Acessibilidade no trabalho: como impactar profissionais surdos e mudos?

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)

Abril é o mês da Linguagem Brasileira de Sinais, conhecida como Libras, que atende a comunidade de pessoas surdas e mudas desde 2002.

A proximidade da data nos lembra de um assunto inadiável e essencial: acessibilidade no trabalho.

Baseada em um conceito de língua visual-espacial, a Libras possui sua própria gramática, especificamente criada para promover inclusão e acessibilidade em todos os espaços de convivência social entre surdos e mudos, inclusive no ambiente profissional.

Ser uma empresa que pratica a acessibilidade para surdos e mudos significa promover a equidade, oferecendo todas as condições necessárias para que essa comunidade não se sinta excluída por uma característica física.

Como funciona a acessibilidade no trabalho?
A acessibilidade no trabalho tem a ver com a capacidade de todas as pessoas utilizarem o ambiente físico, equipamentos, recursos e oportunidades de emprego, sem discriminação ou dificuldade.

Se pensarmos bem, a acessibilidade também está relacionada à diversidade nas empresas, promovendo a pluralidade de pessoas. Ao reunir esses dois conceitos, é mais possível criar um ambiente de trabalho justo e igualitário para todos os colaboradores.

No caso específico da acessibilidade para surdos e mudos, a linguagem de sinais é um dos recursos que permite que essas pessoas se comuniquem e acessem informações de forma efetiva no espaço de trabalho.

A Libras é uma forma legítima de expressão cultural e deve ser respeitada e valorizada.

Quando as empresas vestem essa camisa, permitem que toda a comunidade surda e muda identifique-se e sinta-se acolhida no ambiente profissional (que por sinal, é um direito garantido por lei).
Quais são os recursos que melhoram o ambiente de trabalho para surdos e mudos?

Existem diversos recursos que podem ser adotados para contribuir para a acessibilidade no trabalho.

As tecnologias de acessibilidade visam ajudar pessoas surdas e mudas a se comunicarem e acessarem informações de maneira mais fácil. Confira alguns exemplos:

Software de Reconhecimento de Voz: programas que podem ser utilizados por pessoas mudas para traduzir a fala em texto escrito

Telefone com Texto: recurso que permite que pessoas surdas e mudas possam se comunicar por meio de mensagens de texto em vez de chamadas de voz.

Alertas Visuais: utilizados para chamar a atenção de pessoas surdas para eventos como telefonemas, alarmes e campainhas.

Legendagem em tempo real: exibição de legendas em tempo real em uma transmissão ao vivo, permitindo que pessoas surdas possam acompanhar o conteúdo.

Em resumo, todas essas tecnologias podem ser combinadas para uma política de acessibilidade poderosa.

O importante é que a comunidade de surdos e mudos possa se comunicar e ter acesso a informações de maneira efetiva, possibilitando sua inclusão em todos os aspectos da sociedade.

Quem deve pensar e implementar as tecnologias de acessibilidade no trabalho?
A implementação de tecnologias e políticas de acessibilidade deve estar presente em empresas de todos os setores. Além disso, pode estar relacionada a um setor específico da organização ou não.

Tudo depende da forma como a empresa decide se organizar nesse aspecto.

Na Prod, criamos o comitê de Prodiversidade, que promove ações de inclusão, diversidade e acessibilidade dentro e fora do trabalho. O papel do comitê é reunir um grupo de pessoas para pensar e implementar políticas e práticas relacionadas à diversidade em todos os aspectos.

O objetivo é simples: usar a diversidade para impactar o bem-estar dos colaboradores da melhor forma possível, independentemente de raça, gênero, orientação sexual, idade, religião, habilidade física ou qualquer outra característica pessoal.

Para o mês de abril, o Prodiversidade organizou uma ação educativa de Libras com todos os colaboradores da Prod, além da criação de um mural expositivo sobre “Mercado de trabalho e deficiências”.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: AddThis Website Tools=Giovana Alves/Internet

Laudo médico pcd: entenda a burocracia na hora da contratação

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

O laudo médico PcD é um documento crucial para pessoas com deficiência terem acesso a direitos e benefícios que lhe são reservados, mas muita gente não sabe do que se trata. Por isso, leia tudo até o final e entenda porque ele é tão importantes no contexto social.

O que é um laudo médico PcD?
Laudo médico PcD é um documento emitido por um profissional de saúde, em especial, um médico do trabalho ou reabilitação. Assim, ele atesta que existe uma deficiência em um candidato a emprego ou um membro da empresa.

Esse laudo é feito com base em análises clínicas e exames médicos que identificam e descrevem a natureza e o grau da deficiência de uma pessoa.

Qual é a validade do laudo PcD?
Segundo o Governo Federal, o laudo médico vale por cerca de 90 dias a partir da data de sua assinatura. Ainda assim, você só pode solicitar um novo documento após 75 dias, contados a partir da data de emissão do último laudo.

Laudo médico PCD: entenda a burocracia na hora da contrataçãoO laudo médico PcD é um documento crucial para as pessoas com deficiência.

Para que serve o laudo médico PcD?
O laudo médico PcD tem algumas funções, dentre elas, comprovar a deficiência de uma pessoa, por exemplo. Isso porque, ele descreve de forma legal:

qual é a deficiência;
o grau de limitação;
a validade do laudo.

Caso seja preciso, ele pode incluir ainda dicas e exigências de adaptações que a pessoa possa precisar para realizar suas funções no trabalho.

O documento é ideal para que a pessoa com deficiência possa ter acesso aos seus direitos e, como um dos pontos principais, para conseguir uma vaga de emprego com reserva para PcD.
Acesso a benefícios

No Brasil e em alguns outros locais, ter um laudo médico que ateste a deficiência é um pré-requisito para acessar benefícios sociais, como se aposentar por invalidez, auxílio-doença e isenções fiscais, por exemplo.

Ter acesso à vagas reservadas

Em uma possível contratação, o laudo médico é essencial para que a pessoa com deficiência possa concorrer a vagas de emprego para PcD.

O que é a reserva de vagas?
A reserva de vagas é uma medida legal que busca promover a inclusão e a igualdade de chances no mercado de trabalho. Portanto, é uma lei que visa tornar o mercado mais justo e inclusivo para este grupo de minoria.

Adaptações de ambientes
O laudo também pode ser usado para solicitar adaptações razoáveis no ambiente de trabalho, como:

rampas de acesso;
computadores com tecnologia assistiva;
ajustes na jornada de trabalho.

Além disso, em alguns casos, o laudo médico pode ser necessário para a participação em cursos, treinamentos e programas de reabilitação voltados para as pessoas com deficiência.

O que consta no laudo médico PcD?
O laudo médico PcD deve conter algumas informações sobre o paciente, como dados pessoais, além do código (CID) do seu caso. Do mesmo modo, nele deve constar:

parecer médico;
consentimento do paciente sobre o caso;
dados sobre a condição do paciente.

Isso ocorre para que ambas as partes, no caso de uma contratação, estejam livres de qualquer problema legal.

Ainda assim, é crucial para que as pessoas que precisam deste não sejam lesadas em nenhum momento no meio social, por exemplo.

Laudo médico PCD: entenda a burocracia na hora da contrataçãoO laudo médico PcD é crucial para cumprir as leis e fazer com que cada vez mais pessoas com deficiência cheguem ao mercado de trabalho.

Qual é a importância do laudo médico PcD?
O laudo médico PcD é de suma importância para acessar direitos e conseguir um emprego com vagas que atenda à lei cotas PcD.

Da mesma forma, é este documento que assegura que a contratação de uma pessoa com deficiência seja feita de maneira legítima e com base em critérios médicos e legais.

Mais respeito aos direitos

O documento garante que os direitos humanos das pessoas com deficiência sejam respeitados, o que inclui aquele referente ao trabalho e à equidade de oportunidades

. Contudo, isso não deve ocorrer apenas no trabalho, mas também em locais de ensino.
Cumpra as leis

No Brasil, exige-se que empresas com mais de 100 colaboradores contratem pessoas com deficiência, ainda de acordo com a lei de cotas. Assim, o total mínimo de vagas com reserva é de 2% para negócios com 100 a 200 pessoas em seu quadro de pessoal.

