Telemedicina em Libras

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Apesar da lei que reconhece a Língua Brasileira de Sinais – Libras como ‘meio legal de comunicação e expressão’ completar 21 anos em 2023, os surdos e outras pessoas com algum tipo de deficiência auditiva ainda enfrentam muitos desafios e obstáculos no país, mesmo na hora de acessar os serviços básicos do dia a dia. Pensando nisso, a Help24 (Plataforma de telemedicina) disponibilizará, de maneira inédita e pioneira no país, teleconsultas para pacientes surdos com a ajuda de um interprete de Libras.

“Teremos o primeiro plano de saúde do Brasil com total acesso aos 10 milhões de usuários que dependem da de libras no país. Será um marco para a comunidade surda e um feito histórico para a medicina no quesito inclusão social”, explica Ronnie Girardi, CEO da RG Holding. A Help24 faz parte do conglomerado de 5 Health Techs da RG Holding, sendo uma das maiores empresas do país em saúde digital, com mais de 1 milhão de consultas realizadas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5% da população brasileira possui algum tipo de deficiência auditiva, e parte dela usa a Libras como auxílio para comunicação. O número representa 10 milhões de pessoas no país, sendo que 2,7 milhões delas não ouvem nada. De acordo com uma estimativa da Organização Mundial da Saúde, 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez no planeta até 2050.

A falta de acessibilidade e de profissionais capacitados acabam tornando o hábito de cuidar da saúde ainda mais desafiador para essa comunidade. As principais queixas incluem a falta de intérpretes e de informações em formatos acessíveis. Além disso, os deficientes auditivos enfrentam também barreiras físicas ao acessar serviços de saúde, pois muitos hospitais e clínicas não contam com estruturas e sinalizações adequadas.

“Diante dessas dificuldades, é fundamental que os planos de saúde ofereçam soluções e profissionais capacitados para promover a inclusão social de pessoas com deficiência auditiva“, ressalta Girardi.

O empresário destaca, ainda, a importância da telemedicina nos dias de hoje, em especial para as pessoas com dificuldade de locomoção ou que moram em áreas remotas.

“A telessaúde é um exemplo de como a tecnologia pode transformar a maneira como cuidamos do nosso bem-estar. Na Help24, uma plataforma de telemedicina que reúne especialistas de diversas áreas, a gente disponibiliza assistência imediata e sem precisar sair de casa, além de ter uma rede conveniada de farmácias, laboratórios e clínicas que oferecem descontos aos nossos clientes.

Em resumo, utilizamos a tecnologia para garantir o atendimento de forma rápida, a qualquer momento do dia e em qualquer lugar“, finaliza Girardi.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Lucas [email protected]/Internet

Qual a capital mais acessível do Brasil?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Guiaderodas realiza estudo de acessibilidade através das avaliações em seu App
Pulicado em 13//09/2023

Um estudo recente reuniu dados do país inteiro e ordenou nossas cidades de acordo com a quantidade de estabelecimentos friendly para cadeirantes e demais pessoas com deficiência física.

O levantamento foi feito a partir do Guiaderodas — uma espécie de TripAdvisor da acessibilidade —, onde o usuário empresta sua percepção para avaliar a acessibilidade dos locais que frequenta.

Do total de avaliações realizadas no aplicativo ao redor do Brasil, as 5 capitais brasileiras com mais estabelecimentos avaliados como acessíveis foram:

São Paulo, com um índice de acessibilidade em 62%;
Curitiba, com 58% dos estabelecimentos acessíveis;
Porto Alegre vem logo atrás, com 52%;
Rio de Janeiro fica em 4º, com metade das avaliações positivas;
Belo Horizonte fecha o ranking acessível, com 44%.

No quesito lazer… Menos da metade dos restaurantes brasileiros foi classificada como acessível dentro da plataforma. Pensando em baladas e casas noturnas, fica um pouco pior: apenas 37,6%.

