O papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência nas empresas

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

A liderança transformacional é crucial para qualquer empresa que deseja criar um ambiente inclusivo para as pessoas com deficiência. Contudo, para ter eficiência ao aplicá-la, é crucial que você domine o tema.

O que é a liderança transformacional?

A liderança transformacional é uma forma de liderar, onde o foco é inspirar o time inclusivo a alcançar metas de alto nível. Desse modo, ela faz com que a empresa ganhe um lugar de destaque no mercado.

Para dar certo, é crucial criar um local de trabalho que preze pela diversidade e inclusão. Afinal, ela busca valorizar cada indivíduo. Logo, na prática, será preciso ter alguns traços, como:

ter um vínculo com a equipe;
incentivar a inclusão nas tomadas de decisões;
apoiar os grupos diversos;
promover a empatia.

Ao investir nessa liderança, você estará indo além do ato de apenas incluir pessoas com deficiência. Isso porque, a meta é criar um local seguro e adequado, onde elas possam mostrar suas habilidades.
Quais são os traços destes líderes?

Estes líderes possuem muito carisma e forte presença pessoal. Desse modo, eles mostram para o time como é crucial acolher a diversidade e inclusão. Além disso, eles precisam:

ter uma visão que inspire;
habilidades para inovar nos negócios;
se expressar de forma clara;
criar bons laços;
saber realizar mentorias.

Todos os pontos citados servem para líderes com deficiência ou não. Inclusive, muitas vezes, para conseguir alcançar todos os traços, é crucial realizar cursos, frequentar palestras e ter um bom coach.

O papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência nas empresasA liderança transformacional ajuda a traçar estratégias para extrair os melhores resultados.

Há mais de um tipo de liderança transformacional?

Um tipo de liderança transformacional é a visionária.

Isso porque, nela o líder constrói uma visão do futuro, o que ajuda a traçar estratégias de mercado e promover ambientes de trabalho adequados. Além da citada, há outras, como:

facilitador: cria ambientes autônomos e acessíveis;
treinador: investe na capacitação do time.

Ainda há o tipo que transforma. Ou seja, traz grandes mudanças para o local de trabalho. Muitas vezes, você verá líderes executando vários desses traços em paralelos. Logo, não precisa escolher apenas um.

Todas as formas têm como foco promover um local inclusivo. Assim, empresas que possuem líderes com esse perfil, tem mais candidatos com deficiência ocupando vagas.

Então, você terá mais chances de reter grandes talentos do mercado.
Qual é o papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência?

A liderança transformacional ajuda a criar uma visão inclusiva. Desse modo, todas as pessoas têm apenas as suas habilidades como critério, o que torna o ambiente mais igualitário. Além disso, ela auxilia na criação de:

defesa e apoio;
mudança na forma de pensar;
compromisso geral com a inovação.

Na prática, ela tem um papel crítico no processo de aplicar a diversidade e inclusão. Então, qualquer líder que deseja criar um ambiente justo, saudável e produtivo, precisa investir nessa forma de liderar.

Defesa e apoio

Líderes com esse traço viram defensores dos direitos das pessoas com deficiência. Desse modo, elas vão se sentir acolhidas no local de trabalho. Ou seja, vão poder trabalhar sem medo de preconceito e estereótipos.

Outro ponto relevante é que esses gestores vão lutar por suportes físicos e digitais que atendam esse público. Portanto, elas vão atuar em locais que estimulem a sua competência.

Mudança na forma de pensar

Pelo poder de influência, esses gestores conseguem mudar a forma de pensar do time. Assim, crenças antigas e erradas podem ser desfeitas. Mas, claro que isso vai custar tempo e resiliência.

Muitos cresceram acreditando que indivíduos com deficiência não conseguem ter uma vida comum. Desse modo, quando eles se deparam com esse grupo no local de trabalho, tais visões equivocadas afloram.

Para evitar esse problema, o gestor deve mostrar o quanto cada um é essencial na empresa. Ao tentar aplicar uma mudança sem cautela, pode existir uma resistência e medo.

Logo, é crucial traçar estratégias que se adeque ao perfil da sua equipe.

Mas, sempre deixar claro que nenhum tipo de preconceito é tolerado.

O papel da liderança transformacional na inclusão de pessoas com deficiência nas empresasA liderança transformacional torna o ambiente mais leve.

Compromisso com a inovação

Líderes que focam na transformação, buscam sempre novos meios para quebrar as barreiras que impedem a inclusão e a diversidade. Desse modo, eles estão estudando o mercado de forma regular.

Esse processo só poderá ser feito se houver muita dedicação. Afinal, sempre há um detalhe que passa despercebido. Mas, na prática, faz muita diferença.

Então, será preciso criar uma visão que se atente a todos os aspectos.
Quais são os desafios da liderança transformacional?

Manter o projeto é um grande desafio da liderança transformacional. Isso porque, com o tempo, vão surgir barreiras que podem causar desânimo e frustração. Mas, se houver resiliência, elas serão superadas. Além disso, há outros problemas, como:

novos líderes que não acreditam na causa;
falta de avaliação dos resultados;
não conseguir manter a estabilidade;
falta de recursos;
medo da mudança da cultura.

Quando um líder inclusivo deixa o local de trabalho, pode ser um desafio manter a mudança. Afinal, talvez o sucessor não tenha o mesmo perfil. Desse modo, o RH terá a missão de filtrar candidatos que tenham os mesmos valores.

A eficiência de um gestor para executar projetos se torna trivial se ele não crer na diversidade e inclusão. Isso porque, hoje em dia, as empresas que não têm esse perfil possuem dificuldades para se destacar no mercado e podem ter problemas jurídicos.

