Deficientes físicos que trabalham têm vida mais feliz

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Ter trabalhado durante a vida é extremamente positivo na experiência de vida de quem tem deficiência física.

Esse é um dos resultados da tese de doutorado A experiência do envelhecer com deficiência física: uma abordagem fenomenológica realizada por José Alves Martins na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. O estudo também concluiu a ausência de políticas públicas para deficientes físicos idosos.

A pesquisa foi qualitativa com abordagem fenomenológica. A fenomenologia busca compreender a essência do ser. No caso deste estudo, compreender a experiência de ser uma pessoa idosa com deficiência.

“É uma entrevista fenomenológica, que faz parte da metodologia e pode durar até três horas.

É um discurso colhido no cotidiano da vida.

A pessoa projeta valores, representações, costumes, significados e sentidos.

A partir das suas vivências, ela projetou tudo isso e no discurso dela é possível identificar esses significados”.

Os 15 participantes foram selecionados na rede de cadastros da Associação dos Deficientes de Mato Grosso.

Como critério, eles deviam ter 60 anos de idade ou mais e a deficiência física não podia ter sido adquirida após os 40 anos, com o intuito de incluir apenas pessoas com longo tempo de experiência na deficiência física, antes da velhice.

Percebeu-se que quem acessou o mercado de trabalho teve uma vida mais inclusiva, chegando à velhice com uma identidade social e coletiva melhor desenvolvida.

“Tinha autoestima melhor, um sentimento de que ela não era uma incapacitada, porque trabalhava, produzia, contribuia com a sociedade. Ao se comparar com uma pessoa não deficiente, ela não sentia tanto o impacto do estigma quanto àqueles que não conseguiram acessar o mercado de trabalho”.

Além da inclusão social, o trabalho também gera renda, o que contribuiu para melhores condições socioeconômicas. Por essa razão, é fundamental o desenvolvimento de políticas de inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, inclusive as idosas.

O pesquisador explica que não existem políticas públicas para esse segmento da população. “Encontramos pessoas vivendo à margem da sociedade, em isolamento social, fora de todo o alcance dos dispositivos públicos.

Não têm instituições para eles, nem políticas sociais e de saúde para esse segmento”. Segundo Martins, os informantes apresentavam identidade quanto pessoa muito deteriorada, por conta de todo o estigma enfrentado durante a vida. “Ela não se encaixa no padrão corporal socialmente aceitável. Então, ela carrega isso na identidade”.

Outra percepção é de que, ao envelhecer, a pessoa que vive com deficiência tem uma dupla carga de mobilidade reduzida. Isso porque ela sempre conviveu com uma parte do corpo lesionada, mas agora, a parte não lesionada envelheceu.

“Ela conseguia empurrar a cadeira de rodas porque tinha braços fortes. No envelhecimento, não tem mais. Então, sofre-se essa dupla carga de mobilidade reduzida.

Isso dificulta ainda mais o acesso aos dispositivos sociais”.

A não adaptação dos espaços públicos também colabora para a redução da mobilidade. As praças, os parques e as ruas necessitam sofrer modificações, para facilitar o avanço do declínio físico.

O modelo de reabilitação utilizado foca na recuperação física do paciente. Quando percebe-se que o caso não tem mais reversão com fisioterapia, ele é desligado do serviço de saúde.

“Isso é uma violência institucional muito grande. Quando você desliga essas pessoas do serviço, elas ficam lidando com todas adversidades sem o amparo do Estado”.

O pesquisador ressalta que existem garantias legais, como a Lei Brasileira de Inclusão, de que os deficientes físicos acessem todos os níveis de atenção na saúde.

“Uma pessoa como eu não espera mais nada da vida”

Uma das perguntas da pesquisa fenomenológica era “O que você espera para o futuro?” Os informantes demonstraram ausência de perspectiva na velhice e uma percepção da finitude como inevitável. Segundo Martins, as respostas eram “nulas”, com alguns relatando estarem esperando apenas o fim da vida. “Não tem mais esperança, não aposta em mais nada, não conta mais com os serviços, com a sociedade e com os dispositivos públicos para melhorar a vida deles”.

“Elas não podem ser esquecidas dos serviços e das redes porque envelheceram”, afirma José Martins.

Rede informal de apoio

Existe uma rede informal de apoio social, que é o apoio da família e dos amigos, que é forte e duradoura. “Essa rede que se formou em torno dessa pessoa é muito mais forte e muito mais benéfica do que a rede formal instituída pelo setor público. Nós com os nossos centros de reabilitações, com fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, não fazemos a metade do que uma rede informal faz”. Martins explica que a vizinha que faz compras no mercado, por exemplo, faz parte dessa rede de apoio informal.

“Essa rede informal está longe dos olhos da rede de serviços de saúde. É preciso criar redes de serviços que se comunique e dialogue com a rede informal nas comunidades para fazer a inclusão dessas pessoas, ainda que envelhecidas”.

Segundo o pesquisador, a sociedade brasileira tem uma dívida histórica com esse segmento da população.

Por isso, é importante pesquisar a respeito: “É preciso reparar as injustiças que essas pessoas vivem.

E o melhor caminho é o da pesquisa, para desvelar essa realidade e a partir da compreensão dela, poder propor políticas públicas mais socialmente aceitáveis e que consigam incluir essas pessoas”.

Edição:Gilson de Souza DANIEL
Fonte:AUM-Agencia Universitaria de Noticias/Internet

Como melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Dominar a independência para realizar pequenas tarefas do dia a dia é extremamente importante para o desenvolvimento psicológico, físico e emocional, para pessoas com deficiência essa conquista tem um peso ainda maior.

