Conheça os símbolos de acessibilidade para aplicar na sua empresa

Os símbolos de acessibilidade contribuem bastante para a inclusão social, fato que deve ser cada vez mais uma realidade na sociedade. Isso porque eles ajudam a encontrar locais com a adaptação necessária para acolher todas as pessoas igualmente.

Neste sentido, é ideal conhecer todos eles, bem como a importância de cada uma para as pessoas com alguma deficiência. Ainda assim, saiba o que diz a lei no Brasil sobre o uso dos símbolos e por que você deve adicioná-los ao seu ambiente de trabalho.

O que são os símbolos de acessibilidade?

Como o próprio nome já sugere, os símbolos são representações visuais que servem para identificar um local pronto para acolher pessoas com alguma deficiência.

No entanto, é preciso saber como identificar os símbolos de acessibilidade, os quais são muitos, mas de suma importância.

Quais são as suas funções?

A principal função, junto de uma sinalização em acessibilidade, é facilitar o acesso. Assim, pessoas que tenham alguma deficiência ou seus acompanhantes sabem como esse local pode recebê-las de forma igualitária.
O que diz a lei sobre os símbolos de acessibilidade?

O Brasil não possuía uma lei em específico como garantia dos símbolos de acessibilidade para as pessoas com deficiência.

No entanto, a partir de uma norma de nome NBR 9050 que regulamenta o padrão dos símbolos, foi criado um decreto em 2018 de nº 9.296 que torna esse processo obrigatório.

Parâmetros para a acessibilidade

Entre os parâmetros que a NBR 9050 regulariza, estão o de adaptação de ambientes ou construção destes para a acessibilidade. Assim, as pessoas devem conseguir acessar de forma fácil o local independente da sua condição.

Quais são os símbolos de acessibilidade?

Os símbolos de acessibilidade são diversos. Desse modo, existe o Símbolo Universal de Acessibilidade da ONU, e mais alguns que você pode ver a seguir.

Em sua maioria, são de fundo azul e imagem branca, mas podem ser encontrados com outras cores. Com isso, atente-se ao grafismo da imagem para melhor compreensão de cada um.

1. Símbolos para pessoas com deficiência física e visual

Para promover a inclusão social, o símbolo para pessoas com deficiência física é universal. Em suma, você não pode fazer nenhuma mudança nele e é caracterizado por uma pessoa em cadeira de rodas.

O símbolo é caracterizado por uma pessoa com bengala branca e indica que o local tem aparatos para recebê-lo. Assim, tudo já fica claro desde o início.

Entrada com cão-guias

Um dos símbolos que existe para pessoas com deficiência visual é o símbolo específico para locais que podem receber cães-guia. Assim, ele mostra uma pessoa com bengala e o cão ao lado.

2. Braile

Entre os símbolos de acessibilidade para pessoas cegas, existe ainda o do Braile. Assim, é possível identificar um ambiente com objetos escritos de dupla forma, com caligrafia em Braile e na língua local de forma escrita.

3. Símbolo para pessoas com deficiência auditiva

Este é um símbolo que deve estar presente em local visível e mostra que existe algum tipo de amparo para as pessoas que não escutam. Do mesmo modo, veja a seguir quais são os tipos de símbolo para este caso:

Deficiência auditiva total;
Baixa audição;
Pessoas com aparelho.

Os símbolos de acessibilidade podem ser usados para identificar também essas pessoas em, como no para-brisas do seu carro, por exemplo. Logo, é um dever de todos reconhecê-lo.

Pessoas com aparelho auditivo

Para pessoas com deficiência auditiva e que usam aparelho, a inclusão também pode ser feita por telebobina, tecnologia que conta com aro magnético isolado.

Por isso, fique atento ao símbolo anterior, mas com a adição de um T branco para acionar o modo “T” do seu aparelho.

Existe também outro símbolo que segue essa mesma linha e que significa que o local comunica-se diretamente com o aparelho da pessoa. Assim, o símbolo apresenta uma sinalização diferente e pode ser feita a comunicação por transmissão FM em alguns casos.

Os símbolos de acessibilidade são essenciais na hora de garantir a inclusão de todas as pessoas.

4. Símbolo para intérpretes de libras

Um dos símbolos de acessibilidade fundamentais para deficientes auditivos é o da língua de sinais. Portanto, este indica que um determinado evento poderá ser conduzido com o uso da LIBRAS ou outra língua de sinais local.

5. Para pessoas com dificuldade de audição

É comum ainda encontrar símbolos que representem o uso de legendas em aparelhos ou aplicativos. Dessa forma, eles ajudam na inclusão e diversidade, por permitirem que pessoas com deficiência tenham acesso ao mesmo conteúdo e material que os demais.

6. Pessoas com nanismo

Você pode se deparar ainda com o símbolo para nanismo. Então, se o seu ambiente consegue acolher de forma igualitária essas pessoas, represente-o com o símbolo internacional de acessibilidade para este caso.

7. Símbolo para pessoas com deficiência intelectual

Entre os símbolos e sinalização para a acessibilidade, a deficiência intelectual deve estar sempre lembrada. Isso porque é alto o número de pessoas que pode apresentar nível cognitivo ou comportamento que não condiz com sua idade, de forma cronológica.

O ideal é não apenas sinalizar, mas promover a inclusão dessas pessoas em todos os cenários. Afinal, segundo o Instituto Inclusão Brasil, mais de 85% das crianças com deficiência intelectual sofrem com o aprendizado nas escolas.

8. Para pessoas com ostomia

As pessoas que passaram por ostomia também tem um símbolo que mostra que o local está apto para recebê-las. Então, é mais um aspecto que não pode ser deixado de lado.
É obrigatório usar os símbolos de acessibilidade?

No Brasil, não há uma obrigação direta para o uso dos símbolos de acessibilidade. Mas, por ser uma prática de inclusão e respeito às normas, ela é muito estimulada, inclusive, de forma indireta pela lei.

A verdade é que usá-los torna tudo mais prático. Afinal, com eles você vai saber que uma vaga é apenas para quem usa cadeira de rodas e entre outros. Desse modo, hoje em dia, a aplicação ocorre de forma natural, sem precisar de uma lei específica para isso.

Conheça os símbolos de acessibilidade para aplicar na sua empresaOs símbolos de acessibilidade melhoram em vários aspectos o mundo.

Como aplicar os símbolos de acessibilidade na empresa?

