CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), muitas vezes, é confundido com deficiência intelectual, entretanto ambos podem ocorrer isolados e também ter relações definidas como comorbidades, como aponta o neurologista da Apae Curitiba, Dr. Edson Rogerio Piana.
Entre eles, existem características que podem ser confundidas, como o desinteresse em realizar atividades, falta de interação e esquecimento. Entenda as diferenças.
O TDAH
Também conhecido como Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA), o TDAH é um transtorno neurobiológico comum em crianças e jovens e pode acompanhar o indivíduo até o fim da vida.
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, sua causa é genética. Mesmo que se apresente na infância, o distúrbio fica mais perceptível na vida escolar, devido à criança começar a frequentar um novo ambiente.
Ao citar o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, American Psychiatric Association DSM-5 1, o neurologista conta que “os indivíduos com TDAH também apresentam dificuldades nos domínios das funções cognitivas, com resolução de problemas, planejamento, orientação, flexibilidade, atenção prolongada, inibição de resposta e memória de trabalho.
Outras adversidades estão associadas a campos afetivos, como atraso na motivação e regulamentação do humor. A médio e longo prazo, crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar dificuldades no desempenho acadêmico, nas interações interpessoais”.
O TDAH é capaz de apresentar diferentes graus de comprometimento e intensidade. Conforme o Manual de Classificação das Doenças Mentais (DSM.IV), é classificado em três tipos:
O diagnóstico é clínico através de especialistas como: psiquiatra, neurologista, neuropsiquiatra ou neuropediatra.
Não sendo necessários exames de ressonância, eletroencefalograma ou qualquer outro do gênero.
O tratamento é fundamental para que o indivíduo possa desfrutar de uma melhor qualidade de vida ao longo dos anos, por isso quanto antes iniciado melhor.
Geralmente, consiste em psicoterapia e prescrição de psicofarmacológicos, porém, varia de pessoa para pessoa, da gravidade do comportamento e da tolerância ao fármaco. Podendo ser ajustado a quantidade e frequência mediante resultados.
A Deficiência Intelectual
A Deficiência Intelectual (DI), segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AAIDD) é caracterizada por um funcionamento intelectual inferior à média da população onde vive.
O doutor conta que está associado a limitações adaptativas: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho, que ocorrem dos 18 anos de idade.
O diagnóstico é realizado por testes de inteligência padronizados e individualizados, como também por avaliações clínicas. O teste de QI é uma estimativa da habilidade cognitiva de uma pessoa, expressada por um valor, padronizado a partir da relação com a idade da pessoa avaliada, que classifica a Deficiência Intelectual em quatro níveis considerando os resultados nos testes de Quociente de Inteligência (QI) e na capacidade funcional da pessoa:
1) Retardo mental leve (QI entre 50-69),
2) Retardo mental moderado (QI entre 35-49),
3) Retardo mental grave (QI entre 20-40) e
4) Retardo Mental profundo (QI abaixo de 20).
O projeto trata-se de uma ação de apadrinhamento onde a cada mês poderá ser doado uma determinada quantia para a instituição.
Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fontes:Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, American Psychiatric Association DSM-5 1
Associação Brasileira do Déficit de Atenção
Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AAIDD)
Instituto Neurosaber