Vale destacar que esse número aumenta com base no total de pessoas que compõem a equipe da firma. Portanto, a contratação de PcD é uma exigência legal e o laudo é um documento essencial para cumprir essa obrigação.

Promova a acessibilidade
Com base no laudo, a empresa pode tomar medidas para tornar o ambiente de trabalho que permita o ir e vir de todos, com um projeto voltado à acessibilidade arquitetônica.

Mas, outras medidas são ideais para adaptar tudo, desde softwares a mesas, por exemplo.

Onde conseguir um laudo médico PcD?
Você pode obter um laudo médico PcD após perícia médica com um especialista em algum órgão do governo, como o INSS. Contudo, a primeira avaliação é feita em hospitais e clínicas médicas, em geral, em consulta com médicos da área.

Afinal, são eles que podem avaliar a capacidade de uma pessoa para desempenhar atividades no ambiente de trabalho e podem emitir esses laudos médicos relacionados ao meio profissional.

Porém, no caso de benefícios legais, por outro lado, a passagem por esses órgãos é obrigatória.

Ainda assim, é preciso seguir alguns passos, como perceber a real necessidade de ajuda em relação a isso.

Como são os exames?
O médico especializado realizará exames médicos e avaliações clínicas para determinar o tipo e o grau da sua deficiência. Nesse sentido, estes podem incluir exames físicos, testes de visão, audição, avaliação cognitiva e outros mais que forem julgados relevantes.

Forneça todos os dados
Durante a consulta médica, é importante fornecer dados com detalhes sobre a sua condição, histórico médico, tratamentos anteriores e quaisquer dificuldades que enfrente devido à sua deficiência.

Assim, é ainda mais fácil ter acesso aos seus direitos.

Quem pode pedir o laudo médico PcD?
Em geral, qualquer pessoa com uma deficiência, seja física, mental, visual ou auditiva, pode pedir a avaliação para obter o laudo médico PcD.

Porém, nos casos em que a pessoa não consegue fazer por si mesma, é ideal que um responsável legal o faça.

Desse modo, é comum submeter-se aos exames em juntas do governo para atestar a veracidade de todos os dados.

As empresas podem exigir o laudo?
Em alguns casos, como no contexto da contratação de pcd para vagas de emprego reservadas, as empresas podem solicitar que os candidatos exibam um laudo médico como parte do processo de seleção.

Você já conhece a iigual?
A iigual é uma empresa que pode te ajudar em todos os assuntos com relação a pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Isso porque, o seu foco é promover a equidade de chances para todos neste meio para terem a oportunidade de construir uma carreira.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte:/iigualpara conhecer tudo sobre esse belo trabalho e ler dicas importantes no blog oficial da iigual/Internet

Aposentadoria por deficiência auditiva: o que é e como conseguir

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)

A aposentadoria para deficiente auditivo é a possibilidade de se aposentar mais cedo e com o valor de benefício melhor em razão da perda da audição unilateral ou bilateral. Aprenda como funciona esse direito.

Ser deficiente no Brasil não é fácil.

Houveram muitas conquistas nos últimos anos, mas ainda é preciso garantir mais igualdade.

Especialmente, pessoas surdas sofrem para conseguir lugar no mercado de trabalho, o que os leva a terem menos tempo de contribuição do que uma pessoa sem deficiência.

Ou seja, se não for garantido requisitos diferenciados, essas pessoas se aposentam mais tarde, levando a um desgaste maior do corpo e da mente.

Em razão disso, foi criada uma lei garantindo que os PCD’s se aposentem mais cedo, dependendo da gravidade da deficiência, e com o valor de benefício melhor.

Quais os requisitos para se aposentar por deficiência auditiva?

Toda a comunidade PCD pode se aposentar por idade e por tempo de contribuição, e os requisitos são iguais para todos, qualquer que seja a deficiência (auditiva, visual, sensorial, mental ou física).

Assim, o deficiente auditivo pode se aposentar por idade se comprovar:

Homem: 60 anos de idade, 15 anos de tempo de contribuição e15 anos de surdez;
Mulher: 55 anos de idade, 15 anos de tempo de contribuição e 15 anos de surdez.

E um detalhe importante que muita gente se esquece: a deficiência não precisa ser ao mesmo tempo que o tempo de contribuição.

Por exemplo, pode ser que você tenha trabalhado por vários anos sem deficiência, porém, após perder a audição, ficou desempregado e não conseguiu mais realocação no mercado de trabalho.

Nesse caso, mesmo que você nunca tenha trabalhado na condição de PCD, você terá direito à aposentadoria mais cedo se comprovar a perda auditiva por um período mínimo de 15 anos.

Para a segunda opção, aposentadoria por tempo de contribuição, você deve comprovar:

Homem: 33 anos (deficiência leve), 29 anos (deficiência moderada) ou 25 anos de tempo de contribuição (deficiência grave);

Mulher: 28 anos (deficiência leve), 24 anos (deficiência moderada) ou 20 anos de tempo de contribuição (deficiência grave)

Ou seja, o tempo de contribuição mínimo necessário vai depender da classificação da sua deficiência, que varia de pessoa para pessoa.

Sobre a avaliação, nós vamos explicar como funciona essa classificação da surdez ainda neste post.

Além do tempo de contribuição, você também precisa comprovar que tem a deficiência há pelo menos 15 anos. Não precisa ser concomitante, ao mesmo tempo.

Quem é considerado PCD auditivo na aposentadoria?

Frequentemente eu recebo as seguintes perguntas: deficiente tem direito à aposentadoria? Surdez unilateral dá direito à aposentadoria?

Eu sempre respondo, depende!

Somente do ponto de vista médico, é considerado PCD auditivo quem apresenta média de perda de 41 dB em ambos os ouvidos.

Contudo, a resposta não é tão simples quando falamos em aposentadoria.

Na prática, a lei previdenciária não define quem é considerado deficiente auditivo, e essa decisão acaba sendo delegada para a perícia médica, que vai definir se você tem o direito à se aposentar pela lei especial ou não.

Se a surdez é bilateral (CID 10 H90.3 – ), as chances de conseguir uma aposentadoria com tempo de contribuição reduzido são bem maiores, mas ainda assim você precisará de um bom advogado que seja especialista nesse tipo de benefício para aumentar as suas chances.

Agora, se a surdez é unilateral (CID 10 H90.4), você tem pouca probabilidade de conseguir a aposentadoria PCD, mas não é impossível.

Se esse for o seu caso, você precisa deixar bem claro quais foram as barreiras enfrentadas durante a sua vida e como isso te afetou no trabalho, na sociedade e em casa.

E a forma de você fazer isso é explicando bem aos peritos que vão te avaliar, indicando exatamente como você sofreu com a deficiência.

Uma boa orientação com um advogado especializado vai te fornecer qual deve ser o enfoque principal que você deve dar nas suas respostas. Isso é fundamental!

Como comprovar que sou deficiente auditivo?

Conforme você leu acima, o resultado das perícias definirá se você é PNE ou não para fins previdenciários.

No entanto, você deve apresentar uma documentação médica mínima ao perito para que ele avalie a sua condição, pois o INSS e a justiça não têm equipamentos especializados para medir a sua perda auditiva.

Portanto, antes de fazer o pedido de aposentadoria, é fundamental que você providencie um laudo, com o CID 10 H90.3 ou CID 10 H90.4, e uma audiometria.

Quanto ganha um aposentado por deficiência auditiva?

O cálculo da aposentadoria por deficiência é um dos melhores para os segurados, porque garante valores melhores.

Funciona da seguinte forma.

Primeiro, é calculada a média dos seus 80% maiores salários da sua vida. São considerados somente aqueles posteriores a julho de 1994, quando houve a implantação do plano real.

Se for uma aposentadoria por tempo de contribuição, você receberá 100% dessa média.

Agora, se for por idade, você receberá 70% + 1% para cada ano de contribuição que você tiver.

Esses cálculos são os antigos ainda, ou seja, eles não foram alterados pela reforma da previdência de 2019.