O relatório informou que cerca de 1/3 das avaliações foi feito por usuários do aplicativo que declararam utilizar cadeira de rodas. É quase meio milhão de avaliações catalogadas pela ferramenta.

A população com deficiência no Brasil foi estimada em 18,6 milhões pessoas, o que corresponde a 8,9% da população maior de 2 anos de idade. Isso sem falar nos idosos, que representam mais de 30M e também carecem de acessibilidade.

Zoom out: À medida que os consumidores da Gen Z buscam marcas alinhadas a suas causas, questões como a acessibilidade passam a se tornar um diferencial competitivo no mercado. Caso queira ajudar a causa neste Setembro Verde, você pode avaliar aqui.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: The News

Conheça os principais direitos previstos na Lei Brasileira de Inclusão (LBI)

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Sancionada em 2015, a lei serve para garantir às pessoas com deficiência uma participação plena e efetiva na sociedade

Em 2015, foi sancionada a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência. Atualmente, ela é uma das leis mais completas sobre acessibilidade no Brasil e complementa a Lei nº 10.098, que estabelece critérios básicos para a inclusão de pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida.

De acordo com a legislação, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.

No Brasil, segundo um levantamento realizado em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 17 milhões de habitantes apresentam algum tipo de deficiência, o que corresponde a 8,4% da população brasileira.

Para ajudar você a entender melhor os principais aspectos da LBI, separamos alguns dos dez direitos fundamentais previstos na lei, que devem garantir às pessoas com deficiência uma participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com os demais indivíduos. Confira!

Direito à educação

A lei assegura um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e um aprendizado ao longo de toda a vida da pessoa com deficiência, para alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

O estatuto estabelece a oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas. Além disso, as instituições privadas não podem cobrar valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas.

Direito à saúde

A LBI garante a atenção integral à saúde em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, possibilitando um acesso universal e igualitário.

Aos profissionais que prestam assistência à pessoa com deficiência, especialmente em serviços de habilitação e de reabilitação, deve ser proporcionada capacitação inicial e continuada.

As operadoras de planos e seguros privados de saúde são obrigadas a garantir todos os serviços e produtos oferecidos aos demais clientes, sendo proibida a cobrança de valores diferenciados.

Além disso, é assegurado à pessoa com deficiência internada ou em observação o direito a acompanhante ou atendente pessoal.

Direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer

Segundo o estatuto, a pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com os demais indivíduos.

Ele estabelece o acesso, em formato acessível, a bens culturais, atividades culturais e desportivas, monumentos e locais de importância cultural e espaços que ofereçam serviços ou eventos culturais e esportivos.

Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espetáculos, de conferências e similares, devem ser reservados espaços livres e assentos para a pessoa com deficiência e seu acompanhante, de acordo com a capacidade de lotação do lugar.

Além disso, todos os espaços dos estabelecimentos devem atender às normas de acessibilidade.
Direito ao transporte e à mobilidade

O estatuto garante o direito ao transporte e à mobilidade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso.

Os veículos de transporte coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, bem como as instalações, as estações, os portos e os terminais devem ser acessíveis, de forma a garantir o seu uso por todos.

Nas áreas de estacionamento aberto ao público, de uso público ou privado e em vias públicas, devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

As vagas devem equivaler a 2% do total, garantindo, no mínimo, uma vaga devidamente sinalizada e com as especificações de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes de acessibilidade.

Não há dúvidas de que a LBI foi uma importante conquista para as pessoas com deficiência, mas, na prática, o cenário está bem longe de ser o ideal.

Afinal, ainda existe um desrespeito significativo ao cumprimento dos direitos previstos na lei, que impossibilita as pessoas com deficiência de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com os demais indivíduos.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Carina Melazzi-Jornalista e produtora de conteúdo. Gosta de contar histórias e é apaixonada por viagens, montanhas e mar.

