Sobre admin

Fundador do GRUPO SEM LIMITE, que trabalha com a Inclusão Social das Pessoas com Deficiências, através da Arte, Cultura, Esporte, Entretenimento, Socialização, etc, a todo tipo de deficiência. Tem como obejtivo incluir as pessoas na sociedade, acabando com o preconceito e a descriminação ainda existentes na sociedade, e trazendo de volta a sua auto-estima e a vontade de viver novamente. Hoje o GRUPO SEM LIMITE, conta com atividades ON LINE, para as pessoas acamadas, e que tenham alguma dificuldade de sair de casa. Tambem conta com uma RADIO WEB da Inclusaão Socia. Acesse www.radiogr100limites.com.br Sobre mim, GILSON DE SOUZ DANIEL, tenho 65 anos, sou paraplégico há 11 anos, acidente automobilistico, sou divorciado, tenho dois filhos, sou contador aposentado e moro em Cascavel Pr, há 53 anos. Limitação não é falta de capacidade!!! Faendo seu Caminho mais FELIZ, Construindo o FUTURO. Contato WatSapp (45)9 9988 9333 Email [email protected] Endereço Sede Rua Treze de Maio, nr 1222 - Sala 102 - Ed Daniel Bairro Centro 85.812-190 Cascavel Pr Endreço local atividades Saão paroquial Santa Luzia Bairro Cascavel Velho Rua Suissa, nr 90 Junte-se a nós.. "Nada sobre nós....sem nós""""

Adaptações razoáveis no local de trabalho das Pessoas com Deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Existem hoje uma grande variedade de pessoas no mundo, e quando no trabalho podemos estar com muitas situações que adaptações razoáveis será um fator crucial para que a inclusão se torne viável, já que podem ter clientes externos e internos com alguma deficiência.

A necessidade de adaptações razoáveis como um meio para eliminarmos barreiras, principalmente nos locais de trabalho, é citada inúmeras vezes no texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), adotada em 2006 pela Assembleia Geral da ONU (NAÇÕES UNIDAS, 2006),

Brasil participa da Conferência da ONU sobre Direitos da Pessoa com Deficiência
Delegação brasileira é liderada pelo pelo secretário-executivo do Ministério dos Direitos Humanos, Engels Muniz, na 11ª Conferência de Países Signatários da Convenção da ONU (COSP)

Por exemplo, no Preâmbulo da CDPD, os Estados Partes, “reconhecendo a importância da acessibilidade aos meios físico, social, econômico e cultural, à saúde, à educação e à informação e comunicação, para possibilitar às pessoas com deficiência o pleno gozo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais (item v)”, se declaram “convencidos de que uma convenção internacional geral e integral para promover e proteger os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência prestará significativa contribuição para corrigir as profundas desvantagens sociais das pessoas com deficiência e para promover sua participação na vida econômica, social e cultural, em igualdade de oportunidades, tanto nos países em desenvolvimento como nos desenvolvidos (item y)” (grifos do autor do texto original.

A CDPD defende o desenho universal como o principal critério a ser utilizado no planejamento e execução dos referidos ajustes e modificações, definindo-o como “a concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados, até onde for possível, por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específico. O desenho universal não excluirá as ajudas técnicas para grupos específicos de pessoas com deficiência, quando necessárias” (Artigo 2).

Os Estados Partes se comprometem a “realizar ou promover a pesquisa e o desenvolvimento de produtos, serviços, equipamentos e instalações com desenho universal (…), que exijam o mínimo possível de adaptação e cujo custo seja o menor possível, destinados a atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência, a promover sua disponibilidade e seu uso e a promover o desenho universal quando da elaboração de normas e diretrizes” (Artigo 4, item f).

Encontramos no Artigo 5, item 3, a garantia de que “a fim de promover a igualdade e eliminar a discriminação, os Estados Partes adotarão todas as medidas apropriadas para garantir que a adaptação razoável seja oferecida”.

O objetivo das adaptações razoáveis é tornar acessíveis para as pessoas com deficiência os ambientes, os equipamentos e as ferramentas de trabalho. A acessibilidade constitui um dos princípios da CDPD (Artigo 3, item e).

De acordo com o Artigo 27, item 1-i, “os Estados Partes adotarão medidas para “assegurar que adaptações razoáveis sejam feitas para pessoas com deficiência no local de trabalho”.

A primeira lei federal a incorporar os principais ditames da CDPD, inclusive as adaptações razoáveis, é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que as trata em diversas partes (BRASIL, 2015), e também tem a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou em 2017 dois documentos que abordam exaustivamente a questão das adaptações razoáveis no local de trabalho (OIT, 2017a; OIT, 2017b).

As adaptações razoáveis

O termo e o conceito adaptações razoáveis apareceram pela primeira vez na Lei dos Direitos Civis (GOVERNO DOS EUA, 1968), mas fora do contexto da pessoa com deficiência. Este conceito, já em relação às pessoas com deficiência no contexto do mercado de trabalho, foi inserido na Lei de Reabilitação de 1973 (GOVERNO DOS EUA, 1973), dos EUA, mais especificamente na Seção 503 (Ação Afirmativa) e na Seção 504 (Discriminação).

É aqui oportuno repetir a definição dada pelo Artigo 2 da CDPD para adaptações razoáveis: São as modificações e os ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso (Brasil, 2007).

Gopal Pati e Glenn Morrison (1982) publicaram, na revista Harvard Business Review, um artigo sobre adaptações razoáveis à luz da Lei de Reabilitação Profissional (GOVERNO DOS EUA, 1974), e da Lei de Educação para Todas as Crianças com Deficiência (GOVERNO DOS EUA, 1975). Estes autores concluem que, com pouco custo e esforço, empresas no início da década de 80 conseguiram fazer adaptações razoáveis nas seguintes áreas:

Seleção de pessoal (p.ex.: funcionário de recursos humanos lia as questões para candidatos cegos; outro escrevia as respostas dadas por candidatos que possuíam mãos sem funcionalidade);
Locais de trabalho (p.ex.: supervisores mudaram leiaute dos armários de arquivos, ampliaram áreas de acesso físico, adaptaram controles de equipamentos para serem operados com a mão ou o pé, instalaram telefones com teclas (na época eram comuns os telefones com disco);

Recintos (p.ex.: empresa instalaram rampas e corrimãos);

Esquemas de trabalho (p.ex.: empresa ajustou horários de trabalho para pessoas com deficiência evitarem congestionamento no trânsito ou comparecer a consulta/tratamento programado, tomar remédios. Em certos casos, pessoa com deficiência trabalhava parte da semana na empresa e parte no domicílio);
Reestruturação do trabalho (p.ex: supervisor modificou as atribuições de certas funções para que funcionário com deficiência pudesse desempenhá-las sentado, quando tradicionalmente eram realizadas em pé, ou algumas atribuições foram trocadas com outro empregado);

Ajudas técnicas (p.ex.: mais e mais empresas já estavam investindo em tecnologias para viabilizar o desempenho de funções por empregados com deficiência);

Ledores e intérpretes (p.ex: um empregado cego necessitou uma pequena parte do tempo de empregado não-cego para ouvir as instruções sobre o seu trabalho. Um empregado surdo precisou comunicar-se em língua de sinais com empregado não-surdo, com ou sem intérprete;

Política flexível (p.ex.: empresa adotou licença administrativa ou licença não-remunerada para o empregado receber treinamento sobre ajudas técnicas ou para aprender novas atribuições ou funções);
Designação e treinamento em nova função (p.ex.: empregados que adquiriram uma deficiência pós-acidente ou pós-doença ocupacional puderam ainda ser uma força produtiva na empresa por terem recebido treinamento para novas funções);

Transporte (p.ex.: supervisores puderam ajudar empregados com deficiência a chegar ao serviço provendo-lhes vagas reservadas no estacionamento próximo à empresa, organizando esquemas de carona e apoiando autoridades na disponibilização de ônibus adaptados).

E sua empresa, está preparada?