Vamos ver o exemplo de Gilberto, que tem deficiência auditiva grave e conta com 25 anos de contribuição. A média dos seus salários a partir de julho de 1994 (excluindo-se os 20% menores) é de R$ 3.000,00.

Se ele se aposentar por tempo, receberá esse valor de aposentadoria, R$ 3.000,00.

Se escolher se aposentar por idade, receberá 95% da média, que resulta em R$ 2.850,00.
Como funciona a avaliação da pessoa com deficiência

Em todo processo de aposentadoria de deficiente auditivo ocorrem duas perícias: uma médica e outra social.

Primeiro, é agendada a perícia médica, na qual você deve levar os seus laudos e exames que comprovem a surdez ou a perda auditiva.

Como um dos requisitos é que você tenha a deficiência por no mínimo 15 anos, se você tiver um mais antigo, melhor para você.

Na sequência, é agendada a perícia social, na qual você NÃO precisa levar os seus exames e laudos.

Em ambos os casos, os avaliadores vão fazer (ou deveriam pelo menos) perguntas sobre a sua vida, como SOBRE o trabalho, vida, locomoção, relacionamentos, educação formal entre outros assuntos.

Para cada resposta, os peritos vão atribuir uma pontuação (25, 50, 75 ou 100), quanto menor os pontos, melhor para você.

Ao final, eles vão somar as pontuações e o resultado vai dizer se você é uma pessoa com deficiência para uma aposentadoria e o grau (leve, moderado ou grave).

Como essa avaliação não é baseada somente na sua perda auditiva, é plenamente possível que a surdez de um ouvido garanta a aposentadoria, mas dependerá, como já foi explicado, de uma boa postura nas perícias.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Maicon Alves, advogado previdenciário/Internet

10 lições que o mundo precisa aprender com as pessoas com deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Não importa quem a pessoa seja, sempre existem lições que podemos aprender com ela.

E as pessoas com deficiência são especialmente inspiradoras, isso porque ter uma deficiência é definitivamente algo muito difícil, contudo é também uma das experiências mais enriquecedoras que o ser humano pode vivenciar.

Essas pessoas aprendem muito com a vida que levam; lições de vida que pessoas sem deficiência raramente experimentam.Embora muitas dessas lições sejam mais profundas quando vivenciadas diretamente, existe muita coisa que podemos aprender! Inspiradas em matéria feita pelo site Hunffington Post sobre este tema, listamos algumas valiosas lições que podemos aprender com essas pessoas tão especiais. Confira!

1) Ser feliz é possível em qualquer circunstância.

Quantos de nós já pensamos que se um dia viermos a perder uma perna, a visão ou mesmo a audição não conseguiria mais ser feliz? Isso é um verdadeiro equívoco, já que o cérebro humano adapta-se a viver com a deficiência.

Para Tiffiny Carlson, que tornou-se paraplégica após um acidente, a felicidade veio algum tempo após sua nova condição. Ela relata que se sente feliz pelo simples fato de estar viva ao lado de sua família e amigos. Carlson ainda deseja poder andar novamente, mas afirma que isso não a impede de ser verdadeiramente feliz.

2) A paciência pode permitir que você faça quase qualquer coisa.

Escutamos desde criança sobre o quanto é importante ser paciente; e quando nos tornamos adultos percebemos o quanto isso é verdadeiro.

No entanto, quando você possui alguma deficiência, o nível de paciência requerido alcança um outro patamar.

Isso porque a paciência torna-se uma grande aliada para executar até as atividades cotidianas mais simples, tais como conseguir se comunicar, atravessar uma rua ou mesmo trocar de roupa.

3) Não se estresse com coisas pequenas.

Possuir uma deficiência pode envolver circunstâncias realmente estressantes – quebrar a cadeira de rodas, ter gastos elevados com plano de saúde, ficar sem cuidadora de uma hora para outra.

Por isso, as pessoas com deficiência acabam aprendendo a não se estressar com coisas pequenas. O cinema está lotado? O restaurante está com uma fila gigantesca? Tudo bem, poderia ser bem pior!
Publicidade

4) Ser diferente é uma oportunidade.

Muita gente não gosta de ser diferente; não gosta de ser notado. Contudo, ser diferente não é tão ruim quanto você imagina.

Muitas portas podem se abrir, além de você ter a oportunidade de conhecer pessoas muito interessantes!

5) Não se pode julgar uma pessoa por sua aparência.

Você provavelmente escuta essa frase todo o tempo, mas é algo muito verdadeiro.

E os exemplos disso são muitos: De Stephen Hawking, um homem em uma cadeira de rodas que não pode sequer falar e é uma das pessoas mais inteligentes do mundo a Francesco Clark, um tetraplégico e CEO de uma das maiores empresas de beleza do mundo. Logo, não pense que ser deficiente significa não ser bem sucedido. Nunca se sabe o quanto alguém com deficiência é capaz.

6) A vida é curta. Aproveite cada momento!

Ter uma deficiência pode, infelizmente, ter um impacto no seu tempo de vida.

Para muitas pessoas com deficiência, viver até os 95 anos de idade é algo quase impossível.

Por isso a maioria descobriu o segredo para se viver bem: aproveite cada dia como se fosse o último!

Muitos de nós até tentamos fazer isso, entretanto, as pessoas com deficiência vivem isso com muita naturalidade, curtindo os raios de sol ou mesmo uma xícara quente de café. Eles sabem muito bem que o simples fato de estar vivo é realmente uma dádiva!

7) A fraqueza nem sempre é algo negativo.

Muitos de nós , às vezes por orgulho, tememos mostrar nossas fraquezas e aceitar ajuda do próximo.

Contudo, a pessoa que vive com uma deficiência aprende que não há problema algum em receber ajuda.

Afinal, todos nós precisamos da ajuda dos outros de alguma forma, até mesmo os grandes atletas ou o Presidente dos Estados Unidos. É um fato inevitável e faz parte da experiência humana.

8) Não é preciso se adequar a um padrão de normalidade para se viver bem.

Quando se tem uma deficiência, você tem um passe livre para ser exatamente quem você quer ser, sem precisar se enquadrar em um padrão estabelecido pela sociedade.

E essa experiência é um dos sentimentos mais libertadores que existem. Você pertence a você mesmo e sabe disso… E esse sentimento é realmente incrível!

9) Qualquer um pode vir a ter uma deficiência.

Talvez não exista uma deficiência genética em sua família, mas você pode vir a ter um filho com paralisia cerebral. Além disso, nenhum de nós está imune de sofrer um acidente ou ser vítima de uma doença que deixe sequelas para toda a vida.

É realmente um choque pertencer, de repente, ao grupo de pessoas com deficiência ou possuir algum familiar assim. Por isso, não pense que você é uma exceção.

A lição aqui é nunca se esquecer que todos nós somos imperfeitos, todos nós somos de alguma forma diferente e todos nós somos seres humanos!

10) Viva uma vida sem máscaras.

Essa é talvez uma das lições mais valiosas que podemos aprender com as pessoas com deficiência. Muitos de nós ficamos tão preocupados em se encaixar perfeitamente no padrão de normalidade imposto pela sociedade que passamos a mascarar sentimentos, vontades e até mesmo o nosso verdadeiro Eu.

Já as pessoas com deficiência não possuem essa preocupação de se enquadrar na sociedade, elas simplesmente vivem a vida.

E, talvez, seja isso que as torne tão leves e encantadoras!

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: diario da inclusão social/Internet

*Por Talita Cazassus Dall’Agnol

Qualificações profissionais que uma pessoa com deficiência deve buscar, conheça as melhores

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)

As qualificações profissionais são muito boas para conseguir empregos que paguem bem e também para crescer no mercado de trabalho.

No caso de pessoas com deficiência, elas ajudam a melhorar os pontos fortes que cada um já possui de modo natural.

Como as qualificações profissionais abrem as portas para o sucesso?

As qualificações profissionais abrem portas, pois ajudam as pessoas a crescerem, a fim de que se tornem cada vez melhores e mais bem-sucedidas.

É bom para se destacar no mercado de trabalho e conseguir bons empregos. Ou seja, aqueles que paguem bem.