Para aplicar os símbolos de acessibilidade na empresa, você deve avaliar a necessidade.

Ou seja, veja quais áreas precisam mais dessa adaptação. Mas, é bom saber que essa é uma ação inicial. Isso porque, com o tempo, todo ambiente terá que estar acessível.

A ideia é criar um ambiente que seja bom para todos. Contudo, claro que isso deve ser feito de forma coerente, para não trazer um grande impacto financeiro na empresa. Além disso, é bom investir em:

instalações com sinalizações claras;
treinar o time;
investir na comunicação interna;
realizar feedbacks;
incentivar o engajamento externo.

É sempre bom perguntar ao seu time como as mudanças estão impactando na rotina, o que ainda precisa melhorar. Aliás, esse é um ponto que deve ter uma atenção especial para as pessoas com deficiência.

Ao fazer tudo que foi citado, você vai criar um ambiente seguro, onde os símbolos funcionam de forma efetiva. Mas, para saber melhor sobre todos eles, veja um pouco mais logo abaixo.

Sinalizações

Os símbolos devem ficar em locais visíveis e estratégicos. Assim, todos vão poder identificar onde ficam os banheiros acessíveis, rampas, área de estacionamento e outros. Ou seja, vai ser mais fácil executar as ações durante o dia.

Não esqueça que as mudanças devem ser físicas e mentais. Desse modo, invista em espaços acessíveis, como o citado, que dão sentido aos símbolos. Então, na prática, será preciso planejar o lado financeiro para obter sucesso.

Treinamento

Invista em cursos e treinamentos que mostrem a todo time o que são e a importância dos símbolos. Além disso, com eles, será possível incentivar uma cultura mais sensível que vise abraçar todos.

No decorrer das aulas, a sua equipe vai desfazer diversos estigmas que as acompanharam no decorrer de toda vida. Mas, para isso, é crucial investir em meios de alta qualidade.

Comunicação interna

Não esqueça de aprimorar a sua comunicação interna. Assim, será possível, que os seus líderes passem a ideia de forma clara e que cada integrante saiba se posicionar sobre o tema de forma assertiva.

Com o tempo, essa mudança vai impactar até os seus clientes. Isso porque, eles vão ver que o seu negócio luta pela equidade e com isso, vão sentir que estão no lugar certo. Além disso, muitos se sentirão motivados pela causa.
Feedbacks

Não esqueça de aplicar e colher os feedbacks para garantir uma melhoria contínua. Além disso, para funcionar, crie um ambiente seguro, onde todos possam se expressar de forma coletiva ou individual.

Engajamento externo

Mostre para o mundo o compromisso da empresa com o tema. Assim, destaque os símbolos em materiais de marketing, rede e mais. Então, com isso, você estará mudando o seu negócio e o mundo.

Qual é a importância dos símbolos de acessibilidade?

Entre os principais pontos que revelam a importância dos símbolos, dá para destacar a inclusão e diversidade, direitos de todos. Da mesma forma, visa destacar alguns pontos de ambientes, como:

segurança para todos;
autonomia do local;
promoção da igualdade.

O ideal é que, ao longo do tempo, mais ambientes possam dar condições para todos acessarem qualquer lugar. Contudo, pequenos passos já são grandes na hora de criar um mundo mais inclusivo.
Por que sinalizar a sua empresa?

As empresas com condições de atender a pessoas com algum tipo de deficiência, devem adotar esses símbolos para visualização de modo mais fácil. Portanto, é um aspecto vital e que não se pode ignorar.

Como melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Dominar a independência para realizar pequenas tarefas do dia a dia é extremamente importante para o desenvolvimento psicológico, físico e emocional, para pessoas com deficiência essa conquista tem um peso ainda maior.

Mas, para obter o sucesso é preciso enfrentar uma série de questões sociais, culturais e econômicas como locais pouco acessíveis ou a indisponibilidade de vagas no mercado de trabalho.

Cada deficiência proporciona um tipo de comportamento e diferentes formas de reações e preconceitos. Com a falta de conhecimento, a deficiência é tratada como uma doença crônica, um peso ou um problema.

O estigma da deficiência é grave, transformando as pessoas cegas, surdas e com deficiências mentais ou físicas em seres incapazes, indefesos, sem direitos, sempre deixados para o segundo lugar na ordem das coisas.

É necessário muito esforço para superar esta marca.

Mesmo que o déficit seja em menor ou maior grau, sempre é possível trabalhar com essas pessoas na busca constante de autonomia e melhorar a sensação de pertencimento à sociedade em que vivemos.

Para que isso possa acontecer de uma boa maneira, amigos e familiares próximos são os que desempenham um papel fundamental, já que podem oferecem não apenas o suporte emocional, mas também estimulam as habilidades e o esforço para ultrapassar as limitações, da pessoa com deficiência.

Os principais desafios para as pessoas com deficiência

Apesar de todas as pessoas estarem asseguradas pelo estado, e dá existência da lei 3.146/2015, conhecida como Lei de Inclusão, que concede o direito “ir e vir” igual a todos os cidadãos, as condições proporcionadas, às pessoas portadoras de necessidades especiais, são inadequadas para que possam superem os obstáculos que enfrentam todos os dias.

Calçadas que se encontram em péssimas condições, lojas e restaurantes que não estejam adaptados, transporte precário, preconceito de outras pessoas, essa são apenas algumas das diversas barreiras que podem ser encaradas diariamente.

A estrutura das cidades, sempre inabilitou os portadores de deficiência, discriminando-os e de certa forma privando-os de liberdade. Essas pessoas enfrentam a dificuldade em atendimento, a retirada de seus direitos básicos, viram alvos de atitudes preconceituosas e ações negligentes de uma sociedade que não está preparada para recepcionar as diferenças.

Como podemos incluí-los?

Através de políticas públicas podemos conscientizar a sociedade da existência de inúmeras pessoas com capacidades limitadas.

Mas ainda não é o suficiente, afinal, sabemos que elas existem, mas como podemos mostrar a elas a sua importância?

Abrindo caminhos para que consigam o primeiro emprego, para que tenham acesso a lugares públicos e adaptando o transporte público para maior autonomia, garantindo o direito de ir e vir a todos e todas.

De acordo com a lei de cotas, 8.213/1991, quando a empresa possui mais de 100 funcionários, ela possui a obrigação de ter 2 a 5% de seu quadro com profissionais que possuam alguma deficiência.

