• Acidentes;
• Infestações.

Intervenção Pedagócica
No desenvolvimento de um indivíduo deficiente mental, deparamo-nos com várias dificuldades, sendo elas:
• Psicomotoras;
• Sensoriais;
• Nas relações sociais;
• De autonomia;
• De linguagem.

No momento de planificar qualquer intervenção educativa, devemos pensar nessas dificuldades e, consoante as possibilidades e limitações de cada indivíduo, estabelecer o programa mais adaptado.

Além de conhecer o estado geral do seu desenvolvimento e as dificuldades específicas apresentadas, deveremos atender também às capacidades de aprendizagem de cada um, para evitar que os objectivos educativos não sejam nem demasiado exigentes, a ponto de o aluno não poder atingi-los, nem tão simples, que não favoreçam ao máximo o desenvolvimento das suas potencialidades.
•Em primeiro lugar, a criança deficiente tem dificuldade em estruturar as suas experiências.
A aquisição de capacidades perceptivo-motoras não terá a mesma significação que têm para a maioria dos indivíduos da sociedade a que pertencem.

• É difícil comunicar com estas crianças porque, por um lado, teremos de entrar no seu mundo de objectos e representações e, por outro, no mundo das pessoas normais existe um campo de experiências que estão fora do alcance da criança deficiente.

Esta dificuldade para estabelecer comunicação faz com que o tipo de educação que lhes damos, deva basear-se numa série de estratégias que permitam educar a percepção, motricidade e linguagem e que consistirão no treino da capacidade para efectuar as diferenciações e as estruturações necessárias para que as aprendizagens escolares possam revestir-se de significado para a criança e possam chegar a ser objectos, ou seja, possam fazer parte não apenas do seu meio ambiente mas também do seu próprio meio.

• A criança deficiente mental não possui determinados meios para poder afirmar-se como pessoa e, por conseguinte, está sujeita a não ser respeitada e a ser tratada, por vezes, como um objecto. Para isso, contribui uma série de factores que passaremos a referir: os pais não devem deixar que a criança não faça nada, pois isso prejudica o desenvolvimento da sua autonomia pessoal; outro aspecto em que é preciso ajudar o deficiente mental é na integração do seu esquema corporal, pois se não conseguir compreender os termos que simbolizam as relações espaciais, não poderá compreender os sistemas convencionais que regulam a vida social e viverá à margem desta e muitas ocasiões.
• A atitude perante o deficiente mental deve ser sempre de aceitação da sua pessoa tal como é; esta atitude deveria ser adoptada por toda a sociedade, mas muito especialmente por pais e educadores.

A educação…
A educação em casa
O período educativo, em que as crianças estão permanentemente em contacto com os pais ou em creches ou amas, corresponde às primeiras etapas da sua vida, é da maior importância no seu desenvolvimento.
É importante que estes recebam apoio e orientações necessárias sobre as possibilidades de desenvolvimento da criança, para que assim, possam favorecê-las desde o princípio:
• o meio ambiente tem uma enorme influência na aprendizagem, através da estimulação directa ou indirecta que é dada à criança;
• os primeiros anos da infância são o período mais favorável para a estimulação, visto corresponderem à fase da vida em que o desenvolvimento psicofísico é mais acelerado;
• tudo o que a educação pode oferecer à criança nestas idades requer menor esforço educativo do que nas idades posteriores.

A educação precoce deverá fomentar todos os aspectos do desenvolvimento, como:
• Motricidade;
• Percepção;
• Linguagem;
• Socialização;
• Afectividade.

A Educação Pré-escolar
Antes da integração da pessoa deficiente mental na escola, é necessário ter em conta os seguintes parâmetros:
• Actuação pedagógica orientada:
• Estimulação e motivação para a aprendizagem e para actividades relacionais;
• Educação sensoriomotora e psicomotora;
• Treino de autonomia e hábitos de higiene;
• Educação rítmica;
• Iniciação à comunicação social;
• Educação verbal elementar.

A Educação na Escola
A educação no período escolar deve investir no desenvolvimento de todas as potencialidades da criança deficiente, com o objectivo de a preparar para enfrentar sozinha o mundo em que tem de viver.
Neste sentido, devem ser favorecidas todas as actividades que a ajudem a adquirir as capacidades necessárias para se desenvolver como ser humano:
• Sociabilização;
• Independência;
• Destreza;
• Domínio do corpo;
• Capacidade perceptiva;
• Capacidade de representação mental;
• Linguagem:
• Afectividade

Deficiência Auditiva
A audição…
A audição, tal como os restantes sentidos, é muito importante para o nosso desenvolvimento como indivíduo, como parte da sociedade.
Já antes do nosso nascimento, a audição é o primeiro sentido a ser apurado, através do diálogo da mãe com o seu bebé, dos novos sons, do conhecimento do mundo que nos rodeia.

É através desta que comunicamos com o mundo e este se comunica connosco, desenvolvendo assim a nossa identidade, os nossos sentimentos, a compreensão do mundo que está à nossa volta, os vínculos sociais, as interacções intra e inter – pessoais e, não esquecendo, o modo como manifestamos os nossos anseios e necessidades.

Definição de Deficiencia Auditiva
A deficiência auditiva, trivialmente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, isto é, um indivíduo que apresente um problema auditivo.

É considerado surdo todo o individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.
A deficiência auditiva é uma das deficiências contempladas e integradas nas necessidades educativas especiais (n.e.e.); necessidades pelas quais a Escola tanto proclama.

Qual a diferença entre surdez e deficiência auditiva?
Por vezes, as pessoas confundem surdez com deficiência auditiva. Porém, estas duas noções não devem ser encaradas como sinónimos.
A surdez, sendo de origem congénita, é quando se nasce surdo, isto é, não se tem a capacidade de ouvir nenhum som. Por consequência, surge uma série de dificuldades na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da comunicação.
Por sua vez, a deficiência auditiva é um défice adquirido, ou seja, é quando se nasce com uma audição perfeita e que, devido a lesões ou doenças, a perde. Nestas situações, na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a se comunicar oralmente. Porém, ao adquirir esta deficiência, vai ter de aprender a comunicar de outra forma.
Em certos casos, pode-se recorrer ao uso de aparelhos auditivos ou a intervenções cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a fim de minimizar ou corrigir o problema.

Tipos de deficiência auditiva
• Deficiência Auditiva Condutiva
• Deficiência Auditiva Sensório-Neural
• Deficiência Auditiva Mista
• Deficiência Auditiva Central / Disfunção Auditiva Central / Surdez Central
Deficiência Auditiva Condutiva

A perda de audição condutiva afecta, na maior parte das vezes, todas as frequências do som. Contudo, por outro lado, não se verifica uma perda de audição severa.
Este tipo de perda de capacidade auditiva pode ser causada por doenças ou obstruções existentes no ouvido externo ou no ouvido interno. A surdez condutiva pode ter origem numa lesão da caixa do tímpano ou do ouvido médio.
É vulgar nos adultos a perda de audição condutiva, devido ao depósito de cerúmen (cera) no canal auditivo externo. Nas crianças, a otite média, uma inflamação do ouvido médio, é a causa mais comum de perda de audição condutiva.

Deficiência Auditiva

Sensório-Neural
A perda de audição neurossensorial resulta de danos provocados pelas células sensoriais auditivas ou no nervo auditivo. Este tipo de perda pode dever-se a um problema hereditário num cromossoma, assim como, pode ser causado por lesões provocadas durante o nascimento ou por lesões provocadas no feto em desenvolvimento, tal como acontece quando uma grávida contrai rubéola.
A sujeição a ruídos excessivos e persistentes aumenta a pressão numa parte do ouvido interno – o labirinto – e pode resultar numa perda de audição neurossensorial. Essa perda pode variar entre ligeira e profunda. Nestes casos, o recurso à amplificação do som pode não solucionar o problema, uma vez que é possível que se verifique distorção do som.

Deficiência Auditiva Mista
Na deficiência auditiva mista verifica-se, conjuntamente, uma lesão do aparelho de transmissão e de recepção, ou seja, quer a transmissão mecânica das vibrações sonoras, quer a sua transformação em percepção estão afectadas/perturbadas.
Esta deficiência ocorre quando há alteração na condução do som até ao órgão terminal sensorial ou do nervo auditivo. A surdez mista ocorre quando há ambas as perdas auditivas: condutivas e neurossensoriais.

Deficiência Auditiva Central / Disfunção Auditiva Central / Surdez Central
A deficiência auditiva Central, Disfunção Auditiva Central ou Surdez Central não é, necessariamente, acompanhada de uma diminuição da sensibilidade auditiva. Contudo manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na percepção e compreensão das quaisquer informações sonoras. Este tipo de deficiência é determinado por uma alteração nas vias centrais da audição. Tal, decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral, ou seja, no Sistema Nervoso Central.

Classificação BIAP
(Bureau International d’Audiophonologic)
Graus de surdez:
– Leve – entre 20 e 40 dB
– Média – entre 40 e 70 dB
– Severa – entre 70 e 90 dB
– Profunda – mais de 90 dB
• 1º Grau: 90 dB
• 2º Grau: entre 90 e 100 dB
• 3º Grau: mais de 100 dB

Como minimizar o problema da deficiência auditiva?
Os progressos tecnológicos dos últimos tempos têm sido pontos bastante rentáveis para as pessoas que apresentam falhas auditivas.
Porém, quanto mais cedo se iniciar o tratamento para estes indivíduos, também melhor serão os resultados, uma vez que quanto mais cedo se iniciar a estimulação do cérebro, melhor será o seu desenvolvimento.
Para minimizar o problema da deficiência auditiva, as pessoas podem recorrer a dois métodos:
• método oralista
• método gestualista
Ou ainda…
•Prótese auditivas
• Equipamentos autónomos de amplificação por frequência modulada

Método Oralista e Método Gestualista
Existem dois métodos fundamentais para melhorar um tratamento na pessoa deficiente auditiva:
• O método oralista, que somente se baseia na aquisição de linguagem oral, sem intervenção de gestos estruturados.
• O método gestualista que, para além de um ensino de linguagem oral, ainda apresenta um sistema estruturado de gestos. Este último baseia-se na defesa da linguagem gestual.

Próteses auditivas e outros equipamentos
Ainda que, por muito cedo a pessoa portadora de deficiência auditiva comece a usar próteses auditivas, estas vão intervir com o seu auto-reconhecimento, com a sua imagem pessoal, afastando-a simbolicamente da comunidade surda, ainda que a língua gestual possa ser a sua língua materna. As próteses auditivas, por serem aparelhos visíveis e facilmente detectáveis à observação directa, farão com que o indivíduo tenha de se adaptar a esta nova realidade, para assim se integrar de uma melhor forma na sociedade.
Contudo, nem sempre isto é conseguido, uma vez que a maior parte das pessoas rejeitam estes aparelhos.
As próteses auditivas são aparelhos que servem para ampliar o som. Contudo, é através do uso e do treino auditivo especializado que se vão conseguindo alcançar alguns resultados.
Toda esta tecnologia que tem vindo a ser falada ao longo dos tempos, tem, gradualmente, vindo a ajudar as pessoas deficientes auditivas, permitindo-nos também dispor de alguns aparelhos de amplificação de sons são bastante úteis.