Para as pessoas com deficiência, isso pode ser ainda mais vital, já que ajuda a quebrar barreiras e preconceitos, abrindo caminho para a inclusão nas empresas.

Ao procurar emprego, você tem que saber trabalhar os seus pontos fortes.

Cada pessoa tem os seus talentos únicos. Desse modo, é essencial saber desenvolver as suas soft skills para se tornar um bom profissional.
Empregadores podem e devem ajudar

Os empregadores reconhecem cada vez mais o poder da diversidade e inclusão no ambiente de trabalho. Acima de tudo, sabem que é essencial dar valor às pessoas com deficiência e que as suas experiências são inestimáveis.

Investir em qualificações profissionais é uma forma muito boa de se destacar e conseguir o trabalho dos sonhos. Aliás, você nem precisa pagar para se aprimorar.

Existem qualificações profissionais gratuitas?

No Centro de Tecnologia e Inovação do Estado de SP, há muitas opções de cursos gratuitos para pessoas com deficiência. Veja alguns deles a seguir.

Alfabetização Digital
Curso que ensina o básico de informática para a pessoa entrar no mundo digital. Para quem não se sente seguro para conseguir um emprego onde se usa muito o computador, é uma boa opção.

Digitação
Todos que querem entrar no mercado de trabalho precisam saber digitar bem. Portanto, um bom curso de digitação é muito bom para a comunicação escrita no ambiente profissional.

Curso de Redes Sociais
Aprender a usar as redes sociais é muito bom para promover a si mesmo e o seu trabalho. É uma porta de entrada para trabalhar com essas plataformas no futuro ou, quem sabe, conseguir um emprego na área digital.

Conhecendo os Direitos da Pessoa com Deficiência
Ele é de grande importância para defender seus direitos no local de trabalho. Portanto, é necessário para qualquer pessoa com deficiência e para líderes inclusivos.
Educação Financeira

Tenha habilidades para cuidar do seu dinheiro de forma inteligente e planejar um futuro financeiro forte. Desse modo, é uma ótima opção para aqueles que estão começando a trabalhar. Além desses cursos, o Centro também oferece programas como:

Laboratório de Imagem;
Oficina de Currículos;
Curso de Moda Inclusiva.

Essas oportunidades podem ajudar as pessoas com deficiência. Antes de mais nada, ela deve estudar muito e correr atrás de novas habilidades que as deixem mais seguras para ou procurar um novo emprego, ou melhorar o salário do trabalho atual.

Há mais qualificações profissionais para investir?
Outro lugar que oferece cursos de capacitação é a IBM por meio do programa “Eu Capacito”. Nesse sentido, confira alguns deles logo abaixo.

Inteligência Artificial
Conheça o que é a IA e descubra como essa tecnologia está transformando o mundo ao seu redor. Este curso é válido para pessoas de qualquer área, pois fala de uma ferramenta muito útil e que está tomando conta de muitos setores.

Fundamentos da Cibersegurança
Este curso ensina sobre o básico da segurança cibernética, a fim de que possa proteger os seus dados pessoais e profissionais contra ameaças digitais. Sem dúvida, gera um ensinamento vital para qualquer pessoa que queira trabalhar com tecnologia.

Blockchain
A tecnologia blockchain é usada para dar segurança e transparência em negócios digitais. Ou seja, um conhecimento importante para quem quer se especializar na área financeira.

Internet das Coisas
A IoT tem relação com objetos do dia a dia conectados à internet, ou seja, fala de como a automação de itens comuns podem ser úteis.

Ciências de Dados
Esse curso ensina, antes de tudo, os fundamentos da Ciência de Dados e como usar a análise, bem como, a interpretação de dados para tomar decisões reais. Portanto, é vital para as pessoas com deficiência que querem trabalhar na área de TI.

Preparando-se para o seu primeiro emprego
Receba dicas valiosas para iniciar sua carreira com confiança e preparação adequada. De fato, essa é uma orientação crucial para as pessoas que estão entrando no mercado agora.

Habilidades profissionais
Este curso ajuda a ter sucesso profissional, mostra como a comunicação funciona no trabalho em equipe e como usar o seu tempo. Ele é importante para qualquer área de atuação.

Investir em qualificações profissionais é uma boa tática?
Quem tem interesse em aumentar seus horizontes, sem dúvida, precisa ter ótimas qualificações profissionais e esses cursos são boas opções.

Por isso, invista em seu futuro, aumente suas habilidades para ter uma carreira brilhante.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Igual/Internet

Benefício da Prestação Continuada (BPC-LOAS) Benefício assistencial do INSS ao idoso e à pessoa com deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Cidadania. Palavrinha bonita demais da conta sô! Parafraseando a brilhantíssima filósofa Hannah Arendt, a cidadania é o nosso direito de termos direitos, pressupondo sempre a igualdade, a liberdade, a própria existência e dignidade humana.

Começo ressaltando a articulação de direitos como reivindicações por reconhecimento, fato que tem nos exigido uma reconfiguração do conceito do de cidadania. Confuso? Calma! Vou traduzir usando o linguajar do “Mão na Roda” como sempre adotando exemplos práticos no nosso dia-a-dia.

É o seguinte, quando falamos em direitos, abrimos uma brecha pra o debate de assuntos como a aposentadoria, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), acesso ao mercado de trabalho etc…

Todos esses direitos são temas recorrentes que “fazem” parte de nossas vidas enquanto cidadãos com deficiência. Infelizmente muitas pessoas com deficiência não conseguem exercer o direito de sua cidadania plena. O motivo?

Ouso afirmar que a deficiência da sociedade em garantir a verdadeira inclusão – aquela expressa no art. 5º da nossa Constituição Federal onde é clara a afirmação de que TODOS são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (…) garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (…)

E é justamente sobre um desses direitos como cidadãos com deficiência que iremos conversar hoje. O BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Quem tem direito? Quais os principais requisitos para requerer o benefício? Preciso me cadastrar em algum lugar pra pedir o BPC? Sou idoso e aposentado, posso pedir esse benefício? Recebo pensão, tenho direito? Quais os documentos exigidos quando eu solicitar?

Essas são dúvidas frequentes a respeito desse direito como cidadão com deficiência. Então “bora” destrinchar esse assunto de maneira prática.

O que é isso BPC/LOAS (Benefício de Prestação Continuada)?

Bom, o BPC é um benefício da Lei Orgânica da Assistência Social que garante um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família.

O que é necessário pra requerer esse benefício?

Para ter direito, o requerente precisa ser brasileiro, nato ou naturalizado, precisa ainda comprovar residência fixa no Brasil e comprovante de renda per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo vigente.

Além de se encaixar em uma das seguintes condições: Ser idoso com idade igual ou superior a 65 anos, tanto homens quanto mulheres. Ser pessoa com deficiência – ah não é exigida uma idade mínima pra essa condição –

O que precisa ser comprovada são os impedimentos de longo prazo (mínimo de 2 anos) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

É primordial saber que beneficiário é obrigado a declarar que não recebe outro benefício no âmbito da Seguridade Social, afinal o BPC não pode ser acumulado com outro benefício como, aposentadorias e pensão ou de outro regime, exceto com benefícios da assistência médica, pensões especiais de natureza indenizatória e remuneração advinda de contrato de aprendizagem.

Onde receber todas as orientações pra requerer esse direito?

É bem fácil se manter informado sobre as garantias desse benefício. O requerente ou procurador do mesmo pode procurar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo da sua residência para esclarecer dúvidas sobre os critérios do benefício e sobre a renda familiar, além de receber orientação sobre o preenchimento de todos os formulários necessários.

Qual é o requisito legal e obrigatório para a concessão do benefício?

Bom, em 2016 foi publicado o Decreto nº 8.805 que exige o cadastramento dos beneficiários e suas famílias no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico. Assim, antes da apresentação de requerimento à unidade do INSS para a concessão do BPC, é necessária a inscrição no CadÚnico.

Possuo cadastro no CadÚnico e lendo a explicação acima, acho que tenho direito ao benefício. O que eu tenho que fazer?