Doenças raras atingem 13 milhões brasileiros

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Hospital Clinicas da UNICAMPC é um centro de referência para doenças raras de origem genética

No dia 28 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial das Doenças Raras.

As doenças raras podem se apresentar com uma ampla diversidade de sinais e sintomas e variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa acometida pela mesma condição. De acordo com o Ministério da Saúde, 80% delas têm causa genética, e conforme dados da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica uma pessoa com doença rara leva, em média, oito anos para receber um diagnóstico preciso.

Para o Ministério da Saúde, aproximadamente 13 milhões de brasileiros vivem com essas enfermidades e, para 95% não há tratamento especifico, mas há acompanhamento multidisciplinar, reabilitações, além de inúmeras pesquisas científicas de qualidade em andamento.

O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp já era a principal referência na Região para doenças raras de origem genética, antes mesmo da publicação pelo Ministério da Saúde da Portaria nº 199, de 30 de janeiro de 2014, que instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras e incluiu o HC da Unicamp como Serviço de Referência em Doenças Raras. A portaria aprovou as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e instituiu incentivos financeiros de custeio.

De acordo com Gil Guerra Júnior, médico endocrinologista pediátrico e coordenador do Serviço de Doenças Raras do HC da Unicamp, existem cerca de sete mil doenças raras descritas divididas entre dois grupos: as de origem genéticacomo anomalias congênitas ou de manifestação tardia; deficiência Intelectual e neuromotora; os Erros Inatos do Metabolismo. O HC não está credenciado para atender as doenças raras classificadas como não genéticas de base infecciosas, inflamatórias e autoimunes.

Gil Guerra Júnior esclarece que para se chegar ao diagnóstico, atualmente, um paciente chega a consultar-se com até 10 médicos de especialidades diferentes, além de inúmeros profissionais de saúde.

“A maioria dos pacientes é diagnosticada tardiamente, anos após os primeiros sinais e sintomas do início da doença em média, 75% dos casos ocorrem em crianças e jovens. Para pelo menos 3% dos casos há tratamento cirúrgico ou medicamentos regulares que atenuam os sintomas”, relata Gil Guerra Júnior, que também atua como professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

Veja aqui a relação de centros habilitados no Brasil e como encaminhar casos de doenças raras ao HC da Unicamp.
Rede Raras

O HC da Unicamp também faz parte da Rede Nacional de Doenças Raras (Raras), que é composta por hospitais universitários, serviços de referência em Doenças Raras e serviços de Triagem Neonatal com mais de 100 pesquisadores e bolsistas em todas as cinco regiões do Brasil, sendo 12 no Sudeste, 11 no Nordeste e cinco em cada uma das outras regiões do país. A Rede Nacional de Doenças Raras (Raras) é um projeto de pesquisa multicêntrico, financiado pelo CNPq e Ministério da Saúde (DECIT).

De acordo com Carlos Eduardo Steiner, médico geneticista clínico e professor da área de Genética Médica e Medicina Genômica da FCM da Unicamp e coordenador da Rede Raras no HC Unicamp, Rede Raras visa realizar, pela primeira vez na história do país, um censo nacional acerca da frequência, quadro clínico, recursos diagnósticos e terapêuticos relacionados a indivíduos com doenças raras de origem genética e não genética.

O projeto Rede Raras encerrou duas fases de coleta de dados: o inquérito retrospectivo referente aos anos de 2018/2019 com a inclusão de 12.564 casos em todo o Brasil e mais de mil somente na Unicamp; e a coleta de dados prospectiva no ano de 2022, com 3.692 casos no Brasil e 293 na Unicamp.

“Em ambas as fases, o HC da Unicamp ficou entre os cinco centros com maior número de dados coletados. Essas informações foram utilizadas para criar um cenário das doenças raras no Brasil e um mapa com a distribuição não apenas das doenças, mas também dos laboratórios e recursos humanos no Brasil, disponíveis em Rede Raras, além de ampla produção científica. Também foram geradas informações sobre a jornada assistencial de valor e microcusteio de tratamento de 13 doenças específicas”, diz Steiner.