Para manter um ambiente produtivo, saudável e que vise a evolução social, sempre busque por líderes inclusivos. Assim, o seu negócio vai conseguir crescer de forma contínua até se tornar um grande líder do ramo.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Inclusão e Diversidade/Internet

O que é carteira de identidade diferenciada e como isso ajuda na hora da contratação?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

A carteira de identidade diferenciada torna o processo seletivo mais simples e assertivo. Desse modo, se você quer tornar a sua empresa mais eficiente, vale a pena saber mais sobre o tema.
O que é a carteira de identidade diferenciada?

A carteira de identidade diferenciada é um documento emitido para atender grupos como as pessoas com deficiência. Inclusive, por norma, elas tem marcações, que permite identificar e gerar acesso mais fácil a serviços gerais.
Por que ela é crucial?

Essa carteira promove a equidade formal e material. Isso porque, ela vai ajudar as pessoas com deficiência no acesso aos serviços de acordo com a sua realidade. Mas, de forma específica, ela contribui para a:

diversidade e a inclusão;
segurança nos ambientes;
acesso aos serviços.

Apesar de ser um documento simples, ele ajuda a tornar o mundo um lugar mais acessível e com oportunidades para todos. Desse modo, ele é crucial e por isso, é usado em diversos países.
Entenda a importância da carteira de identificação diferenciadaA carteira de identidade diferenciada gera acesso rápido aos dados básicos da pessoa. Imagem do Freepik.
Como a carteira de identidade diferenciada pode facilitar o processo de contratação?

A carteira de identidade diferenciada ajuda a identificar uma pessoa com deficiência. Logo, desde o início do processo, o RH vai se preparar para fornecer tudo o que é necessário ao candidato.

Outro fato crucial é que ela facilita o dia a dia. Isso porque, com ela, a pessoa não vai precisar pegar filas, algo que é um direito dela. Ou seja, será possível evitar situações embaraçosas de forma prática.

Algumas deficiências não são visíveis. Desse modo, ela poupa diversas explicações, que muitas vezes, não são confortáveis para o candidato. Além disso, ela pode ajudar no:

incentivo a acessibilidade instrumental;
avaliar a qualificação e habilidade;
melhorar a comunicação interna.

A verdade é que esse item faz uma grande diferença na hora de contratar. Mas, para que isso fique mais claro, veja logo abaixo sobre cada um dos pontos que foram citados.
Acessibilidade no processo seletivo

No início da primeira etapa, as empresas devem pedir os documentos do candidato. Assim, desde o primeiro momento, será possível ver que se trata de uma pessoa com deficiência física ou mental e se adaptar a essa questão.

Com o tempo, essa prática, será natural. Ou seja, os processos serão mais acessíveis, bem como, toda a sua empresa.

Ao ver que se trata de uma pessoa com deficiência, a mudança terá que ir além do processo seletivo. Afinal, o ambiente terá que estar preparado para receber esse novo talento de forma segura e confortável, acima de tudo, sem barreiras.

Para não faltar respeito com os candidatos, caso seja preciso estender o prazo do processo de seleção, avise que o motivo são as mudanças internas.
Avaliação da qualificação e habilidade

Esse tipo de carteira não vem com as habilidades da pessoa descritas. Mas, ela pode dar dados adicionais sobre ela, por exemplo. Ou seja, será possível ter uma visão mais ampla do perfil do inscrito antes de entrevistá-lo.
Melhora da comunicação interna

Com essa carteira, o time terá que mudar, inclusive, a sua comunicação. Isso porque, eles terão que adotar a inclusão no dia a dia e aprender a lidar com as diferenças, algo que promete impactar de forma positiva toda a empresa. Mas, isso só é possível se:

houver tecnologia de comunicação adaptada;
o ambiente físico for acessível.

Para alcançar os pontos citados, você deve ter uma RH inclusivo. Afinal, apenas este setor vai saber as estratégias certas para alcançar essa meta. Então, treine o seu time para que eles tenham esse traço.
Entenda a importância da carteira de identificação diferenciadaA carteira de identificação diferenciada torna o processo seletivo mais assertivo. Imagem do Freepik.
O que a empresa não pode fazer ao ver uma carteira de identidade diferenciada no processo seletivo?

A empresa não deve divulgar o que contém na carteira de identidade diferenciada, sem autorização prévia. Isso porque, ao tomar essa ação, ela cria uma situação ruim com o candidato, que pode resultar em processo.

Com o tempo, todos da equipe vão saber que se trata de uma pessoa com deficiência. Mas, isso deve ser feito sempre respeitando o espaço dela. Além disso, é punível qualquer prática de:

discriminação ou preconceito;
retirada da pessoa após perceber a condição na identidade.

A lei 13146 deixa claro que pessoas desse grupo tem o direito de viver uma vida plena e isso inclui, equidade de oportunidade. Desse modo, não é cabível excluir ou tratar diferente um candidato por causa disso.
Como emitir a carteira de identidade diferenciada?

O processo para emitir a carteira de identidade diferenciada é igual a comum. Ou seja, você terá que se dirigir a uma unidade do Poupatempo. Em seguida, mostre os documentos, como:

certidão de nascimento;
laudo médico;
certidão de casamento e nacionalidade, se houver;
CPF, Nis e CNH;
Cartão Nacional de Saúde;
título de eleitor;
CTPS e certificado militar.

A partir do CPF, todas as documentações são opcionais. Mas, elas são cruciais caso você queira emitir um crachá descritivo. Mas, se for tirar apenas a identidade, não é necessário.
Qual é o valor para emitir a carteira?