Existem ainda os equipamentos autónomos de amplificação por frequência modulada, que transmitem o sinal sonoro mediante ondas de alta-frequência.
Estes equipamentos evitam interferências, reduzem o ruído ambiente e eliminam o problema de distância entre interlocutores.
Para o treino da terapia da fala existem amplificadores de bandas de frequência mais especializados, que possuem filtros de frequência que deixam passar somente as frequências que a terapeuta quer trabalhar no momento. Ainda para os surdos mais profundos, pode aplicar-se a tecnologia de tratamento electrónico de sons, traduzindo-os em vibrações, que se percebem pelo tacto.
A nível informático é onde se denotam as principais evoluções para o desenvolvimento da aprendizagem de um surdo. Os computadores estão suficientemente preparados e avançados, de tal forma que estes possuem uma grande capacidade de motivação para os alunos. A comunicação é bidireccional e cada computador pode adaptar-se ao ritmo de trabalho de cada aluno. A correcção dos exercícios é imediata e possui ainda um grande poder de simulação de fenómenos físicos.
O diagnóstico que inicialmente se faz à pessoa deficiente auditiva vai depender muito de alguns factores, tais como: o grau de surdez, o momento em que aparece e em que é detectada a deficiência e até mesmo do próprio indivíduo.
Em alguns casos, o grau de surdez é tão profundo que temos que recorrer a implantes cocleares, com resultados muito prometedores. Os implantes cocleares são aparelhos auditivos com um componente interno introduzido no ouvido interno (através de uma operação) e de um outro, externo, semelhante a uma prótese auricular, ligada a um processador. A colocação desta prótese faz-se através de uma intervenção cirúrgica.
O resultado deste implante é positivo, visto a qualidade do tom de voz melhorar, a fala torna-se mais rítmica, há uma melhor habilidade de produzir fonemas e uma melhor frequência das verbalizações. As pessoas apresentam, ainda, melhor atenção e concentração, mais interesse a falar, fazem menos barulho em casa e conseguem identificar sons ambientais.
Ao contrário do que é pensado por muitas pessoas, nunca se deve falar alto na presença destas pessoas, pois de nada vai adiantar. O docente deverá falar pausada e distintamente, para que o indivíduo compreenda o que está a ser dito. Não nos devemos esquecer que estas pessoas utilizam muitas vezes a leitura labial. Portanto, enquanto está a falar, deverá posicionar-se sempre à sua frente.

O Deficiente auditivo e a Sociedade…
Durante muitos anos, os indivíduos portadores de deficiências eram considerados pela sociedade como sendo aberrações da natureza. Estes eram consequentemente associados à imagem do diabo e a actos de feitiçaria por serem diferentes dos restantes membros da sociedade.
As perseguições, os julgamentos e até mesmo as mortes foram, na Idade Média, a forma “mais eficaz” de resolver estes problemas.
As pessoas com deficiências auditivas não fugiram à regra, sendo vítimas de muitas destas perseguições, uma vez que eram vistas como pessoas diferentes e, portanto, incompreensíveis aos olhos de quem as rodeava.
Porém, a partir do séc. XX, os portadores de deficiências passam a ser vistos como cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade, mas sob uma óptica assistencial e caritativa.
A primeira directriz política dessa nova visão aparece em 1948 com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Todo ser humano tem direito à educação.”
A partir de então, vários foram os progressos que se fizeram nesse mesmo sentido, até que nos encontramos, actualmente, perante uma mentalidade muito mais aberta, justa, …

Todas as deficiências:
Sendo portador de uma deficiência, posso participar em actividades culturais, desportivas ou recreativas?
Sim, uma vez que são actividades a que todos têm direito e constituem uma necessidade como meio de ocupação qualificada de tempos livres, de aumento dos níveis de integração social e de reabilitação.

Quais os desportos que um deficiente pode praticar?
Qualquer desporto ou modalidade desportiva pode ser praticado(a) por qualquer pessoa portadora de deficiência(s), seja qual for a deficiência.
Poderá escolher qualquer modalidade desde que se sinta com capacidade para a praticar, ainda que com o apoio de uma ajuda técnica ou de um dispositivo de compensação.

Paralisia Cerebral

Definição:

A Paralisia Cerebral é uma doença do foro neurológico que afeta as funções básicas do ser humano (fala, postura, movimento).

Existem vários tipos de Paralisia Cerebral: espástica (em que o movimento é difícil); atetósica (o movimento é descontrolado e involuntário); atáxica (o equilíbrio e a sensibilidade profunda são anormais); mista (uma combinação de vários tipos).

Causas / Sintomas e Sinais:

A Paralisia Cerebral é provocada por uma lesão no cérebro e no sistema nervoso ocorrida antes do nascimento; durante o parto ou depois do nascimento (pouco depois do nascimento).

Os sintomas variam consoante a área de extensão da lesão, podendo incluir: tiques; perturbação da marcha; espasmos; convulsões e fraco tónus muscular.

Para além da motricidade, a Paralisia Cerebral também pode afectar a visão, a audição, a inteligência e a fala.

Diagnóstico:

A necessidade de um diagnóstico precoce prende-se com o facto de dar início à terapia o mais cedo possível.

A Paralisia Cerebral pode manifestar-se logo à nascença ou mais tarde. Em caso de suspeita deve-se consultar um neurologista pediátrico a fim de determinar a extensão e localização da lesão cerebral, de forma a colocar de parte outras doenças.

Tratamento médico:

O tratamento deve envolver uma equipa de profissionais ao nível da saúde: Fisioterapeutas; Terapeutas da Fala e Terapeutas Ocupacionais; um Psicólogo; um Ortopedista e um Neurologista.

A Paralisia Cerebral não tem cura, o objectivo do tratamento médico é ajudar a criança a conseguir uma maior independência possível.

Alguns exemplos:

as convulsões podem ser controladas por medicamentos;

o tratamento ortopédico pode incluir talas, canadianas e aparelhos diversos que possam evitar contracturas e outras deformações dos braços e pernas;

a cirurgia ortopédica pode ser também uma opção cortando músculos e tendões contraídos (permitindo a sua distensão) ou unindo determinados ossos (de modo a estabilizar as articulações).

Este tipo de cirurgias pode permitir à criança um melhor equilíbrio e andar.

Ensino-Aprendizagem:

O Processo Ensino-Aprendizagem deve ser organizado e estruturado de forma a privilegiar o desenvolvimento geral da criança ou jovem com Paralisia Cerebral.

Deve existir uma equipa de profissionais que trabalhem no sentido de suprimir as dificuldades da criança ou jovem.

A criança/jovem com paralisia cerebral deve beneficiar de áreas que possibilitem e auxiliem o seu desenvolvimento, tais como:

– Terapia da Fala – Para elevar a capacidade de expressão oral e de comunicação.

– Terapia Ocupacional – De forma a desenvolver aptidões úteis que lhes permitam desempenhar tarefas de rotina.

– Psicomotricidade – Para melhorar a adaptação ao mundo exterior, através do domínio do equilíbrio; controle da inibição voluntária e da responsabilidade; consciência do corpo; eficácia das diversas coordenações globais e segmentárias; organização do esquema corporal; orientação espacial; etc.

– Apoio Psicológico – Para acompanhar a criança/jovem durante o Processo Ensino-Aprendizagem ao nível psicológico.

– Fisioterapia – Através da utilização do exercício e técnicas de relaxamento; para ensinar a caminhar com o auxílio de canadianas muletas e outros aparelhos (como cadeira de rodas); para auxiliar a rotina diária da criança ou jovem.

– Áreas de Expressão – A Dança e Música podem auxiliar as crianças ou jovens a elevarem a sua coordenação, desenvolverem o tónus e força muscular, autoconfiança, etc. As actividades de Expressão Plástica, como a Pintura podem ajudar no desenvolvimento da motricidade, comunicação, etc.

– Actividades Aquáticas – O contacto com a água ou realização de exercícios dentro de água auxiliam um melhor funcionamento do sistema circulatório, respiratório, fortalecimento dos músculos, aumento do equilíbrio, relaxamento muscular, diminuição de espasmos, aumento da amplitude de movimentos, etc.

– Massagens – Aliviam espasmos e reduzem contracções musculares.

– Informática – A utilização do computador pode ajudar ao nível da comunicação, assim como ao nível da motricidade fina.

– Atividades da Vida Diária – Para trabalhar a higiene, segurança, entre outros.

A criança ou jovem com Paralisia Cerebral pode estar integrada no Ensino Regular ou Especial. Contudo, a criança/jovem deve beneficiar numa primeira instância de uma Estimulação Global e só posteriormente de uma Iniciação Académica.

O trabalho realizado pelos técnicos (Professor, Educadora, Psicóloga, Terapeutas, etc.), assim como a integração de todas as áreas acima mencionadas deverão procurar elevar o nível Cognitivo; Autonomia Pessoal e Social; Comunicação; Psicomotor; Sócio-Afectivo; assim como desenvolver a área Sensorial-Perceptiva.

Encarregados de Educação:

Os Encarregados de Educação podem proporcionar um ambiente que estimule a aprendizagem e a exploração.

Ajudando no exercício físico regular; no desenvolvimento de hábitos de higiene; utilização de materiais e utensílios que auxiliem a criança/jovem com Paralisia Cerebral (tais como: talheres especiais, auxiliares para vestuário, escovas de dentes próprias, entre outros).

A Paralisia Cerebral é uma doença que dura toda a vida e geralmente requer uma adaptação e uma formação no sentido de atingir a auto-suficiência.

