O papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência nas empresas

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

A liderança transformacional é crucial para qualquer empresa que deseja criar um ambiente inclusivo para as pessoas com deficiência. Contudo, para ter eficiência ao aplicá-la, é crucial que você domine o tema.

O que é a liderança transformacional?

A liderança transformacional é uma forma de liderar, onde o foco é inspirar o time inclusivo a alcançar metas de alto nível. Desse modo, ela faz com que a empresa ganhe um lugar de destaque no mercado.

Para dar certo, é crucial criar um local de trabalho que preze pela diversidade e inclusão. Afinal, ela busca valorizar cada indivíduo. Logo, na prática, será preciso ter alguns traços, como:

ter um vínculo com a equipe;
incentivar a inclusão nas tomadas de decisões;
apoiar os grupos diversos;
promover a empatia.

Ao investir nessa liderança, você estará indo além do ato de apenas incluir pessoas com deficiência. Isso porque, a meta é criar um local seguro e adequado, onde elas possam mostrar suas habilidades.
Quais são os traços destes líderes?

Estes líderes possuem muito carisma e forte presença pessoal. Desse modo, eles mostram para o time como é crucial acolher a diversidade e inclusão. Além disso, eles precisam:

ter uma visão que inspire;
habilidades para inovar nos negócios;
se expressar de forma clara;
criar bons laços;
saber realizar mentorias.

Todos os pontos citados servem para líderes com deficiência ou não. Inclusive, muitas vezes, para conseguir alcançar todos os traços, é crucial realizar cursos, frequentar palestras e ter um bom coach.

O papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência nas empresasA liderança transformacional ajuda a traçar estratégias para extrair os melhores resultados.

Há mais de um tipo de liderança transformacional?

Um tipo de liderança transformacional é a visionária.

Isso porque, nela o líder constrói uma visão do futuro, o que ajuda a traçar estratégias de mercado e promover ambientes de trabalho adequados. Além da citada, há outras, como:

facilitador: cria ambientes autônomos e acessíveis;
treinador: investe na capacitação do time.

Ainda há o tipo que transforma. Ou seja, traz grandes mudanças para o local de trabalho. Muitas vezes, você verá líderes executando vários desses traços em paralelos. Logo, não precisa escolher apenas um.

Todas as formas têm como foco promover um local inclusivo. Assim, empresas que possuem líderes com esse perfil, tem mais candidatos com deficiência ocupando vagas.

Então, você terá mais chances de reter grandes talentos do mercado.
Qual é o papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência?

A liderança transformacional ajuda a criar uma visão inclusiva. Desse modo, todas as pessoas têm apenas as suas habilidades como critério, o que torna o ambiente mais igualitário. Além disso, ela auxilia na criação de:

defesa e apoio;
mudança na forma de pensar;
compromisso geral com a inovação.

Na prática, ela tem um papel crítico no processo de aplicar a diversidade e inclusão. Então, qualquer líder que deseja criar um ambiente justo, saudável e produtivo, precisa investir nessa forma de liderar.

Defesa e apoio

Líderes com esse traço viram defensores dos direitos das pessoas com deficiência. Desse modo, elas vão se sentir acolhidas no local de trabalho. Ou seja, vão poder trabalhar sem medo de preconceito e estereótipos.

Outro ponto relevante é que esses gestores vão lutar por suportes físicos e digitais que atendam esse público. Portanto, elas vão atuar em locais que estimulem a sua competência.

Mudança na forma de pensar

Pelo poder de influência, esses gestores conseguem mudar a forma de pensar do time. Assim, crenças antigas e erradas podem ser desfeitas. Mas, claro que isso vai custar tempo e resiliência.

Muitos cresceram acreditando que indivíduos com deficiência não conseguem ter uma vida comum. Desse modo, quando eles se deparam com esse grupo no local de trabalho, tais visões equivocadas afloram.

Para evitar esse problema, o gestor deve mostrar o quanto cada um é essencial na empresa. Ao tentar aplicar uma mudança sem cautela, pode existir uma resistência e medo.

Logo, é crucial traçar estratégias que se adeque ao perfil da sua equipe.

Mas, sempre deixar claro que nenhum tipo de preconceito é tolerado.

O papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência nas empresasA liderança transformacional torna o ambiente mais leve.

Compromisso com a inovação

Líderes que focam na transformação, buscam sempre novos meios para quebrar as barreiras que impedem a inclusão e a diversidade. Desse modo, eles estão estudando o mercado de forma regular.

Esse processo só poderá ser feito se houver muita dedicação. Afinal, sempre há um detalhe que passa despercebido. Mas, na prática, faz muita diferença.

Então, será preciso criar uma visão que se atente a todos os aspectos.
Quais são os desafios da liderança transformacional?

Manter o projeto é um grande desafio da liderança transformacional. Isso porque, com o tempo, vão surgir barreiras que podem causar desânimo e frustração. Mas, se houver resiliência, elas serão superadas. Além disso, há outros problemas, como:

novos líderes que não acreditam na causa;
falta de avaliação dos resultados;
não conseguir manter a estabilidade;
falta de recursos;
medo da mudança da cultura.

Quando um líder inclusivo deixa o local de trabalho, pode ser um desafio manter a mudança. Afinal, talvez o sucessor não tenha o mesmo perfil. Desse modo, o RH terá a missão de filtrar candidatos que tenham os mesmos valores.

A eficiência de um gestor para executar projetos se torna trivial se ele não crer na diversidade e inclusão. Isso porque, hoje em dia, as empresas que não têm esse perfil possuem dificuldades para se destacar no mercado e podem ter problemas jurídicos.

Para manter um ambiente produtivo, saudável e que vise a evolução social, sempre busque por líderes inclusivos. Assim, o seu negócio vai conseguir crescer de forma contínua até se tornar um grande líder do ramo.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Inclusão e Diversidade/Internet

A inclusão social 100% da pessoa com deficiência é realmente possível?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Romeu Sassaki é consultor e autor de livros sobre inclusão, com amplo conhecimento em empregabilidade de pessoas com deficiências. Nesta entrevista exclusiva concedida a Adere, Romeu fala das dificuldades e do que ainda precisa ser conquistado para que essas pessoas possam ter garantidos os seus espaços na sociedade.

Romeu Sassaki

Adere – Como o senhor define a inclusão social e profissional de pessoas com deficiência intelectual?

Romeu Sassaki – O nome “inclusão social” significa “inclusão em todos os sistemas de uma sociedade”. Exemplos de sistemas sociais: educação, mercado de trabalho, lazer, turismo, transporte coletivo, esportes, comunidade etc.

A inclusão no mercado de trabalho recebe o nome de “inclusão profissional” ou “inclusão laboral”.

A inclusão no sistema educacional se chama “inclusão escolar”, a inclusão nos esportes se diz “inclusão esportiva”, a inclusão na comunidade se chama “inclusão comunitária” etc.

Portanto, a inclusão profissional faz parte da inclusão social. A inclusão social (portanto, na sociedade) ou a inclusão em qualquer sistema social deverá resultar de um complexo processo fundamentado em princípios, tais como: exclusão zero (ninguém será rejeitado), igualdade de oportunidades (no desfrute de direitos nos mesmos ambientes abertos), adequação dos sistemas sociais às características, necessidades e funcionalidades das pessoas (e não o inverso), independência (direito de decidir por si mesmo), autonomia (direito de fazer por si mesmo), protagonismo (sujeito de direitos e não objeto de paternalismo) e tantos outros.

Adere – Há um problema bastante presente em nossa realidade: pessoas idosas, com deficiência intelectual, que perderam seus pais e vivem com familiares, nem sempre tão próximos, sem um amparo adequado. Como o senhor vê essa realidade, que tende a se perpetuar, por conta de uma maior longevidade?

RS – Uma sociedade inclusiva, como a que o mundo todo vem construindo desde a década de 90, nos moldes apontados na resposta anterior, sempre aprendeu e aplicou, assim como continuará aprendendo e aplicando, as soluções específicas a cada uma dessas realidades que você mencionou agora. O objetivo último da inclusão é o de proporcionar a todas as pessoas, sem exceção, o convívio em qualquer sistema social com uma melhor qualidade de vida graças à observância dos direitos humanos.