A emissão da carteira diferenciada é gratuita. Desse modo, o acesso para ter a sua não depende de questões financeiras. Além disso, se ela fosse paga, iria incentivar a desigualdade social, o que se opõe a causa.

Caso você tenha um candidato que faça parte desse grupo e não tenha a carteira, mostre a ele como se cadastrar. Assim, ao tê-la, ele vai ter acesso aos recursos e facilitar a seleção.

Por tudo que foi dito, fica claro que esse é um documento essencial e que pode tornar mais prático qualquer processo seletivo. Portanto, sempre que for abrir novas vagas, solicite ela na primeira etapa.

Edição: Gilson de Souza DANIELKL
Fonte: Igual/Internet

Quem precisa de acessibilidade no dia a dia?

CLEOdomira Soares dos Santos ( Cascavel Pr Brazil)
A inclusão na participação de atividades do cotidiano beneficia diversas pessoas, além daquelas que apresentam algum tipo de deficiência

Elevador, rampa, piso tátil, audiodescrição, legendas, muletas, banheiros adaptados e cadeiras de rodas.

Esses são apenas alguns dos diversos recursos de acessibilidade disponíveis hoje em dia.

Apesar de estarem mais associados a pessoas com deficiência, idosos e gestantes, eles podem ser usados por qualquer indivíduo, em situações nas quais haja algum tipo de limitação.

A acessibilidade, além de ser um direito de todos, promove uma sociedade mais inclusiva, livre de preconceitos e barreiras arquitetônicas, atitudinais, programáticas, metodológicas, instrumentais, comunicacionais e naturais.

Afinal, todas as pessoas vão precisar ou já precisaram de acessibilidade em algum momento de suas vidas, seja de forma permanente ou temporária.

O que é acessibilidade?

De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, a acessibilidade é definida da seguinte maneira:

“Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.”

Para facilitar a identificação dos diferentes aspectos da acessibilidade, ela foi dividida e classificada em sete dimensões, de acordo com os objetivos específicos de cada uma: arquitetônica, atitudinal, programática, metodológica, instrumental, comunicacional e natural. Apesar de serem desenvolvidas individualmente, todas elas estão interligadas de alguma maneira.

Acessibilidade para todos

Para que a acessibilidade atitudinal seja implementada nas empresas, é necessário que haja uma conscientização de todos os funcionários em relação à inclusão, especialmente dos gestores.

Afinal, sem a participação da liderança, fica muito mais difícil disseminar o tema a outros níveis hierárquicos da organização.

Dentro desse contexto, a educação é uma das principais ferramentas para gerar as mudanças necessárias nas empresas.

Portanto, a realização de treinamentos, palestras e cursos é uma forma eficiente de diminuir as barreiras entre as pessoas, de educar os colaboradores a respeito da inclusão e de transformá-los em multiplicadores internos de conhecimento.

Para criar um ambiente de trabalho humanizado e inclusivo, capaz de valorizar as potencialidades de todos os funcionários, é preciso ensinar as terminologias corretas para se referir à pessoa com deficiência, as melhores maneiras de auxiliá-la, bem como mostrar situações do dia a dia de quem vive com algum tipo de deficiência, para provocar uma mudança de mindset e evitar a propagação do preconceito dentro das organizações.

Em algum momento da vida, as pessoas vão precisar ou já precisaram de acessibilidade, de forma permanente ou temporária. Um dos exemplos mais comuns é quando alguém fica impossibilitado de usar o áudio de um vídeo e ativa a legenda, seja por um problema técnico ou porque está em um ambiente barulhento ou sem fones de ouvido.

Outra situação é quando uma pessoa fratura a perna e precisa usar recursos de acessibilidade, como rampa, elevador, muleta e cadeira de rodas, durante o período de recuperação.

Nos aeroportos e nas rodoviárias, por exemplo, onde há grande circulação de pessoas carregando bagagens pesadas, é comum o uso de rampas e elevadores para facilitar o deslocamento.

Os assistentes virtuais também são utilizados diariamente por muitas pessoas com e sem deficiência e apresentam recursos que oferecem mais autonomia aos usuários.

Por meio do comando de voz, eles facilitam a realização de diferentes tarefas do dia a dia, como apagar e acender as luzes, abrir e fechar portas e janelas, ligar e desligar aparelhos eletrônicos, ler um livro ou as notícias do dia, entre outras.

Apesar de estarem mais presentes na rotina de pessoas com deficiência, os recursos de acessibilidade podem ser usados por qualquer um, em diferentes momentos e situações da vida.

Por isso, é importante disseminar cada vez mais na sociedade o conceito e a importância da acessibilidade, para evitar preconceitos e garantir o exercício pleno de um direito de todos os cidadãos.

Certificação Guiaderodas

As empresas e empreendimentos que reconhecem a acessibilidade como um diferencial estratégico para seus negócios podem participar do processo de Certificação Guiaderodas, que consiste em um programa que reconhece as melhores práticas de acessibilidade e inclusão. Estão elegíveis à certificação edifícios comerciais, escritórios, galpões logísticos e shoppings centers, tanto em fase de projeto, como em operação.

O processo para obtenção da certificação atende um conjunto rigoroso de critérios de acessibilidade e abrange quatro eixos: ambientes, colaboradores/atendimento, governança e comunidade.

Ele dura em média 12 meses e, após esse período, é entregue um relatório de impacto com os resultados e a descrição das boas práticas de acessibilidade e inclusão desempenhadas pelo local.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos/Grupo sem Limites Cascavel
Fonte: Carina Melazi/Jornalista e produtora de conteúdo. Gosta de contar histórias e é apaixonada por viagens, montanhas e mar.