Apesar, de ter sido feita na década de 90, essa norma só entrou em vigor muitos anos depois, quando a Justiça criou mecanismos de fiscalização práticos e especificou mais ainda o que era considerado deficiência.

Alguns dos caminhos para a inclusão são simples, que tal começar mostrando a representatividade dessas pessoas?

Já conseguimos pensar em políticos ou indivíduos ocupando altos cargos públicos e que tenham alguma deficiência?

Pode até parecer fácil, mas não podemos deixar de encorajar a nova geração a buscar seus direitos e a possibilidade de se tornar representante de uma classe que é minoria porém é de grande importância para o crescimento da sociedade.

Proporcionando qualidade na saúde mental…

Além dos impactos causados pelas limitações físicas ou psíquicas, a exclusão social também causa consequências importantes para a vida de quem é portador de necessidades especiais.

A falta de inclusão e acessibilidade na mobilidade urbana, por exemplo, muitas vezes tira o ânimo da pessoa em sair, pois já prevê as dificuldades que enfrentará.

Todo esse sentimento de reclusão pode abrir ainda espaço para que a pessoa sinta raiva, angústia e culpa, que juntos aumentam ainda mais a possibilidade do indivíduo desenvolver depressão.

A participação dos amigos mais próximos e da família é fundamental para encontrar formas para melhorar as experiências da pessoa e essa é uma forma de contribuir para a sua saúde.

Incentivar a participação em atividades de lazer e buscar desenvolver o interesse por entretenimento, buscar outras formas de facilitar a locomoção e planejar situações que trazem bem-estar, poder ser maneiras de ajudar na inclusão dessas pessoas.

… e na saúde física!

É essencial a reabilitação para a saúde das pessoas e dependendo da deficiência, mais uma vez é importante que a família ajuda a identificar as necessidades.

Praticar exercícios físicos são importantes para todas as pessoas, ainda mais para as pessoas que tem problemas de locomoção. Todos os tipos de atividade física pode contribuir para a melhoria, é necessário apenas considerar a deficiência e o tipo de esporte que mais agrada a pessoa a ser tratada. Adaptar também os esportes para atender todo o tipo de público é possível.

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

Celebrado no dia 3 de dezembro, o dia internacional do deficiente físico foi instituído por uma assembleia geral na ONU (Organização das Nações Unidas), em 14 de outubro de 1992, a data, escolhida para comemorar o dia, coincide também de ser comemorado o Dia do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência – criado em 1982.

Com base em dados da ONU,calcula se se que cerca de 10% da população mundial possui alguma deficiência.

Para a data, a ideia principal é refletir, e pôr em prática, os melhores e mais adequados métodos para garantir que as pessoas que sofrem com algum tipo de deficiência possam ter uma boa qualidade de vida e dignidade.

Além do obrigatório e esperado acerca das ações do poder público, é preciso também uma maior mobilização social para o estímulo de políticas públicas de inclusão social.

Isso envolve várias áreas da sociedade, como a cultura e educação. Para isso, todos os empenhos conjuntos e individuais que busquem romper preconceitos são necessários e fundamentais para uma melhor vivência costumeira.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Paxbahia/Internet

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A importância da inclusão em diferentes tipos de ambientes

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Entenda a importância de incluir diferentes pessoas em diferentes setores da sociedade, como escola e trabalho.

No âmbito social, ser incluído significa, antes de tudo, sentir-se acolhido, pertencer a um grupo e ter acesso aos mesmos direitos e oportunidades. Para a inclusão na prática, o indivíduo não pode sentir que precisa modificar suas características pessoais para se integrar aos demais.

Entenda abaixo a importância da inclusão de todos os tipos de pessoas nas escolas, universidades, empresas, programas de aprendizagem, entre outros. Acompanhe!
A diversidade na sociedade

A diversidade é um componente intrínseco da natureza humana. Cada pessoa possui suas características próprias que a tornam diferente das demais, única e especial.

Dessa forma, não devemos anular qualquer distinção entre as pessoas, mas incluir as especificidades de cada uma em âmbitos coletivos de convívio.

Muitas vezes, as diferenças são erroneamente consideradas como um limite e um defeito. No entanto, elas são qualidades e fatores importantes para o enriquecimento de qualquer grupo.

Assim, se as diferenças fossem reduzidas ou eliminadas, assistiríamos a um empobrecimento da diversidade e riqueza da humanidade, ou seja, daquelas características únicas que cada pessoa possui.

É por isso que a inclusão é tão essencial.
A importância da inclusão na sociedade

A inclusão na prática não discrimina ou exclui uma pessoa por conta de alguma característica sua.

Alguns dos principais motivos de exclusão são:

raça;
gênero;
cultura;
religião;
orientação sexual;
limitação física ou mental.

A inclusão social é uma questão fundamental na construção de uma sociedade diversa e igualitária. Ela garante que todos, independentemente de suas características, tenham respeitados os seus direitos à educação, saúde, trabalho, entre outros.

A inclusão ajuda a enriquecer o espaço onde estamos. Por exemplo, em uma empresa com pessoas diversas, a tendência é obter melhores resultados justamente porque cada um tem pensamentos e vivências diferentes que podem acrescentar ao grupo.
Inclusão na educação

Naturalmente, a escola, universidade e outras instituições de ensino têm um papel fundamental no ensino sobre acolher o outro, reconhecer e valorizar as diferenças e trabalhar em equipe.

A educação inclusiva pode prevenir a discriminação e o abuso, além de garantir a todos as mesmas oportunidades de participação na vida em comunidade.
Inclusão no trabalho

No mercado de trabalho, a inclusão deve garantir condições de trabalho justas e favoráveis, incluindo igualdade de oportunidades e de remuneração para todos, conforme suas competências e não de acordo com gênero, religião, idade, orientação sexual, entre outras.

Além disso, a inclusão no trabalho não pode acontecer só no dia a dia. Desde o momento da contratação, é necessário não discriminar a pessoa por qualquer característica que possua.

A inclusão é um processo contínuo e diário. Não basta integrar as diversidades, é preciso dar espaço à riqueza das diferenças, adaptando, de tempos em tempos, os ambientes e as práticas a partir das características específicas de cada um.

Entender a importância da inclusão é uma postura imprescindível para o mercado de trabalho.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: CIEE/PR.