Adere – Com relação às leis que procuram garantir os direitos da pessoa com deficiência, o que é preciso avançar?

Como o senhor avalia a Lei Brasileira de Inclusão (LBI)?

RS – Não se pode avançar no cumprimento das leis (específicas ou não sobre a pessoa com deficiência) enquanto elas continuarem desconhecidas ou, no melhor dos casos, mal interpretadas e mal cumpridas.

O Brasil já produziu mais de duzentas leis federais (sem contar as que foram revogadas ao longo do tempo), assim como milhares de leis específicas estaduais e municipais. Há que se conseguir divulgar, com comentários técnicos (de especialistas com ou sem deficiência), todas essas leis.

Há que se acompanhar o cumprimento das leis caso a caso para garantirmos a qualidade da interpretação e da aplicação delas. A semente da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (de 2015) surgiu em 2000 no Projeto de Lei n. 3.638, que incorporou a seguinte definição: “Art. 1° Esta Lei institui o Estatuto do Portador de Necessidades Especiais, destinado a assegurar a integração social e o pleno exercício dos direitos individuais e coletivos das pessoas acometidas por limitações físico-motora, mental, visual, auditiva ou múltipla que as torne hipo-suficientes para a regular inserção social.” Em 2001, em outro Projeto de Lei (PL), passou a ser chamado “Estatuto da Pessoa Portadora de Deficiência”.

Em 2006, em mais um PL, mudou de nome para “Estatuto da Pessoa com Deficiência”. Em 2008, o movimento das pessoas com deficiência, do qual fiz parte, alertou os parlamentares para o fato de que a redação do Estatuto não estava em consonância com os ditames da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD).

Finalmente, em 2012, todos os PLs sobre este assunto foram entregues à deputada federal Mara Gabrilli, quando ela foi designada a nova relatora do texto e foi formado um grupo de trabalho (GT) sob sua coordenação para dar uma redação compatível com a CDPD. Do trabalho desse GT ocorreu a mudança do nome do Estatuto para “Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência”.

Infelizmente, ao ser encaminhado à Presidência da República o novo PL com este belo nome, o Senado acrescentou à última hora (entre parênteses) a famigerada expressão “Estatuto da Pessoa com Deficiência”, que já havia sido rejeitado pelo movimento ativista por cerca de 8 anos (2000-2008).

Adere – De que forma o emprego apoiado deve se concretizar para que a inclusão aconteça de fato?

Como o senhor vê a postura de muitas empresas que ainda tratam a pessoa com deficiência com paternalismo ou, até mesmo, preenchem vagas apenas para cumprir a lei de cotas?

RS – A metodologia do emprego apoiado não deve ser vista como panaceia para as empresas conseguirem contratar todas as pessoas com deficiência que procuraram, procuram e procurarão vagas no mercado de trabalho, pois a maioria delas pode e deve ser contratada pelos métodos tradicionais.

Por outro lado, o emprego apoiado foi desenvolvido para a inclusão laboral de pessoas cuja deficiência seja “severa” aos olhos do potencial empregador, porque ele sente maior dificuldade ou resistência para contratá-las.

Voltando aos métodos tradicionais que, quando muito, só conseguiam empregar pessoas com deficiência “leve ou moderada”, há empregadores que ainda tratam com paternalismo pessoas com deficiência ou as contratam convenientemente só para cumprir a lei de cotas. E estas atitudes são reforçadas pelo preconceito e pela falta de informações corretas, situação que cabe à sociedade civil organizada corrigir.

Adere – A quantidade de cotas está associada ao número de funcionários da empresa. Atualmente, os postos de trabalho estão diminuindo e refletindo nas cotas a crise econômica vigente.

De que maneira podemos contribuir para que a já difícil manutenção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho seja preservada?

RS – Existem e são praticadas várias maneiras equivocadas de “manter pessoas com deficiência no mercado de trabalho” por parte de certos empregadores.

Exemplos: não demitir por sentirem pena delas; contratar para preencherem vagas que os candidatos sem deficiência não querem; contratar só para cumprirem a lei de cotas.

De nossa parte, precisamos educar os empregadores capacitando-os sobre os princípios e procedimentos do paradigma da inclusão, pois eles são vantajosos para ambos os lados. Da mesma forma, devemos educar os potenciais candidatos com deficiência.

Adere – A

De que maneira mobilizar a população para que essa inclusão possa ser ampliada, contemplando cada vez mais cidadãos nessa situação?

RS – Acredito que respondi uma parte desta pergunta ao longo da entrevista. Os mesmos princípios e procedimentos inclusivos precisam ser aplicados em todos os âmbitos (sistemas) sociais.

Acrescento que devemos educar a população (familiares de pessoas com deficiência, parlamentares nos níveis municipal, estadual e federal, operadores dos poderes executivo, legislativo e judiciário nos três níveis, todos os veículos da mídia e assim por diante).

Adere – Como a sociedade civil pode se organizar para ampliar a consciência da importância da inclusão social para todos, inclusive para pessoas com deficiência?

RS – Proponho que as pessoas direta ou indiretamente interessadas em assuntos de pessoas com deficiência procurem formar grupos ou aderir aos existentes para refletirem sobre o profundo significado dos seguintes temas:

“Nada sobre nós, sem nós”, “ambientes abertos, acessíveis e inclusivos na sociedade em geral”, “empoderamento versus paternalismo”, “direitos iguais versus direitos especiais”, “direitos e deveres versus privilégios e favores”.

As opiniões do entrevistado são de sua total responsabilidade e não necessariamente expressam a opinião da Adere.

Deixe nos comentários o que você acha das ideias do senhor Romeu Sassaki para a inclusão das pessoas com deficiência.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte:Adere/Internet

Um futuro melhor, com inclusão social, passa pela educação!

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Um dos impactos negativos da pandemia da Covid-19 foi no aprendizado e socialização de crianças e adolescentes que se viram repentinamente sem ir à escola e aos projetos de contraturno escolar, sem contato com os amigos e professores; muitos, sem acesso e condições de acompanhar as atividades escolares. Essa foi uma das falas do presidente do CONANDA no Encontro Nacional da Ação Social da Rede Salesiana Brasil, realizado em outubro de 2022, que suscitou muitas reflexões para os educadores do Centro Juvenil Salesiano Dom Bosco de Palmas, TO.

No Centro Juvenil, atendemos a um público infanto-juvenil em situação de vulnerabilidade social e sem acesso às novas tecnologias. Em suas residências, as crianças e os adolescentes não têm computadores, smartphone e internet, e seus pais têm limitações para poder orientá-los nos estudos, mesmo quando a escola ainda disponibilizava algum material impresso nesse tempo da pandemia.

Segundo o estudo “Impactos da pandemia na educação do país”, do Instituto Data Senado (2021), a principal percepção da amostra dos participantes em todos os grupos realizados no país é que 2020 e 2021 foram anos perdidos para a educação, resultando em consequências graves a longo prazo. Também de acordo com os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB (2021) -– subiu de 15% para 34% o índice dos alunos no segundo ano do ensino fundamental que não sabem ler e escrever.

A conquista de melhoria da aprendizagem de nossos educandos é um indicador para a equipe de educadores do Centro Juvenil de que estamos no caminho certo na missão de educar evangelizando e evangelizar educando.

Reestruturação

Dentro desse cenário, com o retorno das aulas presenciais das escolas e nos Projetos Educativos do Centro Juvenil, a equipe de educadores sentiu a necessidade de reestruturar a sua metodologia de trabalho, para que pudéssemos ser parceiros na melhoria da aprendizagem dos nossos educandos. Afinal, desde os tempos de Dom Bosco, sabemos que é preciso estar atentos às realidades de nossas crianças para darmos respostas concretas.

Na organização do Centro Juvenil, os educandos são atendidos no período de contraturno de sua escola formal. Assim, em nosso planejamento, foi reservado um horário, em cada turno, para que eles pudessem estudar com assessoria dos educadores leigos e salesianos: fazer as tarefas, preparar-se para as avaliações, treinar caligrafia, leitura e interpretação de textos etc.

