Apenas 2% do conteúdo visual mais popular na web inclui pessoas com deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brrazil)

Pesquisa mostra importância de incluir pessoas com deficiência no marketing e na publicidade.

A comunidade de pessoas com deficiência tem aproximadamente 16% da população global. Ainda assim, ela é negligenciada com frequência na economia mundial. De acordo com a pesquisa VisualGPS Site externo, realizada pela Getty Images & iStock, apenas 2% do conteúdo mais popular de imagens e vídeos inclui pessoas com deficiência.

Um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca o potencial de retornos financeiros que podem ser alcançados ao implementar medidas e promover cuidados com as pessoas com deficiência, e assim, possibilitar sua participação plena na sociedade.

Segundo estimativas, a cada R$1 de investimentos na área, há potencial de retorno em R$10.

Apesar dessas estatísticas, a representação das pessoas com deficiência no marketing permanece extremamente baixa.

“Os números não corroboram com as expectativas do consumidor, e sim perpetuam preconceitos e falsa representação da comunidade.

É crucial que marcas e negócios aumentem e promovam a visibilidade de pessoas com deficiência. Ao incluir conteúdo visual inclusivo, empresas podem moldar narrativas, romper com estereótipos e promover conexões genuínas com um público diverso”, explica Kate Rourke, Diretora de Creative Insights para APAC na Getty Images & iStock.

Incluir interseccionalidade de pessoas com deficiência

Ao selecionar um conteúdo visual que represente pessoas com deficiência com autenticidade, é necessário reconhecer que as deficiências são diversas e incluem diferentes situações, visíveis e invisíveis aos olhos.

Entre 15% e 20% da população mundial é considerada neurodivergente, com recorte de gênero, idade e etnia. Para contrariar a sub-representação e a distorção, incluir pessoas diversas na criação de conteúdos pode ajudar a aumentar as perspectivas e a contar uma história ampla e autêntica.

Recentemente, o Hiki – aplicativo de amizade e encontros para a comunidade autista – e a Getty Images lançaram o #AutisticOutLoud Site externoem mercados internacionais.

Essa iniciativa apresenta uma galeria com curadoria de imagens e vídeos que retratam de forma autêntica a diversidade e a resiliência das pessoas dentro do espectro, feita por criadores de conteúdos que se identificam como pessoas autistas. Por meio de iniciativas como essa, é criado um espaço em que as identidades com nuances e as experiências vividas são validadas.

Garantir múltiplas camadas de representação

O conteúdo visual autêntico deve incluir intencionalmente um amplo leque de experiências, refletindo a interseccionalidade da pessoa com deficiência em termos de idade, etnia, sexualidade, gênero, status socioeconômico, religião e origens culturais.

A pesquisa VisualGPS ainda revela que quase metade dos entrevistados sofreram preconceitos em relação a diferentes fatores de identidade, enfatizando a importância de selecionar imagens por meio de uma lente interseccional.

Ao reconhecer muitas identidades de PCDs, as marcas podem criar representações inclusivas e autênticas que se relacionam com as experiências vividas e afastar a noção de que a deficiência é definida por uma única interpretação.

Pessoas reais. Vidas autênticas.

É essencial quebrar os lugares-comuns e mostrar a diversidade nas experiências de vida da comunidade. Tradicionalmente, as pessoas com deficiência são retratadas isoladas, mantendo preconceitos. Isso não capta a realidade e a diversidade de experiências.

As marcas podem desafiar as narrativas de “diferenciação” e exclusão ao incluir imagens que retratam pessoas que levam uma vida plena. Essas imagens e vídeos devem retratar pessoas envolvidas em atividades sociais, trabalho, esportes, educação e hobbies.

Assim, as marcas podem contrariar os estereótipos e ressaltar que ser pessoa com deficiência é uma parte natural e integrante da identidade de uma pessoa, mas não a única lente por meio da qual ela vive a sua vida.

O poder da autenticidade na comunicação

“A autenticidade na representação visual pode ser alcançada por meio de um processo contínuo de escuta, aprendizagem e adaptação com base no retorno da comunidade. Ao optarem por imagens e vídeos que representam um conjunto amplo de experiências, as marcas podem criar mais confiança na comunidade, ao mesmo tempo que promovem ligações duradouras com um público vasto.