Mas, para obter o sucesso é preciso enfrentar uma série de questões sociais, culturais e econômicas como locais pouco acessíveis ou a indisponibilidade de vagas no mercado de trabalho.

Cada deficiência proporciona um tipo de comportamento e diferentes formas de reações e preconceitos. Com a falta de conhecimento, a deficiência é tratada como uma doença crônica, um peso ou um problema.

O estigma da deficiência é grave, transformando as pessoas cegas, surdas e com deficiências mentais ou físicas em seres incapazes, indefesos, sem direitos, sempre deixados para o segundo lugar na ordem das coisas.

É necessário muito esforço para superar esta marca.

Mesmo que o déficit seja em menor ou maior grau, sempre é possível trabalhar com essas pessoas na busca constante de autonomia e melhorar a sensação de pertencimento à sociedade em que vivemos.

Para que isso possa acontecer de uma boa maneira, amigos e familiares próximos são os que desempenham um papel fundamental, já que podem oferecem não apenas o suporte emocional, mas também estimulam as habilidades e o esforço para ultrapassar as limitações, da pessoa com deficiência.

Os principais desafios para as pessoas com deficiência

Apesar de todas as pessoas estarem asseguradas pelo estado, e dá existência da lei 3.146/2015, conhecida como Lei de Inclusão, que concede o direito “ir e vir” igual a todos os cidadãos, as condições proporcionadas, às pessoas portadoras de necessidades especiais, são inadequadas para que possam superem os obstáculos que enfrentam todos os dias.

Calçadas que se encontram em péssimas condições, lojas e restaurantes que não estejam adaptados, transporte precário, preconceito de outras pessoas, essa são apenas algumas das diversas barreiras que podem ser encaradas diariamente.

A estrutura das cidades, sempre inabilitou os portadores de deficiência, discriminando-os e de certa forma privando-os de liberdade. Essas pessoas enfrentam a dificuldade em atendimento, a retirada de seus direitos básicos, viram alvos de atitudes preconceituosas e ações negligentes de uma sociedade que não está preparada para recepcionar as diferenças.

Como podemos incluí-los?

Através de políticas públicas podemos conscientizar a sociedade da existência de inúmeras pessoas com capacidades limitadas.

Mas ainda não é o suficiente, afinal, sabemos que elas existem, mas como podemos mostrar a elas a sua importância?

Abrindo caminhos para que consigam o primeiro emprego, para que tenham acesso a lugares públicos e adaptando o transporte público para maior autonomia, garantindo o direito de ir e vir a todos e todas.

De acordo com a lei de cotas, 8.213/1991, quando a empresa possui mais de 100 funcionários, ela possui a obrigação de ter 2 a 5% de seu quadro com profissionais que possuam alguma deficiência.

Apesar, de ter sido feita na década de 90, essa norma só entrou em vigor muitos anos depois, quando a Justiça criou mecanismos de fiscalização práticos e especificou mais ainda o que era considerado deficiência.

Alguns dos caminhos para a inclusão são simples, que tal começar mostrando a representatividade dessas pessoas?

Já conseguimos pensar em políticos ou indivíduos ocupando altos cargos públicos e que tenham alguma deficiência?

Pode até parecer fácil, mas não podemos deixar de encorajar a nova geração a buscar seus direitos e a possibilidade de se tornar representante de uma classe que é minoria porém é de grande importância para o crescimento da sociedade.

Proporcionando qualidade na saúde mental…

Além dos impactos causados pelas limitações físicas ou psíquicas, a exclusão social também causa consequências importantes para a vida de quem é portador de necessidades especiais.

A falta de inclusão e acessibilidade na mobilidade urbana, por exemplo, muitas vezes tira o ânimo da pessoa em sair, pois já prevê as dificuldades que enfrentará.

Todo esse sentimento de reclusão pode abrir ainda espaço para que a pessoa sinta raiva, angústia e culpa, que juntos aumentam ainda mais a possibilidade do indivíduo desenvolver depressão.

A participação dos amigos mais próximos e da família é fundamental para encontrar formas para melhorar as experiências da pessoa e essa é uma forma de contribuir para a sua saúde.

Incentivar a participação em atividades de lazer e buscar desenvolver o interesse por entretenimento, buscar outras formas de facilitar a locomoção e planejar situações que trazem bem-estar, poder ser maneiras de ajudar na inclusão dessas pessoas.

… e na saúde física!

É essencial a reabilitação para a saúde das pessoas e dependendo da deficiência, mais uma vez é importante que a família ajuda a identificar as necessidades.

Praticar exercícios físicos são importantes para todas as pessoas, ainda mais para as pessoas que tem problemas de locomoção. Todos os tipos de atividade física pode contribuir para a melhoria, é necessário apenas considerar a deficiência e o tipo de esporte que mais agrada a pessoa a ser tratada. Adaptar também os esportes para atender todo o tipo de público é possível.

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

Celebrado no dia 3 de dezembro, o dia internacional do deficiente físico foi instituído por uma assembleia geral na ONU (Organização das Nações Unidas), em 14 de outubro de 1992, a data, escolhida para comemorar o dia, coincide também de ser comemorado o Dia do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência – criado em 1982.

Com base em dados da ONU,calcula se se que cerca de 10% da população mundial possui alguma deficiência.

Para a data, a ideia principal é refletir, e pôr em prática, os melhores e mais adequados métodos para garantir que as pessoas que sofrem com algum tipo de deficiência possam ter uma boa qualidade de vida e dignidade.