Gestão humanizada x Gestão inclusiva: é a mesma coisa?

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Atualmente, tem crescido de forma surpreendente a procura das empresas por uma gestão humanizada e inclusiva.

Esse crescimento na procura pode ser tanto pelo fato de uma popularização recente das pessoas com deficiência e seu ingresso no mercado de trabalho, ou também pelo fato de que diversos estudos na área dos negócios apontam um maior crescimento e desenvolvimento dessas empresas que se preocupam com a diversidade e com a gestão humanizada que, de certa forma se faz uma gestão inclusiva.

Como uma consequência a essa popularização relacionada ao ingresso de pcd no mercado de trabalho, começam a surgir algumas dúvidas comuns entre os gestores, diretores, que pretendem implementar esse tipo de gestão na sua empresa, a fim de garantir a inclusão social e a diversidade, e também impulsionar o desenvolvimento e crescimento da sua atividade empresarial.

Gestão inclusiva e gestão humanizada possuem o mesmo sentido?

Antes de chegarmos a quaisquer constatações, é importante que a gente entenda o conceito de cada uma dessas duas gestões, para que, a partir dessa análise, possamos responder essa pergunta.

Dentro do ambiente empresarial, existe uma figura muito importante, que é a do líder, sendo este fundamental no momento em que tratamos de gestão.

A empresa que busca uma gestão diferenciada, deve preparar, além de seus líderes, todos os colaboradores da empresa, pois somente a partir dessas práticas é que se faz possível o desenvolvimento de um ambiente inclusivo e humanizado.

A gestão humanizada nada mais é do que uma adaptação do processo de produção desempenhado pelo empregado de uma empresa, às suas necessidades, garantindo que a produtividade esteja sempre aliada com a harmonia, bem estar e satisfação dos trabalhadores.

Em outras palavras, a gestão humanizada garante que todos os empregados produzam bem à medida que recebem condições para isso. A gestão humanizada nas empresas não está ligada diretamente ao trabalhador com deficiência, mas com o bem estar de todos os empregados.

Enquanto que a gestão inclusiva diz respeito a uma gestão que tenha como objetivo a diversidade e a inclusão social, mas afinal, você sabe o que é inclusão, e como funciona a gestão inclusiva?

A inclusão diz respeito à forma que a multiplicidade de características deve ser aceita na nossa sociedade, e aceita como algo natural.

É a aptidão de entendermos e reconhecermos o outro tendo a capacidade de viver em comunhão com pessoas que por algum motivo são diferentes de nós.Inclusão é a garantia de que todos os grupos pertencentes à diversidade tenham espaço nos ambientes de ensino, trabalho, bem como garantia de igualdade de chances e oportunidades, que infelizmente é o que não acontece em uma empresa que promove somente a integração de seus funcionários.

Deste modo, discutir a gestão humanizada e a gestão inclusiva, em palavras diferentes querem dizer respeito à mesma coisa, às mesmas garantias e buscam em comum atender as necessidades de pessoas distintas, respeitando suas diferenças.

Gestão humanizada e gestão inclusiva não pode ser uma discussão reduzida somente ao questionamento da verossimilhança, afinal, elas podem não ser a mesma coisa, mas ter o mesmo objetivo em comum, que é a promoção de diversidade e igualdade em todos os ambientes, a fim de torná-lo humanizado e garantidor das necessidades de cada pessoa.

Quem é o responsável por uma gestão inclusiva e humanizada?

Quando falamos a palavra gestão, automaticamente nosso pensamento se direciona aos líderes e gestores, e é óbvio que tudo deve se iniciar por eles.

Porém, a atuação somente dessas figuras não é suficiente para garantir a humanização e inclusão social.

É preciso alguém para idealizar, mas diversas pessoas para colocar em prática.

Em uma empresa, essa ajuda poderá ser feita por parte do RH e de todos os outros funcionários, afinal, é trabalho de todos garantir a diversidade.

Como implementar esse tipo de gestão na minha empresa

Trace um plano de diversidade estruturado, que objetive sempre o compromisso de valorização de cada empregado, conscientizando a empresa como todo sobre a cultura do respeito e acolhimento, que consequentemente melhor a autoestima e vontade de cada trabalhador.

Promova eventos que demonstrem a imagem da sua empresa como sendo ética, inclusiva, para que outras empresas se sintam impulsionadas a fazerem o mesmo.

Permita um maior engajamento entre os funcionários, a fim de evidenciar a importância de cada um deles.

Forneça todo tipo de auxílio, adaptação, informação e acessibilidade a todos os funcionários.

Trabalhe a fim de garantir novas perspectivas e mudanças positivas na empresa, e na vida de cada funcionário.

Promova a igualdade e o bom relacionamento entre os empregados, a fim de minimizar cenários de competitividade, onde um precisa subir em cima do outro para garantir sua vitória.

Realize censos e mapeamentos periódicos na empresa, isso pode evitar problemas a longo prazo, e desenvolver práticas eficazes de solução de conflitos.

Busque acompanhar e estar presente no desenvolvimento do trabalho feito pela pessoa com deficiência, isso pode ocorrer através de pedidos de feedbacks

Seja comunicativo na e

Fique atento para garantir que a pessoa com deficiência não está sofrendo preconceito por nenhum outro funcionário. Lembre-se sempre que a manifestação do capacitismo também deve ser combatida.

Promova treinamentos em todos os setores.

Essa dica é muito importante para todos na empresa. Preparar todos os setores significa se importar com todos, e buscar ao máximo reduzir algumas barreiras.

A pessoa com deficiência, independente do setor que ela será direcionada, deve se sentir confortável em questionar, perguntar, e entender cada atividade que o setor desempenha, e nesse momento, todos devem estar preparados.

Todos os funcionários da empresa (tanto os funcionários sem deficiência, quanto os com deficiência) devem receber tratamentos.

A conscientização é o passo mais importante na tentativa da inclusão.

Gostou do nosso artigo de hoje sobre gestão inclusiva e humanizada? Compartilhe com os seus amigos, e esteja pronto para ser um ensejador da mudança no cenário empresarial.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: http://linkedin.com/in/andrea-schwarz

Estereótipo e discriminação das pessoas com deficiência: o que são esses termos e como combater essa prática?

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

As pessoas com deficiência enfrentam grandes desafios de inclusão por causa dos estereótipos e discriminação. No entanto, são atitudes que dá para evitar e até mesmo aprender a evitá-las.