A partir dessas informações, o Ministério da Saúde propôs financiar uma extensão do projeto por mais 24 meses e que deverá ter início em maio deste ano, ampliando a quantidade de hospitais com a inclusão da rede EBSERH , bem como incluir outras doenças e a avaliação da pós-incorporação de tecnologias para doenças raras na prática clínica do Brasil. A expectativa é que sejam geradas informações do diagnóstico e do tratamento dessas doenças, bem como atualizar o atlas brasileiro online de doenças raras.

28 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial das Doenças Raras

Outro objetivo da fase de extensão é avaliar a adesão aos critérios para início de tratamento e seguimento de acordo com o que é preconizado pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) vigente para cada doença rara.

Essas informações vão ajudar o Ministério da Saúde a entender como tais protocolos estão sendo seguidos e quais as dificuldades encontradas, com possíveis propostas de melhoras à população atendida.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp

Texto: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp

Doenças raras – quais são e por que são chamadas dessa forma?

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

As doenças raras são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas e variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa acometida pela mesma condição.

O conceito de Doença Rara (DR), segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a doença que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 para cada 2 mil pessoas. Na União Europeia, por exemplo, estima-se que 24 a 36 milhões de pessoas têm doenças raras. No Brasil há estimados 13 milhões de pessoas com doenças raras, segundo pesquisa da Interfarma.

Existem de seis a oito mil tipos de doenças raras, em que 30% dos pacientes morrem antes dos cinco anos de idade; 75% delas afetam crianças e 80% têm origem genética.

Algumas dessas doenças se manifestam a partir de infecções bacterianas ou causas virais, alérgicas e ambientais, ou são degenerativas e proliferativas.

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente existem no Brasil cerca de 240 serviços que oferecem ações de assistência e diagnóstico.

No entanto, por se tratarem de doenças raras, muitas vezes elas são diagnosticadas tardiamente.

Além disso, os pacientes geralmente encontram dificuldades no acesso ao tratamento.
Principais características

As doenças raras geralmente são crônicas, progressivas, degenerativas e muitas vezes com risco de morte.

Não existe uma cura eficaz existente, mas há medicamentos para tratar os sintomas.

As doenças órfãs alteram diretamente a qualidade de vida da pessoa e, muitas vezes, o paciente perde a autonomia para realizar suas atividades.

Por isso, causam muita dor e sofrimento tanto para o portador da doença quanto para os familiares.

Conheça algumas doenças raras

Doença de Gaucher: genética e hereditária, essa doença causa alterações no fígado e no baço.

Os ossos ficam enfraquecidos e também podem ocorrer manchas na pele, cansaço, fraqueza, diarreia e sangramento nasal.

A incidência da Doença de Goucher é um caso em cada 100 mil pessoas e pode atingir tanto crianças quanto adultos.

É difícil diagnosticá-la, pois os sintomas podem confundir a análise clínica. O tratamento é feito a partir de medicamentos indicados por um especialista.

Hemofilia: é um distúrbio genético que afeta a coagulação do sangue.

A hemofilia é hereditária e provoca sangramentos prolongados tanto na parte interna quanto externa do corpo.

Pode haver sangramento dentro das articulações, nos músculos, na pele e em mucosas. O tratamento é feito com medicamentos indicados por um hematologista.

Acromegalia: é uma doença grave que provoca aumento das mãos e dos pés e de outros tecidos moles do organismo como o nariz, as orelhas, os lábios e a língua.

Diabetes, Insuficiência cardíaca, hipertensão, artrose e tumores benignos também são comuns de se desenvolverem em pessoas portadoras da acromegalia. A cada ano, ela tem uma incidência de três a quatro casos por milhão. Além disso, se não tratada, pode levar à morte.