Além do obrigatório e esperado acerca das ações do poder público, é preciso também uma maior mobilização social para o estímulo de políticas públicas de inclusão social.

Isso envolve várias áreas da sociedade, como a cultura e educação. Para isso, todos os empenhos conjuntos e individuais que busquem romper preconceitos são necessários e fundamentais para uma melhor vivência costumeira.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Paxbahia/Internet

Veja Também

A multinacional Dow abre 38 vagas para Programa de Estágio para PcD

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

A multinacional Dow abre 38 vagas para Programa de Estágio para PcD

A Dow abriu inscrições para o seu Programa de Estágio 2024 “Protagonismo que move a ciência”. Com oportunidades para estudantes de diversos cursos de graduação, a companhia oferece 38 vagas distribuídas nas unidades da Dow em São Paulo (SP), Jundiaí (SP), Guarujá (SP), Santos Dumont (MG), Aratu (BA) e Breu Branco (PA). As inscrições seguem até o dia 30 de outubro no site da Cia de Talentos.

Assim como nas seleções anteriores, o programa de estágio da Dow continua com foco intencional na atração de talentos negros, mulheres e PcD. Para isso, a companhia instituiu pré-requisitos mais flexíveis, não exigindo o domínio do inglês ou experiência profissional. A maioria das vagas também não têm como pré-requisito cursos acadêmicos específicos.

Podem se inscrever estudantes com formação prevista entre julho de 2025 a janeiro de 2026. Os candidatos aprovados devem ter disponibilidade para estagiar 30 horas semanais pelo período de 1 a 2 anos.

Os benefícios são: Bolsa-auxílio competitiva com o mercado; Plano Médico; Plano Odontológico; Cartão Farmácia; Folga no dia do seu aniversário; Gympass; Seguro de Vida; Programa de Desenvolvimento Profissional e Pessoal; Coach; Be Ready Dow – Programa de Desenvolvimento de idioma estrangeiro (inglês); Vale Refeição ou Restaurante no Local de Trabalho (a depender da localidade); e Auxílio Transporte, Auxílio Estacionamento ou Van (a depender da localidade).

SÃO PAULO (SP): Supply Chain (Planejamento), Finanças (Risco de Crédito), Recursos Humanos (área de Operações), Supply Chain (Cadeia de Suprimentos), Supply Chain (Automação de Dados), Supply Chain (Atendimento ao Cliente), Supply Chain (Logística), Finanças para Negócios, Comunicação, Excelência Comercial, Marketing & Vendas, Recursos Humanos (Suporte ao time de HR Partner), Recrutamento e Seleção, Análise de Sistemas e Tributos Diretos (IRPJ).

GUARUJÁ (SP): Engenharia Química

JUNDIAÍ (SP): Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento (Suporte técnico), Pesquisa e Desenvolvimento (foco em Pesquisa) e Pesquisa e Desenvolvimento (Laboratório de Aplicações)

SANTOS DUMONT (MG): Planta Metalúrgica

ARATU (BA): Engenharia Química, Engenharia Química (Operação Ambiental), Integridade Mecânica e Manutenção

BREU BRANCO (PA): Manutenção, Engenharia de Processos, Laboratório (Controle de Qualidade), Engenharia de Melhorias e Manutenção Industrial

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Inscrições no site: https://ciadetalentos.com.br/estagiodow/

Reabilitação profissional: o que é e como isso pode ajudar uma pessoa com deficiência?

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

A reabilitação profissional ajuda um indivíduo a ter uma nova chance no mercado de trabalho. Neste artigo, você vai conferir um pouco mais sobre o programa, bem como, de que maneira isso pode ajudar uma pessoa com deficiência.

O que é a reabilitação profissional?

A reabilitação profissional é um programa social do INSS que visa reinserir pessoas com deficiência ou doenças sérias ao mercado de trabalho.

Quem já sofreu algum tipo de acidente no serviço, teve que parar de atuar e assegurado pelo INSS, tem direito a participar. Ao passo que, é muito comum que eles cessem suas atividades por motivos de saúde:

mental;
social;
física;
sensorial.

A ideia do programa de reabilitação é fazer com que elas tenham uma chance de voltar a trabalhar, bem como capacitá-las para isso. De modo que, mesmo que haja algum tipo de limitação, terá uma análise clínica sobre as suas condições físicas e mentais.

Com a Lei de Cotas do governo, as pessoas podem ter uma nova chance de atuar de outra forma. Ou seja, é um direito legal que o cidadão possui, embora o seu trabalho seja diferente.

Reabilitação profissional: o que é e como isso pode ajudar uma pessoa com deficiência?A reabilitação profissional é um programa que insere pessoas ao mercado de trabalho.

Como funciona essa reabilitação?

A pessoa passa por um laudo médico para saber quais são as suas condições e para entender a melhor forma de inseri-lo ao mercado de trabalho. Além disso, os objetivos profissionais dele são considerados nessa etapa.

Depois dessa fase, uma equipe multidisciplinar do órgão irá atuar na sua reabilitação. Ou seja, eles vão auxiliar na recuperação da pessoa, a fim de deixá-la em boas condições físicas e mentais para voltar a atuar.

Caso seja preciso, é comum levá-la para fazer um curso, escola e até mesmo uma faculdade para adquirir ainda mais conhecimento.

O INSS irá arcar com todos os custos para a reabilitação ser simples, leve e prática. Contudo, o processo requer um acompanhamento de perto para garantir que a pessoa se adapte.
Como a reabilitação profissional pode ajudar pessoas com deficiência?