Pessoas com visão monocular podem se aposentar mais cedo

Até 2021, a visão monocular não era considerada deficiência por lei federal, mas já era classificada como deficiência visual pela jurisprudência dos tribunais brasileiros.

Em março de 2021, pessoas com visão monocular passaram a ter direitos que poucos sabem.

Foi a partir da sanção da lei 14.126/2021 que ficou estabelecido que elas estão classificadas como deficiente sensorial do tipo visual para todos os efeitos legais.

Dentro do Direito Previdenciário, existem três tópicos importantes relacionados à aposentadoria e à pensão.

A lei garante à pessoa que enxerga com apenas um olho os mesmos direitos e benefícios das pessoas com deficiência e por isso, elas podem receber o benefício de prestação continuada, BPC/LOAS, para pessoas com deficiência que preenchem o requisito econômico de renda do grupo familiar até 1/4 do salário mínimo. Existe também a isenção de imposto de renda na aposentadoria e na pensão por morte.

O portador de visão monocular pode também se aposentar por idade, com 15 anos de contribuição como pessoa com deficiência, tendo 55 anos de idade (Mulher) e 60 (homem), ou por tempo, tendo 28 anos de contribuição (Mulher) e 33 anos (homem), sem exigência de idade mínima.

É importante esclarecer que o tempo de contribuição precisa ser na condição de pessoa com deficiência.

Não adianta a pessoa que já era contribuinte no período de 20 anos e se tornou deficiente, contribuir por mais 8 ou 13 anos para se aposentar como deficiente. A pessoa já tinha que estar contribuindo desde o início na condição de pessoa com deficiência.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a visão monocular é caracterizada quando a pessoa tem visão igual ou inferior a 20% em um dos olhos, enquanto no outro mantém visão normal.

As pessoas que não enxergam com um dos olhos, têm dificuldades com noções de distância, profundidade e espaço, o que acaba prejudicando a coordenação motora e o equilíbrio, fazendo com que muitos passem por dificuldades no dia a dia.

Até 2021, a visão monocular não era considerada deficiência por lei federal, mas já era classificada como deficiência visual pela jurisprudência dos tribunais brasileiros.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: https://www.migalhas.com.br/depeso/388247/pessoas-com-visao-monocular-podem-se-aposentar-mais-cedo/14/06/2023

Quem são as meninas autistas superdotadas?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Em entrevista, psicóloga autista explica estereótipos sobre altas habilidades

Geralmente associamos a superdotação, ou altas habilidades, aos gênios.

Pessoas muito inteligentes com interesses particulares e alto desempenho em música, matemática, filosofia ou física.

Nessa entrevista, a psicóloga e pesquisadora de neurodivergências francesa Adeline Magnon, hoje radicada na Espanha, fala sobre como esse é apenas um estereótipo e um perfil possível para as altas habilidades.

Focando a conversa nas características das altas habilidades em meninas, em especial também autistas, Magnon (ela própria diagnosticada autista com altas habilidades) explica a dificuldade de diagnóstico para esse grupo, os impactos das altas habilidades e do autismo no dia a dia das meninas, e o peso sóciocultural sobre a discussão da inteligência em homens e mulheres.

Muitas pessoas acreditam que ter altas habilidades significa ser gênio em ciências ou música. Isso é verdade? Esse é um estereótipo muito comum, mas não é isso.

Ser um gênio em uma área significa que você desenvolveu suas habilidades através da prática e teve o “ambiente adequado” para desenvolver seu potencial.

Ter um talento específico em determinada área se destaca mais, por isso pensamos mais nesses perfis quando falamos de altas habilidades, mas é apenas um perfil entre muitos.

Existem muitas formas de compreender as altas habilidades e tudo depende da definição que usamos e do modelo teórico que nos respalde. No entanto, acredito que todas estas definições estão alinhadas em afirmar que uma coisa é ter alto desempenho e outra coisa é ter altas habilidades.

E que ter altas habilidades não implica necessariamente em desenvolver esse potencial em algo “produtivo” para a sociedade. Para mim, ter altas habilidades é ter um cérebro que funciona de maneira diferente, com uma maneira diferente de ser, de perceber e de funcionar no dia a dia — embora outros autores considerem isso como um conceito meramente social. Posso ter altas habilidades, não ter alto desempenho e, ainda assim, perceber o mundo de uma forma muito intensa.

Como é feito o diagnóstico de altas habilidades? Voltamos ao maior problema que temos com as altas habilidades: a definição.

Dependendo de como for definida, a forma como pode ser diagnosticada mudará. Antes, as altas habilidades eram tidas como um alto QI [quociente de inteligência].

Bastava, então, fazer um teste de medição de inteligência geral, como os testes de Wechsler, e ver se o QI era superior a 130. Falo no passado, mas, na realidade, é algo que continua sendo feito hoje em dia, e muito. As altas habilidades são muito mais do que um QI maior que 130 — um ponto de corte que sempre foi totalmente arbitrário, não se baseia em nada além de estatísticas.

Medir o QI é como medir a temperatura. Posso te dizer que você está com 38,5º e que está com febre, mas não é por isso que vou poder dizer que você está gripado, correto? Você pode ter um QI elevado sem ter o funcionamento de altas habilidades (dependendo, novamente, da definição que damos a este perfil), ou ter um QI inferior a 130 e apresentar um perfil de altas habilidades, especialmente se tiver um QI heterogêneo, o que é bastante comum quando há dupla ou múltipla excepcionalidade (quando há outras neurodivergências concomitantes).