A fim de que a sociedade se torne mais inclusiva e respeitosa.

O que é o estereótipo em pessoas com deficiência?

Nos dias atuais, tem se falado muito sobre esse termo e pouco se sabe sobre ele. Assim, significa uma ideia ou imagem já formada sobre algo. Dessa forma, alguns dos exemplos mais conhecidos a respeito dessa palavra são:

Todo brasileiro gosta de futebol e samba;
Mulher gosta de rosa e homem de azul;
Na África só existe pobreza.

Podem estar ligados a imagens que são neutras ou positivas em alguns momentos. No entanto, o mais comum é que seja sobre alguma ideia preconceituosa.

Por que isso acontece?

Ao longo dos anos, os estereótipos crescem por conta das gerações e da crença popular. Mas, muitos meios de informações também ajudam a criar a visão errada e estereotipada.

Contos que têm a moça como frágil e um homem forte como herói é um exemplo disso.

Em boa parte das vezes, essa ideia é criada para agradar a um público. Porque torna-se mais fácil criar certos personagens em determinadas histórias. Dessa forma, as mesmas ideias continuam a ser passadas ao longo do tempo, sem mudanças.

Tipos

Há diferenças nos tipos de estereótipos que existem, já que podem ser em relação a gênero ou classe social. No entanto, também tem aqueles que se referem a beleza e cultura. Assim, há muitos que se reproduzem sem que alguns se deem conta disso.

às suas capacidades nos estereótipos
Discriminação com pessoas com deficiência

A discriminação nem sempre é fácil de ver durante o dia a dia, pois pode acontecer de forma velada. Aliás, até mesmo os estereótipos fazem com que ela se propague por conta da visão preconceituosa. Assim, a melhor forma de identificar um caso como esse é notar:

Rejeição;
Exclusão;
Distinção.

Qualquer atitude que retire os direitos ou liberdade da pessoa com deficiência é uma discriminação. Portanto, pode acontecer de forma direta ou indireta, sem que ninguém perceba. Por isso, continua tão difícil de combater e mudar o pensamento das pessoas.
Indireta ou direta

Com a forma direta da discriminação é mais fácil de notar em matriculas de escola. Por exemplo, quando não permitem que uma criança estude no local por conta de sua condição. Então, seria uma forma de rejeitar e excluir, sem tentar criar um ambiente seguro.

No caso indireto, pode surgir no momento de contratar para um emprego. Assim, exige-se algo que não será essencial para a vaga, como certas qualificações ou aptidões. Já que com essas exigências, alguns com deficiência não se encaixam.

Combate aos preconceitos contra pessoas com deficiência

O primeiro objetivo é entender que todos têm os mesmos direitos e são iguais. No entanto, também é preciso ter equidade de oportunidades para que possam se incluir na sociedade. Por isso, existem as cotas em empregos, mas os pontos mais essenciais são:

Inclusão;
Acessibilidade digital.

Tem leis que garantem esses aspectos e isso é uma ótima forma de combater os preconceitos. Mas, todos precisam colaborar e aprender mais sobre o assunto. Dessa forma, qualquer ambiente pode se tornar seguro e justo.

Sociedade capacitista

Milhões de pessoas com deficiência enfrentam o capacitismo. Isso acontece porque muitos acreditam que as limitações devem ser corrigidas por médicos. Portanto, a sociedade enxerga esse grupo como incapaz.

Esse seria um dos tipos de estereótipos mais famosos e conhecidos que existem.

Então, também se torna uma forma de discriminar ao acreditar no conceito de incapacidade. Além disso, ainda existem os termos ofensivos e indivíduos que não veem problema nisso.

Foto: Pessoas com deficiência precisam de ambientes livres de qualquer discriminação
Pessoas com deficiência e o preconceito

Há diferença entre preconceito e discriminação, apesar do que dizem. Por exemplo, discriminar significa violar a forma certa de tratar as pessoas. Mas, também impedir que todos tenham o mesmo acesso a boas oportunidades.

O preconceito é uma opinião sobre um certo grupo social. Dessa forma, a base está em generalizar e criar um julgamento sobre alguém. Quanto a discriminação, ela cria a exclusão e a distinção dessas mesmas pessoas.
Como evitar?

Descobrir mais sobre o tema é uma ótima forma de aprender a tratar as pessoas com deficiência. Muitos dos estereótipos se mantém pela falta de informação sobre como lidar com as situações. Assim, não aprendem a evitar falas ofensivas ou tratamentos diferentes.

Mesmo que nos dias atuais seja mais fácil de se informar, nem todos querem. Mas, mudar a forma de pensar e sentir a vontade de contribuir para uma boa sociedade, faz a diferença. Por isso, mesmo que pareça o mínimo, muitas vezes já está fazendo mais do que pensa.

Reduza o capacitismo contra pessoas com deficiência

Uma das melhores formas de combater tanto os estereótipos quanto a discriminação é evitar o capacitismo. O termo tem relação com as atitudes que discriminam ou mostram preconceito, de acordo com termos pejorativos. Assim, os mais conhecidos são:

Aleijado;
Retardado;
Fazer de surdo.

São expressões que devem ser evitadas para ajudar a combater o preconceito. Dessa forma, não use-as, ainda mais ao se referir à uma pessoa com deficiência. Além disso, em locais de trabalho, por exemplo, isso torna o ambiente mais seguro e igualitário.
Ensinar

Nem todas as pessoas entendem o problema a respeito desses termos ofensivos. Por isso, uma forma de fazer com que todos parem de usar é conversar sobre o assunto. Portanto, conscientizar o público é o primeiro passo.

Mesmo em locais de trabalho, os colaboradores devem aprender sobre o tema, seja com palestras ou outros meios. Dessa forma, é uma maneira de começar a colocar as boas atitudes em prática. Além disso, até mesmo escolas podem ensinar sobre isso.
Direitos iguais

As pessoas com deficiência merecem respeito e por isso, esse assunto é tão relevante. Assim, esse tema não deve ser visto como um tabu. Afinal, debater isso é necessário para que a sociedade comece a mudar, mesmo aos poucos.

Ter acessibilidade e inclusão é um direito de todos e as pessoas devem se adaptar a isso. Dessa forma, os desafios do dia a dia tendem a diminuir e se cria locais mais seguros.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Igual/Intrnet

A linguagem inclusiva e como se referir a pessoas com deficiência

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

esde cedo, ensinamos às crianças que elas não devem xingar o amiguinho, falar palavrão… Elas logo percebem o poder das palavras: é através delas que podemos elogiar ou ofender alguém.