A reabilitação profissional pode auxiliar na saúde da pessoa com deficiência, ou seja, ela pode desenvolver melhor as suas habilidades, por exemplo:

alta capacidade de raciocínio;
ter mais conhecimento;
sessões de fisioterapia.

Tudo vai depender da limitação que a pessoa tem, o que vai resultar na sua análise, bem como acompanhamento para melhorar. Em suma, a ideia é fazer com que ela possa atuar bem em equipe e tenha uma alta produtividade.
Um novo emprego

Com a reabilitação, a pessoa fica apta a ter um bom emprego. Nesse sentido, os profissionais que cuidam de todo o processo, irão auxiliar na busca por empresas que dão equidade de oportunidades.

Há muitas marcas que valorizam a diversidade e inclusão, por outro lado, existem as que apenas cumprem as cotas de acordo com a lei. Por isso, o ideal é estar em um negócio que abrace a causa e dê todo o suporte a pessoa com deficiência.
Reabilitação profissional: o que é e como isso pode ajudar uma pessoa com deficiência?A reabilitação profissional ajuda as pessoas com deficiência a conseguirem um novo emprego.

Suporte contínuo

O suporte contínuo é um ponto vital da reabilitação, uma vez que não basta só ter um emprego, é preciso mantê-lo. Por esse motivo, a equipe responsável do INSS irá garantir isso com um acompanhamento de perto de toda a fase.

Isso significa que a pessoa deve ser capaz de se adaptar às novas funções, bem como à sua nova rotina de tarefas. Todavia, para tal ponto ter a sua eficiência, a adoção de cursos e treinamentos extras serão vitais nessa ideia.
A inclusão social

O processo de reabilitação de uma pessoa é vital para a inclusão dela não só em empresas, mas no meio social. Desse modo, o cidadão pode levar uma vida plena e com as melhores condições, como é o seu direito.

Sem contar que isso também dá uma maior liberdade financeira, uma vez que ele terá como se sustentar graças ao seu trabalho. Ou seja, reabilitar uma pessoa que possui algum tipo de deficiência é dar a ela a chance de ter a vida que sempre quis.

Quais são os benefícios da reabilitação profissional?

A reabilitação profissional, a princípio, permite que uma pessoa com deficiência supere os desafios que limitam as suas capacidades físicas ou mentais. Dessa forma, ela terá uma nova chance no mercado de trabalho e conquistará sua independência.

Muitos outros pontos também são importantes citar nesse contexto, uma vez que há vários benefícios que se pode adquirir no processo, como:

uma melhor qualidade de vida;
apoio institucional para se adaptar ao trabalho;
inclusão social;
reduz o estigma social;
aumento da autossuficiência.

São muitos os pontos positivos da reabilitação de uma pessoa com deficiência. Dessa forma, cada um pode ter mais qualidade de vida, além de se adaptar melhor no meio social e profissional.

Por que investir na reabilitação profissional?

A reabilitação profissional é vital para dar uma chance de trabalho para pessoas com deficiência. Ou seja, é um meio de inseri-las no mercado, bem como dar equidade de oportunidades para eles, além disso, vale citar também:

dá ao profissional a sua independência financeira;
melhora a sua qualidade de vida;
ajuda a desenvolver as suas habilidades;
permite que a pessoa tenha acesso a novas oportunidades de emprego.

Como você pode notar, é uma forma de reeducar e recolocar uma pessoa cujas limitações o impedem de trabalhar, no mercado de trabalho. Por fim, é crucial frisar que as empresas devem incluir e integrar, além da lei de Cotas, para o sucesso da reabilitação.

Edição CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte:Igual/Internet

SP 23 mil pessoas autistas já emitiram digitalmente a CIPTEA

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

A CIPTEA é uma carteirinha oficial de identificação para pessoas com TEA – Lei Federal N° 13.977/20 e na Lei Estadual Nº 17.651/23, que foi promulgada pelo Governo de SP no mês de março deste ano

De lá para cá, a emissão do documento ocorre de forma digital ou em 26 postos do Poupatempo em todo o Estado de SP, que agora contam com salas sensoriais para o atendimento de pessoas autistas.

Para obter o documento de forma digital, é preciso acessar o portal Ciptea, preencher um cadastro e anexar os documentos solicitados, como foto de rosto e relatório médico. Quando aprovada, a carteira ficará disponível para download e impressão no conforto de casa.

Para emitir a CIPTEA, acesse o link: https://ciptea.sp.gov.br/

Edição:Gilson de Souza DANEIL
Fonte:Internet

O que é o teste psicométrico e como fazê-lo de forma inclusiva?

CLEOdomira Soares dos Santos (cascavel Pr Brazil)

Um teste psicométrico é muito comum em processos de seleção de empresas.

Assim, essa avaliação traça o perfil do candidato e, em geral, é feito por um psicológico.

Dessa forma, para torná-lo mais inclusivo para as pessoas com deficiência, saiba como adaptá-lo.
O que é teste psicométrico?

Teste psicométrico é um conceito comum para recrutar pessoas, cuja meta é fazer uma previsão mais precisa e justa sobre os candidatos. Isso porque, mostra se as chances de trabalho são boas e como se sair bem na sua função.

Há muitas formas de aplicá-lo, mas todas analisam o perfil e avaliam se o candidato possui o que se exige para os cargos em questão. Assim, ele também pode ser aplicado para as pessoas com deficiência a partir de adaptações simples.

O que é o teste psicométrico e como fazê-lo de forma inclusiva?O teste psicométrico ajuda a empresa a fazer boas contratações.