Para fazer uma identificação mais precisa de um perfil de altas habilidades, acredito que, além do teste de QI — que pode dar indicações valiosas (não tanto pelo QI geral, mas pela maneira como a pessoa se comporta em cada subteste)—, deveriam ser feitas uma anamnese por meio de entrevista guiada para obter informações qualitativas e buscar elementos que possam indicar altas habilidades, um teste de criatividade e pensamento divergente, e tudo mais que nos permita agregar informações para completar o perfil.

É preciso lembrar que os testes de QI medem principalmente a inteligência acadêmica (por isso são bom preditores de desempenho escolar), uma vez que foram elaborados justamente para detectar pessoas com potenciais dificuldades acadêmicas. Mas, definitivamente, um teste de QI não é suficiente.

Existe distinção nas características de altas habilidades entre homens e mulheres? Até o momento, a pesquisa sobre este tema é muito escassa. Acabei de fazer uma revisão sistemática dos últimos dez anos de pesquisa sobre mulheres neurodivergentes, que incluiu altas habilidades, e havia muito poucos artigos.

Não vejo tanto viés de gênero como em outras neurodivergências, como o autismo, mas definitivamente existe.

Mais do que características diferentes, tem a ver com a percepção que temos da inteligência em geral. É mais fácil valorizar um homem inteligente do que uma mulher, e as diferenças observadas geralmente vêm mais de diferenças de socialização e educação devido a nosso gênero do que de um desenvolvimento cerebral diferente ou características inatas. Mas, como mencionei, isso quase não foi estudado.

Você mencionou antes, o que é dupla ou tripla excepcionalidade?

A dupla excepcionalidade é a coexistência das altas habilidades com outra condição que signifique um desafio ou deficiência. Não se trata da soma das duas condições, mas de um perfil diferente, em geral com grandes paradoxos e contradições em seu funcionamento.

A tripla excepcionalidade ocorre quando a pessoa também faz parte de uma minoria social sub-representada (minoria étnica ou cultural, minoria linguística, grupo LGBTQIA+).

Excepcionalidade múltipla é quando a pessoa apresenta duas ou mais condições além das altas habilidades (por exemplo, pessoa com altas habilidades, TDAH e autismo).

Você acredita que a proporção de autismo entre homens e mulheres é, de fato, de 4 para 1? Ou há poucos diagnósticos entre as mulheres? Não, essa proporção é totalmente distorcida, e as pesquisas começam a ir nessa direção: há muitos “diagnósticos errados” em mulheres autistas, e a falta de diagnóstico ou o diagnóstico tardio faz com que as mulheres não saibam que são autistas até a vida adulta, ou não saibam nunca.

É representativo do preconceito de gênero que existe no autismo.

Por que é tão difícil identificar o autismo em mulheres, principalmente se elas possuem altas habilidades? Eu diria que é por causa do patriarcado: nos ensinam a socializar como uma “menina”, ou seja, a ouvir, a nos misturarmos na multidão, a tentar ser querida por todos, a não nos destacarmos demais, a ter empatia, a observar muito, não gritar, não expressar emoções… Enfim, a gente cresce com esse pacote cultural de “sou menina e tenho que… X”.

Por isso, tendemos a usar muito mais a camuflagem para tentar nos encaixar, porque uma menina que não se enquadra é muito mal vista, porque uma menina tem que socializar com ternura e gentileza. Basicamente, temos muitas habilidades de observação e aprendemos a usá-las para sobreviver socialmente.

Para dar exemplos, como seria uma menina pequena (de menos de 5 anos) com autismo e altas habilidades? Pode ser muito variável. Na realidade, é um espectro muito amplo.

Eu diria que podem ser sinais de suspeita: dissincronia (tendência a interagir com crianças mais velhas ou adultos); perguntas existenciais e enorme curiosidade intelectual incessante, com interesses muito intensos e grande potencial criativo ou grande imaginação (isto para as altas habilidades).

Ao mesmo tempo, possíveis dificuldades de regulação emocional, grande sensibilidade sensorial (com hipersensibilidades sensoriais geralmente acentuadas), necessidade de antecipação e rituais, apesar da fome por conhecimento e novidade. Dificuldades para socializar da forma esperada.

Em geral, expressam se sentir como “alienígenas”, esquisitas, querem voltar ao seu planeta de origem. De fora, é possível perceber “esquisitices”, mas, ao mesmo tempo, a menina consegue compensar, cada vez mais, os desafios que enfrenta. Em geral, são meninas com grande senso de justiça, mas que, ao mesmo tempo, são capazes de seguir as regras minuciosamente. Pode haver hiperlexia, com grande interesse precoce pela leitura e aprendizagem independente. Vamos ver uma menina esperta, curiosa, exigente por informações, exploradora, inquieta.

A presença de ansiedade elevada (escolar e social) pode ser sinal de que coexista, também, autismo ou outra condição, que ela está tentando camuflar. Geralmente também há grande frustração, pois a menina percebe que é capaz de fazer certas coisas difíceis, mas que outras coisas são muito desafiadoras para ela.

Com frequência, tem colapsos porque não consegue se regular emocional e sensorialmente. Depende de cada caso, mas eu diria que essas são as características gerais.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Johanna Nublat/Internet

Reabilitação profissional: o que é e como isso pode ajudar uma pessoa com deficiência?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

A reabilitação profissional ajuda um indivíduo a ter uma nova chance no mercado de trabalho.

Neste artigo, você vai conferir um pouco mais sobre o programa, bem como, de que maneira isso pode ajudar uma pessoa com deficiência.

O que é a reabilitação profissional?