Segundo estimativas da ONU, há pelo menos 1 bilhão de pessoas no mundo com alguma deficiência. Quem as discrimina tem uma atitude capacitista, que é crime desde 2015.

A Lei Brasileira de Inclusão prevê “pena de um a três anos de reclusão e multa, podendo a reclusão ter o seu período aumentado dependendo das condições em que o crime foi praticado”.

Na maioria das vezes, no entanto, deixamos de mostrar aos pequenos a importância da linguagem inclusiva.

Elas crescem sem saber saber como se referir a pessoas com deficiência e, na vida adulta, empregam no dia a dia e no trabalho, por ignorância, ou, talvez até mesmo preconceito, palavras e expressões que deveriam ter sido banidas do vocabulário.

Por isso, é importante que todos nós conheçamos as terminologias que tratam a todos com o respeito que merecem. Você sabia que não se deve falar, por exemplo, deficiente? O termo correto, definido a partir da Convenção da ONU, em 2006, é pessoa com deficiência. A palavra portador é inadequada porque se refere a algo que se carrega e que, portanto, pode ser deixado de lado, o que não é o caso de deficiência, uma característica permanente.

Outro cuidado que devemos ter, ao escrever, é não usar a abreviação PCDs para os referirmos a pessoas com deficiência. As siglas desumanizam. Pense bem: você gostaria de ser chamado por três letrinhas? Pois é, a pessoa com deficiência também não.

É preciso também esquecer de uma vez por todas palavras que eram usadas até pouco tempo atrás, como doente, pessoa com problema, retardado. Você já pensou no quanto elas são ofensivas?

Mas como fazer se eu precisar me referir uma pessoa, detalhando suas características. É simples.

Não chame um cego de cego. Ele tem deficiência visual, assim como outras pessoas tem auditiva. Outro aprendizado que todos devemos ter é nunca usar o contraponto “mas” ao elogiar uma pessoa com deficiência.

Você vai dizer que nunca ouviu, ou mesmo disse, algo parecido com “ela tem síndrome de Down, mas mora sozinha” ou “ele tem deficiência visual, mas é um ótimo profissional”, como se as característica da pessoa a impedissem de viver sem ajuda ou trabalhar bem?

Outro erro comum é demonstrar sentimento de pena.

A pessoa com deficiência é igualzinha a você, só tem algumas características diferentes, mas que não a definem.

Também fuja da armadilha de achar que pessoas com deficiência são exemplos de superação quando elas fazem algo do dia a dia, como andar de transporte público. Ao receberem esta conotação de heroísmo, sem estarem fazendo nada de diferente, não são vistas como pessoas capazes de terem autonomia.

Muita gente já combate o racismo, o machismo e a LGBTQIA+fobia, mas o preconceito contra pessoas com deficiência muitas vezes não merece a atenção que deveria. Isso precisa mudar.

Com pequenas mudanças você pode fazer a sua parte por um mundo melhor.

O que você está esperando?

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: BlogGtech/Internet

Inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho: saiba mais sobre o tema!

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

As empresas estão preparadas para contratar ou garantir a permanência de profissionais transexuais em seu quadro de pessoas colaboradoras?

Para 88% das pessoas trans, não. Isso foi o que mostrou um relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

A mesma pesquisa mostrou que 20% das pessoas transexuais do Brasil estão fora do mercado de trabalho.

Segundo o artigo 23º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego”.

No entanto, como podemos ver, a realidade é outra. A inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho é um enorme desafio, já que ainda há pouco conhecimento e políticas efetivas para que isso se concretize.

Neste artigo, vamos entender esses desafios, assim como maneiras para contorná-los e, assim, ter uma equipe mais diversa.

Principais desafios na inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho

Ainda que diversidade e inclusão sejam um tema cada vez mais comum nas empresas, a realidade ainda se mostra longe do ideal quando o assunto é inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho.

Abaixo, evidenciamos alguns dos principais desafios que essas pessoas enfrentam ao buscarem um emprego formal.
Falta de informações nas empresas e pessoas recrutadoras

A falta de conhecimento é um fator extremamente preocupante quando o assunto é o preconceito.

Sendo assim, não buscar informações sobre o contexto e as vivências de pessoas trans e travestis se mostra um enorme desafio para a contratação desse público nas empresas.

Nesse sentido, pouco conhecimento sobre essa realidade pode levar a conclusões e ações que não necessariamente contribuirão para a inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho.

Poucas vagas destinadas a pessoas trans

Existem poucas vagas que são exclusivamente destinadas a pessoas trans. Os motivos para isso incluem o preconceito em si, mentalidade e cultura ultrapassadas que não vêem nas pessoas trans o potencial que têm, assim como a falta de preparação das empresas para lidarem com essa realidade. Não à toa, uma pesquisa feita pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), no estado de São Paulo, identificou que somente 13,9% das mulheres trans e travestis tinham um emprego formal em 2020, enquanto 59,4% dos homens trans ocupavam esses tipos de cargos.

Segundo a Antra, em torno de 70% da população trans e travesti do Brasil não tiveram a oportunidade de concluir o Ensino Médio.

Os fatores que colaboram para isso são vários, sendo os principais deles o preconceito e a violência sofridos por essas pessoas nos ambientes de ensino.

Nesse sentido, vagas que pedem altos níveis de qualificação são verdadeiros desafios para as pessoas trans, que grande parte das vezes não conseguem atingir tais exigências.

Falta de políticas de diversidade

A tendência de adoção de políticas de diversidade nas empresas pode, em alguns casos, até existir. No entanto, nem sempre são suficientes.

Isso porque, mesmo que haja vagas destinadas para esse público, como mencionamos, a régua para admissão pode ser extremamente alta, o que prejudica a aprovação dessas pessoas.

Além disso, ainda que sejam contratadas, muitas vezes não há um processo de conscientização e educação na empresa.

Fatores como pronome de tratamento, nome social e banheiros voltados para pessoas cisgêneros ainda são grandes desafios para a real inclusão de pessoas trans e travestis.

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Como contornar os desafios da contratação de pessoas trans

Na contramão do preconceito e da exclusão social, existem algumas iniciativas que podem ser adotadas pelas empresas para garantir maior inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho, conforme podemos ver a seguir.