Como tornar o teste psicométrico mais inclusivo?

O teste psicométrico pode ser mais inclusivo a partir de uma sequência de passos. Então, aqui estão alguns jeitos práticos para melhorar essa avaliação para as pessoas com deficiência, a fim de fazer um recrutamento inteligente.
Adaptações acessíveis

Ofereça versões em muitos formatos, como braille, áudio ou formatos digitais acessíveis. Além disso, permita que os candidatos usem tecnologias assistivas, como leitores de tela, para que todos entendam todos os passos e mostrem as suas soft skills.

Ambiente acessível

Certifique-se de que o local onde ele é feito seja de fácil acesso a pessoas com deficiência física. Dessa forma, forneça opções de assentos adequados e instalações adequadas, como rampas.
Linguagem inclusiva

Use linguagem clara e simples no teste, evite jargões ou termos que possam ser confusos. Assim, se certifique de que as instruções sirvam para pessoas com diferentes níveis para uma avaliação bem assertiva e justa.
Variedade de habilidades

Analise várias habilidades e tenha diferentes tipos de testes que as avaliem. Então, evite depender de testes que possam excluir candidatos com perfis diferentes.

Dê um feedback construtivo

Dê um feedback construtivo após o teste, onde destaque áreas de força e dê sugestões para que eles se desenvolvam. Dessa forma, isso é crucial para garantir que a avaliação seja educativa e não discrimine ninguém.

Treinamento sensível à inclusão

Garanta um treinamento comportamental para os administradores do teste. Afinal, eles devem se preparar para entender o processo de inclusão e estarem cientes das melhores práticas para torná-la uma realidade na empresa.

Lembre-se que se adaptar e a flexibilizar são essenciais ao lidar com a diversidade de candidatos. Já que, cada pessoa é única e é crucial se adaptar com a ajuda de todos e assim, respeitar as necessidades de cada um.
O que é o teste psicométrico e como fazê-lo de forma inclusiva?Torne o teste psicométrico mais inclusivo para pessoas com deficiência.

Qual é a importância do teste psicométrico para a empresa?

O teste psicométrico costuma ser aplicado por ser uma alternativa viável do ponto de vista financeiro e um meio eficiente de filtrar os candidatos. Dessa forma, é crucial saber quais têm as maiores chances de serem bem-sucedidos no cargo em questão.

Entre os motivos pelos quais cada vez mais empresas apostam nesse recurso, é porque há vários benefícios. Então, algumas das suas principais vantagens estão descritas a seguir, confira quais são:

reduz a taxa de turnover;
melhora os processos de seleção;
aumenta a satisfação do quadro de pessoal;
melhora o clima na firma;
favorece o trabalho em equipe.

Usar esse tipo de recurso é algo que garante um aumento da produtividade da sua equipe. Assim, essa é uma consequência natural devido aos demais aspectos já citados e isso garante que a empresa tenha um ganho na eficiência.

Quais são os tipos de testes?

Agora que você já sabe o que é esse teste e quais as vantagens de aplicá-lo de modo inclusivo, é bom conhecer alguns dos seus tipos. Por isso, a seguir estão os principais usados pelas empresas.
Teste de aptidão

Muito útil quando o RH quer medir se os candidatos têm as habilidades cognitivas que o cargo precisa. Além disso, permite ver quais os diferentes níveis de inteligência por um sistema de pontuação.
Comportamental

O teste de foco é um ótimo exemplo de comportamental, cujo objetivo é identificar como os indivíduos lidam com situações reais do dia a dia. No entanto, ele tem que ser adaptado para que pessoas com TDAH ou níveis de autismo possam mostrar seus talentos.

A sua finalidade é analisar a capacidade dos candidatos de perceber e identificar em quais áreas eles teriam mais chances de sucesso. Assim, possibilitam desenvolver seus potenciais na empresa.

Teste de personalidade

O teste dessa área permite mensurar a capacidade do candidato para se adequar na cultura organizacional da empresa. Por isso, analisa o seu desempenho no cargo em que será inserido.
Inteligência emocional

A inteligência emocional é uma das soft skills mais buscadas por empresas modernas, já que é escassa no mercado de trabalho. Então, os testes específicos se aplicam para identificar o modo como o indivíduo se posiciona e como se comporta diante de situações do dia a dia:

como se comunica com os colegas;
a maneira que reage às demandas dos líderes;
como fala com os clientes.

Esse teste pode avaliar o nível de inteligência emocional das pessoas que se candidatam às vagas. Além disso, contribui para que o RH avalie se a cultura da empresa também se adequa à realidade do mercado atual.

Como fazer o teste psicométrico?

O teste psicométrico pode ser feito pela internet, a partir de um link ou plataforma digital

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Igual/Internet

Mas, também pode se aplicar de forma presencial para quem prefere esse tipo de abordagem.

Meu filho é autista, por onde eu começo?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

“Acabei de receber o diagnóstico, meu filho é autista. E agora, por onde eu começo?”

Esta é uma das dúvidas mais comuns entre as famílias após o laudo de autismo.

Por isso, trouxemos um guia simples, mas muito efetivo, para ajudá-los neste momento.

Antes de começarmos, é sempre bom entender de uma vez o que significa ser autista.

Para isso, é preciso saber que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por alterações em três grandes áreas: a comunicação, a interação social e o comportamento.

Também é importante compreender que o autismo em si não é o problema. O que deve ser motivo de ação são os possíveis prejuízos e atrasos que suas características – como alterações no processamento sensorial, dificuldades na comunicação e rigidez mental – podem causar na vida dos indivíduos diagnosticados. As habilidades e forma de ver o mundo que as pessoas autistas trazem para os meios que frequentam se encaixam na definição de neurodiversidade, que contribui e muito para a nossa sociedade!