É necessário que exista um trabalho conjunto entre Técnicos e Encarregados de Educação, proporcionando uma diversidade de áreas, no sentido de desenvolver e elevar as capacidades gerais da criança/jovem com Paralisia Cerebral, assim como a sua qualidade de vida.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Prof. Pedro Santos/Internet

Datas comemorativas

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Datas nacionais e internacionais relacionadas às Pessoas com Deficiência
MÊS DIA COMEMORAÇÃO / HOMENAGEM ATO DE CRIAÇÃO

Janeiro
4 Dia Mundial do Braille Resolução aprovada por Assembleia Geral da ONU em 17 de dezembro de 2018: World Braille Day

último domingo Dia Nacional de Combate e Previsão de Hanseníase Lei nº 12.135, de 2009

Fevereiro 18 Dia Nacional da Criança Traqueostomizada Lei nº 14.249, de 2021

25
Dia Internacional do Implante Coclear

[No dia 25 de fevereiro de 1957 foi realizado na França o primeiro teste com um implante sensorial que deu certo].
Data instituída pela Associação Europeia de Usuários de Implante Coclear a partir de 2009

25 Comissão Permanente de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos
Deputados Resolução da Câmara 01, em 25 de fevereiro de 2015

26 Dia Nacional de Conscientização sobre a Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) e o Dia Nacional de Conscientização sobre a Síndrome Hemolítico Urêmica atípica (SHUa) Lei nº 14.585, de 2023

último dia Dia Nacional da Informação, Capacitação e Pesquisa sobre Doenças Raras Lei nº 14.593, de 2023

última semana Semana Nacional da Informação, Capacitação e Pesquisa sobre Doenças Raras Lei nº 14.593, de 2023

Março 03 Dia Mundial da Audição Resolução aprovada no 10a reunião da 17a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde em 31 de maio de 2017: Prevention of deafness and hearing loss

11 Fundação Dorina Dowill para Cegos Data da criação da Fundação para o Livro do Cego do Brasil a partir de 1946

21 Dia Mundial da Síndrome de Down Resolução aprovada por Assembleia Geral da ONU em 19 de dezembro de 2011: World Down Syndrome Day

21 Dia Nacional da Síndrome de Down Lei nº 14.306, de 2022

27 Dia da Conscientização da Neuromielite Óptica Lei nº 14.670. de 2023

Abril 2 Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo Resolução aprovada por Assembleia Geral da ONU em 18 de dezembro de 2007: World Autism Awareness Day

2 Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo Lei nº 13.652, de 2018

7 Dia Mundial da Saúde Resolução aprovada por Assembleia Geral da OMS em 30 de junho de 1949: World Health Day

2a semana Semana Nacional da Responsabilidade Social Lei nº 13.559, de 2017

8 Dia Nacional do Sistema Braille Lei nº 12.266, de 2010

24 Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras) Lei nº 13.055, de 2014

Maio 7 Dia Nacional da Saúde Ocular e Prevenção à Cegueira

Portaria do Ministério da Saúde nº 389, de 13 de abril de 1989 (DOU – Seção I, pág. 5685)
12
Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Fibromialgia
Lei nº 14.233, de 2021

15
Dia Nacional de Conscientização quanto à Mucopolissacaridose (MPS)
Lei nº 13.122, de 2015

3a quinta-feira
Dia Mundial de Conscientização sobre a Acessibilidade (GAAD) Data cunhada no ano de 2012 por Joe Davon e Jennison Asuncion: Global Accessibility Awareness Day

26 Dia Nacional do Combate ao Glaucoma Lei nº 10.456, de 2002

Junho 21 Dia Nacional de Luta Contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
Lei nº 13.471, de 2017

Julho 6 Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) Lei nº 13.146, de 2015

13 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº 8.069, de 1990
Agosto Mês de Agosto Mês da Primeira Infância Lei nº 14.617, de 2023

8 Dia Nacional da Pessoa com Atrofia Muscular Espinhal (AME) Lei nº 14.062, de 2020

12 Dia Nacional dos Direitos Humanos Lei nº 12.641, de 2012

21 a 28 Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla Lei nº 13.585, de 2017

25 Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo Decreto nº 6.949, de 2009

30 Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla Lei nº 11.303, de 2006
Setembro 07 Dia Nacional de Conscientização sobre a Distrofia Muscular de Duchenne Lei nº 14.557, de 2023

a partir do dia 07 Semana Nacional de Conscientização sobre a Distrofia Muscular de Duchenne Lei nº 14.557, de 2023

12 Fundação do Instituto Benjamin Constant (Imperial Instituto dos Meninos Cegos) Decreto nº 1.428, de 1854

19 Dia Nacional do Teatro Acessível: Arte, Prazer e Direitos Lei nº 13.442, de 2017

21 Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência Lei nº 11.133, de 2005

na semana do dia 21 Prêmio Brasil Inclusão Resolução da Câmara dos Deputados nº 10, de 2015

22 Dia Nacional do Atleta Paralímpico Lei nº 12.622, de 2012

23 Dia Internacional da Língua de Sinais Resolução aprovada por Assembleia Geral da ONU, 72a sessão em 19 de dezembro de 2017: International Day of Sign Languages

26 Dia Nacional dos Surdos Lei nº 11.796, de 2008

Outubro 1 Dia Nacional do Idoso Lei nº 11.433, de 2006

1 Estatuto do Idoso Lei nº 10.741, de 2003

5 Constituição da República Federativa do Brasil Texto Constitucional promulgado em 05 de outubro de 1998

10 Dia Nacional dos Direitos Fundamentais da Pessoa com Transtornos Mentais Lei nº 13.061, de 2014

25 Dia Nacional de Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo Lei nº 13.472, de 2017

Novembro 10 Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez Portaria de Consolidação do Ministério da Saúde nº 01, de 2017, art. 527

12 Dia Nacional da Pessoa com Surdocegueira Lei nº 14.605, de 2023

16 Dia Nacional de Atenção à Dislexia Lei nº 13.085, de 2015

16 Dia Nacional dos Ostomizados Lei nº 11.506. de 2007

Dezembro 03 Dia Internacional das Pessoas com Deficiência Resolução aprovada por Assembleia Geral da ONU em 20 de dezembro de 1993: International Day of Disabled Persons

10 Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos Declaração assinada pela ONU no ano
de 1948: Universal Declaration of Human Rights

10 Dia da Inclusão Social Lei nº 12.073, de 2009

13 Dia do Cego Decreto nº 51.045, de 1961
Destaques

Carta de Serviços de Acessibilidade
Cartilha – Como construir um ambiente acessível nas organizações públicas
Guia de Eventos Presenciais com Acessibilidade

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Camara dos Deputados/Internet
Aro Magnético na Câmara

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Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

CONFIRA OS RECURSOS DISPONÍVEIS

ÁREAS EXTERNAS

meios-fios rebaixados e rampas de acesso em diversos locais
vagas nos estacionamentos para pessoas com deficiência física e/ou autistas que sejam credenciadas pelo Detran
vagas nos estacionamentos privativos para funcionários com necessidade especial temporária que estejam credenciados pelo Departamento de Polícia Legislativa
espaço de estar acessível e com futuros serviços de alimentação na Alameda do Anexo IV

ÁREAS DE CIRCULAÇÃO

rotas acessíveis, rampas, elevadores
acesso ao Salão Branco, Salão Negro, Salão Nobre e Salão Verde por elevadores da Câmara
acesso às galerias do Plenário Ulysses Guimarães por elevador do Senado Federal
corrimãos nas escadas, alguns sinalizados em braile
placas de sinalização visual e braile
sanitários acessíveis em todos os prédios
sinalização visual direcional
sinalização podotátil de alerta em diversos locais

PORTARIAS E BALCÃO DO SERVIÇO DE INFORMAÇÃO DO CIDADÃO

atendimento preferencial
áreas de recepção com balcões rebaixados
indicação de rotas acessíveis
empréstimo de triciclos, cadeiras de rodas motorizada e manuais para pessoas com dificuldade de locomoção
aro magnético (sistema de escuta assistida para usuários de aparelhos auditivos que disponham de bobina telefônica “T” ativada) instalado nos balcões
atendimento em Libras (Língua Brasileira de Sinais) disponível mediante solicitação
oferecimento de folheto e QR Code (código de resposta rápida) com informativo sobre recursos de acessibilidade disponíveis

PLENÁRIOS E AUDITÓRIOS

rampas, corrimãos, assentos reservados para pessoas com deficiência e espaços destinados a pessoas em cadeira de rodas
interpretação de Libras nas reuniões e audiências públicas da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Comissão de Direitos Humanos e Minorias e nas sessões do Plenário Ulysses Guimarães. Nos demais eventos mediante solicitação
exibição de Libras em telões no Plenário Ulysses Guimarães
exibição de Libras em monitor de TV do Plenário 13 das Comissões
aro magnético instalado nos Plenários 1, 2, 3, 4, 5, 9, 10, 11, 12, 13, 15 e 16 das Comissões, nos Auditórios Freitas Nobre e do Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento
saída de áudio para conexão de transmissores de FM (frequência modulada) ou Bluetooth dos aparelhos auditivos e/ou implantes cocleares nos Plenários das Comissões
assentos reservados para pessoas com deficiência e espaços destinados a pessoas em cadeira de rodas na Tribuna de Honra na galeria do Plenário Ulysses Guimarães
transmissão de Libras e legenda em monitor de TV de Tribuna de Honra na galeria do Plenário Ulysses Guimarães para pessoas com deficiência auditiva
posto de votação adaptado com sistema de reconhecimento de movimentos da face para deputados com perda da mobilidade nas mãos
posto de votação adaptado com áudio e braile para deputado com deficiência visual
transmissão da voz do intérprete de Libras para os Plenários das Comissões, nos casos de tradução da Língua Brasileira de Sinais para a Língua Portuguesa falada

RESTAURANTES E LANCHONETES

atendimento diferenciado para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida
caixa preferencial
apoio a pessoas cegas no atendimento self-service
balcões de distribuição de alimentos com passa-pratos e filtro de água em altura acessível
mesas reservadas para pessoas com deficiência
rotas acessíveis demarcadas no piso
televisores com modo legenda acionado

BALCÃO DE ATENDIMENTO DO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO

atendimento preferencial
aro magnético instalado no balcão
computador de pesquisa reservado para uso prioritário por pessoa com deficiência
acesso ao VLibras disponível no Portal da Câmara na Internet
acesso a programas leitores de tela (indicados para pessoas cegas)

BIBLIOTECA

atendimento preferencial
sala com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência mediante reserva
programas leitores de tela, scanner de voz e linha braile (indicados para pessoas cegas)
ampliador portátil e programa ampliador de tela (para pessoas com baixa visão)
programa de reconhecimento de voz (para pessoas com dificuldade de digitar)
acesso ao VLibras disponível no Portal da Câmara na Internet

ARQUIVO

ampliador portátil e programa ampliador de tela (para pessoas com baixa visão)
acesso ao VLibras disponível no Portal da Câmara na Internet

PORTAL INSTITUCIONAL

Portal da Câmara na Internet acessível a pessoas cegas
leis em formatos acessíveis (audiolivros, letras ampliadas, HTML e EPUB)
acesso ao VLibras disponível no Portal da Câmara na Internet
dicionário de termos político-legislativos em Libras

TV CÂMARA

programação transmitia com interpretação de Libras, legenda oculta (closed caption) e Audiodescrição

RÁDIO CÂMARA

transcrição de entrevistas e resumos de programas na página da Rádio, para acompanhamento por pessoas com deficiência auditiva usuárias da Língua Portuguesa

VISITAÇÃO INSTITUCIONAL

área de embarque e desembarque para pessoas com deficiência na Chapelaria
atendimento em Libras disponível mediante solicitação
aro magnético instalado no balcão
empréstimo de triciclos, cadeira de rodas motorizada e manuais para pessoas com dificuldade de locomoção
exibição de vídeo institucional com Libras e legendas

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Camara dos Deputados/Internet

Terminologia sobre Deficiência na Era da Inclusão

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Usar ou não usar termos técnicos corretamente não é uma mera questão semântica ou sem importância, se desejamos falar ou escrever construtivamente, numa perspectiva inclusiva, sobre qualquer assunto de cunho humano.