Mostrar as experiências do mundo real de pessoas com deficiência terá um impacto duradouro que promove o diálogo e minimiza os estereótipos”, afirma Kate.

Ao incorporar conteúdo visual autêntico que reflita todo o espectro das experiências humanas, ter diversidade e interseccionalidade, e assegurar múltiplas camadas de diversidade atrás e à frente da câmara, as marcas podem dar passos significativos no sentido de romper com estereótipos e promover uma ligação genuína com seus públicos.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte vida mais livre/Internet

O papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência nas empresas

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

A liderança transformacional é crucial para qualquer empresa que deseja criar um ambiente inclusivo para as pessoas com deficiência. Contudo, para ter eficiência ao aplicá-la, é crucial que você domine o tema.

O que é a liderança transformacional?

A liderança transformacional é uma forma de liderar, onde o foco é inspirar o time inclusivo a alcançar metas de alto nível. Desse modo, ela faz com que a empresa ganhe um lugar de destaque no mercado.

Para dar certo, é crucial criar um local de trabalho que preze pela diversidade e inclusão. Afinal, ela busca valorizar cada indivíduo. Logo, na prática, será preciso ter alguns traços, como:

ter um vínculo com a equipe;
incentivar a inclusão nas tomadas de decisões;
apoiar os grupos diversos;
promover a empatia.

Ao investir nessa liderança, você estará indo além do ato de apenas incluir pessoas com deficiência. Isso porque, a meta é criar um local seguro e adequado, onde elas possam mostrar suas habilidades.

Quais são os traços destes líderes?

Estes líderes possuem muito carisma e forte presença pessoal. Desse modo, eles mostram para o time como é crucial acolher a diversidade e inclusão. Além disso, eles precisam:

ter uma visão que inspire;
habilidades para inovar nos negócios;
se expressar de forma clara;
criar bons laços;
saber realizar mentorias.

Todos os pontos citados servem para líderes com deficiência ou não. Inclusive, muitas vezes, para conseguir alcançar todos os traços, é crucial realizar cursos, frequentar palestras e ter um bom coach.

O papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência nas empresasA liderança transformacional ajuda a traçar estratégias para extrair os melhores resultados.

Um tipo de liderança transformacional é a visionária. Isso porque, nela o líder constrói uma visão do futuro, o que ajuda a traçar estratégias de mercado e promover ambientes de trabalho adequados. Além da citada, há outras, como:

facilitador: cria ambientes autônomos e acessíveis;
treinador: investe na capacitação do time.

Ainda há o tipo que transforma. Ou seja, traz grandes mudanças para o local de trabalho.

Muitas vezes, você verá líderes executando vários desses traços em paralelos. Logo, não precisa escolher apenas um.

Todas as formas têm como foco promover um local inclusivo. Assim, empresas que possuem líderes com esse perfil, tem mais candidatos com deficiência ocupando vagas. Então, você terá mais chances de reter grandes talentos do mercado.
Qual é o papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência?

A liderança transformacional ajuda a criar uma visão inclusiva. Desse modo, todas as pessoas têm apenas as suas habilidades como critério, o que torna o ambiente mais igualitário. Além disso, ela auxilia na criação de:

defesa e apoio;
mudança na forma de pensar;
compromisso geral com a inovação.

Na prática, ela tem um papel crítico no processo de aplicar a diversidade e inclusão. Então, qualquer líder que deseja criar um ambiente justo, saudável e produtivo, precisa investir nessa forma de liderar.

Defesa e apoio

Líderes com esse traço viram defensores dos direitos das pessoas com deficiência. Desse modo, elas vão se sentir acolhidas no local de trabalho. Ou seja, vão poder trabalhar sem medo de preconceito e estereótipos.

Outro ponto relevante é que esses gestores vão lutar por suportes físicos e digitais que atendam esse público. Portanto, elas vão atuar em locais que estimulem a sua competência.

Mudança na forma de pensar

Pelo poder de influência, esses gestores conseguem mudar a forma de pensar do time. Assim, crenças antigas e erradas podem ser desfeitas. Mas, claro que isso vai custar tempo e resiliência.

Muitos cresceram acreditando que indivíduos com deficiência não conseguem ter uma vida comum. Desse modo, quando eles se deparam com esse grupo no local de trabalho, tais visões equivocadas afloram.