Não é nada complicado. A primeira coisa é ter certeza que seu cadastro esteja atualizado, senão estiver, é primordial que atualize para então fazer o requerimento no momento da análise do benefício. Contudo não basta apenas esse cadastro, afinal também é requisito que o requerente e seus familiares estejam inscritosno Cadastro de Pessoas Físicas – CPF.

Quando se fala em familiares, quais são os “vínculos” parentescos exigidos pelo INSS?
Simples demais.

O conceito de família pra o requerimento do BPC envolve o próprio requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.

A família para fins deste benefício assistencial, é composta pelos seguintes membros, desde que vivam sob o mesmo teto.

Quais são os documentos necessários pra eu requerer o benefício?

Bom, aqui é necessário atentar-se para não descumprir nenhuma exigência no processo de documentação. Vamos lá. Para ser atendido nas agências do INSS, é necessária a apresentação de:

• Documento de identificação com foto
• Número do CPF do titular (ao requerente maior de 16 anos de idade poderá ser solicitado documento de identificação oficial com fotografia),
• Declaração de renda do grupo familiar.
• Formulário único de alteração da situação do benefício, ou seja, apresentar se o requerente recebe um benefício ao qual deseja renunciar para ter direito a outro. Não sendo possível renunciar a aposentadoria por tempo de contribuição, idade e especial.
• Termo de tutela, no caso de menores de 18 anos filhos de pais falecidos ou desaparecidos ou que tenham sido destituídos do poder familiar, o documento que comprove regime de semiliberdade, liberdade assistida ou outra medida em meio aberto, emitido pelo órgão competente de Segurança Pública estadual ou federal, no caso de adolescentes com deficiência em cumprimento de medida socioeducativa.
• Documento de identificação e procuração no caso de representante legal do requerente.

Túlio, eu recebo o BPC, mas comecei a trabalhar. Meu benefício pode ser suspenso?

Sim, seu BPC será suspenso. Essa suspensão é totalmente legal e autorizada caráter especial, quando o beneficiário, pessoa com deficiência, adquirir vínculo empregatício ou iniciar atividade de microempreendedor.

Esta suspensão durará enquanto perdurar o seu contrato de trabalho ativo ou sua atividade na condição de microempreendedor, conforme dispõe o art. 21-A da Lei nº 8.742/1993 e alterações posteriores, combinado com o artigo 47-A do Decreto nº 6.214/2007 e suas alterações posteriores.

Se o beneficiário contrair vínculo empregatício e não avisar o INSS sobre o fato, continuando a receber o BPC, o mesmo pode responder por crimes de fraude, dolo, ou má fé no ato concessório do benefício.

Ah, mas é importante saber que se o beneficiário abrir mão do BPC pra se manter ativo no mercado de trabalho, e futuramente vir a perder o emprego, o mesmo pode solicitar a reativação do BPC suspenso alegando a extinção do trabalho ou atividade empreendedora.

Essa reativação será homologada após a comprovação da extinção da relação trabalhista ou a partir da última parcela do seguro desemprego, sem que o beneficiário tenha adquirido direito a qualquer benefício no âmbito da Previdência Social.

O restabelecimento do pagamento do BPC, quando reativado, será a partir do dia imediatamente posterior à cessação do contrato de trabalho ou encerramento da atividade como contribuinte individual ou, ainda, do dia imediatamente posterior ao término do pagamento do seguro desemprego, caso o pedido de restabelecimento ocorra em até noventa dias contados das referidas datas.

Mas como toda regra tem exceção, aqui nesse quesito de vínculo empregatício a pessoa com deficiência contratada na condição de aprendiz poderá acumular o BPC/LOAS e a remuneração do contrato de aprendiz com deficiência, e terá seu benefício suspenso somente após o período de dois anos de recebimento concomitante da remuneração e do benefício.

Quando falamos em benefícios do INSS, o assunto rende mais fermento caseiro de vó! Assim, trarei mais informações sobre algumas garantias que nós pessoas com deficiência, mobilidade reduzida temos junto a previdência social.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: e-mail [email protected]=G1-/Internet

Deficiente Preconceituoso

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)

Ei… Já te contei que eu não tenho um pingo de dó das PESSOAS COM DEFICIÊNCIA?

Espero ter usado a “TER-MI-NO-LO-GI-A” correta e super solicitada pelos aleijados, surdos, cegos, cadeirantes, pernetas, corcundas, “cotoquinhos” da vida, mas que exigem o uso adequado da formalidade que define sistematicamente a rotulação e a designação de conceitos particulares a um ou vários assuntos e campos de atividade do universo paralelo dos super seres humanos com mobilidade reduzida física, intelectual ou sensorialmente.

Apesar de uma parcela das PESSOAS COM DEFICIÊNCIA aqui da vizinha de “Beraba” não simpatizarem muito comigo pelo fato de eu me recusar ser tratado como o “sinhô” dos direitos, soberano da luta pela acessibilidade, “divo” dos discursos de aceitação, mestre dos debates sobre inclusão.

Fico EX-TRE-MA-MEN-TE contente e realizado em saber que tenho essa galera como leitores assíduos e que não perdem um textinho aqui do “Mão na Roda”. Mesmo que seja pra “descer a lenha”, o importante é participar.

“Amorecos” e “amorecas” do “Túlindo”, esse aleijado, paralítico, baixinho, coxo, cadeirante ou pessoa com deficiência que vos escreve, saibam que amo “tus”, cada um com sua chatice e deficiência.

Querendo ou não faço parte da sociedade “defeituosa” de “Berlândia”, cidadezinha do Triângulo Mineiro e considerada a capital da logística. Resumindo, “tamu junto” pessoal.

Mas deixe-me parar de encher linguiça e começar nosso papo de hoje. Na verdade tem a ver um “cadinho” com a introdução. Pessoas com preconceito. Não.

Pessoas com deficiência. Quero dizer, pessoas com deficiência e preconceito. Um combo completo e nada bonitinho.

Seja sentado numa cadeira de rodas, usando óculos escuros e uma bengala, se comunicando através da linguagem brasileira de sinais (LIBRAS), fazendo uso de aparelho auditivo, andador ou qualquer mecanismo que o auxilie viver incluso na sociedade, uma pessoa com deficiência não é e nem deve ser tratada como um ser humano “perfeito” e sem malícias.

Muito menos ser isento de suas responsabilidades, deveres, ou ter amenizada qualquer tipo de punição pelo fato do humano ser deficiente. NÃO MESMO!

Falo com propriedade sobre isso. Acredite. Conheço um deficiente cheio de marra e que adora uma “encrenca”. Na verdade acredito que você também conheça.

Sabe um carinha moreno, baixinho, bonito pra caramba, inteligente, super humilde, tímido etc. e muito comunicativo? Claro que você conhece…

Ele escreve pra um blog do G1 do triângulo mineiro, um portal de notícias da Globo que se destaca pelo conteúdo multimídia, fazendo uma bela sacada aproveitando as vantagens da internet sobre os meios tradicionais de comunicação.

“Putz”… Além de deficiente físico acho que estou com outro problema. Como assim eu estou me descrevendo perguntando se você me conhece como amigo do eu amigo meu. Eu hein!

Enfim, depois eu trato isso. O que quero conversar com você é que eu ou qualquer deficiente, somos cidadãos iguais a TODOS os seres humanos, temos graves defeitos, muitas frescuras e não me toques, somos indisciplinados em algumas coisas, entojados em outras.

E acredite, temos preconceito. Por exemplo, euzinho sou um cadeirante hiper preconceituoso, a diferença é que eu assumo isso. Ponto.

Eu tenho uma birra das associações, instituições, conselhos, superintendências, secretarias, ONGs que lidam com assuntos das e com as pessoas com deficiência, pois afirmo que seus dirigentes, voluntários, profissionais superprotegem seus associados, pacientes deficientes.

Eu já “recorri” a alguns lugares desse naipe aqui na cidade. Lá eles usam “metodologias” com a cultura de superestimar as pessoas com deficiências pregando a proteção e garantias dos direitos expressos na lei pra esse público. Seria tudo muito bacana, se dentro dessas metodologias fossem repassadas explicitamente os deveres, obrigações, responsabilidades que acompanham o “pacotinho” dos direitos.