Maior conscientização e estudo sobre o tema

A maior empregabilidade de pessoas trans e travestis está ligada à diminuição do preconceito e essa, por sua vez, ao conhecimento sobre o tema.

Dessa forma, a inclusão depende de uma maior conscientização das equipes de Recrutamento e Seleção sobre como são as diferentes vivências das pessoas trans, a fim de entenderem sua realidade e implementarem políticas e processos seletivos mais adequados também ao nível de escolaridade.

Promoção de cursos de capacitação e incentivo ao desenvolvimento

Por falar em nível de escolaridade, como mencionamos, comumente a régua de aprovação de pessoas trans e travestis em empresas é muito alta, considerando-se a falta de oportunidades de estudos durante a vida. Por isso, para contornar esse desafio e incluir e recrutar cada vez mais pessoas trans nas empresas, é fundamental investir em cursos de capacitação.

Assim, é possível que não deixem de ser selecionadas nas empresas e, ao contrário disso, tenham a oportunidade de contratação e desenvolvimento dentro das próprias organizações.

Inserção em plataformas e programas de empregabilidade de pessoas trans

Existem plataformas como a Transempregos que são exclusivamente voltadas para a conexão entre empresas e pessoas trans e travestis, fomentando equipes mais diversas nas organizações. Com esse tipo de ferramenta, é possível ter acesso a currículos de pessoas trans, assim como a conteúdos exclusivos e educativos sobre o tema.

Pesquisar e investir nesse tipo de plataforma é uma maneira de ter ações ainda mais direcionadas para ter um quadro de pessoas colaboradoras mais diverso.
Preparação da empresa para receber pessoas trans e travestis

O primeiro passo para ter uma empresa mais diversa é a contratação de pessoas diversas, é claro.

Porém, conforme mencionado, é preciso também preparar o ambiente para recebê-las, no sentido de garantir que tenham uma boa experiência no ambiente de trabalho e que sejam respeitadas como qualquer outra pessoa colaboradora é.

Por isso, implementar rodas de conversa, palestras e até mesmo cursos explicando transexualidade, dentre seus conceitos e realidades, tendo como tema principal o respeito, pode ser o caminho certo para, mais do que diversa, sua empresa seja realmente inclusiva.

Mesmo que a passos lentos, o mercado está se desenvolvendo, mas precisa (o quanto antes) acelerar sua caminhada rumo à inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho. Ter essas pessoas na equipe pode contribuir e muito para o engajamento, a satisfação e a inovação dentro da organização.

Edição:CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Qulture.Rocks/Internet

Inclusão produtiva: você já ouviu falar sobre isso?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brail)

A inclusão produtiva é um tema que tem sido bastante discutido dentro das organizações.

Ação de fundamental impacto social na sociedade, a inclusão produtiva tem como objetivo a geração de trabalho e renda de maneira estável e duradoura, visando populações em situação de pobreza e vulnerabilidade social.

Esse tema tem ganhado força no âmbito internacional e em diversas ações governamentais.

Isso porque entende-se que quanto mais se eleva o nível de renda por meio do trabalho, o nível de pobreza e exclusão social diminuem.

Ou seja, gerar emprego para pessoas em situação vulnerável ajuda a trazer dignidade e, além disso, tende a aumentar a produtividade de um país.

Para se ter uma ideia, o problema financeiro de famílias no Brasil aumentou muito nos últimos anos.

De acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda real média recebida por trabalhadores brasileiros caiu, sendo o menor rendimento calculado desde 2012. Para piorar a situação, mais de 13,4 milhões de brasileiros estão desempregados.

Outro estudo, também publicado pelo IBGE, apontou que quase 51 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza em 2020.

Isso quer dizer que um a cada quatro brasileiros teve uma renda mensal de menos de R$450 no ano abordado.

O que é a inclusão social?
Como implementar a inclusão produtiva?

O que é a inclusão social?

Agora que entendemos um pouco o cenário do país, que tem uma boa parte da população sobrevivendo abaixo da linha da pobreza, é possível perceber a importância de discutir sobre a inclusão social.

Como vimos, a inclusão social consiste na oferta de emprego para a população em situação de pobreza ou de vulnerabilidade.

Porém, ela pode acontecer de diversas formas, e cada uma possui a sua dificuldade.

A principal delas e a mais conhecida internacionalmente continua sendo a oferta de empregos no mercado de trabalho, mas nada impede que outras formas também sejam discutidas, como o incentivo ao empreendedorismo individual e coletivo.

No entanto, há diversos desafios ao criar oportunidades para pessoas em situação de pobreza no mercado de trabalho, entre eles:

Falta de informações para a população de menor renda;
Discriminação de grupos sociais;
O baixo poder de barganha da população;
A falta de capacitação e experiência de jovens;
O avanço tecnológico, que tem eliminado diversas vagas;
As barreiras para a contratação.

Mas o que não falta é mão de obra: de mais de 13 milhões de pessoas buscando emprego, 7,2 milhões estão subocupados trabalhando menos horas que gostariam, sendo a maioria mulheres jovens e de baixa renda.

Como implementar a inclusão produtiva?

Instituições governamentais têm estudado a melhor maneira de conectar as pessoas que precisam e querem estar empregadas a empregadores que precisam de mão de obra.

Para isso, a ideia é proporcionar a capacitação profissional e criar programas públicos ou privados de inserção no mercado de trabalho.

Estudos comprovam que estimular o empreendedorismo e a atividade econômica entre esses grupos também são apostas que precisam ser avaliadas.

A Sebrae-SP oferece programações e soluções de inclusão produtiva, são eles:

Programa de Fortalecimento Local em Inclusão Produtiva (PFLIP)

Apoia o conceito de inclusão produtiva, bem como mapeia e identifica oportunidades locais e regionais, sempre destacando o papel da Assistência Social

Programa de Fortalecimento de Associações e Cooperativas de Materiais Recicláveis

Com público-alvo de grupos informais de catadores de materiais recicláveis, esse programa consiste na oferta de consultoria para implementação e fortalecimento do cooperativismo na reciclagem.

Programa Redes para Inclusão Produtiva

Tem como objetivo fortalecer Organizações da Sociedade Civil (OSC) que desenvolvem projetos para pessoas em uma situação de vulnerabilidade econômica e social.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/programas/inclusao-produtiva

Passo a passo para tornar sua empresa acessível para todas as pessoas

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)

Ao tornar a empresa acessível, você contribui para construir um mundo igualitário.