Para evitar esse problema, o gestor deve mostrar o quanto cada um é essencial na empresa. Ao tentar aplicar uma mudança sem cautela, pode existir uma resistência e medo.

Logo, é crucial traçar estratégias que se adeque ao perfil da sua equipe. Mas, sempre deixar claro que nenhum tipo de preconceito é tolerado.

O papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência nas empresasA liderança transformacional torna o ambiente mais leve.

Compromisso com a inovação

Líderes que focam na transformação, buscam sempre novos meios para quebrar as barreiras que impedem a inclusão e a diversidade. Desse modo, eles estão estudando o mercado de forma regular.

Esse processo só poderá ser feito se houver muita dedicação. Afinal, sempre há um detalhe que passa despercebido. Mas, na prática, faz muita diferença. Então, será preciso criar uma visão que se atente a todos os aspectos.

Quais são os desafios da liderança transformacional?

Manter o projeto é um grande desafio da liderança transformacional. Isso porque, com o tempo, vão surgir barreiras que podem causar desânimo e frustração. Mas, se houver resiliência, elas serão superadas. Além disso, há outros problemas, como:

novos líderes que não acreditam na causa;
falta de avaliação dos resultados;
não conseguir manter a estabilidade;
falta de recursos;
medo da mudança da cultura.

Quando um líder inclusivo deixa o local de trabalho, pode ser um desafio manter a mudança. Afinal, talvez o sucessor não tenha o mesmo perfil. Desse modo, o RH terá a missão de filtrar candidatos que tenham os mesmos valores.

A eficiência de um gestor para executar projetos se torna trivial se ele não crer na diversidade e inclusão.

Isso porque, hoje em dia, as empresas que não têm esse perfil possuem dificuldades para se destacar no mercado e podem ter problemas jurídicos.

Para manter um ambiente produtivo, saudável e que vise a evolução social, sempre busque por líderes inclusivos.

Assim, o seu negócio vai conseguir crescer de forma contínua até se tornar um grande líder do ramo.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Igual inclusão e diversidade?Internet

Qual a melhor cadeira de rodas e os tipos?

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Dispositivos de mobilidade, incluindo cadeira de rodas, são uma parte essencial da vida diária de pessoas com deficiência motora.

Uma cadeira de rodas pode melhorar o acesso aos serviços diários e também a qualidade de vida.

Há algumas coisas a considerar antes de comprar uma para você ou para um ente querido.

Neste guia, descrevemos os diferentes tipos de cadeira de rodas disponíveis, juntamente com os principais benefícios para ajudá-lo a encontrar o modelo certo para você.

Olhe este guia! Entenda nos próximos tópicos:
✱ Tipos de cadeiras de rodas
✱ A cadeira de rodas é adequada para você?
✱ Modelos de cadeiras de rodas
✱ Soluções complexas para cadeiras de rodas
✱ Usando sua cadeira de rodas
✱ Transporte público e cadeiras de rodas

Tipos de cadeiras de rodas

Os diferentes tipos de cadeira de rodas podem ser amplamente separados em manuais e motorizadas. Cadeiras de rodas manuais precisam ser impulsionadas ou empurradas pelo usuário ou por um cuidador.

Como o nome sugere, as cadeiras de rodas motorizadas possuem motor e bateria recarregável e são movidas por meio de um controle manual no apoio de braço, exigindo apenas um esforço mínimo do usuário.

Quando se trata de cadeira de rodas manuais, existem modelos automotores e de trânsito. Cadeiras de rodas automotivas permitem que você se empurre usando o aro de mão nas grandes rodas traseiras.

Essas cadeiras de rodas geralmente também vêm com uma alça traseira para o cuidador empurrar quando apropriado.

Cadeiras de rodas de transporte ou dobráveis têm rodas traseiras menores e só podem ser empurradas por um cuidador. Esses modelos geralmente são mais leves e podem ser dobrados para caber no porta-malas de um carro.

A cadeira de rodas é adequada para você?

Uma cadeira de rodas oferece maior liberdade para pessoas com mobilidade limitada como resultado de deficiência ou problema de saúde, seja de curto prazo ou mais permanente.

Embora haja benefícios óbvios em usar uma cadeira de rodas, decidir se uma é a certa para você acaba sendo uma decisão pessoal ou familiar.