Parceria com a escola

Para a Professora Cleidia Pereira de Oliveira, da Escola Municipal Professora Sávia Fernandes Jácome, uma escola muito frequentada pelos nossos educandos, “o Centro Juvenil é um espaço de resgate social dos meninos do bairro que ficam ociosos em sua casa ou na rua, enquanto os pais saem para trabalhar.

Isso envolve várias questões como a socialização, a interação com outros colegas, a prática de esporte, que eles adoram, tem o lanche que fortalece a sua base nutricional e com um momento dedicado para que possam fazer as suas demandas escolares. Nós, professores, sentimos que nessa instituição há um incentivo para os estudos que, somado ao trabalho desenvolvido pela escola, colabora para o êxito da aprendizagem”.

A professora Cleidia Oliveira dá exemplos concretos de alunos que tinham dificuldades de aprendizado e que, ao frequentarem a obra social salesiana, conseguiram se desenvolver na escola e, inclusive, apresentaram melhoras no comportamento: “A maioria deles (dos alunos que frequentam o Centro Juvenil) tem uma melhora no comportamento na sala, na postura dentro da escola e ficam mais interessados nos estudos”, considera ela.

Resultados concretos

‍É preciso sonhar, plantar, cuidar e depois colher. No mês de outubro de 2022, fomos informados pelos pais de dois dos nossos educandos, Silas Araújo dos Santos e Juan Evangelista de Macedo, que seus filhos receberam o Certificado de Honra ao Mérito como alunos destaque e revelação de excelência nos resultados acadêmicos da Escola Municipal Professora Sávia Fernandes Jácome.

A conquista de melhoria da aprendizagem de nossos educandos é um indicador para a equipe de educadores do Centro Juvenil de que estamos no caminho certo na missão de educar evangelizando e evangelizar educando.

Assim, continuamos caminhando no desafio de nos aproximar mais das escolas e na criação de uma cultura com os pais e/ou responsáveis sobre a importância do acompanhamento escolar na vida de seus filhos. Um futuro melhor, com inclusão social, passa pela educação!


Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Boletim Salesiano/Internet

Por que é tão urgente falar sobre inclusão social e acessibilidade?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Você sabia que, de acordo com o último censo demográfico realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2010, pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência? Isso representa 24% da população do nosso país. Mais do que tudo, essa é uma questão de inclusão social.

Em números absolutos, é uma quantidade de pessoas que equivale ao total de habitantes de grandes países como Colômbia e Espanha, por exemplo

Uma realidade social pouco divulgada mas que está presente todos os dias em nossas famílias, escolas, trabalho e nas ruas de nossas cidades.

Antes de tudo, segundo o texto da 1ª Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, aprovado pela Assembleia Geral da ONU em 2006, PcD é o indivíduo que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, pode ter obstruída sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Existem diversos tipos de deficiências reconhecidas pelas leis. As mais comuns são: deficiência física, deficiência visual, auditiva, intelectual, psicossocial e deficiência múltipla, em que o indivíduo pode possuir duas ou mais combinadas.

Além disso, há também as deficiências ocultas, que não são facilmente percebidas à primeira vista, como baixa visão, dificuldades de aprendizado, TDAH e autismo.

Em 2020 foi aprovado o Projeto de Lei (PL) 5.486/2020, que oficializa o uso de uma fita com desenhos de girassol como símbolo de identificação para pessoas com deficiências ocultas.

Desde 1991, as empresas com mais de 100 colaboradores devem empregar pessoas com deficiência, conforme a Lei de Cotas 8.213/91.

Apenas em 2002 a Libras (Língua Brasileira de Sinais) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão, por meio da Lei nº 10.436.

Tendo em vista todos esses avanços citados acima, ainda existe um longo caminho para ser trilhado rumo a uma sociedade inclusiva e justa que abrace essa parcela tão significativa do Brasil. Afinal, antes de se falar sobre políticas públicas, esse é um assunto que alcança os corações de milhões de pessoas.

Acessibilidade e Inclusão Social: Um assunto que toca

Falar sobre inclusão social é, antes de mais nada, falar sobre um tema que vai muito além de meras estatísticas. Trata-se de uma questão que influencia diretamente a vida de muitas pessoas: tanto aquelas com deficiência (PcD) quanto suas famílias, e também o Sistema Educacional Brasileiro.

Wanilda Varela é educadora há mais de 20 anos. Atualmente é coordenadora do NAPSI (Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Social) da Faculdade Única. Seu currículo engloba experiências em diversas áreas do conhecimento: Psicologia, Psicopedagogia, Neuropsicologia, entre outras. No entanto, sua vivência juntamente a pessoas com deficiência está entrelaçada por uma razão que vai muito além de qualquer grade curricular.

“Meu tempo trabalhando com PcDs é de mais de duas décadas. Mas pessoalmente falando, estou nessa causa desde que eu nasci porque tenho uma irmã com deficiência. Eu sempre estive enraizada nessa questão da pessoa com deficiência, porque vivo isso na pele”, conta.

Vania Coelho tem uma trajetória parecida. Já são décadas de estrada atuando na área do serviço social. Inicialmente como estagiária, ela se desdobrava entre o trabalho de auxílio no Conselho da Mulher e a criação de seus filhos.

O primeiro contato da Vania com PcDs foi em 2007, quando viu na igreja de sua mãe um grupo de surdos se comunicando em uma linguagem que até então era completamente nova para ela: a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Desde então, a vida dela nunca mais foi a mesma.

“Penso que quando você se envolve de verdade, acaba aderindo à causa. Comigo foi assim. Hoje em qualquer lugar que vou, uma das primeiras coisas que observo é se esse lugar possui acessibilidade para todas as pessoas. Quanto mais o tempo passa, mais me envolvo. Não tem volta!”, explica.

A trajetória profissional da Vania Coelho comprova que em determinados momentos não somos nós que escolhemos nossas áreas de atuação, mas são elas que nos escolhem. Nesses casos, a nobreza de ser útil se torna mais importante do que o prestígio.

“Não faço nada para ser admirada, é só uma realidade que está ao nosso lado e a maioria das pessoas não enxergam”, completa.

Quem também teve seu primeiro contato com pessoas com deficiência no ambiente religioso foi Cristiane Campos. Ao perceber uma intérprete de língua de sinais traduzindo o culto na Igreja Presbiteriana, aquilo a chamou atenção. Esse foi o ponto de partida para uma vida inteira dedicada à causa da inclusão social.

“Meu primeiro contato com a libras foi em 2008 na IPB do bairro Bom Jardim, onde eu moro. Lá na igreja mesmo eu fiz um curso básico, mas nada como profissão. Comecei a interpretar cobrindo professores que saíam de férias e em 2017 tive minha primeira experiência como intérprete de sala de aula, aqui na Faculdade Única”, relembra.
Educação Inclusiva no Vale do Aço

Com tanto tempo envolvida no campo educacional, é possível realizar uma análise mais aprofundada sobre a situação atual da inclusão social e acessibilidade. Cristiane Campos recorda-se da época em que era aluna e compara esse período com o atual cenário da educação básica.

“Em 2000 eu estudava na escola e a minha turma tinha um aluno surdo. Ele não tinha intérprete e precisava fazer a leitura labial do professor para conseguir acompanhar a aula. Hoje, graças ao avanço das leis, os estudantes com deficiência possuem intérpretes e são acompanhados todos os anos”, elucida.

Wanilda compartilha da mesma visão que Cristiane no que tange ao ensino de base para pessoas com deficiência.

“Acho tão bonito quando vejo nas escolas as crianças sem deficiência ajudando os coleguinhas que elas têm. Antes os pais nem queriam que esses alunos estudassem na mesma sala, no entanto, atualmente tivemos, sim, uma evolução”.

Contudo, de acordo com a educadora, a questão da inclusão social e da acessibilidade ainda tem um percurso bem longo a percorrer no universo do trabalho e no ambiente acadêmico.

“Penso que as PcDs continuam ocupando cargos mais simples no mercado de trabalho. Na minha opinião, quando se trata de nível superior, acho que estamos ainda engatinhando”, completa Wanilda Varela.

Nesse sentido, além de todos os obstáculos sociais que uma pessoa com deficiência precisa vencer todos os dias, a colocação profissional também tem se mostrado outro importante entrave na vida de quem não tem outra opção senão lutar.