Meu filho foi diagnosticado com autismo, e agora?

1. Busque uma equipe multidisciplinar

A equipe multidisciplinar é um time de especialistas em diversas áreas do desenvolvimento infantil, como:

Psicólogo;
Fonoaudiólogo;
Terapeuta ocupacional;
Pedagogo;
Fisioterapeuta, entre outros.

Este time vai auxiliar não só a identificar os atrasos e prejuízos que o transtorno ocasionou no repertório comportamental do indivíduo, como também vai guiar a família e a escola para participarem efetivamente das intervenções e, consequentemente, ajudarem no progresso dele.

É importante buscar profissionais que sejam especializados na Ciência ABA, que você pode compreender mais profundamente aqui.

2. Junto à equipe, faça uma avaliação comportamental

Para identificar os atrasos, as lacunas no desenvolvimento do seu filho relacionadas ao espectro autista, a equipe multidisciplinar fará uma avaliação comportamental dele.

Serão observadas as dificuldades e facilidades do pequeno em diversas áreas: cognitiva, social, comunicacional, etc.

Esta avaliação é muito importante e sua utilidade vai além da identificação dos atrasos: ela pode servir de métrica para observar os progressos e possíveis adequações terapêuticas ao longo do tratamento.

3. Não espere para começar as terapias

Mesmo quando o diagnóstico de autismo ainda é apenas uma desconfiança, é importante buscar recursos terapêuticos que ajudem o pequeno a desenvolver as áreas em que já foram identificados alguns atrasos.

Quanto antes as intervenções começarem, melhor!

4. A família deve se capacitar

Pais e cuidadores de pessoas autistas devem estar sempre buscando formas de aprender mais sobre o transtorno, para compreender comportamentos, limitações e situações ocasionadas por ele.

Também é importante se informar sobre os recursos legais voltados aos indivíduos TEA, ou seja, as leis e direitos que visam proporcionar mais inclusão autonomia e respeito. Saiba mais neste link.

Além disso, a capacitação não é exclusiva para os pais. Irmãos, tios, avós e todos os que convivem com a criança devem se prontificar em compreender o autismo e se capacitar para auxiliá-la ao longo do processo terapêutico.

Com toda a família alinhada nesse propósito, as chances das terapias terem um bom resultado é muito maior do que nos casos em que apenas uma ou duas pessoas estão verdadeiramente envolvidas.

5. Cuide de você e da sua família

Sabemos que o diagnóstico de autismo pode ser chocante para alguns pais e cuidadores. Por isso, é natural que muitos se sintam desesperados e voltem toda a sua atenção para o autista.

Mesmo que seja imprescindível procurar e começar o processo terapêutico o quanto antes, é importante ter em mente que cuidar da família e de si mesmo é tão fundamental quanto agir em relação aos atrasos!

Por isso, cuide das suas relações, do seu bem-estar, da sua saúde física e emocional. Pode ter certeza que isso impacta – e muito – o desenvolvimento do seu filho, seja ele autista ou não!

Eddição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte:Quer mais dicas sobre autismo e desenvolvimento infantil? Acesse já o canal da Mayra Gaiato no YouTube./Autor(a): Equipe Instituto Singular/Psicólogas e Terapeutas

Asperger: história e características

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Um dos temas mais comuns e que mais despertam curiosidade nas pessoas é a famosa “síndrome de Asperger”.

Afinal, quais são suas características? Ainda se usa essa nomenclatura para certos quadros do espectro autista?

O que diferencia um indivíduo com Asperger dos outros autistas?

Porém, para responder adequadamente a essas perguntas, precisamos aprender um pouco sobre a história do diagnóstico de autismo.

Um pouco de história

Antes de mais nada, quando falamos em autismo, logo nos remetemos ao processo histórico que envolve esse assunto tão comentado na atualidade.

Através de um panorama histórico é possível perceber as significativas mudanças que o diagnóstico de autismo vem sofrendo até os dias atuais.

A palavra “autismo” deriva do grego “autos”, que significa “mesmo” ou “si mesmo”. A primeira pessoa a utilizá-la foi o psiquiatra austríaco Eugen Bleuler em 1911.

Ele se referia a um dos critérios adotados em sua época para a realização de um diagnóstico de esquizofrenia (termo também cunhado por ele).

Posteriormente, em 1943, Kanner utilizou-se da mesma nomenclatura “autismo”, em sua obra “Autistic disturbences of affetictive contact”.

Nesse estudo, observou 11 crianças que correspondiam uma série de características peculiares como obsessão, estereotipias e ecolalia (repetição mecânica de palavras e/ou frases). Assim, fechavam-se em si mesmos, por isso o nome “autismo”.

Asperger

Um ano mais tarde da publicação de Kanner, Hans Asperger, pediatra austríaco, descreveu os mesmos sinais descritos por Kanner, em sua obra “Autistic psycopathy in Childhood”.

Em seus estudos, as crianças mantinham preservação cognitiva, diferente das crianças estudadas por Kanner. Contudo, elas apresentavam dificuldades de comunicação social.

Assim, diante dessa preservação cognitiva, porém com dificuldades sociais e comunicativas, foi então nomeada a Síndrome de Asperger.

Mesmo que Asperger e Kanner tenham descrito o mesmo distúrbio, eles desconheciam a obra um do outro. Ademais, a obra de Hans Asperger havia sido escrita em alemão, o que dificultou seu acesso.