A maioria das cadeiras de rodas é projetada para manobrar em espaços pequenos e apertados, tornando-as adequadas para uso doméstico.

Cadeiras de rodas mais robustas são projetadas para serem levadas para fora e podem até ser usadas em terrenos difíceis, como calçadas e declives.

Uma cadeira de rodas pode ser usada em conjunto com outros auxiliares de mobilidade ou formas de transporte.

Cadeiras de rodas dobráveis, por exemplo, são leves e cabe no porta-malas do carro, tornando-as adequadas para uso em viagens ou quando um auxiliar de mobilidade maior pode ser muito pesado.

As cadeiras de rodas também podem fornecer assistência temporária quando você está se recuperando de uma lesão ou operação. Isso permite que você continue a manter sua independência, evitando a fadiga ou um atraso na recuperação causado por muita atividade física.
Modelos de cadeiras de rodas

Depois de considerar como e onde usará sua cadeira de rodas, vamos dar uma olhada nos diferentes tipos disponíveis.

Cadeira de rodas de viagem

Leve e dobrável, uma cadeira de rodas para viagem ou trânsito é uma opção ideal para pessoas que precisam usar uma com pouca frequência ou apenas por curtos períodos de tempo.

Essas cadeiras de rodas têm uma estrutura ultraleve e rodas pequenas, tornando-as fáceis de levantar e dobrar no porta-malas de um carro padrão.

Uma cadeira de rodas de viagem também é uma boa opção para aqueles momentos em que sua cadeira padrão ou auxiliar de mobilidade não é conveniente.

Cadeiras de rodas automotoras

Uma cadeira de rodas automotora oferece independência e flexibilidade. Essas cadeiras de rodas podem ser impulsionadas pelo usuário ou empurradas com a ajuda de um cuidador.

Esta é uma opção ideal para quem quer se locomover sem ajuda em casa, ganhando as características de uma cadeira de rodas de trânsito, inclusive sendo leve e fácil de transportar em viagens.

Cadeiras de rodas motorizadas

Cadeiras de rodas motorizadas, também conhecidas como cadeiras de rodas motorizadas ou elétricas, fornecem o mais alto nível de independência e conveniência.

Eles têm uma alavanca no apoio de braço para controlar a velocidade e a direção, a inclusão de um motor facilita a navegação nas encostas, enquanto o pequeno círculo de giro permite o uso interno e externo.

As cadeiras de rodas motorizadas atingem uma velocidade máxima de cerca de 5 km/h, permitindo realizar atividades a uma velocidade de caminhada.

Eles ocupam menos espaço do que uma scooter de mobilidade e são mais manobráveis, tornando-os mais adequados para uso interno.

Soluções complexas para cadeiras de rodas

Para pessoas com desafios de mobilidade mais complexos, é preferível uma solução de cadeira de rodas individualizada.

Usuários de cadeiras de rodas complexas geralmente têm problemas significativos de mobilidade como resultado de lesões traumáticas, doenças neuromusculares ou distúrbios congênitos.

Para essas pessoas, a capacidade de adaptar completamente suas cadeiras de rodas para atender às suas necessidades e requisitos oferece o nível ideal de conforto e independência.

Usando sua cadeira de rodas

Ao levar sua cadeira de rodas para casa pela primeira vez, reserve um tempo para fazer os ajustes necessários para conforto e ajuste.

Isso pode incluir aumentar ou diminuir a altura do assento, ajustar o ângulo das rodas e mover a placa dos pés.

Certifique-se de saber onde estão os freios e como aplicá-los. E pratique entrar e sair da cadeira, com ou sem ajuda.

Se você estiver usando uma cadeira de rodas motorizada, familiarize-se com os controles e pratique o movimento para frente, virando e dando ré em uma superfície plana e clara.

Considere onde você guardará quando não estiver sendo usada. Se você tiver uma cadeira de rodas motorizada, precisará ter acesso fácil a um ponto carregador para carregá-lo entre os usos.

Sua cadeira de rodas deve receber manutenção regularmente. Cadeiras de rodas motorizadas devem receber manutenção anualmente, enquanto cadeiras de rodas manuais devem receber manutenção de acordo com o uso.

Antes de usar, verifique se os pneus estão cheios e se tudo está seguro.