E a terminologia correta é especialmente importante quando abordamos assuntos tradicionalmente eivados de preconceitos, estigmas e estereótipos, como é o caso das deficiências que vários milhões de pessoas possuem no Brasil.

Os termos são considerados corretos em função de certos valores e conceitos vigentes em cada sociedade e em cada época.

Assim, eles passam a ser incorretos quando esses valores e conceitos vão sendo substituídos por outros, o que exige o uso de outras palavras. Estas outras palavras podem já existir na língua falada e escrita, mas, neste caso, passam a ter novos significados. Ou então são construídas especificamente para designar conceitos novos.

O maior problema decorrente do uso de termos incorretos reside no fato de os conceitos obsoletos, as ideias equivocadas e as informações inexatas serem inadvertidamente reforçados e perpetuados.

Este fato pode ser a causa da dificuldade ou excessiva demora com que o público leigo e os profissionais mudam seus comportamentos, raciocínios e conhecimentos em relação, por exemplo, à situação das pessoas com deficiência.

O mesmo fato também pode ser responsável pela resistência contra a mudança de paradigmas, como o que está acontecendo, por exemplo, na mudança que vai da “integração” para a “inclusão” em todos os sistemas sociais comuns.

Trata-se, pois, de uma questão da maior importância em todos os países. Existe uma literatura consideravelmente grande em várias línguas.

No Brasil, tem havido tentativas de levar ao público a terminologia correta para uso na abordagem de assuntos de deficiência a fim de que desencorajemos práticas discriminatórias e construamos uma verdadeira sociedade inclusiva.

A seguir, apresentamos várias expressões incorretas seguidas de comentários e dos equivalentes termos corretos, frases corretas e grafias corretas, com o objetivo de subsidiar o trabalho de estudantes leito de qualquer grau do sistema educacional, pessoas com deficiência e familiares, profissionais de diversas áreas (reabilitação, educação, mídia, esportes, lazer etc.), que necessitam falar e escrever sobre assuntos de pessoas com deficiência no seu dia a dia. Ouvimos e/ou lemos esses termos incorretos em livros, revistas, jornais, programas de televisão e de rádio, apostilas, reuniões, palestras e aulas.

A enumeração de cada expressão incorreta servirá para direcionar o leitor de uma expressão para outra quando os comentários forem os mesmos para diferentes expressões (ou pertinentes entre si), evitando-se desta forma a repetição dos comentários.

Onde houver a indicação “Consultar”, o leitor poderá procurar a respectiva fonte nas Referências fornecidas no final deste texto.

1. adolescente normal
Desejando referir-se a um adolescente (uma criança ou um adulto) que não possua uma deficiência, muitas pessoas usam as expressões “adolescente normal”, “criança normal” e “adulto normal”. Isto acontecia muito no passado, quando a desinformação e o preconceito a respeito de pessoas com deficiência eram de tamanha magnitude que a sociedade acreditava na normalidade das pessoas sem deficiência. Esta crença fundamentava-se na idéia de que era anormal a pessoa que tivesse uma deficiência. A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado. TERMOS CORRETOS: adolescente [ou criança ou adulto] sem deficiência; adolescente [ou criança ou adulto] não-deficiente.

2. aleijado; defeituoso; incapacitado; inválido
Estes termos eram utilizados com frequência até a década de 80. A partir de 1981, por influência do Ano Internacional das Pessoas Deficientes, começa-se a escrever e falar pela primeira vez a expressão “pessoa deficiente”. O acréscimo da palavra “pessoa”, passando o vocábulo “deficiente” para a função de adjetivo, foi uma grande novidade na época. No início, houve reações de surpresa e espanto diante da palavra “pessoa”: “Puxa, os deficientes são pessoas?!”. Aos poucos, entrou em uso a expressão “pessoa portadora de deficiência”, frequentemente reduzida para “portadores de deficiência”. Por volta da metade da década de 90, entrou em uso o TERMO CORRETO pessoas com deficiência, que permanece até os dias de hoje. Consultar SASSAKI (2003). Ver os itens 48 e 49.

3. “apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno”
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘A pessoa com deficiência não pode ser um ótimo aluno’. FRASE CORRETA: “ele tem deficiência e é um ótimo aluno”.

4. “aquela criança não é inteligente”
Todas as pessoas são inteligentes, segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas. Até o presente, foi comprovada a existência de nove tipos de inteligência: lógico-matemática, verbal-linguística, interpessoal, intrapessoal, musical, naturalista, corporal-cinestésica e visual-espacial (GARDNER, 2000). Consultar ANTUNES (1998, 1999) e SASSAKI (2001). FRASE CORRETA: “aquela criança é menos desenvolvida na inteligência [por ex.] lógico- matemática”.

5. cadeira de rodas elétrica
Trata-se de uma cadeira de rodas equipada com um motor. TERMO CORRETO: cadeira de rodas motorizada.

6. ceguinho
O diminutivo “ceguinho” denota que o cego não é tido como uma pessoa completa. TERMOS CORRETOS: cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual. Ver o item 60.

7. classe normal
TERMOS CORRETOS: classe comum; classe regular. No futuro, quando todas as escolas se tornarem inclusivas, bastará o uso da palavra “classe” sem adjetivá-la. Ver os itens 26 e 52.

8. criança excepcional
TERMO CORRETO: criança com deficiência intelectual. “Excepcionais” foi o termo utilizado nas décadas de 50, 60 e 70 para designar pessoas com deficiência intelectual. Com o surgimento de estudos e práticas educacionais nas décadas de 80 e 90 a respeito de altas habilidades ou talentos extraordinários, o termo “excepcionais” passou a se referir tanto a pessoas com inteligências múltiplas acima da média (pessoas superdotadas ou com altas habilidades e gênios) quanto a pessoas com inteligência lógico-matemática abaixo da média (pessoas com deficiência intelectual) – daí surgindo, respectivamente, os termos “excepcionais positivos” e “excepcionais negativos”, de raríssimo uso. Consultar SASSAKI (2003), SASSAKI (2006a) e SASSAKI (2006b).

9. defeituoso físico
“Defeituoso”, “aleijado” e “inválido” são palavras muito antigas e eram utilizadas com frequência até o final da década de 70. O termo “deficiente”, quando usado como substantivo (por ex., o deficiente físico), está caindo em desuso. TERMO CORRETO: pessoa com deficiência física. Ver os itens 10 e 12.

10. deficiência física (como nome genérico englobando todos os tipos de deficiência).
TERMO CORRETO: deficiência (como nome genérico, sem especificar o tipo, mas referindo-se a todos os tipos). Alguns profissionais, não-familiarizados com o campo da reabilitação, acreditam que as deficiências físicas são divididas em motoras, visuais, auditivas e mentais.

Para eles, “os deficientes físicos” são todas as pessoas que têm deficiência de qualquer tipo, o que é um equívoco. A deficiência física, propriamente dita, consiste na “alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções” (arts. 5º e 70, Decreto nº 5.296, 2/12/04). Consultar BRASIL (2004). Ver os itens 9 e 12.

11. deficiência mental leve, moderada, severa, profunda
TERMO CORRETO: deficiência intelectual (sem especificar nível de comprometimento). A partir da Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual, aprovada em 6/10/04 pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2004), em conjunto com a Organização Pan- Americana de Saúde (Opas), o termo “deficiência mental” passou a ser “deficiência intelectual”. Antes, em 1992, a então Associação Americana de Deficiência Mental (AAMR, em inglês) adotou uma nova conceituação da deficiência intelectual (até então denominada “deficiência mental”), considerando-a não mais como um traço absoluto da pessoa que a tem e sim como um atributo que interage com o seu meio ambiente físico e humano, o qual deve adaptar-se às necessidades especiais dessa pessoa, provendo-lhe o apoio intermitente, limitado, extensivo ou permanente de que ela necessita para funcionar em 10 áreas de habilidades adaptativas: comunicação, autocuidado, habilidades sociais, vida familiar, uso comunitário, autonomia, saúde e segurança, funcionalidade acadêmica, lazer e trabalho. A AAMR, em reunião de novembro de 2006, decidiu que, a partir de 1°/1/07, passará a chamar-se Associação Americana de Deficiências Intelectual e de Desenvolvimento (AAIDD, em inglês). Consultar RIO DE JANEIRO (c. 2001). A classificação da então “deficiência mental” em leve, moderada, severa e profunda foi instituída pela OMS em 1968 e perdurou até 2004. Consultar BRASIL (2004), SASSAKI (2006a), SASSAKI (2006b) e SASSAKI (2007). Ver os itens 36 e 51.

12. deficiente físico (ao se referir a pessoa com qualquer tipo de deficiência).
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência (sem especificar o tipo de deficiência). Ver os itens 9 e 10.

13. deficiente mental (ao se referir a uma pessoa com transtorno mental)
TERMOS CORRETOS: pessoa com transtorno mental, paciente psiquiátrico. Consultar a lei sobre os direitos das pessoas com transtorno mental, em BRASIL (2001) e SASSAKI (2006b).

14. deficiente psíquico (ou psicossocial)
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência psicossocial. A categoria “deficiência psicossocial” foi acrescentada junto às categorias tradicionais (deficiências física, visual, auditiva, intelectual e múltipla) no texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada em 13/12/06 pela Assembleia Geral da ONU [ratificada com equivalência de emenda constitucional pelo Decreto Legislativo n. 186, de 9/7/08, e promulgada pelo Decreto n. 6.949, de 25/8/09]. Consultar SASSAKI (2011 e 2010).

15. doente mental (ao se referir a uma pessoa com deficiência intelectual)
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência intelectual (novo nome para “deficiência mental”). O termo “deficiente”, usado como substantivo (por ex.: o deficiente intelectual), tende a desaparecer, exceto em títulos de matérias jornalísticas por motivo de economia de espaço. Consultar RIO DE JANEIRO (c. 2001), SASSAKI (2006a) e SASSAKI (2006b).

16. “ela é cega, mas mora sozinha”
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘Todo cego não é capaz de morar sozinho’. FRASE CORRETA: “ela é cega e mora sozinha”.