“As legislações avançaram bastante, mas temos muito a evoluir. Mesmo tendo leis, muita gente ainda procura brechas para gastar menos ou contratar menos”, argumenta Vania.
Por que falar sobre inclusão social e acessibilidade no campo acadêmico é tão importante?

É muito difícil definir com precisão histórica quando começou, mas nossa sociedade contemporânea atravessa por um período que podemos chamar de “Era da Informação”.

Steve Jobs, fundador da Apple, uma das maiores companhias do planeta, reforça esse novo paradigma quando diz que “a tecnologia move o mundo”. Esses avanços abalam todas as esferas da sociedade, desde o que se conhece sobre trabalho até discussões que passam pela ética das relações humanas.

Nesse sentido, nada melhor do que falar sobre evolução de políticas públicas para pessoas com deficiência, uso de tecnologias assistivas e educação, no maior contexto que existe de produção de conhecimento: o ambiente acadêmico.

É apostando nisso que Cristiane Campos espera que o Mês da Inclusão Social e Acessibilidade alcance o seu objetivo, deixando um legado efetivo na construção de um futuro mais otimista.

“Quando os alunos chegam até a sala de aula na faculdade, eles estão dispostos a aprender algo. Porém, muitos deles nunca tiveram contato com uma pessoa com deficiência. Nosso objetivo com o Mês da Inclusão Social e Acessibilidade é gerar uma inquietação”, define.

Ou seja, é por meio dessa inquietação intelectual que as programações da Faculdade Única visam concluir sua missão: promover igualdade. “Pessoas com deficiência não são limitadas, mas, sim, diferentes. E cada uma merece ser tratada levando em conta suas especificidades”, reforça Cristiane.

Wanilda também mostra muita empolgação com a proximidade dos eventos do mês de setembro, reafirmando o compromisso da Instituição de Ensino Superior (IES) com sua responsabilidade social.

“Sou muito feliz por trabalhar na Faculdade Única, porque aqui não estamos apegados a leis, mas sim ao desenvolvimento das pessoas, sejam elas com deficiência ou não. No nosso seminário teremos ótimos profissionais que virão como palestrantes para nos auxiliar neste caminho que estamos percorrendo na educação para a pessoa com deficiência”, conta.

Dessa forma, as programações do Mês da Inclusão Social e da Acessibilidade não são voltadas apenas para os alunos da Faculdade Única. Colaboradores da IES e professores da rede pública de ensino da região também podem participar do evento, contribuindo com esse importante movimento que começa a partir do dia 5 de setembro.
Normal é ser diferente

O olhar preconceituoso e distante da realidade de 45 milhões de brasileiros, enxerga a pessoa com deficiência de forma discriminatória. De cima pra baixo. Com desdém. Esse mesmo olhar presunçoso, porém, se faz limitado demais ao não perceber sua própria feiura em julgar sem conhecer.

Segundo Wanilda Varela, o que uma pessoa com deficiência tem de mais bonito “é a sua verdade. Sua luta. Porque a maioria das pessoas se acostumam com sua zona de conforto, mas as PcDs nunca estão”.

Já para Vania Coelho, a maior beleza de uma PcD está “na felicidade incomparável de estar viva”. Cristiane Campos complementa destacando a resiliência. “Ela não se limita. Ela não vê em si uma deficiência, mas sim uma característica – a capacidade de não se contentar com o mínimo -, ela sempre corre atrás do mais”, destaca.

Por fim, vai ver, o olhar de uma pessoa com deficiência sobre a vida é o correto. Esse, que prioriza a perseverança, a paciência, a entrega.

Esse olhar que iguala pessoas e respeita as diferenças. Pois como diz Antoine Saint-Exupéry, escritor francês, “o essencial é invisível aos olhos. Só se enxerga bem com o coração

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte:: Taisser Gustavo/prominas/Internet

Confira 6 passos para promover a diversidade e a inclusão social na sua empresa

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

A diversidade e a inclusão são pilares essenciais para a construção de um mercado de trabalho mais igualitário e representativo. No último dia 28 de junho com comemorado em todo mundo o dia do Orgulho LGBTQIA+ e, para marcar da data, a Elofy resolveu abordar os temas da visibilidade para pessoas que não são heteronormativas e políticas de inclusão racial, outra questão crucial para garantir inclusão social nas empresas brasileiras

.No entanto, a realidade da representatividade social brasileira dentro das empresas ainda é um grande desafio para gestores e profissionais de Recursos humanos de todo o país.

A falta de representatividade racial

Infelizmente, a representatividade racial nas empresas ainda é desigual no Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora cerca de 56% da população seja composta por pessoas negras, elas são sub-representadas nos cargos de liderança e têm menor acesso a oportunidades de emprego qualificado.
A realidade atual da visibilidade LGBTQIA+ nas empresas brasileiras

A visibilidade LGBTQIA+ no ambiente de trabalho ainda é um desafio em muitas empresas no Brasil. Segundo uma pesquisa recente realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), apenas 35% das empresas brasileiras têm políticas de diversidade que incluem a orientação sexual e a identidade de gênero.

Isto significaque a grande maioria das empresas e corporações nacionais não se dedicam a estimular a diversidade e inclusão social em suas equipes de trabalho.

1.Fomentando um ambiente inclusivo

Criar um ambiente inclusivo é fundamental para promover a visibilidade LGBTQIA+ nas empresas.

Isso pode ser feito por meio da implementação de políticas e práticas que garantam a igualdade de oportunidades, o respeito e a valorização da diversidade. Iniciativas como grupos de afinidade, treinamentos de sensibilização e a criação de espaços seguros para os colaboradores LGBTQIA+ são importantes passos nessa direção.

É fundamental também a educação das equipes e de gestores para que saibam identificar abusos e casos de discriminação por identidade de gênero, opção sexual, credo ou etnia.

2.Fortalecendo a liderança inclusiva

Para ampliar a diversidade, é fundamental que as lideranças estejam comprometidas com a causa e sejam exemplos de inclusão. Promover a formação de líderes inclusivos por meio de programas de capacitação e incentivar a representatividade LGBTQIA+ em cargos de gestão são medidas que podem contribuir para uma cultura organizacional mais diversa e inclusiva.

3.Desenvolvendo políticas de não discriminação e combate à LGBTfobia

Estabelecer políticas claras de não discriminação e combate à LGBTfobia são passos essenciais para a criação de um ambiente de trabalho seguro e acolhedor para as pessoas LGBTQIA+. Essas políticas devem ser divulgadas amplamente, reforçando a postura da empresa em relação à diversidade e deixando claro que qualquer forma de discriminação não será tolerada.

4.Estabelecer metas e indicadores

Definir metas claras e mensuráveis para a inclusão racial, acompanhando indicadores de diversidade e monitorando o progresso ao longo do tempo.

5.Revisar os processos de recrutamento e seleção

Rever e eliminar vieses inconscientes nos processos seletivos, buscando diversificar os candidatos, valorizando habilidades e competências, e garantindo a igualdade de oportunidades para todos.
6.Fomentar uma cultura inclusiva

Promover a conscientização e a educação sobre a importância da inclusão racial, por meio de treinamentos, workshops e eventos que abordem a temática do racismo e estimulem o respeito e a valorização da diversidade racial.

O que podemos concluir?

Promover a visibilidade LGBTQIA+ e combater o racismo nas empresas brasileiras é um desafio que exige comprometimento e ações concretas.

Ao criar um ambiente inclusivo, fortalecer a liderança inclusiva, desenvolver políticas de não discriminação, promover a visibilidade nas comunicações e investir em treinamentos e sensibilização, as empresas podem ampliar a diversidade e construir um ambiente de trabalho mais igualitário.

Edição:CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Elofy/Internet

O esporte como ferramenta de inclusão social no Brasil

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

O esporte é uma atividade que pode ajudar a promover a inclusão social e a reduzir a desigualdade no Brasil.

Ao promover o acesso ao esporte e a prática esportiva para todos, independentemente da origem social, gênero ou deficiência, pode-se criar um ambiente de cooperação e igualdade, melhorar a autoestima e a qualidade de vida das pessoas e desenvolver habilidades importantes, como a disciplina, o respeito e o trabalho em equipe.