A reabilitação profissional é um programa social do INSS que visa reinserir pessoas com deficiência ou doenças sérias ao mercado de trabalho.

Quem já sofreu algum tipo de acidente no serviço, teve que parar de atuar e assegurado pelo INSS, tem direito a participar. Ao passo que, é muito comum que eles cessem suas atividades por motivos de saúde:

mental;
social;
física;
sensorial.

A ideia do programa de reabilitação é fazer com que elas tenham uma chance de voltar a trabalhar, bem como capacitá-las para isso. De modo que, mesmo que haja algum tipo de limitação, terá uma análise clínica sobre as suas condições físicas e mentais.

Com a Lei de Cotas do governo, as pessoas podem ter uma nova chance de atuar de outra forma. Ou seja, é um direito legal que o cidadão possui, embora o seu trabalho seja diferente.

Reabilitação profissional: o que é e como isso pode ajudar uma pessoa com deficiência?A reabilitação profissional é um programa que insere pessoas ao mercado de trabalho.

Como funciona essa reabilitação?

A pessoa passa por um laudo médico para saber quais são as suas condições e para entender a melhor forma de inseri-lo ao mercado de trabalho. Além disso, os objetivos profissionais dele são considerados nessa etapa.

Depois dessa fase, uma equipe multidisciplinar do órgão irá atuar na sua reabilitação. Ou seja, eles vão auxiliar na recuperação da pessoa, a fim de deixá-la em boas condições físicas e mentais para voltar a atuar.

Caso seja preciso, é comum levá-la para fazer um curso, escola e até mesmo uma faculdade para adquirir ainda mais conhecimento.

O INSS irá arcar com todos os custos para a reabilitação ser simples, leve e prática. Contudo, o processo requer um acompanhamento de perto para garantir que a pessoa se adapte.

Como a reabilitação profissional pode ajudar pessoas com deficiência?

A reabilitação profissional pode auxiliar na saúde da pessoa com deficiência, ou seja, ela pode desenvolver melhor as suas habilidades, por exemplo:

alta capacidade de raciocínio;
ter mais conhecimento;
sessões de fisioterapia.

Tudo vai depender da limitação que a pessoa tem, o que vai resultar na sua análise, bem como acompanhamento para melhorar. Em suma, a ideia é fazer com que ela possa atuar bem em equipe e tenha uma alta produtividade.

Com a reabilitação, a pessoa fica apta a ter um bom emprego. Nesse sentido, os profissionais que cuidam de todo o processo, irão auxiliar na busca por empresas que dão equidade de oportunidades.

Há muitas marcas que valorizam a diversidade e inclusão, por outro lado, existem as que apenas cumprem as cotas de acordo com a lei.

Por isso, o ideal é estar em um negócio que abrace a causa e dê todo o suporte a pessoa com deficiência.

Reabilitação profissional: o que é e como isso pode ajudar uma pessoa com deficiência?A reabilitação profissional ajuda as pessoas com deficiência a conseguirem um novo emprego.

Suporte contínuo

O suporte contínuo é um ponto vital da reabilitação, uma vez que não basta só ter um emprego, é preciso mantê-lo. Por esse motivo, a equipe responsável do INSS irá garantir isso com um acompanhamento de perto de toda a fase.

Isso significa que a pessoa deve ser capaz de se adaptar às novas funções, bem como à sua nova rotina de tarefas. Todavia, para tal ponto ter a sua eficiência, a adoção de cursos e treinamentos extras serão vitais nessa ideia.

A inclusão social

O processo de reabilitação de uma pessoa é vital para a inclusão dela não só em empresas, mas no meio social. Desse modo, o cidadão pode levar uma vida plena e com as melhores condições, como é o seu direito.

Sem contar que isso também dá uma maior liberdade financeira, uma vez que ele terá como se sustentar graças ao seu trabalho. Ou seja, reabilitar uma pessoa que possui algum tipo de deficiência é dar a ela a chance de ter a vida que sempre quis.

Quais são os benefícios da reabilitação profissional?

A reabilitação profissional, a princípio, permite que uma pessoa com deficiência supere os desafios que limitam as suas capacidades físicas ou mentais. Dessa forma, ela terá uma nova chance no mercado de trabalho e conquistará sua independência.

Muitos outros pontos também são importantes citar nesse contexto, uma vez que há vários benefícios que se pode adquirir no processo, como:

uma melhor qualidade de vida;
apoio institucional para se adaptar ao trabalho;
inclusão social;
reduz o estigma social;
aumento da autossuficiência.

São muitos os pontos positivos da reabilitação de uma pessoa com deficiência. Dessa forma, cada um pode ter mais qualidade de vida, além de se adaptar melhor no meio social e profissional.

Por que investir na reabilitação profissional?

A reabilitação profissional é vital para dar uma chance de trabalho para pessoas com deficiência. Ou seja, é um meio de inseri-las no mercado, bem como dar equidade de oportunidades para eles, além disso, vale citar também:

dá ao profissional a sua independência financeira;
melhora a sua qualidade de vida;
ajuda a desenvolver as suas habilidades;
permite que a pessoa tenha acesso a novas oportunidades de emprego.

Como você pode notar, é uma forma de reeducar e recolocar uma pessoa cujas limitações o impedem de trabalhar, no mercado de trabalho. Por fim, é crucial frisar que as empresas devem incluir e integrar, além da lei de Cotas, para o sucesso da reabilitação.