17. “ela é retardada mental, mas é uma atleta excepcional”
Na frase acima há um preconceito embutido: ‘Toda pessoa com deficiência mental não tem capacidade para ser atleta’. FRASE CORRETA: “ela tem deficiência intelectual e se destaca como atleta”.

18. “ela é surda [ou cega], mas não é retardada mental”
A frase acima contém um preconceito: ‘Todo surdo ou cego tem retardo mental’. “Retardada mental”, “retardamento mental” e “retardo mental” são termos do passado. O adjetivo “mental”, no caso de deficiência, mudou para “intelectual” a partir de 2004. Ver o item 12. FRASE CORRETA: “ela é surda [ou cega] e não tem deficiência intelectual”.

19. “ela foi vítima de paralisia infantil”
A poliomielite já ocorreu (tempo passado) nesta pessoa (por isso, o verbo no passado: “ela teve pólio”). Enquanto a pessoa estiver viva, ela tem (verbo no presente) sequela de poliomielite. A palavra “vítima” provoca sentimento de piedade. FRASES CORRETAS: “ela teve [flexão no passado] paralisia infantil” e/ou “ela tem [flexão no presente] sequela de paralisia infantil”.

20. “ela teve paralisia cerebral” (ao se referir, no presente, a uma pessoa com paralisia cerebral)
A paralisa cerebral permanece com a pessoa por toda a vida. FRASE CORRETA: “ela tem paralisia cerebral”.

21. “ele atravessou a fronteira da normalidade quando sofreu um acidente de carro e ficou deficiente”
A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável. A palavra “sofrer” coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade. FRASE CORRETA: “ele teve um acidente de carro que o deixou com uma deficiência”.

22. ”ela foi vítima da pólio”
A palavra “vítima” provoca sentimento de piedade. TERMOS CORRETOS: pólio; poliomielite; paralisia infantil. FRASE CORRETA: “ela teve pólio”.

23. “ele é surdo-cego”
GRAFIA CORRETA: “ele é surdocego”. Também podemos dizer ou escrever: “ele tem surdocegueira”. Ver o item 56.

24. “ele manca com bengala nas axilas”
FRASE CORRETA: “ele anda com muletas axilares”. No contexto coloquial, é correto o uso do termo “muletante” para se referir a uma pessoa que anda apoiada em muletas.

25. “ela sofre de paraplegia” (ou “de paralisia cerebral” ou “de sequela de poliomielite”)
A palavra “sofrer” coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade. FRASE CORRETA: “ela tem paraplegia” [ou “paralisia cerebral” ou “sequela de poliomielite”].

26. escola normal
No futuro, quando todas as escolas se tornarem inclusivas, bastará o uso da palavra “escola” sem adjetivá-la. TERMOS CORRETOS: escola comum; escola regular. Ver os itens 7 e 52.

27. “esta família carrega a cruz de ter um filho deficiente”
Nesta frase há um estigma embutido: “Filho deficiente é um peso morto para a família”. FRASE CORRETA: “esta família tem um filho com deficiência”.

28. “infelizmente, meu primeiro filho é deficiente; mas o segundo é normal”
A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável, ultrapassado. E a palavra “infelizmente” reflete o que a mãe pensa da deficiência do primeiro filho: “uma coisa ruim”. FRASE CORRETA: “tenho dois filhos: o primeiro tem deficiência e o segundo não tem”.

29. intérprete do LIBRAS
TERMOS CORRETOS: intérprete da Libras; intérprete de Libras. GRAFIA CORRETA: Libras e não LIBRAS (como aparece na legislação). Libras é sigla de língua de sinais brasileira: Li = língua de sinais, bras = brasileira. “Libras é um termo consagrado pela comunidade surda brasileira, e com o qual ela se identifica. Ele é consagrado pela tradição e é extremamente querido por ela. A manutenção deste termo indica nosso profundo respeito para com as tradições deste povo a quem desejamos ajudar e promover, tanto por razões humanitárias quanto de consciência social e cidadania. Entretanto, no índice linguístico internacional os idiomas naturais de todos os povos do planeta recebem uma sigla de três letras como, por exemplo, ASL (American Sign Language). Então será necessário chegar à outra sigla. Tal preocupação ainda não parece ter chegado na esfera do Brasil”, segundo CAPOVILLA (2001). É igualmente aceita a sigla LSB (Língua de Sinais Brasileira). A rigor, na grafia por extenso, quando se tratar da disciplina Língua de Sinais Brasileira, escreve-se em maiúsculo a letra inicial de cada uma dessas palavras. Mas, quando se referir ao substantivo composto, grafa-se “língua de sinais brasileira”, tudo em caixa baixa. Ver os itens 32, 33 e 34.

30. inválido (quando se referir a uma pessoa que tenha uma deficiência)
A palavra “inválido” significa “sem valor”. Assim eram consideradas as pessoas com deficiência desde a Antiguidade até o final da Segunda Guerra Mundial. TERMO CORRETO: pessoa com deficiência.

31. lepra; leproso; doente de lepra
TERMOS CORRETOS: hanseníase; pessoa com hanseníase; doente de hanseníase. Prefira a expressão “as pessoas com hanseníase” ao termo “os hansenianos”. A Lei nº 9.010, de 29/3/95, proíbe a utilização da palavra “lepra” e seus derivados, na linguagem empregada nos documentos oficiais. Alguns dos termos derivados e suas respectivas versões oficiais são: “leprologia (hansenologia), leprologista (hansenologista), leprosário ou leprocômio (hospital de dermatologia), lepra lepromatosa (hanseníase virchoviana), lepra tuberculóide (hanseníase tuberculóide), lepra dimorfa (hanseníase dimorfa), lepromina (antígeno de Mitsuda), lepra indeterminada (hanseníase indeterminada)”. A palavra “hanseníase” deve ser pronunciada com o “h” mudo [como em haras, haste, harpa]. Consultar BRASIL (1995). Mas, pronuncia- se o nome Hansen (do médico e botânico norueguês Armauer Gerhard Hansen, descobridor da bactéria da hanseníase em 1873) com o “h” aspirado.

32. LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais
GRAFIA CORRETA: Libras. TERMO CORRETO: língua de sinais brasileira. Trata-se de uma língua e não de uma linguagem. Segundo CAPOVILLA (comunicação pessoal), “Língua de Sinais Brasileira é preferível a Língua Brasileira de Sinais por uma série imensa de razões. Uma das mais importantes é que Língua de Sinais é uma unidade, que se refere a uma modalidade lingüística quiroarticulatória-visual e não oroarticulatória-auditiva. Assim, há Língua de Sinais Brasileira porque é a língua de sinais desenvolvida e empregada pela comunidade surda brasileira. Não existe uma Língua Brasileira, de sinais ou falada”. Observe-se a expressão correta no título do livro Dicionário Enciclopédico Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, v. I e II (CAPOVILLA & RAPHAEL, 2001). Ver os itens 29, 33 e 34.

33. língua dos sinais
TERMO CORRETO: língua de sinais. Trata-se de uma língua viva e, por isso, novos sinais sempre surgirão: a quantidade total de sinais não pode ser definitiva. Daí a expressão correta “língua de sinais” e não “língua dos sinais”. Ver os itens 29, 32 e 34.

34. linguagem de sinais
TERMO CORRETO: língua de sinais. A comunicação sinalizada dos e com os surdos constitui um língua e não uma linguagem. Já a comunicação por gestos, envolvendo ou não pessoas surdas, constitui uma “linguagem gestual”. Outra aplicação do conceito de linguagem se refere ao que as posturas e atitudes humanas comunicam não-verbalmente, também conhecido como a “linguagem corporal”. Ver os itens 29, 32 e 33.

35. Louis Braile
GRAFIA CORRETA: Louis Braille. O criador do sistema de escrita e impressão para cegos foi o educador francês Louis Braille (1809-1852), que era cego. Ver os itens 53 e 54.

36. mongolóide; mongol
TERMOS CORRETOS: pessoa com síndrome de Down; criança com Down; uma criança Down. As palavras “mongol” e “mongolóide” refletem o preconceito racial da comunidade científica do século 19. Em 1959, os franceses descobriram que a síndrome de Down era um acidente genético. O termo “Down” vem de John Langdon Down, nome do médico inglês que identificou a síndrome em 1866. “A síndrome de Down é uma das anomalias cromossômicas mais frequentes encontradas e, apesar disso, continua envolvida em idéias errôneas… Um dos momentos mais importantes no processo de adaptação da família que tem uma criança com síndrome de Down é aquele em que o diagnóstico é comunicado aos pais, pois esse momento pode ter grande influência em sua reação posterior.” (MUSTACCHI, 2000). Consultar Projeto Down (s/d). Ver os itens 11 e 51.

37. mudinho
Quando se refere ao surdo, a palavra “mudo” não corresponde à realidade dessa pessoa. O diminutivo “mudinho” denota que o surdo não é tido como uma pessoa completa. TERMOS CORRETOS: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. Há casos de pessoas que ouvem (portanto, não são surdas), mas têm um distúrbio da fala (ou deficiência da fala) e, em decorrência disso, não falam. Ver os itens 47, 57 e 58.

38. necessidades educativas especiais
TERMO CORRETO: necessidades educacionais especiais. “A palavra “educativo” significa “algo que educa”. Ora, necessidades não educam; elas são educacionais, ou seja, concernentes à educação” (SASSAKI, 1999). O termo “necessidades educacionais especiais” foi adotado pelo Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Básica (Resolução nº 2, de 11-9-01, com base no Parecer CNE/CEB nº 17/2001, homologado pelo MEC em 15/8/01). Esta Resolução, durante o ano de 2005, estava sendo reformulada pelo CNE. Consultar CNE (2001) e SASSAKI (2006a).

39. o epilético (ou a pessoa epilética)
TERMOS CORRETOS: a pessoa com epilepsia; a pessoa que tem epilepsia. Evite as expressões “o epilético”, “a pessoa epilética” e suas flexões em gênero e número.

40. o incapacitado (ou a pessoa incapacitada)
TERMO CORRETO: a pessoa com deficiência. A palavra “incapacitado” é muito antiga e era utilizada com frequência até a década de 80. Evite os termos “o incapacitado”, “a pessoa incapacitada” e suas flexões em gênero e número.

41. o paralisado cerebral (ou a pessoa paralisada cerebral)
TERMO CORRETO: a pessoa com paralisia cerebral. Evite as expressões “o paralisado cerebral”, “a pessoa paralisada cerebral” e suas flexões em gênero e número.

42. “paralisia cerebral é uma doença”
FRASE CORRETA: “paralisia cerebral é uma condição”. Muitas pessoas confundem ‘doença’ com ‘deficiência’.