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Categories: 2023, Surdos, Trabalho Agradável, Tradutor de Libras Tags: Acessibilidade, Inclusão Social, Inclusão Social de pessoas com Deficiência, Inclusão Social e Acessibilidade, Surdos, Surdos no trabalho Leave a comment=21 de maio de 2023

Qual a capital mais acessível do Brasil?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Guiaderodas realiza estudo de acessibilidade através das avaliações em seu App
Pulicado em 13//09/2023

Um estudo recente reuniu dados do país inteiro e ordenou nossas cidades de acordo com a quantidade de estabelecimentos friendly para cadeirantes e demais pessoas com deficiência física.

O levantamento foi feito a partir do Guiaderodas — uma espécie de TripAdvisor da acessibilidade —, onde o usuário empresta sua percepção para avaliar a acessibilidade dos locais que frequenta.

Do total de avaliações realizadas no aplicativo ao redor do Brasil, as 5 capitais brasileiras com mais estabelecimentos avaliados como acessíveis foram:

São Paulo, com um índice de acessibilidade em 62%;
Curitiba, com 58% dos estabelecimentos acessíveis;
Porto Alegre vem logo atrás, com 52%;
Rio de Janeiro fica em 4º, com metade das avaliações positivas;
Belo Horizonte fecha o ranking acessível, com 44%.

No quesito lazer… Menos da metade dos restaurantes brasileiros foi classificada como acessível dentro da plataforma. Pensando em baladas e casas noturnas, fica um pouco pior: apenas 37,6%.

O relatório informou que cerca de 1/3 das avaliações foi feito por usuários do aplicativo que declararam utilizar cadeira de rodas. É quase meio milhão de avaliações catalogadas pela ferramenta.

A população com deficiência no Brasil foi estimada em 18,6 milhões pessoas, o que corresponde a 8,9% da população maior de 2 anos de idade. Isso sem falar nos idosos, que representam mais de 30M e também carecem de acessibilidade.

Zoom out: À medida que os consumidores da Gen Z buscam marcas alinhadas a suas causas, questões como a acessibilidade passam a se tornar um diferencial competitivo no mercado. Caso queira ajudar a causa neste Setembro Verde, você pode avaliar aqui.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: The News

Doenças raras atingem 13 milhões brasileiros

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Hospital Clinicas da UNICAMPC é um centro de referência para doenças raras de origem genética

No dia 28 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial das Doenças Raras.

As doenças raras podem se apresentar com uma ampla diversidade de sinais e sintomas e variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa acometida pela mesma condição. De acordo com o Ministério da Saúde, 80% delas têm causa genética, e conforme dados da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica uma pessoa com doença rara leva, em média, oito anos para receber um diagnóstico preciso.

Para o Ministério da Saúde, aproximadamente 13 milhões de brasileiros vivem com essas enfermidades e, para 95% não há tratamento especifico, mas há acompanhamento multidisciplinar, reabilitações, além de inúmeras pesquisas científicas de qualidade em andamento.

O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp já era a principal referência na Região para doenças raras de origem genética, antes mesmo da publicação pelo Ministério da Saúde da Portaria nº 199, de 30 de janeiro de 2014, que instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras e incluiu o HC da Unicamp como Serviço de Referência em Doenças Raras. A portaria aprovou as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e instituiu incentivos financeiros de custeio.

De acordo com Gil Guerra Júnior, médico endocrinologista pediátrico e coordenador do Serviço de Doenças Raras do HC da Unicamp, existem cerca de sete mil doenças raras descritas divididas entre dois grupos: as de origem genéticacomo anomalias congênitas ou de manifestação tardia; deficiência Intelectual e neuromotora; os Erros Inatos do Metabolismo. O HC não está credenciado para atender as doenças raras classificadas como não genéticas de base infecciosas, inflamatórias e autoimunes.

Gil Guerra Júnior esclarece que para se chegar ao diagnóstico, atualmente, um paciente chega a consultar-se com até 10 médicos de especialidades diferentes, além de inúmeros profissionais de saúde.

“A maioria dos pacientes é diagnosticada tardiamente, anos após os primeiros sinais e sintomas do início da doença em média, 75% dos casos ocorrem em crianças e jovens. Para pelo menos 3% dos casos há tratamento cirúrgico ou medicamentos regulares que atenuam os sintomas”, relata Gil Guerra Júnior, que também atua como professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

Veja aqui a relação de centros habilitados no Brasil e como encaminhar casos de doenças raras ao HC da Unicamp.
Rede Raras

O HC da Unicamp também faz parte da Rede Nacional de Doenças Raras (Raras), que é composta por hospitais universitários, serviços de referência em Doenças Raras e serviços de Triagem Neonatal com mais de 100 pesquisadores e bolsistas em todas as cinco regiões do Brasil, sendo 12 no Sudeste, 11 no Nordeste e cinco em cada uma das outras regiões do país. A Rede Nacional de Doenças Raras (Raras) é um projeto de pesquisa multicêntrico, financiado pelo CNPq e Ministério da Saúde (DECIT).

De acordo com Carlos Eduardo Steiner, médico geneticista clínico e professor da área de Genética Médica e Medicina Genômica da FCM da Unicamp e coordenador da Rede Raras no HC Unicamp, Rede Raras visa realizar, pela primeira vez na história do país, um censo nacional acerca da frequência, quadro clínico, recursos diagnósticos e terapêuticos relacionados a indivíduos com doenças raras de origem genética e não genética.

O projeto Rede Raras encerrou duas fases de coleta de dados: o inquérito retrospectivo referente aos anos de 2018/2019 com a inclusão de 12.564 casos em todo o Brasil e mais de mil somente na Unicamp; e a coleta de dados prospectiva no ano de 2022, com 3.692 casos no Brasil e 293 na Unicamp.

“Em ambas as fases, o HC da Unicamp ficou entre os cinco centros com maior número de dados coletados. Essas informações foram utilizadas para criar um cenário das doenças raras no Brasil e um mapa com a distribuição não apenas das doenças, mas também dos laboratórios e recursos humanos no Brasil, disponíveis em Rede Raras, além de ampla produção científica. Também foram geradas informações sobre a jornada assistencial de valor e microcusteio de tratamento de 13 doenças específicas”, diz Steiner.

A partir dessas informações, o Ministério da Saúde propôs financiar uma extensão do projeto por mais 24 meses e que deverá ter início em maio deste ano, ampliando a quantidade de hospitais com a inclusão da rede EBSERH , bem como incluir outras doenças e a avaliação da pós-incorporação de tecnologias para doenças raras na prática clínica do Brasil. A expectativa é que sejam geradas informações do diagnóstico e do tratamento dessas doenças, bem como atualizar o atlas brasileiro online de doenças raras.

28 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial das Doenças Raras

Outro objetivo da fase de extensão é avaliar a adesão aos critérios para início de tratamento e seguimento de acordo com o que é preconizado pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) vigente para cada doença rara.

Essas informações vão ajudar o Ministério da Saúde a entender como tais protocolos estão sendo seguidos e quais as dificuldades encontradas, com possíveis propostas de melhoras à população atendida.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp

Texto: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp

Namoro e deficiência: ‘Por que acham que sou cuidadora do meu namorado?’

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Depois que Hannah e Shane Burcaw se casaram em uma cerimônia íntima em casa, eles compartilharam uma foto do evento nas redes sociais.

“Somos marido e mulher!!!!”, escreveu Hannah.

“Tenho muita sorte de agora estar casada com o melhor cara que conheço.”

Aplicativos para pessoas com deficiência: como a inteligência artificial pode melhorar a vida de milhões de brasileiros

A impressionante vida secreta em World of Warcraft de meu filho gamer com doença degenerativa

Mas eles receberam de volta mensagens como estas:

“Falando sério agora… ela também tem outro parceiro para fazer sexo?”

“Ele é rico ou algo assim?”

“Meu Deus… isso deve ser photoshopado.”