O preconceito explícito que devoto as PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, justifico afirmando que essas pessoas lutam, brigam, fazem uma algazarra na conquista e defesa de seus direitos, mas como orientados, protegidos, amadinhos e supervalorizados daquelas instituições que formam deficientes, essas pessoinhas maravilhosamente “defeituosas” ignoram a bendita lista de deveres. Por exemplo, eles brigam, levantam bandeiras, fazem denúncias, cedem entrevistas, escrevem textos do tamanho do universo em redes sociais sobre a luta para ingressarem no mercado de trabalho, mas quando conseguem sentem-se no direito de serem relapsos em seus empregos, faltando sem justificativa plausível – sempre colocando a deficiência a frente de qualquer desculpa –, justificam não baterem a meta, pois é muito pra eles, sempre chegam atrasados alegando defeito no ônibus adaptado, inventam mil e uma desculpas quando seus chefes decidem puni-los ou demiti-los, aí não satisfeitos são experts em mover ações trabalhistas. Complicando a vida do empregador e seus coresponsáveis.

Aí quando deficientes nada “mimizentos”, conscientes de suas obrigações, procuram os mesmos empregadores em busca de uma vaga e são contratados, precisam provar que não estão ali pra ser mais um número na cota pra o ministério do trabalho, dia a dia ralam e lidam com seus chefes sobre a dúvida do “se” podem ou conseguem assumir um cargo de liderança.

Tenho preconceito contra as PESSOAS que exigem sem necessidade o uso da terminologia “pessoas com deficiências”, pois acredito que a melhor terminologia pra tratar qualquer pessoa deficiente ou não, é o nome escrito no RG de cada um. Por exemplo, o Joãozinho que é uma pessoa com deficiência física pode muito bem ser chamado apenas de senhor “João Kadeir Ante de Sousa, ou Joãozinho”.

Por que a Paulete mobilete que também é uma pessoa com deficiência física, precisamente por ter a perna esquerda dez centímetros menor que a direita, não pode ser “tratada” apenas como “Paula Soares Mank Ueba”? A Flor que é uma pessoa com deficiência auditiva pode muito bem ser tratada exclusivamente como “Florinda Assurda da Silva”. A “Mariana Quena Dafala Afonso” é muda, ou seja, uma pessoa com deficiência auditiva, mas nada impede de ser chamada apenas de “Mari” etc…

Eu, Túlio Mendhes, o blogueirinho querido da sociedade sem deficiência e dos deficientes hiper normais e que sentem aversão por “mimimi”, sou extremamente preconceituoso com o pensamento de qualquer ser humano que acredita na existência de um super humano, atrás de qualquer deficiência, seja um cadeirante, surdo, cego. Meu preconceito se deve a falta da resposta, por quê? Sendo eu deficiente, e bem rodadinho por aí conheço locais com péssimas infraestruturas, falta de acessibilidade, por exemplo, vejo Uberlândia como uma cidade hostil, apesar de ser melhor que muitas aqui nas “bandas” de “Minsgerais”.

Temos ausência de rampas de acessibilidade em locais estratégicos como alguns prédios locados pela Prefeitura Municipal de Uberlândia, sofremos com a falta de banheiros adaptados, temos calçadas irregulares, nosso transporte público é altamente eficaz e acessível, mas somente no papel, pois no dia a dia o que vemos é falta de manutenção nos elevadores dos ônibus, falta de treinamento adequado e boa vontade de profissionais que lidam com o público deficiente…

Enfim, temos muitos problemas, mas e aí? Por isso eu devo me colocar no papel de vítima, minoria excluída da sociedade, o coitado sem chance na selva? Devo encarnar o deficiente que obriga com hostilidade os empresários, funcionários, prestadores de serviço público ou privado oferecerem adaptações, políticas de inclusão etc?

Não seria mais fácil o diálogo? Gente, bom senso! Eu compreendo que se existe a lei, a mesma deva ser cumprida. Mas acredito e defendo que o que deve ser cumprido é o respeito mútuo.

Trazer o empresário pra cima da minha cadeira (figuradamente) e fazer com que ele perceba a dificuldade que o estabelecimento dele oferece aos deficientes por falta de acessibilidade, é muito mais fácil e menos estressante do que eu chamar a polícia, denunciar na “casa dos incapacitados”, bancar o excluído dos bistrôs, cafés, cervejarias.

Se depois de toda minha diplomacia pra resolver o problema, o bendito empreendedor se recusar a cumprir a lei… aí sim, eu faço “cabane” (barraco em francês, mais chique), porém com elegância e usando as ferramentas jurídicas, sociais, políticas a meu favor. Aconteceu comigo…

Fui na lanchonete e não tinha como eu entrar, pois um degrau de uns vinte centímetros complicava as coisas. Fui insistente, chamei a balconista, disse que me indicaram a provar a melhor torta de frango, perto da faculdade. Afirmei que estava ali pra me esbaldar, mas a falta de adaptação me chateou, entretanto eu não iria embora sem comer a bendita torta.

A moça muito solícita e consternada com a situação (pois outros clientes presenciavam a cena), chamou um auxiliar e colocou a mesa na calçada pra eu comer junto com minha amiga. Comi, elogiei, afinal a indicação valeu a pena, e ressaltei que eu viraria cliente assíduo, pois eu encontrei a melhor torta de frango, perto da faculdade. A balconista, que também era filha da dona, a senhora que fazia as tortas…

Garantiu-me que providenciaria uma rampa. Como não banquei o “porre” de cadeirante, ela ainda me perguntou onde seria o melhor local pra colocar a bendita rampa.

Ahhhh e mais uma vez eu ganhei o lanche na faixa. Abri minha carteira e fiz questão de pagar, mas ela fez questão de não receber como pedido de desculpas. Obviamente que eu não insisti, seria falta de educação (não ouse sorrir). Hoje eu posso frequentar o local sem nenhum problema. Mas ouvi um relato de que uma pessoa com deficiência, apaixonada pela terminologia “pessoa com deficiência”, fez um “escarcéu” simplesmente por ela ter que solicitar que colocassem a rampa pra ela entrar, pois a rampa providenciada à base do altruísmo e respeito é uma rampa móvel de alumínio e, não fica o tempo inteiro na entrada, justamente por “atrapalhar” o ir e vir das pessoas na calçada.

Eu não queria sentir preconceito por esses seres humanos com deficiência, mas que são deselegantes, mal educados, hostis, grossos, praticam a “adantefobia”, “cegofobia”, “surdofobia” – já que tudo tem sido motivo de fobia, vou permitir-me praticar a “CHATOFOBIA”.

E você, qual sua “fobia”?

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: [email protected] / [email protected]/Internet

GRUPO SEM LIMITES..Programação das atividades no mês de Setembro/2023

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

👉 *Almoço em comemoração* ao *DIA NACIONAL DE LUTA DA PESSOA COM DEFICIENCIA* que se comemora no dia *21 de Setembro*, que tem o objetivo *de promover a valorização das pessoas em suas diversas áreas enquanto pessoa , membro da sociedade,* com *Apresentação Musical,* Festa Trimestral de *77 Aniversariantes* de *Julho,Agosto e Setembro* e a *80° Edição das nossas Tardes de Terapia e Lazer*

*24/09/2023*. Domingo
*Local:*
*Salão da Paróquia Santa Luzia no bairro Cascavel Velho*
Rua Suíssa nr 1965
>*Horário:>
*09:00hrs às 17:30hrs*
*Programação*
🖊️ 09:00hrs Salão aberto com recepção com músicos
🖊️ 10:00hrs Missa e palavras(Tatiana, Cleodomira e Paulo Zotti)
🖊️ 12:00hrs Almoço (Macarronada com galeto) etc….
🖊️ 15:00hrs parabéns aniversariantes ve bolo, brindes
🖊️ 16:00hrs Apresentação Musical
🖊️ 17:00hrs Sorteios
🖊️ 17:30hrs Encerramento

*Sorteio*

Neste dia haverá o sorteio de *01 cesta básica* quem estiver com a *camiseta do GRUPO SEM LIMITE*, e muitíssimo outros brindes serão sorteados.