43. pessoa normal
TERMOS CORRETOS: pessoa sem deficiência; pessoa não-deficiente. A normalidade, em relação a pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado.

44. pessoa presa (confinada, condenada) a uma cadeira de rodas
TERMOS CORRETOS: pessoa em cadeira de rodas; pessoa que anda em cadeira de rodas; pessoa que usa cadeira de rodas. Os termos “presa”, “confinada” e “condenada” provocam sentimentos de piedade. No contexto coloquial, é correto o uso dos termos “cadeirante” e “chumbado”.

45. pessoas ditas deficientes
TERMO CORRETO: pessoas com deficiência. A palavra “ditas”, neste caso, funciona como eufemismo para negar ou suavizar a deficiência, o que é preconceituoso.

46. pessoas ditas normais
TERMOS CORRETOS: pessoas sem deficiência; pessoas não-deficientes. Neste caso, o termo “ditas” é utilizado para contestar a normalidade das pessoas, o que se torna redundante nos dias de hoje.

47. pessoa surda-muda
GRAFIAS CORRETAS: pessoa surda ou, dependendo do caso, pessoa com deficiência auditiva. Quando se refere ao surdo, a palavra “mudo” não corresponde à realidade dessa pessoa. Diferencia-se entre “deficiência auditiva parcial” (perda de 41 decibéis) e “deficiência auditiva total” (ou surdez, cuja perda é superior a 41 decibéis), perdas essas aferidas por audiograma nas frequências de 500Hz, 2.000Hz e 3.000Hz, segundo o Decreto nº 5.296, de 2/12/05, arts. 5º e 70 (BRASIL, 2005). Ver os itens 37, 57 e 58.

48. portador de deficiência
TERMO CORRETO: pessoa com deficiência. No Brasil, tornou-se bastante popular, acentuadamente entre 1986 e 1996, o uso do termo “portador de deficiência” (e suas flexões no feminino e no plural). Pessoas com deficiência vêm ponderando que elas não portam deficiência; que a deficiência que elas têm não é como coisas que às vezes portamos e às vezes não portamos (por exemplo, um documento de identidade, um guarda-chuva). O termo preferido passou a ser “pessoa com deficiência”. Aprovados após debate mundial, os termos “pessoa com deficiência” e “pessoas com deficiência” são utilizados no texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada em 13/12/06 pela Assembléia Geral da ONU [ratificada com equivalência de emenda constitucional pelo Decreto Legislativo n. 186, de 9/7/08, e promulgada pelo Decreto n. 6.949, de 25/8/09]. Consultar ONU (2006) e SASSAKI (2003). Ver os itens 2 e 49.

49. PPD’s
GRAFIA CORRETA: PPD (tanto no singular como no plural). Não se usa apóstrofo para designar o plural de siglas. A mesma regra vale para siglas como ONG (e não ONG’s). No Brasil, tornou-se bastante popular, acentuadamente entre 1986 e 1996, o uso do termo “pessoas portadoras de deficiência”. Hoje, o termo preferido passou a ser “pessoas com deficiência”, motivando o desuso da sigla “PPD”. Devemos evitar o uso de siglas em seres humanos. Mas, torna-se necessário usar siglas em circunstâncias pontuais, como em gráficos, quadros, colunas estreitas, manchetes de matérias jornalísticas etc. Nestes casos, a sigla recomendada é PcD, significando “pessoa com deficiência” ou “pessoas com deficiência”. Esta construção é a mesma que está sendo um consenso atualmente em âmbito mundial. Em espanhol: PcD (persona con discapacidad), tanto no singular como no plural, sem necessidade do “s” após PcD. Em inglês: PwD, também invariável em número (person with a disability, persons with disabilities, people with disabilities). Consultar SASSAKI (2003). Ver os itens 2 e 48.

50. quadriplegia; quadriparesia
TERMOS CORRETOS: tetraplegia; tetraparesia. No Brasil, o elemento morfológico “tetra” tornou-se mais utilizado que o “quadri”. Ao se referir à pessoa, prefira o termo pessoa com tetraplegia (ou “com tetraparesia”) no lugar de “o tetraplégico” ou “o tetraparético”. Consultar BRASIL (2004).

51. retardo mental, retardamento mental
TERMO CORRETO: deficiência intelectual. São pejorativos os termos “retardado mental”, “mongolóide”, “mongol”, “pessoa com retardo mental”, “portador de retardamento mental”, “portador de mongolismo” etc. Tornaram-se obsoletos, desde 1968, os termos: “deficiência mental dependente” (ou “custodial”), “deficiência mental treinável” (ou “adestrável”) e deficiência mental educável. Ver os itens 11 e 36.

52. sala de aula normal
TERMO CORRETO: sala de aula comum. Quando todas as escolas forem inclusivas, bastará o termo “sala de aula” sem adjetivá-lo. Ver os itens 7 e 26.

53. sistema inventado por Braile
GRAFIA CORRETA: sistema inventado por Braille. O nome Braille (de Louis Braille, inventor do sistema de escrita e impressão para cegos) se escreve com dois l (letra éle). Braille nasceu em 1809 e morreu aos 43 anos de idade. Ver os itens 35, 54 e 59.

54. sistema Braille
GRAFIA CORRETA: sistema braile. Conforme MARTINS (1990), grafa-se Braille somente quando se referir ao educador Louis Braille. Por ex.: “A casa onde Braille passou a infância (…)”. Nos demais casos, devemos grafar: [a] braile (máquina braile, relógio braile, dispositivo eletrônico braile, sistema braile, biblioteca braile etc.) ou [b] em braile (escrita em braile, cardápio em braile, placa metálica em braile, livro em braile, jornal em braile, texto em braile etc.). NOTA: Em 10/7/05, a Comissão Brasileira do Braille (CBB) recomendou a grafia “braille”, com “b” minúsculo e dois “l” (letra éle), respeitando a forma original francesa, internacionalmente empregada (DUTRA, 2005), exceto quando nos referirmos ao educador Louis Braille. Ver os itens 35, 53 e 59.

55. “sofreu um acidente e ficou incapacitado”
FRASE CORRETA: “teve um acidente e ficou deficiente”. A palavra “sofrer” coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade.

56. surdez-cegueira; surdo-cegueira
GRAFIA CORRETA: surdocegueira. No que se refere à comunicação das (e com) pessoas surdocegas, existem a Libras tátil (Libras na palma das mãos) ou o tadoma (pessoa surdocega coloca sua mão no rosto do interlocutor, com o polegar tocando suavemente o lábio inferior e os outros dedos pressionando levemente as cordas vocais). O método tadoma foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1926, quando Sophia Alcorn conseguiu comunicar-se com os surdocegos Tad e Oma, nomes que deram origem à palavra “tadoma”. Ver o item 23.

57. surdinho
TERMOS CORRETOS: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. O diminutivo “surdinho” denota que o surdo não é tido como uma pessoa completa. Os próprios cegos gostam de ser chamados “cegos” e os surdos de “surdos”, embora eles não descartem os termos “pessoas cegas” e “pessoas surdas”. Ver os itens 37, 47 e 58.

58. surdo-mudo
GRAFIAS CORRETAS: surdo; pessoa surda; pessoa com deficiência auditiva. Quando se refere ao surdo, a palavra “mudo” não corresponde à realidade dessa pessoa. Ver os itens 37, 47 e 57.

59. texto (ou escrita, livro, jornal, cardápio, placa metálica) em Braille
GRAFIAS CORRETAS: texto em braile; escrita em braile; livro em braile; jornal em braile; cardápio em braile; placa metálica em braile. Consultar DUTRA (2005). Ver NOTA no item 54.

60. visão sub-normal
GRAFIA CORRETA: visão subnormal. TERMO CORRETO: baixa visão. Existem quatro condições de deficiência visual: 1. cegueira (acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica); 2. baixa visão (acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica); 3. casos cuja somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; 4. ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores, de acordo com o Decreto nº 5.296, de 2/12/04, arts. 5º e 70 (BRASIL, 2004). Consultar SASSAKI (2006a). Ver o item 6.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
. As inteligências múltiplas e seus estímulos. Campinas: Papirus, 1998. BRASIL. Decreto nº 5.296, 2/12/04, arts. 5º e 70 (Lei da Acessibilidade).
. Lei nº 10.216, 6/4/01 (Lei do Transtorno Mental).
. Lei federal nº 9.010, 29/3/95 (Lei da Hanseníase).
CAPOVILLA, Fernando César. Comunicação pessoal por e-mail em 6/6/01.
CAPOVILLA, Fernando César, RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário enciclopédico trilíngüe da língua de sinais brasileira, v. I e II. São Paulo: Edusp, 2001.
CENTRO DE INFORMAÇÃO E PESQUISA DA SÍNDROME DE DOWN. Você diz mongolóide ou mongol. Nós dizemos síndrome de Down. Seus amigos preferem chamá- lo de Bruno. Folheto do Projeto Down -. São Paulo, s/d.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÂO. Resolução nº 2, 11/9/01, e Parecer nº 17, de 3/7/01.
DUTRA, Claudia Pereira. Parecer sobre a grafia da palavra “braille”. Benjamin Constant, Rio de Janeiro, ano 11, nº 31, agosto 2005, p. 27.
GARDNER, Howard. Inteligência: um conceito reformulado [Intelligence reframed]. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Identificando o aluno com deficiência mental: Critérios e parâmetros. Rio de Janeiro: Coordenação de Educação Especial, s/d (c. 2001)
MARTINS, Eduardo. Manual de redação e estilo. São Paulo: O Estado de S.Paulo, 1990, p.313.
MUSTACCHI, Zan. Síndrome de Down. In: MUSTACCHI, Zan, PERES, Sergio. Genética baseada em evidências: síndromes e heranças. São Paulo: CID, 2000, p. 880.
OMS. Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual. Montreal, Canadá, 4-6 outubro 2004.
ONU. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Nova York: Nações Unidas, 2006.
PROJETO DOWN. Você diz mongolóide ou mongol. Nós dizemos síndrome de Down. Seus amigos preferem chamá-lo de Bruno. São Paulo: Centro de Informação e Pesquisa da Síndrome de Down, s/d. (folheto)
RIO DE JANEIRO. Identificando o aluno com deficiência mental: critérios e parâmetros. Rio de Janeiro: Coordenação de Educação Especial, Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, c. 2001.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Incluindo pessoas com deficiência psicossocial – Parte 2. Revista Reação, ano XIV, n. 79, mar./abr. 2011, p.12-19.
. Incluindo pessoas com deficiência psicossocial– Parte 1. Revista Reação, ano XIV, n.78, jan./fev. 2011, p.10-14.
. Deficiência psicossocial: A nova categoria de deficiência. Agenda do Portador de Eficiência 2011, Bloco 2, p. 13-16, 2010.
. Deficiência intelectual e inclusão. Revista Reação, ano X, n. 54, jan./fev 2007, p. 8-11, e n. 55, mar./abr. 2007, p. 8-10.
. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 8.ed. Rio de Janeiro: WVA, 2010.
. Questões semânticas sobre as deficiências visual e intelectual na perspectiva inclusiva. São Paulo, 2006a.
. Deficiência mental ou intelectual? Doença ou transtorno mental? Atualizações semânticas na inclusão de pessoas. São Paulo, 2006b.
. Inteligências múltiplas na educação inclusiva. São Paulo, 2001 (apostila de curso).
. Portadores de deficiência ou pessoas com deficiência? Recife: Encontrão 2000. (evento realizado em 3 a 6 de setembro de 2000). São Paulo, julho de 2003.
. Vocabulário usado pela mídia: O certo e o errado. Recife, 2000 (apostila de curso).
. Como chamar as pessoas que têm deficiência. São Paulo: RNR, 2003.
. A educação especial e a leitura para o mundo: A mídia. Campinas, 1997 (apostila de palestra).