Além disso, é possível elevar a qualidade dos resultados e ainda reter bons talentos.

Então, se é isso o que busca, saiba mais sobre o tema e como colocar essa ideia em ação.
O que é uma empresa acessível?

Uma empresa acessível é aquela que luta para criar um local acolhedor para todos.

Assim, ela foca apenas nas habilidades das pessoas. Ou seja, traços físicos e mentais viram secundários. Além disso, ela abraça vários pontos, como:

acesso físico e digital;
recursos humanos e comunicação;
política e cultura da empresa.

Quando o negócio é acessível, ele visa cumprir além da lei. Isso porque, o verdadeiro foco é criar um local agradável, saudável, que busque o bem-estar e a segurança do time. Ou seja, ele se importa com as necessidades das pessoas.

Passo a passo para tornar sua empresa acessível para todas as pessoasUma empresa acessível incentiva o time a tratar todos de forma igual.

Por que uma empresa acessível é essencial?

Uma empresa acessível é essencial, porque ela mostra para o mundo que pessoas com deficiência são brilhantes. Logo, elas podem ocupar grandes cargos. Além disso, esse traço ajuda a:

promover o respeito à diversidade;
melhorar a relação com o cliente;
elevar a reputação da marca;
incentivar a inovação;
aprimorar bons talentos;
melhorar a produtividade;
reduzir as barreiras;
promover bem-estar geral.

A realidade é que a acessibilidade melhora todos os aspectos de um lugar. Mas, isso não significa que seja um processo fácil. Afinal, essa é uma mudança que envolve a estrutura física de um negócio e também a forma de pensar do quadro de pessoal.

Para dar certo, você vai precisar ter resiliência. Inclusive, em alguns casos, o ideal é contratar uma consultoria de RH gestor, para que eles possam traçar as estratégias que se adéquem ao caso.
Passo a passo para tornar sua empresa acessível para todas as pessoasUma empresa acessível torna o dia a dia mais leve.

Qual é o passo a passo para tornar a empresa mais acessível?

Para tornar a empresa mais acessível, o primeiro passo será buscar líderes que acreditem na causa. Isso porque, essa figura de poder é uma fonte de inspiração para o time. Ou seja, eles se sentirão motivados a seguir o exemplo da liderança inclusiva. Além disso, é vital:

preparar a equipe;
avaliar as necessidades atuais;
investir na comunicação escrita e oral acessível;
aplicar políticas de admissão acessíveis;
criar uma cultura inclusiva.

Para funcionar, cada aspecto deverá ser aplicado de forma contínua. Inclusive, de forma periódica, será preciso analisar para ver se os métodos em ação estão funcionando e o que precisa melhorar.

É interessante aplicar feedbacks de forma regular. Afinal, as pessoas com deficiência e os outros membros da equipe, irão saber onde melhorar para evoluírem como profissionais.

Em relação aos pontos citados, a realidade é que eles podem ser uma grande fonte de dúvida para quem está iniciando essa mudança. Então, para te ajudar, veja de forma detalhada cada um deles logo abaixo.
1 – A importância de preparar a equipe

Quando você prepara a sua equipe, elas passam a ajudar na luta pela causa. Desse modo, elas vestem a camisa da inclusão, o que facilita todo esse processo.

Vale ressaltar que nesse aspecto, o RH é o precursor. Assim, é crucial ter uma equipe que domine o assunto para conseguir executar todo processo de forma eficiente. Então, será possível:

ter um grupo de trabalho mais diverso;
equiparar os salários;
tornar o ambiente seguro.

Não existe outra forma de alcançar um objetivo que não seja se dedicando ao máximo. Portanto, mostre para todos que é essencial não medir esforços para lutar pela causa e tornar o mundo melhor.
2 – Avalie as necessidades atuais

Para tornar um ambiente acessível, você deve adaptar o espaço físico para acomodar pessoas com deficiência. Ou seja, construa rampas, corrimãos, elevadores, portas amplas e outras adaptações.

Outro fator relevante é ver quais peças tecnológicas são cruciais para tornar a comunicação mais eficiente. Desse modo, veja se vai precisar de softwares adaptados para Libras, por exemplo.
3 – Invista na comunicação

A solução para todos os problemas é a comunicação. Portanto, busque formas de passar as mensagens de forma simples e precisa. Além disso, veja o que é preciso para que todos consigam entender o recado.
4 – Como tornar a política de admissão acessível?

Para tornar a política de admissão acessível, você deve investir em várias formas, como texto, vídeo e áudio. Desse modo, qualquer pessoa conseguirá entendê-la de forma eficiente. Além disso, é interessante:

apostar na tecnologia;
investir em canais acessíveis;
criar processo seletivo online;
fazer uma divulgação ampla;
aprender de forma contínua.

Ao adotar essas estratégicas, será possível criar uma política acessível. Assim, você vai conseguir montar processos seletivos mais amplos e diversos, que irão resultar na obtenção de grandes talentos.
5 – O que é a cultura inclusiva?

A cultura inclusiva se refere a um ambiente que abraça as pessoas sem olhar as suas características físicas ou mentais. Desse modo, ela proporciona segurança e apoio a todos os grupos.

É essencial saber que ela mostra como cada indivíduo é essencial para o negócio. Desse modo, com ela, você pode ter times mais unidos, produtivos e que abracem a missão da marca.
Passo a passo para tornar sua empresa acessível para todas as pessoasUm bom plano prévio facilita deixar a empresa acessível.

Qual é o maior desafio para tornar a empresa mais acessível?

Falta de capital é um grande desafio para tornar a empresa mais acessível. Afinal, como foi dito, será crucial mudar a estrutura física e digital. Então, o ideal é se planejar bem e de forma prévia.

A falta de um bom time de RH prejudica o processo de mudança. Desse modo, para não errar, quando for contratar, busque saber qual a opinião dos candidatos sobre o tema. Além disso, tente:

mostrar que não precisa ter medo do novo;
quebre estigmas errados;
investir em aptidões técnicas internas;
elimine barreiras culturais antigas.

Para superar todos os desafios, você terá que ter o esforço genuíno de toda a equipe. Assim, será possível colher bons resultados que irão trazer pontos positivos ao seu negócio por um longo período.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Igual/Inernet