Faça todos os ajustes no apoio para os pés ou braços para garantir uma viagem segura e confortável.

Certifique-se de não sobrecarregar a cadeira com bolsas que possam fazer com que ela tombe. Se você estiver viajando em colinas ou encostas, considere adicionar um cinto de segurança para evitar quedas para a frente.

Por fim, planeje sua rota e saiba para onde está indo. Se você for usar o transporte público, verifique quais serviços acessíveis estão disponíveis. Se puder, evite estradas movimentadas e calçadas estreitas e atravesse a rua nas faixas de pedestres sinalizadas.

Transporte público e cadeiras de rodas

A maioria dos serviços de transporte público é acessível para cadeira de rodas e tanto cadeiras de rodas manuais quanto motorizadas podem ser transportadas a bordo.

Se estiver viajando de ônibus ou bonde, verifique se sua rota oferece serviços acessíveis. Às vezes, a operadora adiciona um serviço acessível se você solicitar com antecedência – então não custa nada verificar.

O motorista estenderá uma rampa para ajudá-lo a passar do meio-fio para o ônibus ou bonde. Quando chegar a hora de desembarcar, eles estenderão a rampa para você novamente.

A escolha da cadeira de rodas certa significa maior qualidade de vida e a acessibilidade é um direito de todos. Esperamos que este texto tenha te ajudado a realizar a melhor escolha!

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Constamed

E qual você diria que é a diferença entre ter deficiência e ser deficiente?

CLEOdomira Soares dos Santos
BBC News Mundo – E qual você diria que é a diferença entre ter deficiência e ser deficiente?

Risso – A identidade. Quando alguém decide que é deficiente e percebe que isso irá acompanhá-lo por toda a vida, aquilo se torna uma característica, como tantas outras.

Sou uma mulher, sou branca e também sou deficiente.

De qualquer forma, acredito que o mais difícil é que a sociedade entenda que o problema, na verdade, são os outros, não somos nós.

Para falar de forma mais teórica, o modelo social da deficiência entende que a deficiência é uma construção social, não é um tema individual, não é um problema que exige que se cure uma pessoa.

O entorno é que precisa se adaptar para que essa pessoa possa viver com a maior autonomia possível.

Mesmo assim, acho que este conceito não encerra a discussão sobre a ideologia da normalidade.

Edição; CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte; BBC News/Internet

Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Sabemos que a luta das pessoas com deficiência para obter espaços acessíveis e igualitários na sociedade percorreu por um bom tempo.

E nada melhor do que podermos refletir um pouco mais sobre esse percurso, discutindo um pouco a respeito da comemoração do Dia nacional da luta das PCDs, data que está vindo por aí: 21 de Setembro.

Se você se interessa por informações a respeito deste dia tão especial e como a data foi estabelecida, vem com a gente para mais um texto!

Trajetória da luta das pessoas com deficiência ainda não acabou

A trajetória da luta das pessoas com deficiência não foi nada fácil e momentânea.

Essa data de comemoração, comemora, mas também relembra todos os passos a respeito das conquistas por direitos.

É interessante ainda ressaltar que a luta não acabou. Há muito ainda a ser conquistado.

Infelizmente vivemos em uma sociedade preconceituosa e apática em relação a aqueles vistos como “diferentes”.

Dito isso, devemos ter em consciência que o dia nacional desta luta é para comemorar o que foi conquistado, mas também para olhar para o futuro e ter a plena consciência que ainda há muito a ser adquirido.

Qual a importância do Dia Nacional da luta das pessoas com deficiência?

Quando vamos olhar para o próximo, é sempre importante colocar em prática a empatia e tentar sempre pensar nas dificuldades e até mesmo nas conquistas que essa pessoa teve em sua vida.

É comum comemoramos datas festivas durante todo o ano, como: Halloween, festa junina, entre outros. A questão aqui é: por que não comemorar a luta de um povo que se prontificou a lutar por seus direitos e também para os direitos do próximo?

A data traz a reflexão da importância da inclusão nas diversas esferas sociais e ainda dá voz a aqueles que, por boa parte do tempo, permaneceram calados e impossibilitados de se manifestar como cidadãos comuns.

Além disso, a data ainda ressalta a importância de movimentos sociais que pegaram para si a luta e procuram destaques para a causa social.