Ela se tornou mais amplamente conhecida apenas em 1980, quando traduzida para o inglês e mencionada pela primeira vez por Lorna Wing em seus estudos sobre o autismo.

As terminologias mais recentes

Em 1995, na versão do DSM-IV (4ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), o autismo era considerado um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento.

Essa edição do DSM também passou a ter a inclusão dos quadros de Transtorno de Rett, Transtorno de Asperger e Transtorno Desintegrativo da Infância.

Pelo DSM-5 (publicado em 2013), o termo síndrome de Asperger não existe mais, sendo todos os traços enquadrados na sigla TEA.

Atualmente temos disponível o DSM-V, publicado em 2013, que se utiliza da nomeação Transtorno Espectro Autista (TEA). Seu modelo de diagnóstico diferencial segue dois critérios.

São eles 1) Déficits ininterruptos na comunicação social e interação social e 2) Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamentos, interesses e atividades.

Como resultado, pelo DSM-V, o termo síndrome de Asperger não existe mais: todos os traços estão enquadrados na sigla TEA (Transtorno Espectro Autista).

Contudo, pelo CID-10 (décima edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), que ainda é utilizado, o termo síndrome de Asperger ainda é empregado.

Na sua nova versão, o CID-11, lançada em 2018 e prevista para entrar em vigor em 2022, todos os quadros de autismo também se encontram sob a categoria de TEA.

Essa, portanto, é a tendência das classificações mais modernas: unificá-las a partir da noção de espectro, em vez de diferenciá-las, tal qual se fazia vinte anos atrás.

Definição de síndrome de Asperger

Em suma, podemos entender a Síndrome de Asperger como uma classificação antiga dentro do autismo.

Sua principal característica é que a dificuldade social, típica do autismo, não é acompanhada por atraso intelectual, nem por atrasos importantes na fala.

Dessa forma, na Síndrome de Asperger se encontram outras características constituintes do espectro. Dentre elas, podemos citar o relacionamento social restrito (com algumas dificuldades em socializar, dificuldades no controle inibitório), e um interesse restrito e estereotipado, com qual se mantém um hiperfoco em determinados assuntos ou objetos.

Um caso real de Asperger

Renan desenvolveu a fala no tempo esperado. Trocava apenas poucos fonemas, brincava e aceitava a presença de outras crianças e olhava na maioria das vezes quando alguém o chamava pelo nome.

Sempre manteve, porém, um interesse em um assunto específico: planetas.

Podia falar por horas desse assunto sem se cansar.

Com isso, Renan não percebia que muitas vezes as pessoas se fatigavam de ouvir sempre o mesmo assunto por horas.

Ele também tinha dificuldade em entender quando as pessoas ficavam entediadas com ele e demonstrava dificuldade em falar de outros assuntos. Sendo assim, ele sempre voltava a conversa para o que era apenas do seu interesse.

Renan não se cansava de falar de planetas, seu tema predileto. Mas também não percebia quando os outros se cansavam desse tema.

Em suma, nesse caso específico, vemos como a criança não tinha atraso intelectual, nem problemas significativos relativas à fala.

No entanto, apresentava outras características típicas de TEA, como a fixação em objetos ou assuntos específicos e a restrição do seu repertório comportamental.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte:Autor(a): Equipe Instituto Singular//Psicólogas e Terapeutas

Deficiência intelectual e autismo: qual a diferença?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Muitos sentem dificuldade em identificar a diferença entre a Deficiência Intelectual e o Autismo.

Conhecer as características de ambos os transtornos pode evitar diagnósticos e intervenções equivocadas.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a Deficiência Intelectual (DI) são transtornos do neurodesenvolvimento confundidos com muita facilidade.

A falta de informação faz com que muitos acreditem que eles são complementares, ou seja, que não existem um sem o outro. Mas, isso não é verdade: eles são diferentes e podem ser diagnosticados sozinhos ou juntos numa mesma pessoa.

Para um diagnóstico correto e aplicação de intervenções eficazes é preciso compreender, de fato, as diferenças entre o Autismo e a Deficiência Intelectual.

O que é o autismo?

Uma pessoa diagnosticada no TEA apresenta alterações em três grandes áreas: a socialização, a comunicação e o comportamento. A princípio, no autismo, o indivíduo tem dificuldade em compreender as entrelinhas das interações sociais e manter a comunicação com outras pessoas de forma proveitosa.

Além disso, também é comum que autistas tenham comportamentos repetitivos e cultivem interesses restritos sobre determinado tópico ou objeto.

Acima de tudo, é importante ressaltar que autistas não são todos iguais. Existe uma diversidade de características dentro do espectro e, para além dos seus três níveis de suporte, outras questões influenciam na maneira como o indivíduo se comporta e interage com o mundo, como o tempo e a qualidade das intervenções e o apoio familiar.

O autismo tem causas predominantemente genéticas. Alguns estudos também apontam mutações genéticas e fatores ambientais como outras possíveis razões do desenvolvimento do transtorno, como os casos de autismo regressivo, por exemplo.

Atualmente, o TEA é classificado em três níveis de suporte, de acordo com o grau de comprometimento de habilidades psicossociais e autonomia. O nível 1 é considerado o ‘autismo leve’, o 2, moderado e o 3, severo.

Para o diagnóstico de autismo, é preciso fazer uma avaliação neuropsicológica junto a uma equipe multidisciplinar, acompanhado de um médico psiquiatra ou neurologista.

O que é deficiência intelectual? Qual a diferença do autismo?