Edição:Gilson de Souza DANIEL
Fonte:Igual-reabilitação/Internet

Comissão do Senado aprova nesta terça (07) passe livre nos ônibus do tipo leito, semileito e em aviões para pessoas com deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Foi aprovado nesta terça-feira, 07 de novembro de 2023, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal, o PL (Projeto de Lei) 1252/2019 que garante gratuidade total para pessoas com deficiência em aviões e ônibus interestaduais rodoviários do tipo leito, semileito e executivo.

Pela proposta, os custos serão arcados pelas próprias empresas aéreas e de ônibus.

O benefício ainda não está garantido. O projeto ainda vai passar por um novo turno na Comissão e depois seguir para votação no Plenário até chegar à presidência.

Tudo isso porque o texto original, da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), recebeu um substitutivo do senador Romário (PL-RJ).

No caso dos aviões, a gratuidade para pessoas com deficiência não existe. Já no caso dos ônibus rodoviários interestaduais, a questão é constantemente judicializada.

Isso porque, alegando seguir a lei, as empresas só transportam gratuitamente nos ônibus rodoviários convencionais.

Algumas decisões judiciais entendem que a gratuidade deve se restringir aos ônibus convencionais até a criação de uma nova lei.

Outros entendimentos dizem que a gratuidade deve ser em todas as categorias por não haver uma previsão clara na lei e porque algumas empresas, só para não conceder o passe livre, não oferecem mais horários com ônibus convencionais ou reduziram muito esta oferta.

No lugar, colocam ônibus do tipo executivo, que são quase iguais os convencionais, só um pouquinho melhores. Com a manobra, fogem da obrigatoriedade.

O Senado explica que pela legislação em vigor, a pessoa com deficiência e o acompanhante, se forem considerados carentes, têm direito à gratuidade no transporte coletivo interestadual. É o que prevê a Lei do Passe Livre (Lei 8.899, de 1994), regulamentada pelo Decreto 3.691, de 2000, e outras três portarias.

De acordo com a autora, uma portaria interministerial de 2001 assegurou o passe livre apenas ao sistema de transporte coletivo interestadual em suas modalidades rodoviária, ferroviária e aquaviária. O transporte aéreo ficou de fora.

“Com essas alterações legais, não mais poderá ser recusado o acesso da pessoa com deficiência em ônibus leito ou semileito, por exemplo. Nem será impedida a pessoa com deficiência carente de viajar em aeronave, quando tal significar sua melhor ou única opção”, explica Mara Gabrilli na justificativa do projeto, segundo a agência Senado.

CDH

O projeto já foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos (CDH) na forma de outro substitutivo do senador Romário, segundo a Agência Senado.

O texto na Comissão de Direitos Humanos deixa claro que a gratuidade vale para o transporte coletivo terrestre, aquaviário e aéreo.

No caso dos ônibus, o substitutivo da CDH estabelece que a gratuidade abrange todas as categorias: convencional, econômica, leito, semileito e executiva. O texto prevê ainda que vagas não solicitadas em até 48 horas antes da partida do veículo podem ser revendidas aos demais usuários.

Substitutivo da CAE

No substitutivo da CAE, Romário altera outros três pontos.

O primeiro deles se refere a críticas de usuários de que nunca conseguem obter as passagens gratuitas. Segundo o relator, há casos de passageiros com deficiência que tentam adquirir o bilhete, mas são informados de que não há mais vagas disponíveis.

Para facilitar a fiscalização, a empresa que negar a emissão do bilhete deve apresentar as próximas datas e horários com lugares disponíveis para o trecho em questão. Além disso, a empresa de transporte fica obrigada a enviar ao órgão fiscalizador nome e CPF dos passageiros beneficiados por veículo.

Romário sugere ainda um mecanismo para assegurar a gratuidade, caso o Poder Executivo demore para definir a regulação do tema. De acordo com a proposta, caso o regulamento não seja aprovado em 90 dias, as empresas ficam obrigadas a ofertar dois assentos por veículo em todas as categorias do transporte coletivo rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo. Além disso, para impedir um vácuo legal entre a publicação da futura lei e o novo regulamento, a Lei do Passe Livre só será considerada revogada após a vigência da regulamentação.

IMPACTO FINANCEIRO

A Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado estima o impacto financeiro total da medida em R$ 1,5 bilhão em 2023, R$ 2,7 bilhões em 2024 e R$ 2,8 bilhões em 2025.

“A gratuidade será suportada pelas próprias empresas transportadores, e não pelo governo. Os valores estimados representam uma pequena fração de seu faturamento.

Somente para as três maiores empresas aéreas, o faturamento atingiu quase R$ 29 bilhões nos três primeiros trimestres de 2022. Considerando o aumento no preço das tarifas praticadas e fazendo o proporcional para quatro trimestres, não é exagerado dizer que, em 2023, o faturamento dessas empresas deverá estar mais próximo dos R$ 40 bilhões”, alega Romário.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes/AddThis Website Tools/Internet

Pesquisa revela ligação entre estresse na gravidez e Autismo

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Fatores estressantes durante a gestação, como complicações no parto, violência e rompimento da estrutura familiar podem afetar a incidência e prevalência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas crianças.

Estudo conduzido por alunas de Medicina do CEUB – Centro Universitário de Brasília/DF, aponta a influência de fatores como a idade dos genitores na concepção e predisposição genética para o autismo. Fazer um pré-natal adequado e evitar o estresse na gestação estão entre as ações preventivas indicadas para a totalidade das gestantes.

De acordo com a pesquisa, realizada com 31 mães de crianças com TEA, fatores como complicações durante o parto, incluindo situações de sofrimento fetal e hipóxia neonatal, afetaram 19,4% das entrevistadas.

Cerca de 35,5% das mulheres experimentaram depressão pós-parto. Violência e rompimento amoroso durante a gestação também afetaram 29% e 22,6% das mães, respectivamente.