Neste artigo, vamos entender melhor o que é inclusão social, como ela se aplica ao esporte, qual a importância do esporte na inclusão social e como ele pode ser usado como uma ferramenta para promover a inclusão social no Brasil.

O que é inclusão social?

Inclusão social é um processo que visa garantir a igualdade de oportunidades e o acesso aos recursos para todos os membros da sociedade, independentemente de sua origem social, gênero, idade ou deficiência.

A inclusão social é vista como objetivo para qualquer sociedade democrática e justa, pois promove a coesão social, o respeito à diversidade e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

No entanto, este tema ainda é um desafio no Brasil. O país tem uma das maiores desigualdades sociais do mundo, com uma grande parcela da população vivendo em condições precárias de moradia, saúde, educação e segurança.

Além disso, existem ainda muitas barreiras que impedem o acesso de pessoas com deficiência ao mercado de trabalho, à educação e à cultura.

O que é inclusão no esporte?

A inclusão no esporte significa garantir o acesso e a participação de todos os membros da sociedade nas atividades esportivas, independentemente de sua origem social, gênero, idade ou deficiência.

Ela pode ser utilizada para ajudar a promover a igualdade, a cooperação e a autoestima dos participantes, além de desenvolver habilidades importantes, como a disciplina, o respeito e o trabalho em equipe.

No entanto, a inclusão no esporte ainda é um desafio no Brasil. Muitas vezes, o acesso ao esporte é limitado por questões financeiras, falta de infraestrutura ou falta de políticas públicas voltadas a este público.

Além disso, ainda existem muitas barreiras que impedem a participação de pessoas com deficiência nas atividades esportivas, como a falta de equipamentos e instalações adaptadas.

Qual a importância do esporte na inclusão social?

O esporte pode ser uma ferramenta poderosa para promover a inclusão social e a igualdade de oportunidades no Brasil. Alguns dos benefícios do esporte na inclusão social incluem:

Promover a igualdade:

O esporte pode ser uma atividade que promove a igualdade, pois todos os participantes têm as mesmas oportunidades de jogar e competir. Independentemente da origem social, gênero ou deficiência, todos podem participar do esporte e contribuir para o sucesso da equipe;

Desenvolver habilidades sociais:

O esporte pode ajudar a desenvolver habilidades sociais importantes, como a disciplina, o respeito, a cooperação e o trabalho em equipe;

Melhorar a autoestima:

A prática esportiva pode ajudar a melhorar a autoestima dos participantes, pois eles podem sentir uma sensação de realização e superação pessoal ao alcançar seus objetivos;

Melhorar a qualidade de vida: O esporte pode ajudar a melhorar a qualidade de vida dos participantes, pois ele promove a saúde física e mental, além de reduzir o estresse e a ansiedade;

Promover a inclusão:

O esporte pode ser uma ferramenta para promover a inclusão social, pois ele pode ajudar a quebrar barreiras sociais e culturais, além de criar um ambiente de cooperação e respeito à diversidade.

O esporte como ferramenta de inclusão social no Brasil

O esporte pode ser usado como uma ferramenta para promover a inclusão social no Brasil, desde que sejam adotadas medidas para garantir o acesso e a participação de todos os membros da sociedade.

Algumas medidas que podem ser adotadas incluem:

Investimento em infraestrutura esportiva:

É importante investir em infraestrutura esportiva para garantir que todas as comunidades tenham acesso a instalações e equipamentos de qualidade;

Políticas públicas de inclusão social:

O governo pode adotar políticas públicas voltadas para a inclusão no esporte, como a criação de programas de inclusão para pessoas com deficiência ou de baixa renda;

Campanhas de conscientização:

É importante realizar campanhas de conscientização para promover a inclusão social no esporte, destacando a importância da igualdade de oportunidades e do respeito à diversidade;

Capacitação de profissionais: É importante capacitar os profissionais que trabalham com esporte, como treinadores e educadores físicos, para garantir que eles estejam preparados para lidar com a diversidade e para promover a inclusão social.

Conclusão​​​​​​​

O esporte pode ser uma ferramenta poderosa para promover a inclusão social e a igualdade de oportunidades no Brasil.

Ao promover o acesso ao esporte e a prática esportiva para todos, independentemente da origem social, gênero ou deficiência, pode-se criar um ambiente de cooperação e igualdade, melhorar a autoestima e a qualidade de vida das pessoas e desenvolver habilidades importantes, como a disciplina, o respeito e o trabalho em equipe.

Para que o esporte possa ser uma ferramenta efetiva de inclusão social, é necessário adotar medidas que garantam o acesso e a participação de todos os membros da sociedade, além de promover a conscientização sobre a importância da inclusão e do respeito à diversidade.

Com essas medidas, o esporte pode ajudar a promover a inclusão social e a construir uma sociedade mais justa e igualitária.

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Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte:Educamundo/Internet

Por que é tão urgente falar sobre inclusão social e acessibilidade?

CLEOomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Você sabia que, de acordo com o último censo demográfico realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2010, pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência? Isso representa 24% da população do nosso país. Mais do que tudo, essa é uma questão de inclusão social.

Em números absolutos, é uma quantidade de pessoas que equivale ao total de habitantes de grandes países como Colômbia e Espanha, por exemplo

Uma realidade social pouco divulgada mas que está presente todos os dias em nossas famílias, escolas, trabalho e nas ruas de nossas cidades.

Antes de tudo, segundo o texto da 1ª Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, aprovado pela Assembleia Geral da ONU em 2006, PcD é o indivíduo que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, pode ter obstruída sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Existem diversos tipos de deficiências reconhecidas pelas leis. As mais comuns são: deficiência física, deficiência visual, auditiva, intelectual, psicossocial e deficiência múltipla, em que o indivíduo pode possuir duas ou mais combinadas.

Além disso, há também as deficiências ocultas, que não são facilmente percebidas à primeira vista, como baixa visão, dificuldades de aprendizado, TDAH e autismo.

Em 2020 foi aprovado o Projeto de Lei (PL) 5.486/2020, que oficializa o uso de uma fita com desenhos de girassol como símbolo de identificação para pessoas com deficiências ocultas.

Desde 1991, as empresas com mais de 100 colaboradores devem empregar pessoas com deficiência, conforme a Lei de Cotas 8.213/91.

Apenas em 2002 a Libras (Língua Brasileira de Sinais) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão, por meio da Lei nº 10.436.

Tendo em vista todos esses avanços citados acima, ainda existe um longo caminho para ser trilhado rumo a uma sociedade inclusiva e justa que abrace essa parcela tão significativa do Brasil. Afinal, antes de se falar sobre políticas públicas, esse é um assunto que alcança os corações de milhões de pessoas.

Leia mais: Faculdade Única garante atendimento gratuito de fisioterapia para os pacientes das UBS’s de Ipatinga

Acessibilidade e Inclusão Social: Um assunto que toca

Falar sobre inclusão social é, antes de mais nada, falar sobre um tema que vai muito além de meras estatísticas. Trata-se de uma questão que influencia diretamente a vida de muitas pessoas: tanto aquelas com deficiência (PcD) quanto suas famílias, e também o Sistema Educacional Brasileiro.

Wanilda Varela é educadora há mais de 20 anos. Atualmente é coordenadora do NAPSI (Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Social) da Faculdade Única. Seu currículo engloba experiências em diversas áreas do conhecimento: Psicologia, Psicopedagogia, Neuropsicologia, entre outras. No entanto, sua vivência juntamente a pessoas com deficiência está entrelaçada por uma razão que vai muito além de qualquer grade curricular.

“Meu tempo trabalhando com PcDs é de mais de duas décadas. Mas pessoalmente falando, estou nessa causa desde que eu nasci porque tenho uma irmã com deficiência. Eu sempre estive enraizada nessa questão da pessoa com deficiência, porque vivo isso na pele”, conta.

Vania Coelho tem uma trajetória parecida. Já são décadas de estrada atuando na área do serviço social. Inicialmente como estagiária, ela se desdobrava entre o trabalho de auxílio no Conselho da Mulher e a criação de seus filhos.

O primeiro contato da Vania com PcDs foi em 2007, quando viu na igreja de sua mãe um grupo de surdos se comunicando em uma linguagem que até então era completamente nova para ela: a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Desde então, a vida dela nunca mais foi a mesma.