O motivo, acreditam os YouTubers Shane e Hannah, é porque ele tem deficiência, e ela não.
Shane tem atrofia muscular espinhal e usa cadeira de rodas desde os dois anos.

O casal, que mora em Minneapolis, no estado americano de Minnesota, afirmou à BBC Three que esse tipo de reação reflete o quão mal informadas muitas pessoas ainda estão em relação à deficiência e o namoro.

“Nossa sociedade nos diz que pessoas com deficiência não são parceiros dignos”, diz ela.

“Quase não há representação positiva da deficiência ou de relacionamentos de pessoas com deficiência na mídia, então muita gente pensa que pessoas com deficiência não podem ter um relacionamento saudável e maravilhoso.”

“Isso significa que quando veem Shane e eu, inventam teorias conspiratórias para tentar compatibilizar nosso relacionamento com o que aprenderam.”

‘A mídia torna a deficiência indesejável’

Uma pesquisa, de 2014, sugere que 44% dos britânicos incluídos na amostra não considerariam fazer sexo com alguém que tivesse uma deficiência física, enquanto 50% não descartariam a possibilidade.

Shane, que tem 28 anos, diz que a falta de representação positiva muitas vezes o fez sentir que “nunca encontraria uma parceira”.

“As coisas que vi na mídia tornam a deficiência extremamente indesejável”, afirma.

“Isso me levou a acreditar que a maioria das pessoas não gostaria de namorar alguém com deficiência.”
Ilustração de um casal se abraçando com um deles apoiado em uma muleta

Hannah, que está com 24 anos, afirma que embora a deficiência de Shane nunca a tenha incomodado (eles começaram a conversar depois que ela viu um de seus vlogs online), ela igualmente “nunca conheceu ninguém que usasse cadeira de rodas ou tivesse uma deficiência física”.

Também há um debate sobre como os casais com e sem deficiência se descrevem.

Nos Estados Unidos, alguns casais, inclusive na comunidade de vlogs para pessoas com deficiência, começaram a usar o termo interabled.

Mas não é amplamente aceito. Alguns acham que é um reforço nada útil do pensamento limitado e voltado para condição clínica.

“É impreciso e foca nas diferenças físicas ou mentais entre as duas pessoas (ou mais) em um relacionamento”, diz o radialista Mik Scarlet, militante da causa da deficiência.

“As pessoas com deficiência passam muito tempo tentando fazer com que a sociedade em geral entenda o ‘modelo social da deficiência’, que sugere que não somos deficientes por causa dos nossos corpos, mas sim pela maneira como a sociedade nos trata, então quando um conceito como ‘interabled’ ganha força, destrói grande parte desse trabalho. ”

A BBC Three conversou com outros jovens casais sobre suas experiências…
‘As pessoas supõem que somos irmãos’

Tenho paralisia cerebral devido à falta de oxigênio no cérebro com 10 semanas de vida. Eu basicamente uso uma cadeira de rodas porque tenho problemas de equilíbrio e uso de meus membros inferiores.

Gina e eu estamos juntos há pouco mais de três anos.

Gina nunca se incomodou com a deficiência. Ela fez muitas perguntas no início de nosso relacionamento, mas eu não me importei com isso. Como ela sabia que eu era deficiente desde o início, e desenvolvemos nosso relacionamento online, quando nos conhecemos pessoalmente já estávamos bastante envolvidos e isso já não importava.

Em termos de percepções sociais, é interessante que as pessoas muitas vezes supõem que somos irmãos. Claro, nós dois somos ruivos, mas acho que é mais fácil para as pessoas presumirem que alguém com deficiência sairia com a família, em vez de ter um parceiro.

Também acontece de um monte de gente agradecer ou elogiar Gina por estar comigo, o que me faz soar como um prêmio de consolação ou que ela se contentou com algo que não deveria ter que lidar.

As pessoas também parecem pensar que deve ser uma relação bastante unilateral, com Gina fazendo tudo por mim. Pelo contrário: é uma via de mão dupla, assim como os relacionamentos de todas as outras pessoas.

Sim, ela pode ajudar fisicamente no dia a dia, mas eu a apoio nos conflitos mentais e na vida cotidiana.

Se há uma coisa que quero que as pessoas entendam é que relacionamentos são relacionamentos.

Eles têm altos e baixos, responsabilidades, cuidado e compreensão um pelo outro.

Ter uma deficiência não muda isso. Se você está se relacionando com alguém com deficiência, é apenas isso. Sem segundas intenções.

Gina diz…

Quando começamos a conversar, perguntei a Charlie se ele se importaria se eu fizesse algumas perguntas… para quebrar o gelo, perguntas sobre a vida.

Eu disse que ele poderia fazer o mesmo, e transformamos isso em um jogo bobo divertido.

Muitas das minhas perguntas envolviam questões sobre sua deficiência, mas eu disse que se eu fizesse uma pergunta estúpida ou que ele não quisesse responder, ele não precisava.

Ajudou a abordar muita coisa, então quando nos conhecemos nada pareceu estranho.

Avance três anos. Quando saímos, já me acostumei com o olhar chocado e de compaixão que recebo quando menciono que meu namorado é cadeirante ou que tenho que ajudá-lo em certas tarefas. As pessoas dizem: “Isso deve ser demais para você…

Aposto que foi difícil decidir se você queria seguir em frente com o relacionamento”.

A resposta, sem rodeios, é não. Sempre respondo com um elogio a Charlie ou explico que não, não estou em um relacionamento unilateral opressivo, pelo contrário, estou com ele porque ele é uma pessoa incrível, amorosa e atenciosa.

Acho que muitos mal-entendidos vêm de pessoas que acreditam que ajudar uma pessoa com deficiência só pode ser uma tarefa árdua — a tarefa de um assistente ou de um amigo remunerado.

O que eles não conseguem entender é que, na verdade, quando ajudo Charlie, isso não enfraquece o relacionamento nem leva embora o amor. Se faz alguma coisa, é intensificar. Nunca uso a palavra cuidadora por esse motivo, sou parceira de Charlie em tudo.

‘Há um tabu em torno de deficiência e sexo’

Lucy diz que, ao contrário do que pensam, cuidar de Arun apenas fortalece a relação deles

Lucy says…

Eu tenho fibromialgia, uma deficiência musculoesquelética. Os sintomas incluem dor crônica, confusão mental, fadiga crônica e provavelmente o que mais me afeta — a mobilidade. Eu regularmente preciso usar um bastão de caminhada ou outro suporte.

Conheci o Arun há mais de dois anos em um programa de intercâmbio em Los Angeles. Como sou muito aberta, ele se apaixonou por mim sabendo da minha deficiência.

Arun entende que meu corpo é muito diferente e imprevisível — ele não só é a pessoa mais carinhosa, mas também a mais companheira.

No dia a dia, preciso de muita ajuda para manter minha mobilidade, pois tenho dificuldade com o transporte público, não posso andar muito longe e infelizmente no momento não posso dirigir (muita coisa tem que ser levada em consideração). Tenho sorte que Arun dirige e me ajuda a realizar tarefas, como fazer compras.

O fato de a fibro ser invisível significa que somos inicialmente vistos como um casal sem deficiência, mas isso significa que pode ser um choque mais visível para algumas pessoas.

É frustrante, pois Arun é bombardeado com muitas perguntas. Em público, tendo a ignorar muito mais, ao passo que ele às vezes fica muito irritado.

No entanto, em casa, tenho muito mais ataques de pânico e crises nervosas porque é incrivelmente opressor.

Gostaria que as pessoas entendessem que minha deficiência não lhes dá direito a mais informações sobre minha vida privada em comparação com qualquer outra pessoa.

Dito isso, definitivamente existe um tabu em torno da deficiência e do sexo, uma vez que as pessoas pensam que não se pode ter os dois.