Na deficiência intelectual, os indivíduos apresentam limitações nas habilidades cognitivas, como dificuldades em raciocinar, resolver problemas e compreender ideias abstratas, além de possíveis prejuízos na aprendizagem e no desempenho de tarefas cotidianas.

Algumas escalas classificam a DI quando o quociente de inteligência é avaliado abaixo de 70, indicando uma habilidade reduzida na resolução de problemas, planejar, refletir e aprender.

Hoje, a DI é classificada em 4 níveis de suporte: leve, moderada, grave e profunda. Entretanto, há uma diferença em relação ao autismo: a deficiência intelectual não se limita a causas genéticas. Uma criança pode desenvolver a DI em períodos pré-natais, perinatais e após o nascimento, como em casos de desnutrição, infecções, traumatismo craniano e doenças degenerativas, por exemplo.

O diagnóstico de deficiência intelectual é realizado por meio de uma avaliação neuropsicológica, além de relatórios da escola e avaliações com psicoterapeutas para quantificar com precisão o nível de inteligência do indivíduo por meio de escalas específicas. É importante destacar que a avaliação é baseada no comprometimento geral e não em áreas específicas.

Por fim, assim como o autismo, a deficiência intelectual requer acompanhamento psicoterapêutico, para auxiliar o indivíduo no desenvolvimento de habilidades prejudicadas pelo transtorno.

TEA e DI juntos

Como falamos, uma pessoa pode ter o diagnóstico de ambos os transtornos. Nesses casos, é possível observar características tanto do autismo quanto da deficiência intelectual.

Ou seja, esses Indivíduos podem apresentar dificuldades na comunicação e socialização, comportamentos repetitivos, interesses restritos e limitações nas habilidades cognitivas.

É importante reforçar que cada caso é único e pode variar no grau de comprometimento dessas características. Essas pessoas precisam de intervenções específicas e individualizadas, com o suporte de profissionais qualificados.

Viu como há diferença entre a deficiência intelectual e o autismo?

Mas em ambos os casos, há uma coisa em comum: atendimento individual e com profissionais especializados no assunto para um diagnóstico correto e para intervenções direcionadas às necessidades do indivíduo. Desta maneira, certamente o paciente terá mais qualidade de vida e seu desenvolvimento aprimorado.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte:Autor(a): Equipe Instituto Singular/Psicólogas e Terapeutas

TDAH é considerado uma deficiência intelectual?

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), muitas vezes, é confundido com deficiência intelectual, entretanto ambos podem ocorrer isolados e também ter relações definidas como comorbidades, como aponta o neurologista da Apae Curitiba, Dr. Edson Rogerio Piana.

Entre eles, existem características que podem ser confundidas, como o desinteresse em realizar atividades, falta de interação e esquecimento. Entenda as diferenças.

O TDAH

Também conhecido como Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA), o TDAH é um transtorno neurobiológico comum em crianças e jovens e pode acompanhar o indivíduo até o fim da vida.

Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, sua causa é genética. Mesmo que se apresente na infância, o distúrbio fica mais perceptível na vida escolar, devido à criança começar a frequentar um novo ambiente.

Ao citar o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, American Psychiatric Association DSM-5 1, o neurologista conta que “os indivíduos com TDAH também apresentam dificuldades nos domínios das funções cognitivas, com resolução de problemas, planejamento, orientação, flexibilidade, atenção prolongada, inibição de resposta e memória de trabalho.

Outras adversidades estão associadas a campos afetivos, como atraso na motivação e regulamentação do humor. A médio e longo prazo, crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar dificuldades no desempenho acadêmico, nas interações interpessoais”.

O TDAH é capaz de apresentar diferentes graus de comprometimento e intensidade. Conforme o Manual de Classificação das Doenças Mentais (DSM.IV), é classificado em três tipos:

O diagnóstico é clínico através de especialistas como: psiquiatra, neurologista, neuropsiquiatra ou neuropediatra.

Não sendo necessários exames de ressonância, eletroencefalograma ou qualquer outro do gênero.

O tratamento é fundamental para que o indivíduo possa desfrutar de uma melhor qualidade de vida ao longo dos anos, por isso quanto antes iniciado melhor.

Geralmente, consiste em psicoterapia e prescrição de psicofarmacológicos, porém, varia de pessoa para pessoa, da gravidade do comportamento e da tolerância ao fármaco. Podendo ser ajustado a quantidade e frequência mediante resultados.

A Deficiência Intelectual

A Deficiência Intelectual (DI), segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AAIDD) é caracterizada por um funcionamento intelectual inferior à média da população onde vive.

O doutor conta que está associado a limitações adaptativas: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho, que ocorrem dos 18 anos de idade.

O diagnóstico é realizado por testes de inteligência padronizados e individualizados, como também por avaliações clínicas. O teste de QI é uma estimativa da habilidade cognitiva de uma pessoa, expressada por um valor, padronizado a partir da relação com a idade da pessoa avaliada, que classifica a Deficiência Intelectual em quatro níveis considerando os resultados nos testes de Quociente de Inteligência (QI) e na capacidade funcional da pessoa:

1) Retardo mental leve (QI entre 50-69),
2) Retardo mental moderado (QI entre 35-49),
3) Retardo mental grave (QI entre 20-40) e
4) Retardo Mental profundo (QI abaixo de 20).

O projeto trata-se de uma ação de apadrinhamento onde a cada mês poderá ser doado uma determinada quantia para a instituição.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fontes:Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, American Psychiatric Association DSM-5 1
Associação Brasileira do Déficit de Atenção
Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AAIDD)
Instituto Neurosaber