“Penso que quando você se envolve de verdade, acaba aderindo à causa. Comigo foi assim. Hoje em qualquer lugar que vou, uma das primeiras coisas que observo é se esse lugar possui acessibilidade para todas as pessoas. Quanto mais o tempo passa, mais me envolvo. Não tem volta!”, explica.

A trajetória profissional da Vania Coelho comprova que em determinados momentos não somos nós que escolhemos nossas áreas de atuação, mas são elas que nos escolhem. Nesses casos, a nobreza de ser útil se torna mais importante do que o prestígio.

“Não faço nada para ser admirada, é só uma realidade que está ao nosso lado e a maioria das pessoas não enxergam”, completa.

Quem também teve seu primeiro contato com pessoas com deficiência no ambiente religioso foi Cristiane Campos. Ao perceber uma intérprete de língua de sinais traduzindo o culto na Igreja Presbiteriana, aquilo a chamou atenção. Esse foi o ponto de partida para uma vida inteira dedicada à causa da inclusão social.

“Meu primeiro contato com a libras foi em 2008 na IPB do bairro Bom Jardim, onde eu moro.

Lá na igreja mesmo eu fiz um curso básico, mas nada como profissão. Comecei a interpretar cobrindo professores que saíam de férias e em 2017 tive minha primeira experiência como intérprete de sala de aula, aqui na Faculdade Única”, relembra.
Educação Inclusiva no Vale do Aço

Com tanto tempo envolvida no campo educacional, é possível realizar uma análise mais aprofundada sobre a situação atual da inclusão social e acessibilidade.

Cristiane Campos recorda-se da época em que era aluna e compara esse período com o atual cenário da educação básica.

“Em 2000 eu estudava na escola e a minha turma tinha um aluno surdo. Ele não tinha intérprete e precisava fazer a leitura labial do professor para conseguir acompanhar a aula. Hoje, graças ao avanço das leis, os estudantes com deficiência possuem intérpretes e são acompanhados todos os anos”, elucida.

Wanilda compartilha da mesma visão que Cristiane no que tange ao ensino de base para pessoas com deficiência.

“Acho tão bonito quando vejo nas escolas as crianças sem deficiência ajudando os coleguinhas que elas têm. Antes os pais nem queriam que esses alunos estudassem na mesma sala, no entanto, atualmente tivemos, sim, uma evolução”.

Contudo, de acordo com a educadora, a questão da inclusão social e da acessibilidade ainda tem um percurso bem longo a percorrer no universo do trabalho e no ambiente acadêmico.

“Penso que as PcDs continuam ocupando cargos mais simples no mercado de trabalho. Na minha opinião, quando se trata de nível superior, acho que estamos ainda engatinhando”, completa Wanilda Varela.

Nesse sentido, além de todos os obstáculos sociais que uma pessoa com deficiência precisa vencer todos os dias, a colocação profissional também tem se mostrado outro importante entrave na vida de quem não tem outra opção senão lutar.

“As legislações avançaram bastante, mas temos muito a evoluir. Mesmo tendo leis, muita gente ainda procura brechas para gastar menos ou contratar menos”, argumenta Vania.
Por que falar sobre inclusão social e acessibilidade no campo acadêmico é tão importante?

É muito difícil definir com precisão histórica quando começou, mas nossa sociedade contemporânea atravessa por um período que podemos chamar de “Era da Informação”.

Steve Jobs, fundador da Apple, uma das maiores companhias do planeta, reforça esse novo paradigma quando diz que “a tecnologia move o mundo”. Esses avanços abalam todas as esferas da sociedade, desde o que se conhece sobre trabalho até discussões que passam pela ética das relações humanas.

Nesse sentido, nada melhor do que falar sobre evolução de políticas públicas para pessoas com deficiência, uso de tecnologias assistivas e educação, no maior contexto que existe de produção de conhecimento: o ambiente acadêmico.

É apostando nisso que Cristiane Campos espera que o Mês da Inclusão Social e Acessibilidade alcance o seu objetivo, deixando um legado efetivo na construção de um futuro mais otimista.

“Quando os alunos chegam até a sala de aula na faculdade, eles estão dispostos a aprender algo. Porém, muitos deles nunca tiveram contato com uma pessoa com deficiência. Nosso objetivo com o Mês da Inclusão Social e Acessibilidade é gerar uma inquietação”, define.

Ou seja, é por meio dessa inquietação intelectual que as programações da Faculdade Única visam concluir sua missão: promover igualdade. “Pessoas com deficiência não são limitadas, mas, sim, diferentes. E cada uma merece ser tratada levando em conta suas especificidades”, reforça Cristiane.

Wanilda também mostra muita empolgação com a proximidade dos eventos do mês de setembro, reafirmando o compromisso da Instituição de Ensino Superior (IES) com sua responsabilidade social.

“Sou muito feliz por trabalhar na Faculdade Única, porque aqui não estamos apegados a leis, mas sim ao desenvolvimento das pessoas, sejam elas com deficiência ou não. No nosso seminário teremos ótimos profissionais que virão como palestrantes para nos auxiliar neste caminho que estamos percorrendo na educação para a pessoa com deficiência”, conta.

Dessa forma, as programações do Mês da Inclusão Social e da Acessibilidade não são voltadas apenas para os alunos da Faculdade Única. Colaboradores da IES e professores da rede pública de ensino da região também podem participar do evento, contribuindo com esse importante movimento que começa a partir do dia 5 de setembro.
Normal é ser diferente

O olhar preconceituoso e distante da realidade de 45 milhões de brasileiros, enxerga a pessoa com deficiência de forma discriminatória. De cima pra baixo. Com desdém. Esse mesmo olhar presunçoso, porém, se faz limitado demais ao não perceber sua própria feiura em julgar sem conhecer.

Segundo Wanilda Varela, o que uma pessoa com deficiência tem de mais bonito “é a sua verdade. Sua luta. Porque a maioria das pessoas se acostumam com sua zona de conforto, mas as PcDs nunca estão”.

Já para Vania Coelho, a maior beleza de uma PcD está “na felicidade incomparável de estar viva”. Cristiane Campos complementa destacando a resiliência. “Ela não se limita. Ela não vê em si uma deficiência, mas sim uma característica – a capacidade de não se contentar com o mínimo -, ela sempre corre atrás do mais”, destaca.

Por fim, vai ver, o olhar de uma pessoa com deficiência sobre a vida é o correto. Esse, que prioriza a perseverança, a paciência, a entrega.

Esse olhar que iguala pessoas e respeita as diferenças. Pois como diz Antoine Saint-Exupéry, escritor francês, “o essencial é invisível aos olhos. Só se enxerga bem com o coração”.

Edição: CLEOomira Soares dos Santos
Fonte: Grupo Prominas/Internet
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A importância da inclusão em diferentes tipos de ambientes

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Entenda a importância de incluir diferentes pessoas em diferentes setores da sociedade, como escola e trabalho.

No âmbito social, ser incluído significa, antes de tudo, sentir-se acolhido, pertencer a um grupo e ter acesso aos mesmos direitos e oportunidades.

Para a inclusão na prática, o indivíduo não pode sentir que precisa modificar suas características pessoais para se integrar aos demais.

Entenda abaixo a importância da inclusão de todos os tipos de pessoas nas escolas, universidades, empresas, programas de aprendizagem, entre outros.

A diversidade é um componente intrínseco da natureza humana.

Cada pessoa possui suas características próprias que a tornam diferente das demais, única e especial.

Dessa forma, não devemos anular qualquer distinção entre as pessoas, mas incluir as especificidades de cada uma em âmbitos coletivos de convívio.

Muitas vezes, as diferenças são erroneamente consideradas como um limite e um defeito. No entanto, elas são qualidades e fatores importantes para o enriquecimento de qualquer grupo.

Assim, se as diferenças fossem reduzidas ou eliminadas, assistiríamos a um empobrecimento da diversidade e riqueza da humanidade, ou seja, daquelas características únicas que cada pessoa possui.

A inclusão na prática não discrimina ou exclui uma pessoa por conta de alguma característica sua.