*Vai ser um dia de muita alegria.*

*Nao esqueca de levar se puder:*
…….. *não é obrigatório?*

Chimarrao
Tereré
Garrafa de agua
01 prato de doce ou salgado
Refrigerante, etc

*Conheça as outras atividades* do *Grupo sem Limite*
👇👇👇👇👇👇👇👇👇

*Atividades Online para pessoas acamadas e seus familiares*

🖊️ Diariamente pelo *WATSAP* e com sorteio de brindes

🖊️ Toda *quinta-feira*
temos *BINGO* ONLINE, totalmente gratuito, e com prêmios

🖊️ Rádio Web da *INCLUSÃO SOCIAL* 24 hrs só músicas, sem fins lucrativos. Acesse *www.radiogr100limites.com.br*

🖊️ *Blog* diariamente Acesse *www.grupogsd.com.br/blog*

🖊️ Hoje já temos, *música, hino, rima, grito de guerra, mascote ILUMINADO, identificação visual, bandeira*

🖊️ * Festa* de *Aniversariantes* Trimestral *(Março, Junho, Setembro, Dezembro)*

🖊️ *Arraia Inclusivo* no mês de *Junho de cada Ano*

🖊️ *Chegada do Papai Noel* no mês de Dezembro de cada ano

🖊️ *Amigo Secreto* em dezembro de cada ano

🖊️ *Almoço de confraternização* no final do ano

🖊️ A partir de *15/09/2023,* inaugura sua *Loja Virtual* com diversos produtos do *GSL* como: *caneca, camisetas, avental, chaveiro abridor, bonés, cuia de chimarrao*, e muito outros.

🖊️ *1° Bingo Presencial* RECREATIVO, tudo gratuito inclusive os brindes, aconteceu em 30/07/2023

🖊️ *1° Gincana Virtual do GSL, Viva a Vida* iniciou em 01/08/2023 a 31/08/2023

🖊️ Passeios de *Inclusao Social,* como *Show Rural, Expovel, Lago Municipal, Dia do Trabalhador, Autódromo Internacional de Cascavel, Parques de diversão, Circo, Eventos Culturais em Cascavel, Shows, Maratonas,* e

*WEB*
🖊️www.gruposemlimitescascavel.com.br
🖊️www.radiogr100limites.com.br
🖊️ www.gruposemlimite com.br(em construção)
🖊️ www.grupogsd.com.br

*Redes Sociais*
🖊️ *Instagram*
@gruposemlimitescascavel
@gilsondesouzadaniel
🖊️ *Facebook*
@gilsondesouzadaniel

*Esportivas e Culturais*

🖊️ Corrida *São Silvestre em Cadeira de Rodas Uso Normal* de Cascavel Pr

🖊️ *Grupo de Dança* em Cadeira de Rodas

🖊️ *Corrida* em Cadeira de Rodas no *Autódromo Internacional de Cascavel*

*Balcão de Negócios*
🖊️ Ninguém compra ou vende nada sem antes *consultar* *alguém do grupo*
…Temos no grupo: *caminhão frete, pet shop, massagista, psicólogo, comunicação visual, contador, corretor de imóveis, eletricista, encanador, informática assistência técnica e venda de peças, marmitas, carne assada aos domingos, limpeza de lotes, montagem e desmontagem de móveis, conserto de micro-ondas, liquidificador, chapinha e todo tipo de eletrodomésticos, artesanato, bolos e salgados , fotos e filmagens, dupla de cantores sertanejo para animar sua festa, diarista, jardineiro, serviços de hotelaria e pacotes de viagens, cuidadores em casa e hospitalar, cuidador social, serviço conserto em cadeira de rodas, serviços de tapeçaria,* todos estes serviços são *integrantes do grupo*, com *deficiência* e apoiadores da causa da *INCLUSÃO SOCIAL*

*Balcão de Empregos*

🖊️ Troca e informações no grupo, *um auxiliando o outro*

*Doações ou troca*

🖊️ Um ajudando o outro. *doação faz no grupo* e *troca e compra* faz no grupo

*Utilidade Pública*

🖊️ Dificuldade financeira *remédios e exames.* *Promove campanha* para ajudar o seu próximo do grupo.

*Inclusao Social*
🖊️ através da *Arte, Esporte, Cultura, Socialização, Qualidade de vida*, incluindo na sociedade como pessoas e não como coitadinhos.

🖊️ Fazendo valer *seus direitos na sociedade*.

*Contato*

*Mauro Pereira da Silva*
(45)9 9800 2060

*Anderson Daniel Gromowski*
(45)9 9101 6767

*Nilda Ap.Rodrigues Ribeiro*
(45)9 9914 2373

*Ilda Aparecida Ribeiro*
(45)9 9993 0418

*Geovane dos Santos Gregório*
(45)9 9836 1102

*ClaudineiaRibeiro* Neia
(45)9 9926 4088

*Luzinete Justino da Silva*
(45)9 9907 1907

*Gilson de Souza Daniel*
(45)9 9988 9333

*Jacob Basczask*
(45)9 9955 3184

*Luzia Rampelati*
(45)9 9997 0796

*Email geral*
[email protected]

*Juntos somos mais fortes!!!*

*Junte-se a nos!*

*Limitacao nao e falta de capacidade!!*

*Apoiadores*
🖊️ *Medix Brasil*
🖊️ *Fontana Oro*
🖊️ *Embalagens Bacarim*
🖊️ *Destro Atacadista*

Cascavel, Pr, Brazil

*Sede Administrativa*
Rua treze de maio, 1222 sala 102, Ed Daniel
Centro
85812-190 Cascavel pr

*Telefones*
(45)3225 9236
(45)9 9988 9333

*Local das Atividades*
🖊️ *Salão Paróquia* Santa Luzia
….Rua Suissa nr 1965
….*Bairro Cascavel Velho*
Cascavel Pr

*Obs* Todo *último domingo* de cada mês

Por que promover a inclusão de adolescentes e idosos?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

A diversidade em uma empresa também refere-se à idade dos funcionários.

Existe uma lacuna muito grande quando o assunto é faixa etária, principalmente para os mais velhos.

Muitas companhias ainda não se atentaram para o fato de que ter pessoas de diferentes idades é muito importante para promover a acessibilidade social.

Isso é válido para os mais jovens, que muitas vezes não conseguem trabalho pela falta de experiência, e para os mais velhos, que devido às condições físicas e limitações próprias da idade se deparam com muito menos oportunidades de emprego.

Para promover os direitos dos jovens, a Lei 10.097 determina que os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente entre 5% e 15% dos trabalhadores existentes em cada empresa, cujas funções demandem formação profissional.

Os idosos também têm seus direitos assegurados por lei, sendo, inclusive, proibido fixar idade máxima para os processos seletivos, exceto quando a natureza do cargo exigir.

A Lei 10.741 determina que todo idoso tem direito ao exercício da atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.

Considerando que a população brasileira está envelhecendo mais — ou seja, a cada ano que passa, aumenta-se o número de idosos no país —, ela também está economicamente ativa por mais tempo.

Por isso, contar com um mercado de trabalho evoluído e competitivo é muito importante para que essas pessoas possam encontrar suas oportunidades.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Tangerino/Internet

Diversidade e inclusão social: vamos falar sobre isso?

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)

A construção de uma sociedade mais justa depende de todos nós.

Por isso, as ações de diversidade e inclusão social vêm crescendo no mundo corporativo. Elas são um movimento consciente para gerar oportunidades a quem precisa.

E, no fim das contas, todo mundo sai ganhando. Continue conosco para entender por quê.

Entenda o que significa diversidade

Nenhuma pessoa é igual à outra. Embora todo mundo tenha os mesmos direitos perante a lei, cada indivíduo vive a própria história e constitui uma identidade única.

É de se esperar, portanto, que existam diferenças entre os cidadãos.

Essa pluralidade está marcada por muitos fatores. Há sujeitos de variados gêneros, etnias, orientações sexuais, origens geográficas e vivências socioculturais.