No entanto, a maioria dos pacientes pode conviver com a doença, a partir de um tratamento com um especialista. As três formas de tratá-la são: medicamentos, cirurgia e radioterapia.

Angiodema hereditário: é uma doença genética que provoca inchaços nas extremidades do corpo, do rosto, dos órgãos genitais, mucosas do trato intestinal, da laringe e outros órgãos.

Além dos inchaços, outros sintomas são: náuseas, vômitos e diarreia. O diagnóstico da doença é feito por meio do histórico médico do paciente, além de exames laboratoriais, físicos e de imagem. O angiodema hereditário é uma doença rara que não tem cura, mas o tratamento para aliviar ou prevenir crises é feito com medicamentos indicados por um especialista.

Doença de Crohn: é uma doença inflamatória crônica que atinge o intestino e os casos mais graves podem apresentar entupimento ou perfurações intestinais.

Enfraquecimento, dores abdominais e nas articulações, perda de peso, diarreia com ou sem sangue, lesões na pele, pedra nos rins e na vesícula são alguns dos principais sintomas.

Ela atinge tanto homens quanto mulheres, principalmente entre os 20 e 40 anos de idade e a incidência é maior em fumantes.

Não se sabe ao certo quais são as causas dessa doença, mas há indícios de que ela surge por causa de problemas no sistema imunológico.

Para fazer o diagnóstico é necessário realizar exames de sangue, clínicos, de imagem e analisar o histórico do paciente.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Referências-http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-raras –
http://www.eurordis.org/content/what-rare-disease –
https://www.eurordis.org/information-support/what-is-a-rare-disease/ –
http://ec.europa.eu/health/ph_threats/non_com/docs/portugal.pdf –
https://www.abhh.org.br/pensegaucher/ –
http://www.hemofiliabrasil.org.br/hemofilia/o-que-e/ –
http://www.hemofiliabrasil.org.br/hemofilia/tratamentos-por-demanda/
https://fedra.pt/doencas-raras/ –

Namoro e deficiência: ‘Por que acham que sou cuidadora do meu namorado?’

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Depois que Hannah e Shane Burcaw se casaram em uma cerimônia íntima em casa, eles compartilharam uma foto do evento nas redes sociais.

“Somos marido e mulher!!!!”, escreveu Hannah.

“Tenho muita sorte de agora estar casada com o melhor cara que conheço.”

Aplicativos para pessoas com deficiência: como a inteligência artificial pode melhorar a vida de milhões de brasileiros

A impressionante vida secreta em World of Warcraft de meu filho gamer com doença degenerativa

Mas eles receberam de volta mensagens como estas:

“Falando sério agora… ela também tem outro parceiro para fazer sexo?”

“Ele é rico ou algo assim?”

“Meu Deus… isso deve ser photoshopado.”

O motivo, acreditam os YouTubers Shane e Hannah, é porque ele tem deficiência, e ela não.
Shane tem atrofia muscular espinhal e usa cadeira de rodas desde os dois anos.

O casal, que mora em Minneapolis, no estado americano de Minnesota, afirmou à BBC Three que esse tipo de reação reflete o quão mal informadas muitas pessoas ainda estão em relação à deficiência e o namoro.

“Nossa sociedade nos diz que pessoas com deficiência não são parceiros dignos”, diz ela.

“Quase não há representação positiva da deficiência ou de relacionamentos de pessoas com deficiência na mídia, então muita gente pensa que pessoas com deficiência não podem ter um relacionamento saudável e maravilhoso.”

“Isso significa que quando veem Shane e eu, inventam teorias conspiratórias para tentar compatibilizar nosso relacionamento com o que aprenderam.”

‘A mídia torna a deficiência indesejável’

Uma pesquisa, de 2014, sugere que 44% dos britânicos incluídos na amostra não considerariam fazer sexo com alguém que tivesse uma deficiência física, enquanto 50% não descartariam a possibilidade.