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Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: * Consultor de inclusão social e autor dos livros Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos (7.ed., Rio de Janeiro: WVA, 2006) e Inclusão no Lazer e Turismo: em busca da qualidade de vida (São Paulo, Áurea 2003). E-mail: [email protected]
NOTAS
(1) Esta é a versão atualizada em 2011.
(2) A primeira versão deste artigo foi publicada na Revista Nacional de Reabilitação (Reação), São Paulo, ano V, n. 24, jan./fev. 2002, p. 6-9; e também no livro Mídia e Deficiência, de Veet Vivarta (org.), Brasília: Agência de Notícias dos Direitos da Infância / Fundação Banco do Brasil, 2003, p. 160-165.

Apple promete digitalizar voz de pacientes da Esclerose Lateral Amiotrófica

Gilson de Souza DANIEL

A empresa desenvolveu a tecnologia Personal Voice para ajudar quem vive com a doença

Pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) poderão, em breve, criar e usar facilmente a versão digitalizada de sua própria voz com iPhone, iPad ou Mac

. A utilização da tecnologia será possibilitada por meio de recurso de acessibilidade que a Apple planeja lançar ainda em 2023, o Personal Voice (“Voz Pessoal”, em tradução livre).

Com o Personal Voice, iPhones e outros aparelhos da Apple poderão “falar” usando a voz da pessoa usuária. A princípio, a empresa desenvolveu esse recurso para ajudar quem tem ELA a “digitalizar” sua própria voz, assim como fazia o físico Stephen Hawking, que também tinha a doença.

Novo recurso da Apple

Atualmente, o Personal Voice precisa de apenas 15 minutos de frases faladas para treinamento e fazer todo o processamento no aparelho. As vozes produzidas funcionam nos próprios aplicativos da Apple, bem como em aplicativos de Comunicação Alternativa e Aumentativa (AAC) de empresas como a AssistiveWare.

A companhia informou que qualquer Mac com processador da marca (M1, M2, M3) suportará a criação de Personal Voices, mas ainda não divulgou quais modelos de iPhone e iPad serão compatíveis com a nova ferramenta.

O recurso aproveita a tecnologia Neural Engine da empresa, que otimiza núcleos de computação dedicados em seus processadores para inteligência artificial.

O processamento inicial é um trabalho exigente o suficiente para que pessoas usuárias possam deixá-lo rodando em seu dispositivo enquanto carrega durante a noite e, pela manhã, a voz digitalizada estará pronta para uso.

Impactos da doença

A doença progressiva ao enfraquecer músculos da garganta e da boca, torna a fala cada vez mais difícil. Quem vive com ELA, eventualmente pode perder capacidade de falar.

Quando a fala é impossibilitada, a síntese digital se torna uma ferramenta essencial de comunicação.

Durante anos, pessoas com ELA conseguiram se planejar para essa eventualidade, criando uma versão digitalizada de sua própria voz em um “banco de voz”, que é um processo trabalhoso e demorado.

Embora seja recomendável fazê-lo antes que a doença avance demais, é um procedimento caro e que é adiado por muitas pessoas. Agora, a Apple pretende facilitar esse processo.

Em 2019, quando o empresário Philip Green fez seu banco de voz, cerca de 1,5 mil frases foram gravadas para fins de treinamento, levando apenas semanas para serem concluídas.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Com informações de Fast Company, via OlharDigital

Festival de Cinema Acessível Kids anuncia programação para o segundo semestre de 2023

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

A iniciativa é um projeto de arte, educação e lazer para, principalmente, crianças com deficiência.

O “Festival de Cinema Acessível Kids – a serviço da inclusão educacional” anunciou a sua programação para o segundo semestre de 2023

. A iniciativa é um projeto de arte, educação e lazer para, principalmente, crianças cegas ou com baixa visão, surdas ou com deficiência auditiva ou com deficiência intelectual ou cognitiva.

O projeto tem o reconhecimento da Unesco e foi selecionado para a 37ª edição do “Criança Esperança”. Ele estará em, pelo menos, mais cinco cidades do País até o final do ano: Brasília, de 11 a 14 de setembro; Recife, de 8 a 11 de outubro; Florianópolis, de 23 a 27 de outubro; e Rio de Janeiro e Niterói, de 5 a 11 de novembro.

Os locais e horários em cada cidade ainda estão sendo definidos.

A iniciativa mostra como educação, cultura, tecnologia e solidariedade podem ser agentes de transformação e inclusão social das crianças com deficiência.

Neste ano, o projeto vai além das sessões de cinema com as tecnologias de acessibilidade (audiodescrição, Libras e legendas descritivas) e as oficinas para Educadores Inclusivos. Ele passou a ter uma Rede Virtual de compartilhamento de boas práticas inclusivas.

No dia 7 de agosto, o “Criança Esperança” anunciou que a OSC Mais Criança foi selecionada para participar da sua 38ª edição, em 2024. Ela vai participar com seu projeto “Festival de Cinema Acessível Kids”.

Em 12 de abril de 2023, o projeto esteve em São Paulo, na sala Kinoplex Itaim Bibi, com a exibição do filme “Meu Malvado Favorito”. Antes da sessão, foram distribuídos kits com pipoca e refrigerante gratuito para 355 crianças das escolas da rede pública, com e sem deficiência, inscritas para o evento.

O projeto nasceu há oito anos no Rio Grande do Sul, como Festival de Cinema Acessível. Ele foi idealizado pelo empreendedor e musicista Sidnei Schames, o Sid, presidente da OSC Mais Criança e diretor da empresa Som da Luz. Logo na estreia, em 2015, seu filho, David, com oito anos na época, não pôde entrar no cinema, por não ter a idade necessária.

Ele falou: “Meu pai criou um Festival Acessível para os outros; mas não é acessível para mim!”. Logo depois, transformou a indignação em projeto: “Pai, que tal a gente criar também um festival para as crianças? Já tenho até nome e slogan: ‘Festival de Cinema Acessível Kids, leve seu pai ao cinema!”.

Esse é o projeto que em 2016 recebeu a chancela da Unesco. Em 2017, estreou nos cinemas e, em 2021, foi selecionado para a 36ª edição do “Programa Criança Esperança.

No ano passado, saiu pela primeira vez dos limites da região Sul e percorreu outros estados, com capacitação de professores de escolas da rede pública e privadas a serviço da inclusão educacional.

Até hoje, o Festival de Cinema Acessível foi assistido por cerca de 20.500 pessoas em suas versões adulto e infantil. Ele já esteve em 37 cidades (São Paulo, Natal e Brasília, além de 32 no Rio Grande do Sul e duas em Santa Catarina – Lages e Chapecó). Ao todo, o Festival teve 110 exibições.

O “Festival de Cinema Acessível Kids – a serviço da inclusão educacional”, Edição 2023, que tem a produção do Som da Luz, conta com o apoio nacional da Salesforce, Total Seguros, Bem Promotora, BRDE, Outback, Abbraccio, Gontof Comunicação, Sopa Digital, Dextera, Studio.Z, Mundo Melhor e Senado Federal.

Diferencial do Festival

O Festival de Cinema Acessível Kids traz como diferencial a adaptação de obras cinematográficas infanto-juvenis, mas que fazem sucesso com a família toda. Oferece conteúdo acessível de qualidade para uma parcela da população privada do direito de ter acesso à magia do cinema.

As ações de inclusão cultural para o público das pessoas com deficiência são raras e, quando existem, invariavelmente assistencialistas.

De acordo com Schames, os filmes têm audiodescrição das cenas para quem não enxerga, janela de Libras para quem não ouve e legendas descritivas para quem não sabe Libras.

“Tudo é gravado em estúdio para chegar às telas de cinema com toda a acessibilidade necessária. É preciso tecnologia e muita sensibilidade”, diz.

E acrescenta: “Todos somos diferentes, mas podemos compartilhar uma mesma sala de cinema. Nas sessões tem o pai com deficiência visual, com o filho que enxerga; a filha com deficiência auditiva com a mãe que escuta, crianças com deficiência intelectual ou cognitiva e todos estão juntos se divertindo dentro do cinema”.

David, hoje com 16 anos, diz: “criamos o Festival para todo mundo ser igual. Não igual no sentido de ter as mesmas características, mas os mesmos direitos e possibilidades.

É um momento de inclusão estar todo mundo, pessoas com e sem deficiência, assistindo ao filme”.

Quando David e Sid contam sobre pessoas sem deficiência, eles se referem também a quem vai às exibições como um exercício de aprendizado e empatia.

“Fizemos sessões em escolas, onde as crianças assistem aos filmes de olhos fechados ou com venda nos olhos, para sentir como é um mundo sem imagens. Assim, esses alunos tentam se colocar na posição do outro e aprendem a entender e respeitar as diferenças”, reflete Sid.

Sid destaca as oficinas para pessoas educadoras iniciadas no ano passado. “Temos conseguido contribuir com as pessoas educadoras para fazer o acolhimento de forma adequada.

Assim, cumprimos uma função muito importante, já que aumentamos – e precisamos ampliar ainda mais – a velocidade dessa mudança na sociedade.

Se mostrarmos que a inclusão é perfeitamente possível, ela se torna natural. Estamos fazendo parte de uma história importante, do caminho da acessibilidade, de tudo para todas as pessoas”, diz Schames.

Ele espera atrair ainda mais cidades e apoiadores para 2024, à medida que o projeto se tornar mais conhecido e o país esteja mais estabilizado após a pandemia do Covid-19. “O anúncio de que participaremos do ‘Criança Esperança’ pelo terceiro ano consecutivo, feito no último dia 7, é um importante e emocionante reconhecimento do nosso trabalho.

É também mais uma comprovação de que estamos no caminho certo na construção de uma sociedade melhor e igualitária”, diz Sid Schames.