Compreender e ser compreendido é uma busca constante, até para quando nos expressamos na nossa própria língua.

E quando não conseguimos cumprir de forma satisfatória esse bem que a interação nos traz, quando não conseguimos entender, e nos fazer entender, sentimo-nos estrangeiros, estranhos.

Partindo dessa reflexão, podemos compreender melhor o porquê é tão importante nos aprofundarmos a respeito do tema neste dia.

As PCDs são cidadãos brasileiros, que, como outras minorias, estão colocados à margem da sociedade, porém, seus movimentos e suas lutas, estão colocando os sujeitos que fazem parte deste grupo, como pessoas de voz!

Tipos de deficiências

E claro, tão importante quanto comemorar, é também informar! Falaremos a seguir resumidamente acerca dos tipos de deficiências para que você fique mais ainda por dentro dos cidadãos que fazem parte deste grupo.

Deficiência Física: As pessoas com deficiência física são aquelas com condições motoras danificadas e que comprometem o desenvolvimento de funções diárias. São consequência de lesões neurológicas, ortopédicas, más formações congênitas ou que foram adquiridas durante o tempo.

Deficiência Auditiva: Como o próprio nome diz, está relacionado a audição. As pessoas com deficiência auditiva, são cidadãos que perderam uma parte ou total capacidade de ouvir. A perda auditiva pode ser consequente a doenças hereditárias, maternas, problemas na hora do nascimento/parto, infecções ou até mesmo a lesões que atingem o sistema auditivo.

Deficiência Visual: A deficiência visual é aquela que dificulta com que a pessoa possa enxergar. Podendo ser ela por diversas causas, a deficiência visual acomete boa parte da população devido ao alto número de doenças relacionadas à visão. A deficiência visual engloba pessoas cegas, com baixa visão ou monocular.

Deficiência Intelectual: A deficiência intelectual pode ser consequência de doenças hereditárias, má formação dentro do útero e muitas outras. A falta de inclusão a essas pessoas ainda é frequente. Muitas vezes por preconceito, essas pessoas são restritas de locomoção e comunicação, pauta, entretanto, de muitas discussões a respeito da inclusão de PCDs.

Por que 21 de setembro?

Muitos devem pensar “por que é comemorado dia 21 de setembro”, para quem não sabe esta data também é o dia das árvores, além disso dia vinte um representa o início da primavera, e isso não acontece por coincidência.

A data foi escolhida a fim de marcar o renascimento, a evolução de todas as coisas, inclusive neste caso, da luta das pessoas com deficiência.

Lei de cotas: ajuda na luta das pessoas com deficiência

Uma das conquistas da luta de PCDs é a respeito da lei de cotas. A Lei 8213/91 oferece às pessoas com deficiência acesso a Planos de Benefícios de Previdência e ainda dispõe da contratação de pessoas com deficiência.

Podemos, então, considerar esta lei uma conquista fenomenal, já que uma das causas de exclusão sociais, é devido a impossibilidade desses cidadãos fazerem parte de todas as esferas de nossa sociedade, inclusive a de trabalho.
Para saber mais…

Informações são sempre bem vindas. Com o alto uso da tecnologia e das redes sociais, não existe desculpa para quem não procura se adentrar nas diferentes causas sociais que ainda são ignoradas por grande parte da população.

Dito isso, é interessante que você continue fazendo esta ação de saber um pouco mais sobre política e inclusão de PCDs. Existem, inclusive, curadorias que auxiliam empresas a contratar funcionários com deficiência, colaborando para que a luta não acabe e que possamos cada vez mais evoluir socialmente e também como pessoas.

Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência

Conclusão

O Dia nacional da luta das pessoas com deficiência é a melhor forma de conseguirmos relembrar a trajetória e persistência pelo bem estar e inclusão de boa parte da população, além de podermos comemorar as diversas conquistas e planejar um futuro ainda melhor.

E aí? O que achou do nosso texto a respeito desse dia tão importante. Nunca se esqueça de sempre compartilhar com seus amigos informações tão importantes e fazer parte das pessoas que ajudam na contribuição por um Brasil mais empático.

A igual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.

Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.

Edição: Gison de Souza DANIEL
Fonte: igual-http://linkedin.com/in/andrea-schwarz/Internet