Shane, que tem 28 anos, diz que a falta de representação positiva muitas vezes o fez sentir que “nunca encontraria uma parceira”.

“As coisas que vi na mídia tornam a deficiência extremamente indesejável”, afirma.

“Isso me levou a acreditar que a maioria das pessoas não gostaria de namorar alguém com deficiência.”
Ilustração de um casal se abraçando com um deles apoiado em uma muleta

Hannah, que está com 24 anos, afirma que embora a deficiência de Shane nunca a tenha incomodado (eles começaram a conversar depois que ela viu um de seus vlogs online), ela igualmente “nunca conheceu ninguém que usasse cadeira de rodas ou tivesse uma deficiência física”.

Também há um debate sobre como os casais com e sem deficiência se descrevem.

Nos Estados Unidos, alguns casais, inclusive na comunidade de vlogs para pessoas com deficiência, começaram a usar o termo interabled.

Mas não é amplamente aceito. Alguns acham que é um reforço nada útil do pensamento limitado e voltado para condição clínica.

“É impreciso e foca nas diferenças físicas ou mentais entre as duas pessoas (ou mais) em um relacionamento”, diz o radialista Mik Scarlet, militante da causa da deficiência.

“As pessoas com deficiência passam muito tempo tentando fazer com que a sociedade em geral entenda o ‘modelo social da deficiência’, que sugere que não somos deficientes por causa dos nossos corpos, mas sim pela maneira como a sociedade nos trata, então quando um conceito como ‘interabled’ ganha força, destrói grande parte desse trabalho. ”

A BBC Three conversou com outros jovens casais sobre suas experiências…
‘As pessoas supõem que somos irmãos’

Tenho paralisia cerebral devido à falta de oxigênio no cérebro com 10 semanas de vida. Eu basicamente uso uma cadeira de rodas porque tenho problemas de equilíbrio e uso de meus membros inferiores.

Gina e eu estamos juntos há pouco mais de três anos.

Gina nunca se incomodou com a deficiência. Ela fez muitas perguntas no início de nosso relacionamento, mas eu não me importei com isso. Como ela sabia que eu era deficiente desde o início, e desenvolvemos nosso relacionamento online, quando nos conhecemos pessoalmente já estávamos bastante envolvidos e isso já não importava.

Em termos de percepções sociais, é interessante que as pessoas muitas vezes supõem que somos irmãos. Claro, nós dois somos ruivos, mas acho que é mais fácil para as pessoas presumirem que alguém com deficiência sairia com a família, em vez de ter um parceiro.

Também acontece de um monte de gente agradecer ou elogiar Gina por estar comigo, o que me faz soar como um prêmio de consolação ou que ela se contentou com algo que não deveria ter que lidar.

As pessoas também parecem pensar que deve ser uma relação bastante unilateral, com Gina fazendo tudo por mim. Pelo contrário: é uma via de mão dupla, assim como os relacionamentos de todas as outras pessoas.

Sim, ela pode ajudar fisicamente no dia a dia, mas eu a apoio nos conflitos mentais e na vida cotidiana.

Se há uma coisa que quero que as pessoas entendam é que relacionamentos são relacionamentos.

Eles têm altos e baixos, responsabilidades, cuidado e compreensão um pelo outro.

Ter uma deficiência não muda isso. Se você está se relacionando com alguém com deficiência, é apenas isso. Sem segundas intenções.

Gina diz…

Quando começamos a conversar, perguntei a Charlie se ele se importaria se eu fizesse algumas perguntas… para quebrar o gelo, perguntas sobre a vida.

Eu disse que ele poderia fazer o mesmo, e transformamos isso em um jogo bobo divertido.

Muitas das minhas perguntas envolviam questões sobre sua deficiência, mas eu disse que se eu fizesse uma pergunta estúpida ou que ele não quisesse responder, ele não precisava.