Embora possa ser verdade em alguns casos, sinto que as pessoas com deficiência têm um apreço muito mais profundo sobre o que significa intimidade e fazer sexo. Não se trata apenas de penetração (desculpe ser tão direta), mas penso mais nos sentimentos e nas emoções, nas preliminares e no prazer.
‘O cuidado deve existir em todos os relacionamentos românticos’

Lorna diz…

Estou com Rob há 11 anos, e casada há quatro. Estávamos juntos há cerca de sete anos quando fui diagnosticada com encefalomielite miálgica, que causa fadiga severa e me deixa frequentemente usando uma cadeira de rodas e confinada em casa a maior parte do tempo.

Também significa que Rob tem que me ajudar com alguns cuidados pessoais, como tomar banho e outras tarefas do dia a dia.

Eu diria que isso realmente nos aproximou como casal, e continua a aproximar. Acho que o cuidado dentro de um relacionamento, embora muitas vezes difícil de conduzir, pode ser muito íntimo.

Isso não quer dizer que tenha sido uma adaptação fácil para nenhum de nós.

A transição foi difícil para mim, pois minha vida mudou drasticamente. Tive de abandonar minha carreira de professora e isso realmente impactou meu senso de autoestima.

No entanto, tive sorte de poder ter acesso a terapia pelo NHS (serviço de saúde público do Reino Unido), e meu terapeuta e eu trabalhamos muito isso. A principal coisa que ajudou foi reformular o que consideramos ser “útil”.

Então embora eu possa não ser capaz de aspirar a casa ou cozinhar, eu sou toda ouvidos quando ele precisa desabafar sobre como foi o dia. E faço o cardápio das refeições para garantir que ambos tenhamos uma alimentação saudável e equilibrada.

O fato é que o cuidado de alguma forma deve existir em todos os relacionamentos românticos — com deficiência ou não — do contrário, o que exatamente vocês estão fazendo um com o outro?

Em relação à vida fora de casa, ter uma condição flutuante e fadiga crônica significa que nunca podemos fazer de fato planos concretos.

Obviamente, ainda temos nossos momentos de frustração, mas eu diria que isso realmente nos ensinou a ser mais flexíveis e descontraídos, e também a viver um pouco mais no presente e apreciar as pequenas coisas que ainda são acessíveis para nós.

Além disso, aquele cara é tipo, obcecado por mim ou algo assim, ele está feliz apenas por estar comigo! Nossa vida sexual é forte, principalmente porque nos comunicamos.

Como sociedade, ainda não conseguimos ver as pessoas com deficiência como seres humanos plenamente realizados, com o mesmo espectro de necessidades emocionais e físicas que qualquer outra pessoa.

Isso precisa mudar.

Perdi toda a minha confiança e temia que meu marido não me achasse mais desejável, mas isso não poderia estar mais longe da verdade.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: BBC News Brazil/Internet

O alto desempenho das PCDs construção civil

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Políticas de ação afirmativa são cada vez mais comuns no mercado. Ao analisar os índices de produtividade dos trabalhadores com deficiência na construção civil, por exemplo, fica claro que há motivos de sobra para conceder espaço a esses profissionais:

33,3% têm desempenho acima da média, enquanto 61,1% estão dentro do esperado, como aponta o “Estudo de Viabilidade para Inserção Segura de Pessoas com Deficiência na Construção Civil”, do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo).
Reprodução

O levantamento também avaliou a adequação de PCDs (Pessoas com Deficiência) nas posições que ocupam: 88,9% dos entrevistados percebem adaptação satisfatória nas funções e no relacionamento com a equipe.

Sobre o relacionamento intra e interpessoal desses colaboradores, 31,8% dos gestores avaliam como ótimo, 59,1% como bom e 9,1% como ruim.

PCDs no mercado de trabalho: desafios além da contratação

Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2022, existem 18,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil – o equivalente a 8,9% da população com idade superior a dois anos.

A Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (Lei nº 8.213) foi aprovada em 1991 e exige a destinação de 2% das vagas a PCDs em empresas com até 200 funcionários, 3% para quadros com 201 a 500 e 4% e 5%, respectivamente, para negócios que têm 1000 ou a partir de 1001 empregados.

Mesmo assim, os dados do IBGE comprovam que esse grupo tem mais dificuldade no mercado de trabalho. Pessoas com deficiência (acima dos 14 anos) marcam 26,6% em relação ao nível de ocupação, enquanto os brasileiros sem deficiência representam 60,7%.

O rendimento médio real de trabalhos das PCDs é de R$ 1.860 – em contrapartida, o salário médio da população geral é de R$ 2.690.

Co-Criadora e Facilitadora do Programa de Gestão da Diversidade nas Organizações, a advogada Thays Martinez, que é deficiente visual e trabalha no Tribunal Regional da 2ª Região (SP).

Em entrevista ao Valor Econômico, ela declarou que, no geral, o funcionário com deficiência não sofre preconceito, mas não é tratado como os outros: “Uma das situações problemáticas é o gestor que não aponta os erros nem dá feedback negativo, seja para proteger o funcionário ou por não acreditar em sua capacidade”.

A solução proposta por empresas de recrutamento e seleção focadas em pessoas com deficiência, é a sensibilização das equipes diante da humanização e competência desse público.

O investimento na capacitação dos profissionais também é importante para o crescimento na carreira.

PCDs na construção civil: quanto paga? Com o que trabalhar?

O panorama da construção civil para profissionais com deficiência física ou intelectual aponta um rendimento um pouco mais alto que a média geral, de R$ 2.003,22 (44 horas semanais).

Um estudo feito pelo SindusCon-SP e Seconci-SP afirma que apenas quatro categorias de deficiência física ou intelectual não podem ser recrutadas para trabalhar na construção civil:

Deficiência intelectual severa e profunda
Deficiência física nos membros superiores
Deficiência visual (cegueira ou baixa visão)
Ostomia

Colaboradores com nanismo e deficiências auditivas são os mais indicados para o trabalho nos canteiros de obras, mas não devem participar de atividades com escavadeiras, gruas, guinchos e guindastes.

Ao analisar a participação de profissionais PCD no setor da construção de acordo com o cargo, o levantamento identificou que 33,3% dos profissionais PCD são mestres de obras e 16,7% são encarregados de almoxarifado e ajudantes gerais.

Auxiliares administrativos, auxiliares de laboratório tecnológico, carpinteiros, eletricistas, operadores de máquina extratora e pedreiros representam 5,6% cada.

Para mais igualdade na construção civil, o próprio SindusCon-SP organiza ações frequentes de conscientização e diversidade a partir da área de Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social, como a participação na audiência de conciliação na 7ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) em fevereiro de 2022 para apresentar exemplos de inserção segura de PCDs no setor.

Por que é importante contar com pessoas com deficiência na construção civil

As leis 10.098/2000 e 13.146/2015 garantem o direito de espaços adaptados, seguros e confortáveis para PCDs ou com mobilidade reduzida.

Novos condomínios são entregues com recursos destinados a esse grupo, mas ainda há o que melhorar nos projetos de obras, que podem ser particularmente difíceis em prédios antigos onde é necessário transformar estruturas já existentes.

Um prédio com rampas, mas que tem portas e corredores estreitos, por exemplo, não está adaptado corretamente para quem utiliza uma cadeira de rodas.

Outro caso comum é a necessidade de unir pisos táteis às sinalizações em braile nas soluções para deficientes visuais.

Detalhes assim podem não ser claros para profissionais sem deficiência, mas são elementos que fazem parte do dia a dia das PCDs.

Por isso é tão importante incluí-las nas engrenagens da construção civil – não apenas em cargos operacionais, mas também na elaboração dos projetos.

Além do respeito às leis de acessibilidade e o cumprimento do papel do setor na sociedade, a edificação acessível é vista com bons olhos no mercado. Devido ao investimento extra, um imóvel que cumpre as normas de acessibilidade, de acordo com Sérgio Yamawaki, engenheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CRA-PR), pode ter valorização média de 15%.

Release:

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: [email protected]/Internet

Dislexia: 5 sinais para você reconhecer

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Você sabe tudo sobre dislexia? Pense bem: a saúde mental é um tema de extrema importância nos dias atuais, e entender suas diferentes facetas é essencial para promover o bem-estar e a inclusão de todas as pessoas.