Alguns dos principais motivos de exclusão são:

raça;
gênero;
cultura;
religião;
orientação sexual;
limitação física ou mental.

A inclusão social é uma questão fundamental na construção de uma sociedade diversa e igualitária.

Ela garante que todos, independentemente de suas características, tenham respeitados os seus direitos à educação, saúde, trabalho, entre outros.

A inclusão ajuda a enriquecer o espaço onde estamos.

Por exemplo, em uma empresa com pessoas diversas, a tendência é obter melhores resultados justamente porque cada um tem pensamentos e vivências diferentes que podem acrescentar ao grupo.

Inclusão na educação

Naturalmente, a escola, universidade e outras instituições de ensino têm um papel fundamental no ensino sobre acolher o outro, reconhecer e valorizar as diferenças e trabalhar em equipe.

A educação inclusiva pode prevenir a discriminação e o abuso, além de garantir a todos as mesmas oportunidades de participação na vida em comunidade.

Inclusão no trabalho

No mercado de trabalho, a inclusão deve garantir condições de trabalho justas e favoráveis, incluindo igualdade de oportunidades e de remuneração para todos, conforme suas competências e não de acordo com gênero, religião, idade, orientação sexual, entre outras.

Além disso, a inclusão no trabalho não pode acontecer só no dia a dia. Desde o momento da contratação, é necessário não discriminar a pessoa por qualquer característica que possua.

A inclusão é um processo contínuo e diário. Não basta integrar as diversidades, é preciso dar espaço à riqueza das diferenças, adaptando, de tempos em tempos, os ambientes e as práticas a partir das características específicas de cada um.

Entender a importância da inclusão é uma postura imprescindível para o mercado de trabalho.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: CIEE-PR/Internet

Inclusão social: o que é e como acontece!

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Embora nosso país seja conhecido pela diversidade cultural e étnica dos seus cidadãos, o problema da exclusão é grave e atinge várias camadas da sociedade.

Podemos considerar excluídos negros, índios, pobres, transexuais, homossexuais e portadores de deficiência físicas, cognitivas e motoras, que muitas vezes não possuem oportunidades no mesmo nível que outros cidadãos e podem ter até seus direitos de cidadão blindados.

No artigo de hoje, vamos aprender um pouco mais sobre inclusão social, os direitos e deveres das pessoas com deficiência física. Também falaremos sobre a inclusão nas escolas, a questão dos moradores de ruas e ex presidiários e abordaremos o esporte como uma prática inclusiva. Confira!

O que é inclusão social?

A inclusão social é definida por uma soma de atividades que assegura a participação democrática de todos na sociedade, independentemente da etnia, gênero, orientação sexual, educação, condição física, classe social, entre outros aspectos.

O Brasil possui uma leia de inclusão social. A lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, conhecido também como Estatuto da Pessoa com Deficiência:

Art. 1o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Embora esse estatuto assegure a acessibilidade, acesso à informação e comunicação, tecnologia assistida, direito a participação na vida pública e política, ciência e tecnologia e a justiça, os desafios que as pessoas com algum grau de limitação tem que enfrentar ainda são muitos.

No Brasil, muitos deficientes físicos ainda são vistos com indiferença.

O preconceito ainda é visível, a ergonomia das cidades não atendem por completo as pessoas cegas, idosas, cadeirantes e com outros tipos de deficiência, muitas empresas de transporte público não renovaram suas frotas por completo, entre outras dificuldades.

Não precisa ir muito longe para ter conhecimento desses obstáculos.

Basta olhar ao seu redor com uma visão crítica e perceber onde está a dificuldade.

Felizmente, existem diversos projetos com foco na inclusão social atualmente.

Fundações, ONGs e programas do governo trabalham incessantemente para que o Estatuto seja cumprido e esses indivíduos possam, enfim, viver com dignidade em nosso país.

Inclusão social na educação
A inclusão social também deve ser praticada no âmbito educacional. De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal do Brasil, de 1988:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Infelizmente, a falta de recursos financeiros afasta muitas crianças da escola, muitas precisam trabalhar para ajudar no sustento de suas casas.

Quando falamos sobre pessoas com deficiência, a Lei nº 7.583, de 1989 é clara sobre isso:

Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social. Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de um a quatro anos de prisão, mais multa.

É importante salientar que no Brasil as universidades também possuem sistema de inclusão, inclusive o Brasil se destaca nesse ponto de inclusão na educação. Nesse contexto, a inclusão social na escola e na universidade se dá no Brasil das seguintes formas:

Base Nacional Comum Curricular

A BNCC é um documento que tem como objetivo dar um direcionamento a educação de todo o país, estabelecendo uma base curricular a todas as instituições de ensino, sejam elas publicas ou privadas, diminuindo as diferenças na educacional de base de crianças educadas em escolas particulares e municipais, estaduais ou federais.

Cotas raciais

O sistema de cotas é considerado, desde 2012, constitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

O objetivo das cotas raciais é diminuir as diferenças econômicas, étnicas e educacionais de pretos, pardos e índios, quando se trata do ingresso em universidades públicas, cargos em concursos e bancos.
Cotas sociais

As cotas sociais são uma porcentagem de vagas destinadas aos alunos de baixa renda que cursaram o ensino médio integralmente em escola pública, dando a oportunidade para essas pessoas estudarem em uma universidade de qualidade sem sofrer a concorrência desleal com aqueles que foram mais bem preparados durante a vida escolar.

Segundo o portal do MEC, a lei de cotas:

garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência.

O sistema de cotas sociais é legal, estabelecido pela Lei nº 12.711/2012, e sancionado pelo Decreto nº 7.824/2012.

Tipos de inclusão social

Cadeirante

A inclusão social não é exclusiva para pessoas com deficiência. Como exposto no início do texto, ela abrange o direito a uma vida digna independentemente de vários fatores físicos e sociais. Separamos aqui mais 2 tipos de inclusão, para que você fique informado:

Inclusão social de moradores de rua

Basta sair às ruas para ver que eles existem, em números relevantes e vivendo em uma condição sub-humana. As causas de escolherem as ruas como moradia são muitas: uso de drogas, alcoolismo, falta de recursos, desavenças familiares costumam ser os mais comuns.

Buscando promover a solução desse problema e a inclusão social, a câmara aprovou o projeto de lei que obriga as empresas vencedoras de licitação de obras ou serviços de administração pública a contratar moradores de rua habilitados para o trabalho para fazer parte da equipe que vai atuar nessas atividades.

A justificativa é lógica: os municípios oferecem abrigo a essas pessoas, mas não podem morar nesses lugares permanentemente, fazendo com que voltem as ruas. O trabalho é fundamental para que não caíam em uma situação depressiva ou de vício.

Inclusão social de ex-presidiários

Falar sobre o sistema prisional do Brasil é difícil. Por ser cheio de falhas, o assunto acaba se tornando polêmico. Contudo, as leis de inclusão social também promovem a reintegração dos ex-detentos na sociedade.

De acordo com a Lei Nº 7.210/84, essas pessoas podem e devem retornar ao mercado de trabalho assim que concluírem a suas penas.

Entretanto, pode iniciar a atividade laboral ainda dentro do presídio, caso tenha um bom comportamento. No regime semiaberto, pode trabalhar durante o dia, em qualquer empresa da cidade, e dormir no presídio.

Parece simples, mas, na prática, a inclusão social de ex-presidiários é a mais difícil de acontecer e apontada como uma das mais necessárias para a recuperação daqueles, que algum dia, cometeram algum delito.

Esporte como ferramenta de inclusão social

Pessoas jogando basquete

Quando falamos em inclusão social, logo nos lembramos do esporte como ferramenta para que ela aconteça. É comum que esportistas famosos deem entrevistas falando sobre como a prática mudou suas vidas.

O site da ESPN, famoso canal exclusivo de esportes, publicou uma matéria que traz um relato emocionante de Gustavo Hofman, ex-jogador de basquete e jornalista desportivo, sobre o acesso ao esporte em comunidades carentes:

Eu realmente acredito no esporte como a melhor ferramenta de inclusão social existente. Conhecimento empírico, baseado no que vivi e conheci até hoje. Ter o esporte consigo fortalece, cria laços afetivos, ensina a vencer e perder, te coloca no rumo certo.