Rede Virtual

Sobre a Rede Virtual de compartilhamento de boas práticas inclusivas, Sid Schames conta que a novidade incluiu a criação de um Portal que abriga o site da OSC Mais Criança e “outras instituições que também trabalham com a Diversidade, Inclusão Social e Cultural, Acessibilidade e outras questões que combatam as desigualdades e a discriminação”, afirma Sid.

O portal será lançado em agosto e terá uma sala de trocas de boas práticas sociais dos participantes dos eventos.

Lei de Inclusão

Em dezembro de 2015, a Lei Brasileira da Inclusão surgiu para reforçar o direito das pessoas com deficiência. Em seu primeiro artigo, ela diz que “é instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando a sua inclusão social e cidadania.”

A participação das pessoas com deficiência é um direito inquestionável, porém ainda não é concreto e pleno. “As leis existem, mas não são cumpridas na prática.

Por isso, entendemos que projetos como esse, que promovem a acessibilidade e inclusão de todos, ainda são fundamentais.

O Festival de Cinema Acessível Kids oferece conteúdo acessível de qualidade para uma parcela da população que é privada do direito de ter acesso à magia do cinema.

As ações de inclusão cultural para o público das pessoas com deficiência são raras e, quando existem, invariavelmente assistencialistas”, diz Schames.

O Festival de Cinema Acessível Kids, assim como o Festival de Cinema Acessível, segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela ONU. Contribui diretamente para a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, promove a oportunidade de aprendizagem, crescimento inclusivo e sustentável da sociedade e oportuniza trabalho digno para todos (pessoas com e sem deficiência). “Estamos alinhados com os objetivos do desenvolvimento sustentável – ODS 4, ODS 8 e ODS 10 – e participamos diretamente da agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável”, conta o presidente da Mais Criança.

Títulos do acervo da Som da Luz na edição Kids

Avatar 1, Harry Poter 1 e Aladdim, Malévola; Meu Malvado Favorito; Universidade Monstro; Frozen Uma Aventura Congelante e Divertida Mente.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Vida mais livre/Internet

Com informações de assessoria de imprensa.

Pela primeira vez, o Nordeste sedia o Encontro Nacional de Nanismo

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Evento será realizado em Maceió (AL) de 12 a 14 de outubro 20023

O Encontro Nacional de Nanismo deste ano vai acontecer entre os dias 12 e 14 de outubro em Maceió (AL). O evento vai acontecer pela primeira vez no Nordeste. O 6º Encontro, realizado pelo Instituto Nacional de Nanismo (INN) Site externo, terá a participação de diversas pessoas especialistas.

Entre elas, o geneticista Wagner Baratela e a neuropediatra Patrícia Viegas. A maior parte da programação será no Centro de Convenções do Jatiúca Hotel e Resort.

O encontro anual é realizado pelo INN e conta com os movimentos Somos Todos Gigantes, que cuida de famílias de crianças e adolescentes com nanismo, e Nanismo Brasil, voltado para pessoas adultas com nanismo. Em 2022, o evento reuniu mais de 300 pessoas no Beto Carrero World, em Penha, Santa Catarina e, para 2023, a escolha foi Maceió, em Alagoas.

“O Instituto – e, antes dele, o Movimento Somos Todos Gigantes – nasceu em Goiás. No início, nossos encontros aconteciam em Goiânia, mas começamos a receber famílias de outros Estados.

O Nanismo Brasil nasceu em São Paulo e passou a fazer parte do INN em 2021. A ideia, desde o ano passado, é percorrer cidades e estados diferentes a cada ano para possibilitar que mais famílias participem.

Para muitas, o mês de outubro virou mês de férias e nosso encontro passou a estar na agenda obrigatória”, explica Juliana Yamin, presidente do INN.

É durante o encontro que muitas famílias se conectam e, muitas vezes, conhecem, pela primeira vez, outras crianças, jovens e pessoas adultas com a mesma condição.

No total, já são identificadas mais de 700 tipos de displasias ósseas no mundo que causam o nanismo, a baixa estatura. No encontro, além da convivência também é uma importante forma de trocar experiências e participar de palestras sobre saúde, comorbidades, pontos de atenção e tratamentos disponíveis.

O geneticista Wagner Baratela tem Displasia Diastrófica, um tipo raro de nanismo e se tornou referência na medicina genética do país. Patrícia Viegas vai falar sobre o Voxzogo, único medicamento disponível no mundo para acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo.

Programação prévia – (Pode ter alterações até a data do evento)
12 de outubro (quinta-feira)

14h às 15h – Recepção e credenciamento (lembre-se de levar documentos pessoais).
15h às 16h – Abertura.
16h às 17h30 – “Nanismo: o que é importante saber, pontos de atenção ao longo da vida e possibilidades de tratamento” – Palestra e tira dúvidas com o geneticista Dr. Wagner Baratela.
17h30 às 18h30 – Voxzogo e a Acondroplasia – Palestra e tira dúvidas com a neurologista Dra. Patrícia Viegas
Noite Livre
13 de outubro (sexta-feira)

10h às 10h30 – Avisos importantes do dia e entrega dos vouchers para o almoço
10h30 às 12h30 – Biblioteca Viva: A História de Cada Um de Nós – Trabalho terapêutico para todos
12h30 às 14h30 – Almoço no Hotel Jatiúca (incluso para pessoas inscritas)
14h30 às 16h30 – Roda de Conversa 1: “Centímetros a Menos Não Diminuem Você”  (público: adultos e adolescentes 14+ com nanismo).
14h30 às 16h30 – Roda de Conversa 2: “Criando Asas: o Papel dos Pais na Construção dos Filhos” – Psicólogo Rhone Braz e Juliana Yamin  – (público: pais e mães de crianças e adolescentes com nanismo).
16h30 às 18h30 – O Muro: Obstáculos Que a Vida Nos Impõe – Dinâmica da Construção do Muro – Rhone Braz, Júnior Nascimento, Juliana Yamin, Biel Yamin.
19h30 às 23h30 – FAMÍLIAS COM CRIANÇAS | Festa Infantil com Show da Banda Cazuadinha no Buffet Infantil Karlota’s (alimentação inclusa).

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Vida mais livre/Internet

19h30 às 23h30 – ADULTOS COM NANISMO | Happy Hour (local a confirmar – alimentação inclusa).

Edital traz oportunidade de formação para jovens com deficiência ou doenças raras

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Inscrições gratuitas para participar do projeto Confiança no Futuro Para Todos. Ao todo, são 30 vagas e as inscrições vão até 6 de outubro. – 06/10/2023

Jovens com idade entre 14 e 17 anos e 11 meses, com deficiência ou doenças raras, e que sejam pessoas moradoras das regiões periféricas de São Paulo, podem se inscrever, gratuitamente, para participar do projeto Confiança no Futuro Para Todos.

Ao todo, são 30 vagas e as inscrições vão até 6 de outubro. Acesse o formulário das inscrições para saber todas as informações Site externo.

O projeto envolve formações on-line e presenciais, com foco no desenvolvimento de competências para a vida e habilidades para o trabalho. As aulas vão acontecer no Instituto Singularidades, região central da capital paulista

. Por isso, as pessoas que se inscreverem precisam morar em São Paulo. Jovens com esse perfil, que estejam em acolhimento ou em situação de vulnerabilidade, têm prioridade.

A iniciativa foi idealizada e desenvolvida pelo Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS) em parceria com a Secretaria Municipal Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo (SMDHC) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), por meio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD).

Autonomia e protagonismo

Para Beatriz Oliveira, coordenadora do projeto, “o intuito do projeto é trabalhar a autonomia e o protagonismo desses jovens para que possam construir suas próprias histórias, além da deficiência, contribuindo também para o desenvolvimento de competências e habilidades para a vida e o trabalho, empreendedorismo, geração de renda e economia criativa”, explica.

Durante o mês de outubro, o projeto vai oferecer, por meio de uma plataforma digital, 60 horas de capacitação. Ao final do curso, a pessoa participante receberá um certificado de conclusão

. Quem participar vai receber, também, uma ajuda de custo no valor de R$400,00.

Após as formações, o projeto promoverá, ainda, uma mentoria para desenvolvimento de projetos de vida, gerando oportunidades para acelerar o desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes.

O segundo ciclo do projeto está previsto para 2024.

Oportunidades e direitos

Nos últimos anos, o Brasil se empenhou em garantir os direitos de todas as crianças na primeira década da vida, com resultados importantes.

Entretanto, nem todo o investimento se consolidou na segunda década da vida. O país ampliou o acesso à educação, mas milhares de adolescentes deixam a escola anualmente.

O trabalho infantil foi reduzido, mas muitos meninos e meninas de 12 a 18 anos trabalham de forma precária, sem acesso a programas de aprendizagem e sem direitos garantidos.

A cidade de São Paulo tem cerca de 2,5 milhões de jovens, com potencial.

Apesar disso, muitos deles vivem em situação de vulnerabilidade social e não têm oportunidade de formação acadêmica e/ou emprego formal.

A pesquisa “Juventudes e a pandemia do Coronavírus: Edição São Paulo”, realizada pelo Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), mostra que desses jovens-potência, 8 a cada 10 estão à procura de trabalho.

De acordo com o mesmo relatório, daqueles que procuram trabalho, a maioria mostrou-se nessa situação por conta dos efeitos da pandemia, a qual também teve efeito sobre os estudantes, com mais de 40% dos jovens pensando na paralisação dos estudos.

Segundo o IBGE, cerca de 8,9% da população brasileira tem alguma deficiência. Isso equivale a um pouco mais de 18 milhões de pessoas.

Os dados de educação, trabalho e rendimento de pessoas com deficiência mostram que essa população ainda está muito menos inserida nas escolas e no mercado de trabalho do que o restante da população.

Diante desse cenário, o projeto Confiança no Futuro Para Todos tem como objetivo atender a um dos desafios enfrentados pelas juventudes, especialmente jovens com deficiência.

O projeto é um percurso de formação e mentoria para jovens com deficiência e/ou doença rara que objetiva a inclusão produtiva.

O que o projeto oferece?

A iniciativa Confiança no Futuro para Todos é para adolescentes e jovens com deficiência ou doença raras.

Ele oferece:

– Ajuda de custo;

– Trilhas formativas acessíveis para o desenvolvimento de habilidades essenciais;

– Construção personalizada do plano de vida e preparação para o ensino superior;

– Mentorias individuais, para apoio no desenvolvimento pessoal e profissional;

– Incentivo ao empreendedorismo e outras formas de geração de renda.

A inscrição e participação de todas as etapas do projeto é totalmente gratuita. Acesse o formulário da iniciativa para se inscrever Site externo!

Com informações da assessoria de imprensa.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Vida mais livre/Internet