Nesse contexto, a dislexia desponta como um transtorno específico de aprendizagem que afeta a capacidade de ler, escrever e soletrar de maneira precisa e fluente.

Segundo dados oficiais, a dislexia é mais comum do que se imagina, afetando cerca de 5% a 10% da população mundial.

A falta de conscientização e compreensão sobre a dislexia pode levar a estigmas, baixa autoestima e até mesmo ao subdiagnóstico.

Por isso, é fundamental abordar esse assunto com seriedade e empatia, para aqueles que enfrentam o transtorno possa receber o apoio necessário e desenvolver todo o potencial.

Conversamos com Sara Santos, psicóloga da Conexa Psicologia Viva para entender melhor sobre o assunto. Veja só!

O que é dislexia?

Segundo a profissional, dislexia é um transtorno que causa dificuldades em identificar palavras e sons.

“Se apresenta na fase da alfabetização, quando a criança entra em contato de forma mais enfática com números e letras, consequentemente com leitura.

É natural os pais acharem que é uma dificuldade passageira ao invés de perceberam que é um transtorno de fato”.

Ela ainda explica que esse transtorno está relacionado a funcionalidade dos circuitos cerebrais.

Assim, as áreas não funcionam de forma correta, ocasionando uma má funcionalidade das áreas relacionadas à leitura e à escrita, dentre outros.

Diferenças entre TDAH e Dislexia

O Transtorno de Déficit e Hiperatividade (TDAH) e a dislexia são condições neurológicas que podem afetar o desempenho acadêmico e a saúde mental das pessoas, mas é importante compreender suas diferenças para um diagnóstico e tratamento adequados.

“O disléxico tem facilidade em memorizar tabuada, diferenciar direita e esquerda e vê as horas, já o paciente com o TDAH não demonstra essas dificuldades”, afirma a profissional.

Ou seja: enquanto a dislexia está relacionada às dificuldades específicas na leitura, escrita e ortografia, o TDAH envolve problemas com atenção, hiperatividade e impulsividade.

Pessoas com TDAH podem ter dificuldades em se concentrar, seguir instruções, organização e administração do tempo. Já a dislexia afeta, principalmente, a habilidade de decodificar e compreender as palavras, resultando em dificuldades na leitura fluente e compreensão de textos.

Outra diferença notável entre as duas condições é a sua origem. Enquanto a dislexia é considerada uma condição genética e hereditária, o TDAH é influenciado por fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos.

É importante ressaltar que é possível que uma pessoa seja diagnosticada com TDAH e dislexia simultaneamente, pois essas condições podem coexistir em alguns casos.

Principais sinais da dislexia

Os principais sinais da dislexia são:

Atraso no desenvolvimento inicial da linguagem;
Dificuldade para reconhecer as diferenças entre sons semelhantes;
Aprendizagem lenta de novas palavras;
Dificuldade em copiar no quadro, do livro e dificuldades em aprender habilidades em leitura, escrita e ortografia.

É importante ressaltar que a presença de um ou mais desses sinais não necessariamente confirma o diagnóstico de dislexia, mas pode indicar a necessidade de uma avaliação mais aprofundada por profissionais especializados.

Segundo Sara, as causas podem ser por questões didáticas, estruturais e culturais, falta de estímulo da família ou até falhas no aprendizado da alfabetização.
Tem solução!

O tratamento da dislexia é multifacetado e visa proporcionar às pessoas afetadas as ferramentas e estratégias necessárias para superar as dificuldades.

Embora seja uma condição de longo prazo, com intervenção adequada, é possível desenvolver habilidades compensatórias e aprender a lidar com os desafios.

Um dos pilares fundamentais no tratamento da dislexia é o suporte educacional especializado.

Professores treinados com técnicas específicas para ajudar os alunos com o transtorno podem fornecer estratégias de ensino diferenciadas e utilizar recursos visuais e auditivos que facilitem a aprendizagem.

A abordagem individualizada é essencial para atender às necessidades específicas de cada pessoa.

Além disso, a terapia pode ser uma ferramenta valiosa.

Por meio desse apoio, os indivíduos com dislexia podem aprender a identificar suas habilidades e dificuldades específicas, desenvolvendo métodos personalizados.

A psicóloga ainda reforça:

“Quando existem comorbidades associadas à dislexia, como questões emocionais, é preciso que se entenda e faça a criança entender e aumentar a sua autoestima, e que o psicólogo esteja em contato com professores auxiliando na aprendizagem”.

Sara Santos Borges é psicóloga da Psicologia Viva.
A profissional atua em temas como déficit de atenção, maternidade, infância, ansiedade e muito mais.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: https://perfil.psicologiaviva.com.br/saraborges/Internet

Descubra a relação entre empreendedorismo e inclusão social

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Nos últimos anos, a inclusão social e o empreendedorismo se tornaram assuntos amplamente discutidos, principalmente quando falamos sobre o cotidiano nas instituições de ensino. Mas você entende a relação entre as duas práticas?

Para compreender melhor essa conexão, imagine duas situações.

De um lado, está uma equipe em que todos os profissionais têm repertórios e vivências semelhantes.

De outro, há um grupo diverso, formado por pessoas com backgrounds distintos.

Qual delas tem mais chance de ter ideias “fora da caixa”? A resposta ajuda a explicitar a relação entre empreendedorismo e inclusão social.

Neste artigo, você vai entender essa conexão, além de descobrir como a escola que aposta na diversidade pode ser decisiva em relação à formação de jovens mais preparados para os desafios do futuro.

Afinal, o que é a inclusão social?
Antes de mais nada, é muito importante compreender o que é a inclusão social.

Embora o tema ganhe cada vez mais destaque na sociedade, nem sempre ele é compreendido por todos.

Trata-se do conjunto de ações dirigidas a indivíduos excluídos do meio social.

Essa exclusão pode ser provocada por cor da pele, gênero, orientação sexual, deficiência física ou mental e até classe social.

Essas medidas têm o propósito de garantir que todas as pessoas tenham boas oportunidades de acesso a educação, emprego, saúde, renda, cultura e outros bens e serviços.

Quer saber mais sobre inclusão social e os benefícios que uma educação verdadeiramente inclusiva pode oferecer à sociedade? Acesse nosso e-book e se aprofunde no assunto.

Inclusão social na Educação Empreendedora
Diversidade e sua ligação com a inovação

Abrimos este texto lhe apresentando um cenário hipotético.

Se você respondeu à pergunta e apostou que o segundo time, a equipe diversa, tem mais chances de sucesso, sua resposta vai ao encontro da opinião de especialistas em recursos humanos, consultorias, empresas de grande porte e até mesmo da Organização das Nações Unidas (ONU).

Todos eles defendem que ambientes marcados pela diversidade são muito mais férteis para a inovação.

O intercâmbio de ideias e soluções é muito mais rico e variado em equipes que não vieram de um mesmo lugar. Diante de tantas visões distintas, o profissional seguramente sairá de sua zona de conforto e terá acesso a pontos de vista e opiniões diferentes das suas.

As empresas já se atentaram para isso. É cada vez mais comum a criação de comitês ou equipes focadas em promover a diversidade. Uma das pioneiras nesse sentido é a IBM, que conseguiu, só em 2018, aumentar em mais de 70% a contratação de mulheres e negros.

Um estudo da consultoria McKinsey, por exemplo, mostra que negócios que investem em times diversos são 33% mais propensos a obter retornos financeiros acima da média nacional de seus setores.
A importância da diversidade para a educação

Trabalhar temas importantes para a sociedade atual, como igualdade de gênero, direito de minorias, combate ao racismo, homofobia e qualquer tipo de preconceito, é fundamental. Os jovens levarão toda essa bagagem para o mercado de trabalho no futuro.

No ambiente escolar, trazer diferentes perspectivas favorece a troca de ideias e facilita o caminho por soluções inovadoras, hoje tão procuradas pelas empresas.