Além dos fatores estressores, o estudo mostra que a prevalência do transtorno aumenta com a idade dos pais durante a concepção, especialmente entre aqueles com 31 anos ou mais.

Compreender a relação entre fatores estressantes na gestação e o TEA pode ajudar na capacitação de profissionais de saúde, na distribuição adequada de centros de atendimento e escolas de acordo com o perfil epidemiológico, além da oferta precisa de informações para as gestantes.

O estudo aponta ainda que a detecção precoce e o tratamento adequado do autismo podem levar a um melhor prognóstico para essas crianças.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: alunas de Medicina do CEUB – Centro Universitário de Brasília/DF/Internet

Como é ser um castigo para minha mãe

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

“Mãe, você viu a vereadora lá de Pernambuco dizendo que é castigo de Deus ter tido um filho com deficiência e que mulheres nessa condição vieram a este mundão para sofrer?”. Minha velha emudeceu, ficou um tanto sem graça, claramente consternada, mas não teve energia de retrucar.

Tenho alguma ciência do custo que minha vida causou para a falta de mais vida para minha mãe.

Doente pela poliomielite de quase morte, ainda bebê, a manutenção da minha existência só foi possível com a doação não de um pedaço dela, mas de muito de sua energia, de suas emoções, de sua disposição e de tudo que significava para ela dar a sua cria sentido de seguir em frente.

Performance de palco mostra quatro pessoas, duas em primeiro plano deitadas no chão com os braços estendidos e duas ao fundo, em cadeiras de roda, inclinando o corpo para frente

Apresentação do espetáculo ‘Joy Lab Research’ do Núcleo Dança Aberta, projeto que promove a democratização da dança para pessoas com e sem deficiência 12.dez.21 – Gil Grossi/Divulgação

Não fosse pelo nosso cotidiano repleto de elementos que já a fazia se anular para buscar conserto para mim –não conseguia avançar profissionalmente, não tinha grandes amores, não tinha lazer, nem passava batom—, não faltavam nas esquinas mensageiros do divino, com ou sem microfone, dizendo que ela tinha sido castigada, pensamento que não era só punitivo e misógino a minha mãe, era também odioso a mim.

Não fossem parlamentares e governantes que castigam a pluralidade humana há séculos com suas práticas excludentes, corruptas, arrogantes, inábeis e antidemocráticas, algumas vezes empunhando o interesse do que consideram fé ou abertamente valores pessoais, o peso das mazelas sociais, que nada tem a ver com deficiências, não machucaria tanto experiências maternas e de famílias.

O fracasso de não termos cidades, direitos e olhares amigáveis com o diverso, não termos aprendido o básico do espírito de humanidade que entende que a diferença é a marca que nos faz evoluir, recai ainda, de forma insolente, sobre as vítimas.

Seríamos nós, pessoas com deficiências físicas, intelectuais, sensoriais os castigos de nossas mães ou seriam vereadoras que usam uma tribuna pública para atacar pessoas que labutam por dar dignidade os castigos de toda uma sociedade?

Se houvesse menos resistência para que todo tipo de criança pudesse estudar junto, se houvesse mais sim para o trabalho a pessoas que não ficam bem em paletó, se não entendêssemos como um mero problema do outro as questões que apartam viventes, seguramente, nossas mães seriam menos apedrejadas, nós poderíamos ser mais livres como somos.

Pnad revela características do público com deficiência no Brasil

Em meu modo de ver, se algo foi concedido pelo divino a mães, pais e toda família com pessoas com deficiência foi uma poção enorme de coragem e de força incomensuráveis, à revelia do torcer contra de muita gente, para desfilar na cara do universo como pavimentar possibilidades infinitas de praticar o estar vivo.

Aos poucos, paramos de apedrejar as pessoas por sua raça, mais do que isso, já há coro para celebrar o orgulho de ser preto, amarelo ou originário.

Denunciamos, nos incomodamos e combatemos agressões de gênero. Vamos derrubar, é óbvio, qualquer impedimento ao casamento gay.

É urgente, urgente, que paremos também de condenar o povo torto, que possamos ser malacabados, prejudicados do escutador de novela, puxadores de cachorro, tchube das ideias e qualquer outra dita e vista estranheza de ser. Nosso castigo, por enquanto, é justamente quererem nos impedir de mudar o mundo.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Vereadora de Pernanmbuco/Internet

Summit Êxito de Empreendedorismo 2023 tem palestras com libras

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Mande pra alguém

O Brasil, segundo o IBGE, tem mais de 10 milhões de pessoas surdas. Pensando na inclusão destes brasileiros ávidos por aprendizado, a 5ª edição do Summit Êxito de Empreendedorismo, que está acontecendo entre os dias 06 e 10 de novembro, tem todas as suas apresentações com interpretações em libras.

Ao todo, quem está acompanhando ao evento tem mais de 70 horas de conteúdos, com palestras e painéis. Entre os palestrantes estão a CEO da Atom S/A e investidora do “Shark Tank Brasil”, Carol Paiffer; o CEO da Bossanova Investimentos, João Kepler; o fundador do grupo Ser Educacional e presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Janguiê Diniz; a CEO do Centro Hoffman, Heloisa Capelas; o fundador e CEO da Polishop, João Appolinário; entre outros.

Com o tema “Histórias Reais”, as apresentações do Summit Êxito de Empreendedorismo 2023 estão acontecendo das 9h às 21h.

As inscrições para o evento ainda e podem ser realizadas gratuitamente pelo site.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte:A programação e inscrições pelo link: www.summitexito.com.br