Os esportes têm mesmo uma participação bastante expressiva na inclusão social. Prova disso é a realização das Paraolimpíadas, evento internacional desportivo para atletas portadores de limitações físicas e sensoriais. A 15 edição do evento aconteceu em 2016 no Rio de Janeiro, cerca de um mês após as Olimpíadas, que também foi realizada na cidade carioca.

Os seguintes esportes foram disputados:

Atletismo
Basquete em cadeira de rodas
Bocha
Ciclismo de estrada e de pista
Canoagem velocidade
Esgrima em cadeira de rodas
Futebol de 5 e de 7
Goalball para portadores de deficiência visual
Levantamento de peso
Hipismo
Judô
Natação
Remo
Rúgbi em cadeira de rodas
Tênis em cadeira de rodas
Tênis de Mesa
Tiro esportivo e com arco
Triatlo
Vela
Volei sentado

Os jogos Paraolímpicos são realizados desde o ano de 1960, e a sua primeira edição foi em Roma, mas o Brasil foi representado somente a partir de 1972. A delegação brasileira paraolímpica de 2016 foi considerada a maior de sua história, com 285 atletas, ficando em 8º lugar no quadro de medalhas com 72 condecorações.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte; /blog.stoodi.com.br/blog/sociologia/inclusao-social/Internet

Descubra a relação entre empreendedorismo e inclusão social

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Nos últimos anos, a inclusão social e o empreendedorismo se tornaram assuntos amplamente discutidos, principalmente quando falamos sobre o cotidiano nas instituições de ensino. Mas você entende a relação entre as duas práticas?

Para compreender melhor essa conexão, imagine duas situações.

De um lado, está uma equipe em que todos os profissionais têm repertórios e vivências semelhantes.

De outro, há um grupo diverso, formado por pessoas com backgrounds distintos.

Qual delas tem mais chance de ter ideias “fora da caixa”? A resposta ajuda a explicitar a relação entre empreendedorismo e inclusão social.

Neste artigo, você vai entender essa conexão, além de descobrir como a escola que aposta na diversidade pode ser decisiva em relação à formação de jovens mais preparados para os desafios do futuro.

Afinal, o que é a inclusão social?
Antes de mais nada, é muito importante compreender o que é a inclusão social.

Embora o tema ganhe cada vez mais destaque na sociedade, nem sempre ele é compreendido por todos.

Trata-se do conjunto de ações dirigidas a indivíduos excluídos do meio social.

Essa exclusão pode ser provocada por cor da pele, gênero, orientação sexual, deficiência física ou mental e até classe social.

Essas medidas têm o propósito de garantir que todas as pessoas tenham boas oportunidades de acesso a educação, emprego, saúde, renda, cultura e outros bens e serviços.

Quer saber mais sobre inclusão social e os benefícios que uma educação verdadeiramente inclusiva pode oferecer à sociedade? Acesse nosso e-book e se aprofunde no assunto.

Inclusão social na Educação Empreendedora
Diversidade e sua ligação com a inovação

Abrimos este texto lhe apresentando um cenário hipotético.

Se você respondeu à pergunta e apostou que o segundo time, a equipe diversa, tem mais chances de sucesso, sua resposta vai ao encontro da opinião de especialistas em recursos humanos, consultorias, empresas de grande porte e até mesmo da Organização das Nações Unidas (ONU).

Todos eles defendem que ambientes marcados pela diversidade são muito mais férteis para a inovação.

O intercâmbio de ideias e soluções é muito mais rico e variado em equipes que não vieram de um mesmo lugar. Diante de tantas visões distintas, o profissional seguramente sairá de sua zona de conforto e terá acesso a pontos de vista e opiniões diferentes das suas.

As empresas já se atentaram para isso. É cada vez mais comum a criação de comitês ou equipes focadas em promover a diversidade. Uma das pioneiras nesse sentido é a IBM, que conseguiu, só em 2018, aumentar em mais de 70% a contratação de mulheres e negros.

Um estudo da consultoria McKinsey, por exemplo, mostra que negócios que investem em times diversos são 33% mais propensos a obter retornos financeiros acima da média nacional de seus setores.
A importância da diversidade para a educação

Trabalhar temas importantes para a sociedade atual, como igualdade de gênero, direito de minorias, combate ao racismo, homofobia e qualquer tipo de preconceito, é fundamental. Os jovens levarão toda essa bagagem para o mercado de trabalho no futuro.

No ambiente escolar, trazer diferentes perspectivas favorece a troca de ideias e facilita o caminho por soluções inovadoras, hoje tão procuradas pelas empresas.

Para proporcionar uma aprendizagem pautada pela diversidade, é necessário elaborar conteúdos relacionados à diversidade, trazendo exemplos do cotidiano e estimulando que os estudantes trabalhem a empatia.

Empreendedorismo e inclusão social no mercado de trabalho

Quando é responsável por solucionar problemas ou criar soluções, uma equipe diversa enfrenta um caminho mais complexo.

Pessoas com visão de mundo distinta terão liberdade para expor opiniões e argumentos variados, muitas vezes opostos.

Mas essa também pode ser a chance de detectar possibilidades mais interessantes – e de agir com iniciativa e resiliência para testar uma nova ideia. Ou seja, a diversidade pode ser combustível para uma atitude marcada pelo protagonismo e pela iniciativa. É quando o empreendedorismo e a inclusão social se encontram.

As duas vertentes também podem ser uma força potente que busca motivar a oferta de novos produtos e serviços alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Nesse caso, a força motriz vem de empreendedores dedicados a solucionar problemas sociais, como acesso à saúde e à educação, à erradicação da pobreza e a mudanças climáticas.

Quando uma ideia dá certo e alcança os resultados almejados, a relação entre empreendedorismo e inclusão social também se fortalece, porque serão negócios focados em diminuir desigualdades.
A diversidade na escola pode fortalecer a atitude empreendedora

Já deu para entender que empreendedorismo e inclusão social se retroalimentam no mercado de trabalho. Mas como a escola pode contribuir nesse contexto?

Para responder à pergunta, vale a pena relembrar a importância de desenvolver habilidades socioemocionais em sala de aula.

De acordo com diversos especialistas, as soft skills são um dos caminhos mais importantes para corresponder aos desafios da indústria 4.0.

A fim de que consigam destacar-se no mercado de trabalho, os jovens precisam estar preparados para agir com resiliência, empatia, inteligência emocional, liderança e colaboração.

Essas características serão importantes para que esses profissionais do futuro sobressaiam nos ambientes organizacionais do futuro.

Ou seja, eles precisam estar abertos a reaprender constantemente, saber trabalhar no modelo de contratação por projetos e executar tarefas em colaboração com outros – entre diversas outras responsabilidades citadas anteriormente.

Agora, e se a escola já estivesse dedicada a ser um laboratório para desenvolver todas essas habilidades? É exatamente aqui que a educação se encontra com o empreendedorismo e a inclusão social.

Na prática, se professores dedicam um tempo para desenvolver estratégias que coloquem estudantes diante de situações completamente distintas de sua realidade, esse pode ser o ponto de partida para provocar novos questionamentos.

Quanto mais aprende e convive com realidades diversas, mais aberta, tolerante e empática pode ser a turma, além de mais atenta a novas possibilidades de agir. Seria, portanto, a chance de fortalecer a atitude empreendedora em jovens.

Como começar?

Você deve estar se questionando como a escola pode incentivar a diversidade.

Algumas opções para associar empreendedorismo e inclusão social podem estar no incentivo a intercâmbios com outras instituições que enfrentam realidades distintas.

Uma ideia possível é promover o contato da turma com escolas de outros bairros em torno de projetos que estimulem a troca de experiências.

Outra possibilidade é fomentar a vinda de estudantes de outros países para aulas de inglês ou espanhol. Além de aprenderem um novo idioma, os jovens têm a chance de conhecer outras culturas ao redor do mundo.

Afora isso, o tema diversidade deve estar presente de forma constante.

A meta do educador é reforçar a importância do respeito às diferenças, combater o bullying e qualquer outra forma de discriminação.

O empreendedorismo e a inclusão social podem ser aliados na escola, e as novas tecnologias cumprem importante papel nessa parceria.

Educação: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: professor doutor Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Internet