Para proporcionar uma aprendizagem pautada pela diversidade, é necessário elaborar conteúdos relacionados à diversidade, trazendo exemplos do cotidiano e estimulando que os estudantes trabalhem a empatia.

Empreendedorismo e inclusão social no mercado de trabalho

Quando é responsável por solucionar problemas ou criar soluções, uma equipe diversa enfrenta um caminho mais complexo.

Pessoas com visão de mundo distinta terão liberdade para expor opiniões e argumentos variados, muitas vezes opostos.

Mas essa também pode ser a chance de detectar possibilidades mais interessantes – e de agir com iniciativa e resiliência para testar uma nova ideia. Ou seja, a diversidade pode ser combustível para uma atitude marcada pelo protagonismo e pela iniciativa. É quando o empreendedorismo e a inclusão social se encontram.

As duas vertentes também podem ser uma força potente que busca motivar a oferta de novos produtos e serviços alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Nesse caso, a força motriz vem de empreendedores dedicados a solucionar problemas sociais, como acesso à saúde e à educação, à erradicação da pobreza e a mudanças climáticas.

Quando uma ideia dá certo e alcança os resultados almejados, a relação entre empreendedorismo e inclusão social também se fortalece, porque serão negócios focados em diminuir desigualdades.
A diversidade na escola pode fortalecer a atitude empreendedora

Já deu para entender que empreendedorismo e inclusão social se retroalimentam no mercado de trabalho. Mas como a escola pode contribuir nesse contexto?

Para responder à pergunta, vale a pena relembrar a importância de desenvolver habilidades socioemocionais em sala de aula.

De acordo com diversos especialistas, as soft skills são um dos caminhos mais importantes para corresponder aos desafios da indústria 4.0.

A fim de que consigam destacar-se no mercado de trabalho, os jovens precisam estar preparados para agir com resiliência, empatia, inteligência emocional, liderança e colaboração.

Essas características serão importantes para que esses profissionais do futuro sobressaiam nos ambientes organizacionais do futuro.

Ou seja, eles precisam estar abertos a reaprender constantemente, saber trabalhar no modelo de contratação por projetos e executar tarefas em colaboração com outros – entre diversas outras responsabilidades citadas anteriormente.

Agora, e se a escola já estivesse dedicada a ser um laboratório para desenvolver todas essas habilidades? É exatamente aqui que a educação se encontra com o empreendedorismo e a inclusão social.

Na prática, se professores dedicam um tempo para desenvolver estratégias que coloquem estudantes diante de situações completamente distintas de sua realidade, esse pode ser o ponto de partida para provocar novos questionamentos.

Quanto mais aprende e convive com realidades diversas, mais aberta, tolerante e empática pode ser a turma, além de mais atenta a novas possibilidades de agir. Seria, portanto, a chance de fortalecer a atitude empreendedora em jovens.

Como começar?

Você deve estar se questionando como a escola pode incentivar a diversidade.

Algumas opções para associar empreendedorismo e inclusão social podem estar no incentivo a intercâmbios com outras instituições que enfrentam realidades distintas.

Uma ideia possível é promover o contato da turma com escolas de outros bairros em torno de projetos que estimulem a troca de experiências.

Outra possibilidade é fomentar a vinda de estudantes de outros países para aulas de inglês ou espanhol. Além de aprenderem um novo idioma, os jovens têm a chance de conhecer outras culturas ao redor do mundo.

Afora isso, o tema diversidade deve estar presente de forma constante.

A meta do educador é reforçar a importância do respeito às diferenças, combater o bullying e qualquer outra forma de discriminação.

O empreendedorismo e a inclusão social podem ser aliados na escola, e as novas tecnologias cumprem importante papel nessa parceria.

Educação: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: professor doutor Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Internet

Laudo médico pcd: entenda a burocracia na hora da contratação

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

O laudo médico PcD é um documento crucial para pessoas com deficiência terem acesso a direitos e benefícios que lhe são reservados, mas muita gente não sabe do que se trata. Por isso, leia tudo até o final e entenda porque ele é tão importantes no contexto social.

O que é um laudo médico PcD?
Laudo médico PcD é um documento emitido por um profissional de saúde, em especial, um médico do trabalho ou reabilitação. Assim, ele atesta que existe uma deficiência em um candidato a emprego ou um membro da empresa.

Esse laudo é feito com base em análises clínicas e exames médicos que identificam e descrevem a natureza e o grau da deficiência de uma pessoa.

Qual é a validade do laudo PcD?
Segundo o Governo Federal, o laudo médico vale por cerca de 90 dias a partir da data de sua assinatura. Ainda assim, você só pode solicitar um novo documento após 75 dias, contados a partir da data de emissão do último laudo.

Laudo médico PCD: entenda a burocracia na hora da contrataçãoO laudo médico PcD é um documento crucial para as pessoas com deficiência.

Para que serve o laudo médico PcD?
O laudo médico PcD tem algumas funções, dentre elas, comprovar a deficiência de uma pessoa, por exemplo. Isso porque, ele descreve de forma legal:

qual é a deficiência;
o grau de limitação;
a validade do laudo.

Caso seja preciso, ele pode incluir ainda dicas e exigências de adaptações que a pessoa possa precisar para realizar suas funções no trabalho.

O documento é ideal para que a pessoa com deficiência possa ter acesso aos seus direitos e, como um dos pontos principais, para conseguir uma vaga de emprego com reserva para PcD.
Acesso a benefícios

No Brasil e em alguns outros locais, ter um laudo médico que ateste a deficiência é um pré-requisito para acessar benefícios sociais, como se aposentar por invalidez, auxílio-doença e isenções fiscais, por exemplo.

Ter acesso à vagas reservadas

Em uma possível contratação, o laudo médico é essencial para que a pessoa com deficiência possa concorrer a vagas de emprego para PcD.

O que é a reserva de vagas?
A reserva de vagas é uma medida legal que busca promover a inclusão e a igualdade de chances no mercado de trabalho. Portanto, é uma lei que visa tornar o mercado mais justo e inclusivo para este grupo de minoria.

Adaptações de ambientes
O laudo também pode ser usado para solicitar adaptações razoáveis no ambiente de trabalho, como:

rampas de acesso;
computadores com tecnologia assistiva;
ajustes na jornada de trabalho.

Além disso, em alguns casos, o laudo médico pode ser necessário para a participação em cursos, treinamentos e programas de reabilitação voltados para as pessoas com deficiência.

O que consta no laudo médico PcD?
O laudo médico PcD deve conter algumas informações sobre o paciente, como dados pessoais, além do código (CID) do seu caso. Do mesmo modo, nele deve constar:

parecer médico;
consentimento do paciente sobre o caso;
dados sobre a condição do paciente.

Isso ocorre para que ambas as partes, no caso de uma contratação, estejam livres de qualquer problema legal.

Ainda assim, é crucial para que as pessoas que precisam deste não sejam lesadas em nenhum momento no meio social, por exemplo.

Laudo médico PCD: entenda a burocracia na hora da contrataçãoO laudo médico PcD é crucial para cumprir as leis e fazer com que cada vez mais pessoas com deficiência cheguem ao mercado de trabalho.

Qual é a importância do laudo médico PcD?
O laudo médico PcD é de suma importância para acessar direitos e conseguir um emprego com vagas que atenda à lei cotas PcD.

Da mesma forma, é este documento que assegura que a contratação de uma pessoa com deficiência seja feita de maneira legítima e com base em critérios médicos e legais.

Mais respeito aos direitos

O documento garante que os direitos humanos das pessoas com deficiência sejam respeitados, o que inclui aquele referente ao trabalho e à equidade de oportunidades

. Contudo, isso não deve ocorrer apenas no trabalho, mas também em locais de ensino.
Cumpra as leis

No Brasil, exige-se que empresas com mais de 100 colaboradores contratem pessoas com deficiência, ainda de acordo com a lei de cotas. Assim, o total mínimo de vagas com reserva é de 2% para negócios com 100 a 200 pessoas em seu quadro de pessoal.