Quem nasceu e cresceu no oeste de Santa Catarina, por exemplo, certamente terá um sotaque diferente de quem mora no norte do Piauí. É provável, ainda, que as visões de mundo desses dois sejam um pouco distintas.

Praticar a diversidade é reconhecer as diferenças entre as pessoas e, mais que isso, acolhê-las.

A diversidade está relacionada justamente a essas questões. Trata-se de reconhecer as diferenças entre as pessoas e, mais que isso, acolhê-las.

Nas instituições públicas e privadas, uma política de diversidade é aquela que abre espaço para todos os grupos.

Quando uma empresa recruta talentos vindos de outros lugares, ou que passaram por experiências de vida variadas, ela forma uma equipe múltipla.

O resultado é que os colaboradores aprendem uns com os outros, trocam ideias e crescem juntos.

Inclusão social: o que é e para que serve?

Perceber a diversidade social também é admitir que existe desigualdade no mundo. Afinal, alguns públicos têm mais dificuldade para estudar, ou então sofrem discriminação para alcançar um posto de trabalho.

Praticar a inclusão é tratamento justo e igualitário para qualquer pessoa.

Diante disso, é importante pensar em estratégias de inclusão. Estamos falando de um tratamento justo e igualitário para qualquer pessoa.

Como as vivências são múltiplas, só é possível alcançar a igualdade quando derrubamos as barreiras e oferecemos novas oportunidades a quem precisa. Para isso, deve-se observar as necessidades específicas de um indivíduo.

Usemos o exemplo da deficiência visual. Uma pessoa cega pode ser totalmente capaz de exercer um cargo administrativo. Porém, ela demanda um software leitor de tela para usar o computador. Nesse caso, cabe à empresa adaptar a tecnologia para incorporar o profissional ao quadro de funcionários.

Outra situação é a das pessoas trans. Muitas delas têm a qualificação exigida para a vaga. Só que, ao chegar à firma, encontram um ambiente hostil e sofrem preconceito dos colegas. Ou seja: não foram incluídas, pois não foram compreendidas.

No Brasil, a inclusão social acontece principalmente devido a políticas públicas. Existem leis para proteger os direitos de grupos minoritários ou que foram excluídos das posições de liderança ao longo da História, como mulheres, população negra, pessoas com deficiência e membros da comunidade LGBTQIA+.

Na legislação, o Estatuto da Pessoa com Deficiência fortaleceu a exigência de recursos de acessibilidade, como rampas e piso tátil, para garantir a autonomia de quem tem uma necessidade específica. Já as políticas de cotas raciais, em universidades e empresas, abriram portas para se atingir maior diversidade nesses locais.

A importância da diversidade e da inclusão nas organizações
As estratégias de diversidade e inclusão oferecem condições para que todo mundo tenha chance de desenvolver habilidades.

As estratégias de diversidade e inclusão oferecem condições para que todo mundo tenha chance de desenvolver habilidades.

Assim, mais gente consegue contribuir para o sucesso de uma organização. Longe de ser benfeitoria ou caridade, essa é uma postura séria, e que traz benefícios para todos os envolvidos.

Estudos apontam que ambientes de trabalho diversos são mais inovadores e criativos.

Fácil entender por quê: diferentes vivências significam diferentes perspectivas, o que leva a formas novas de encarar um desafio e buscar soluções. Isso aumenta a produtividade.

Além do mais, o clima organizacional melhora.

É que a convivência com colegas que têm outras trajetórias pode mudar nosso jeito de pensar.

A consequência é um maior respeito às diferenças, diminuindo atritos ou falhas de comunicação entre as equipes.

As empresas brasileiras sabem disso. Segundo levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 87% têm o desejo de ser reconhecidas por valorizar a diversidade. No entanto, apenas 60% desenvolvem programas de inclusão.

Resumindo, o discurso de tolerância deve vir acompanhado de medidas práticas. Aqui vão alguns exemplos:

– Conduzir treinamentos e debates sobre diversidade e inclusão;

– Estimular a contratação de mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência;

– Fomentar cursos de capacitação para jovens em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de retenção desses futuros talentos;

– Realizar campanhas de combate à discriminação e ao preconceito;

– Instituir um canal de denúncias para casos de racismo, homofobia e outras formas de intolerância dentro do local de trabalho.
Como a diversidade e inclusão impactam as empresas?

Diversidade e inclusão são, cada vez mais, valores estratégicos para as empresas que buscam melhorar o relacionamento com suas equipes, aumentar sua produtividade e alcançar diferencial competitivo no mercado.

E para além dos benefícios que já citamos aqui, como inovação, equipes mais plurais e melhoria no clima organizacional, podemos destacar ainda outros impactos positivos que esses conceitos promovem nas instituições. Confira!

Engajamento dos colaboradores

Ambientes mais diversos e inclusivos contribuem para que as pessoas se sintam valorizadas e parte da organização. Com equipes mais engajadas, ganha-se também em produtividade e qualidade no trabalho.

Além disso, pesquisas mostram que a inclusão é um elemento imprescindível para a atração e retenção de talentos, reduzindo o turnover nas empresas.

Bem-estar e qualidade de vida das equipes

Quando uma empresa investe em práticas de diversidade e inclusão, ela promove também outros valores, tais como cooperação, confiança, ética, respeito, segurança e satisfação. E esse conjunto de atributos resulta em melhorias no bem-estar e qualidade de vida dos profissionais.
Melhora no desempenho e faturamento da empresa

Equipes mais diversas conseguem compreender os diferentes perfis de público da marca e se comunicar melhor com cada um deles.

Com isso, a organização consegue proporcionar uma boa experiência para os consumidores, o que, em consequência, se reflete na fidelização dos clientes e prosperidade dos negócios.

Como adotar práticas de diversidade e inclusão em uma empresa?

Até aqui nós vimos que os ideais de diversidade e inclusão devem vir acompanhados de ações efetivas nas organizações. Listamos inclusive alguns exemplos de práticas que podem ser realizadas, como debates sobre a temática e cursos de capacitação. Mas por onde começar?

O primeiro passo para tornar a sua organização mais diversa e inclusiva é analisar o quadro de colaboradores. Avalie como as equipes são compostas e quais são as possibilidades de contar com times mais plurais. Se necessário, estabeleça novos critérios e processos no recrutamento de talentos.

Outra ação válida é realizar pesquisas internas para fazer um diagnóstico de como a temática é percebida pelas equipes. Dessa análise podem inclusive surgir ideias de ações para a empresa.

Aliás, o engajamento dos líderes é essencial para a adoção dessas práticas na empresa. Conscientize-os sobre a importância dos valores para a companhia, estabeleça políticas de atuação, busque o comprometimento. Afinal, as lideranças são exemplo para toda a equipe.

Se possível, organize também um grupo para debater e planejar práticas de diversidade e inclusão. Cuide apenas para que a área tenha o espaço e as ferramentas necessárias para que os valores sejam priorizados na organização.

Vale lembrar da importância da comunicação para engajar as equipes nas práticas de diversidade e inclusão. Use os canais de comunicação interna para propagar as ações e incentivar a sua adesão pelos colaboradores.

Algumas campanhas podem inclusive ser divulgadas para o público externo. Avalie com seu time de marketing quando e como fazer essa comunicação para clientes e parceiros.

A adesão aos valores da diversidade e inclusão passa por uma mudança na cultura organizacional. Por essa razão, depois de definir e implementar boas práticas, é importante também acompanhar os resultados e refletir o que ainda pode ser feito ou melhorado.
O caminho para uma sociedade mais justa

Um dos princípios do cooperativismo diz respeito à adesão livre e voluntária. Em associações dessa natureza, toda pessoa é bem-vinda, sem discriminação de gênero, social, racial, política ou religiosa. Por isso, nós, da Cresol, acreditamos que ações de diversidade e inclusão são essenciais para uma sociedade mais justa.

E o nosso trabalho começa com nossas equipes. O Comitê de Diversidade é uma das ações que realizamos para impulsionar esses valores internamente. Com a participação de colaboradores do sistema, o projeto busca fomentar práticas para tornar o ambiente de trabalho cada vez mais inclusivo e para todos.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Cresol/Internet