Vale destacar que esse número aumenta com base no total de pessoas que compõem a equipe da firma. Portanto, a contratação de PcD é uma exigência legal e o laudo é um documento essencial para cumprir essa obrigação.

Promova a acessibilidade
Com base no laudo, a empresa pode tomar medidas para tornar o ambiente de trabalho que permita o ir e vir de todos, com um projeto voltado à acessibilidade arquitetônica.

Mas, outras medidas são ideais para adaptar tudo, desde softwares a mesas, por exemplo.

Onde conseguir um laudo médico PcD?
Você pode obter um laudo médico PcD após perícia médica com um especialista em algum órgão do governo, como o INSS. Contudo, a primeira avaliação é feita em hospitais e clínicas médicas, em geral, em consulta com médicos da área.

Afinal, são eles que podem avaliar a capacidade de uma pessoa para desempenhar atividades no ambiente de trabalho e podem emitir esses laudos médicos relacionados ao meio profissional.

Porém, no caso de benefícios legais, por outro lado, a passagem por esses órgãos é obrigatória.

Ainda assim, é preciso seguir alguns passos, como perceber a real necessidade de ajuda em relação a isso.

Como são os exames?
O médico especializado realizará exames médicos e avaliações clínicas para determinar o tipo e o grau da sua deficiência. Nesse sentido, estes podem incluir exames físicos, testes de visão, audição, avaliação cognitiva e outros mais que forem julgados relevantes.

Forneça todos os dados
Durante a consulta médica, é importante fornecer dados com detalhes sobre a sua condição, histórico médico, tratamentos anteriores e quaisquer dificuldades que enfrente devido à sua deficiência.

Assim, é ainda mais fácil ter acesso aos seus direitos.

Quem pode pedir o laudo médico PcD?
Em geral, qualquer pessoa com uma deficiência, seja física, mental, visual ou auditiva, pode pedir a avaliação para obter o laudo médico PcD.

Porém, nos casos em que a pessoa não consegue fazer por si mesma, é ideal que um responsável legal o faça.

Desse modo, é comum submeter-se aos exames em juntas do governo para atestar a veracidade de todos os dados.

As empresas podem exigir o laudo?
Em alguns casos, como no contexto da contratação de pcd para vagas de emprego reservadas, as empresas podem solicitar que os candidatos exibam um laudo médico como parte do processo de seleção.

Você já conhece a iigual?
A iigual é uma empresa que pode te ajudar em todos os assuntos com relação a pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Isso porque, o seu foco é promover a equidade de chances para todos neste meio para terem a oportunidade de construir uma carreira.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte:/iigualpara conhecer tudo sobre esse belo trabalho e ler dicas importantes no blog oficial da iigual/Internet

10 lições que o mundo precisa aprender com as pessoas com deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Não importa quem a pessoa seja, sempre existem lições que podemos aprender com ela.

E as pessoas com deficiência são especialmente inspiradoras, isso porque ter uma deficiência é definitivamente algo muito difícil, contudo é também uma das experiências mais enriquecedoras que o ser humano pode vivenciar.

Essas pessoas aprendem muito com a vida que levam; lições de vida que pessoas sem deficiência raramente experimentam.Embora muitas dessas lições sejam mais profundas quando vivenciadas diretamente, existe muita coisa que podemos aprender! Inspiradas em matéria feita pelo site Hunffington Post sobre este tema, listamos algumas valiosas lições que podemos aprender com essas pessoas tão especiais. Confira!

1) Ser feliz é possível em qualquer circunstância.

Quantos de nós já pensamos que se um dia viermos a perder uma perna, a visão ou mesmo a audição não conseguiria mais ser feliz? Isso é um verdadeiro equívoco, já que o cérebro humano adapta-se a viver com a deficiência.

Para Tiffiny Carlson, que tornou-se paraplégica após um acidente, a felicidade veio algum tempo após sua nova condição. Ela relata que se sente feliz pelo simples fato de estar viva ao lado de sua família e amigos. Carlson ainda deseja poder andar novamente, mas afirma que isso não a impede de ser verdadeiramente feliz.

2) A paciência pode permitir que você faça quase qualquer coisa.

Escutamos desde criança sobre o quanto é importante ser paciente; e quando nos tornamos adultos percebemos o quanto isso é verdadeiro.

No entanto, quando você possui alguma deficiência, o nível de paciência requerido alcança um outro patamar.

Isso porque a paciência torna-se uma grande aliada para executar até as atividades cotidianas mais simples, tais como conseguir se comunicar, atravessar uma rua ou mesmo trocar de roupa.

3) Não se estresse com coisas pequenas.

Possuir uma deficiência pode envolver circunstâncias realmente estressantes – quebrar a cadeira de rodas, ter gastos elevados com plano de saúde, ficar sem cuidadora de uma hora para outra.

Por isso, as pessoas com deficiência acabam aprendendo a não se estressar com coisas pequenas. O cinema está lotado? O restaurante está com uma fila gigantesca? Tudo bem, poderia ser bem pior!
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4) Ser diferente é uma oportunidade.

Muita gente não gosta de ser diferente; não gosta de ser notado. Contudo, ser diferente não é tão ruim quanto você imagina.

Muitas portas podem se abrir, além de você ter a oportunidade de conhecer pessoas muito interessantes!

5) Não se pode julgar uma pessoa por sua aparência.

Você provavelmente escuta essa frase todo o tempo, mas é algo muito verdadeiro.

E os exemplos disso são muitos: De Stephen Hawking, um homem em uma cadeira de rodas que não pode sequer falar e é uma das pessoas mais inteligentes do mundo a Francesco Clark, um tetraplégico e CEO de uma das maiores empresas de beleza do mundo. Logo, não pense que ser deficiente significa não ser bem sucedido. Nunca se sabe o quanto alguém com deficiência é capaz.

6) A vida é curta. Aproveite cada momento!

Ter uma deficiência pode, infelizmente, ter um impacto no seu tempo de vida.

Para muitas pessoas com deficiência, viver até os 95 anos de idade é algo quase impossível.

Por isso a maioria descobriu o segredo para se viver bem: aproveite cada dia como se fosse o último!

Muitos de nós até tentamos fazer isso, entretanto, as pessoas com deficiência vivem isso com muita naturalidade, curtindo os raios de sol ou mesmo uma xícara quente de café. Eles sabem muito bem que o simples fato de estar vivo é realmente uma dádiva!

7) A fraqueza nem sempre é algo negativo.

Muitos de nós , às vezes por orgulho, tememos mostrar nossas fraquezas e aceitar ajuda do próximo.

Contudo, a pessoa que vive com uma deficiência aprende que não há problema algum em receber ajuda.

Afinal, todos nós precisamos da ajuda dos outros de alguma forma, até mesmo os grandes atletas ou o Presidente dos Estados Unidos. É um fato inevitável e faz parte da experiência humana.

8) Não é preciso se adequar a um padrão de normalidade para se viver bem.

Quando se tem uma deficiência, você tem um passe livre para ser exatamente quem você quer ser, sem precisar se enquadrar em um padrão estabelecido pela sociedade.

E essa experiência é um dos sentimentos mais libertadores que existem. Você pertence a você mesmo e sabe disso… E esse sentimento é realmente incrível!

9) Qualquer um pode vir a ter uma deficiência.

Talvez não exista uma deficiência genética em sua família, mas você pode vir a ter um filho com paralisia cerebral. Além disso, nenhum de nós está imune de sofrer um acidente ou ser vítima de uma doença que deixe sequelas para toda a vida.

É realmente um choque pertencer, de repente, ao grupo de pessoas com deficiência ou possuir algum familiar assim. Por isso, não pense que você é uma exceção.

A lição aqui é nunca se esquecer que todos nós somos imperfeitos, todos nós somos de alguma forma diferente e todos nós somos seres humanos!

10) Viva uma vida sem máscaras.

Essa é talvez uma das lições mais valiosas que podemos aprender com as pessoas com deficiência. Muitos de nós ficamos tão preocupados em se encaixar perfeitamente no padrão de normalidade imposto pela sociedade que passamos a mascarar sentimentos, vontades e até mesmo o nosso verdadeiro Eu.

Já as pessoas com deficiência não possuem essa preocupação de se enquadrar na sociedade, elas simplesmente vivem a vida.

E, talvez, seja isso que as torne tão leves e encantadoras!

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: diario da inclusão social/Internet

*Por Talita Cazassus Dall’Agnol

Benefício da Prestação Continuada (BPC-LOAS) Benefício assistencial do INSS ao idoso e à pessoa com deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Cidadania. Palavrinha bonita demais da conta sô! Parafraseando a brilhantíssima filósofa Hannah Arendt, a cidadania é o nosso direito de termos direitos, pressupondo sempre a igualdade, a liberdade, a própria existência e dignidade humana.

Começo ressaltando a articulação de direitos como reivindicações por reconhecimento, fato que tem nos exigido uma reconfiguração do conceito do de cidadania. Confuso? Calma! Vou traduzir usando o linguajar do “Mão na Roda” como sempre adotando exemplos práticos no nosso dia-a-dia.

É o seguinte, quando falamos em direitos, abrimos uma brecha pra o debate de assuntos como a aposentadoria, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), acesso ao mercado de trabalho etc…

Todos esses direitos são temas recorrentes que “fazem” parte de nossas vidas enquanto cidadãos com deficiência. Infelizmente muitas pessoas com deficiência não conseguem exercer o direito de sua cidadania plena. O motivo?

Ouso afirmar que a deficiência da sociedade em garantir a verdadeira inclusão – aquela expressa no art. 5º da nossa Constituição Federal onde é clara a afirmação de que TODOS são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (…) garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (…)

E é justamente sobre um desses direitos como cidadãos com deficiência que iremos conversar hoje. O BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Quem tem direito? Quais os principais requisitos para requerer o benefício? Preciso me cadastrar em algum lugar pra pedir o BPC? Sou idoso e aposentado, posso pedir esse benefício? Recebo pensão, tenho direito? Quais os documentos exigidos quando eu solicitar?

Essas são dúvidas frequentes a respeito desse direito como cidadão com deficiência. Então “bora” destrinchar esse assunto de maneira prática.

O que é isso BPC/LOAS (Benefício de Prestação Continuada)?

Bom, o BPC é um benefício da Lei Orgânica da Assistência Social que garante um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família.

O que é necessário pra requerer esse benefício?

Para ter direito, o requerente precisa ser brasileiro, nato ou naturalizado, precisa ainda comprovar residência fixa no Brasil e comprovante de renda per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo vigente.

Além de se encaixar em uma das seguintes condições: Ser idoso com idade igual ou superior a 65 anos, tanto homens quanto mulheres. Ser pessoa com deficiência – ah não é exigida uma idade mínima pra essa condição –

O que precisa ser comprovada são os impedimentos de longo prazo (mínimo de 2 anos) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

É primordial saber que beneficiário é obrigado a declarar que não recebe outro benefício no âmbito da Seguridade Social, afinal o BPC não pode ser acumulado com outro benefício como, aposentadorias e pensão ou de outro regime, exceto com benefícios da assistência médica, pensões especiais de natureza indenizatória e remuneração advinda de contrato de aprendizagem.

Onde receber todas as orientações pra requerer esse direito?

É bem fácil se manter informado sobre as garantias desse benefício. O requerente ou procurador do mesmo pode procurar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo da sua residência para esclarecer dúvidas sobre os critérios do benefício e sobre a renda familiar, além de receber orientação sobre o preenchimento de todos os formulários necessários.

Qual é o requisito legal e obrigatório para a concessão do benefício?

Bom, em 2016 foi publicado o Decreto nº 8.805 que exige o cadastramento dos beneficiários e suas famílias no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico. Assim, antes da apresentação de requerimento à unidade do INSS para a concessão do BPC, é necessária a inscrição no CadÚnico.

Possuo cadastro no CadÚnico e lendo a explicação acima, acho que tenho direito ao benefício. O que eu tenho que fazer?

Não é nada complicado. A primeira coisa é ter certeza que seu cadastro esteja atualizado, senão estiver, é primordial que atualize para então fazer o requerimento no momento da análise do benefício. Contudo não basta apenas esse cadastro, afinal também é requisito que o requerente e seus familiares estejam inscritosno Cadastro de Pessoas Físicas – CPF.

Quando se fala em familiares, quais são os “vínculos” parentescos exigidos pelo INSS?
Simples demais.

O conceito de família pra o requerimento do BPC envolve o próprio requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.

A família para fins deste benefício assistencial, é composta pelos seguintes membros, desde que vivam sob o mesmo teto.

Quais são os documentos necessários pra eu requerer o benefício?

Bom, aqui é necessário atentar-se para não descumprir nenhuma exigência no processo de documentação. Vamos lá. Para ser atendido nas agências do INSS, é necessária a apresentação de:

• Documento de identificação com foto
• Número do CPF do titular (ao requerente maior de 16 anos de idade poderá ser solicitado documento de identificação oficial com fotografia),
• Declaração de renda do grupo familiar.
• Formulário único de alteração da situação do benefício, ou seja, apresentar se o requerente recebe um benefício ao qual deseja renunciar para ter direito a outro. Não sendo possível renunciar a aposentadoria por tempo de contribuição, idade e especial.
• Termo de tutela, no caso de menores de 18 anos filhos de pais falecidos ou desaparecidos ou que tenham sido destituídos do poder familiar, o documento que comprove regime de semiliberdade, liberdade assistida ou outra medida em meio aberto, emitido pelo órgão competente de Segurança Pública estadual ou federal, no caso de adolescentes com deficiência em cumprimento de medida socioeducativa.
• Documento de identificação e procuração no caso de representante legal do requerente.

Túlio, eu recebo o BPC, mas comecei a trabalhar. Meu benefício pode ser suspenso?

Sim, seu BPC será suspenso. Essa suspensão é totalmente legal e autorizada caráter especial, quando o beneficiário, pessoa com deficiência, adquirir vínculo empregatício ou iniciar atividade de microempreendedor.

Esta suspensão durará enquanto perdurar o seu contrato de trabalho ativo ou sua atividade na condição de microempreendedor, conforme dispõe o art. 21-A da Lei nº 8.742/1993 e alterações posteriores, combinado com o artigo 47-A do Decreto nº 6.214/2007 e suas alterações posteriores.

Se o beneficiário contrair vínculo empregatício e não avisar o INSS sobre o fato, continuando a receber o BPC, o mesmo pode responder por crimes de fraude, dolo, ou má fé no ato concessório do benefício.

Ah, mas é importante saber que se o beneficiário abrir mão do BPC pra se manter ativo no mercado de trabalho, e futuramente vir a perder o emprego, o mesmo pode solicitar a reativação do BPC suspenso alegando a extinção do trabalho ou atividade empreendedora.

Essa reativação será homologada após a comprovação da extinção da relação trabalhista ou a partir da última parcela do seguro desemprego, sem que o beneficiário tenha adquirido direito a qualquer benefício no âmbito da Previdência Social.

O restabelecimento do pagamento do BPC, quando reativado, será a partir do dia imediatamente posterior à cessação do contrato de trabalho ou encerramento da atividade como contribuinte individual ou, ainda, do dia imediatamente posterior ao término do pagamento do seguro desemprego, caso o pedido de restabelecimento ocorra em até noventa dias contados das referidas datas.

Mas como toda regra tem exceção, aqui nesse quesito de vínculo empregatício a pessoa com deficiência contratada na condição de aprendiz poderá acumular o BPC/LOAS e a remuneração do contrato de aprendiz com deficiência, e terá seu benefício suspenso somente após o período de dois anos de recebimento concomitante da remuneração e do benefício.

Quando falamos em benefícios do INSS, o assunto rende mais fermento caseiro de vó! Assim, trarei mais informações sobre algumas garantias que nós pessoas com deficiência, mobilidade reduzida temos junto a previdência social.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: e-mail [email protected]=G1-/Internet