Ajudou a abordar muita coisa, então quando nos conhecemos nada pareceu estranho.

Avance três anos. Quando saímos, já me acostumei com o olhar chocado e de compaixão que recebo quando menciono que meu namorado é cadeirante ou que tenho que ajudá-lo em certas tarefas. As pessoas dizem: “Isso deve ser demais para você…

Aposto que foi difícil decidir se você queria seguir em frente com o relacionamento”.

A resposta, sem rodeios, é não. Sempre respondo com um elogio a Charlie ou explico que não, não estou em um relacionamento unilateral opressivo, pelo contrário, estou com ele porque ele é uma pessoa incrível, amorosa e atenciosa.

Acho que muitos mal-entendidos vêm de pessoas que acreditam que ajudar uma pessoa com deficiência só pode ser uma tarefa árdua — a tarefa de um assistente ou de um amigo remunerado.

O que eles não conseguem entender é que, na verdade, quando ajudo Charlie, isso não enfraquece o relacionamento nem leva embora o amor. Se faz alguma coisa, é intensificar. Nunca uso a palavra cuidadora por esse motivo, sou parceira de Charlie em tudo.

‘Há um tabu em torno de deficiência e sexo’

Lucy diz que, ao contrário do que pensam, cuidar de Arun apenas fortalece a relação deles

Lucy says…

Eu tenho fibromialgia, uma deficiência musculoesquelética. Os sintomas incluem dor crônica, confusão mental, fadiga crônica e provavelmente o que mais me afeta — a mobilidade. Eu regularmente preciso usar um bastão de caminhada ou outro suporte.

Conheci o Arun há mais de dois anos em um programa de intercâmbio em Los Angeles. Como sou muito aberta, ele se apaixonou por mim sabendo da minha deficiência.

Arun entende que meu corpo é muito diferente e imprevisível — ele não só é a pessoa mais carinhosa, mas também a mais companheira.

No dia a dia, preciso de muita ajuda para manter minha mobilidade, pois tenho dificuldade com o transporte público, não posso andar muito longe e infelizmente no momento não posso dirigir (muita coisa tem que ser levada em consideração). Tenho sorte que Arun dirige e me ajuda a realizar tarefas, como fazer compras.

O fato de a fibro ser invisível significa que somos inicialmente vistos como um casal sem deficiência, mas isso significa que pode ser um choque mais visível para algumas pessoas.

É frustrante, pois Arun é bombardeado com muitas perguntas. Em público, tendo a ignorar muito mais, ao passo que ele às vezes fica muito irritado.

No entanto, em casa, tenho muito mais ataques de pânico e crises nervosas porque é incrivelmente opressor.

Gostaria que as pessoas entendessem que minha deficiência não lhes dá direito a mais informações sobre minha vida privada em comparação com qualquer outra pessoa.

Dito isso, definitivamente existe um tabu em torno da deficiência e do sexo, uma vez que as pessoas pensam que não se pode ter os dois.

Embora possa ser verdade em alguns casos, sinto que as pessoas com deficiência têm um apreço muito mais profundo sobre o que significa intimidade e fazer sexo. Não se trata apenas de penetração (desculpe ser tão direta), mas penso mais nos sentimentos e nas emoções, nas preliminares e no prazer.
‘O cuidado deve existir em todos os relacionamentos românticos’

Lorna diz…

Estou com Rob há 11 anos, e casada há quatro. Estávamos juntos há cerca de sete anos quando fui diagnosticada com encefalomielite miálgica, que causa fadiga severa e me deixa frequentemente usando uma cadeira de rodas e confinada em casa a maior parte do tempo.

Também significa que Rob tem que me ajudar com alguns cuidados pessoais, como tomar banho e outras tarefas do dia a dia.

Eu diria que isso realmente nos aproximou como casal, e continua a aproximar. Acho que o cuidado dentro de um relacionamento, embora muitas vezes difícil de conduzir, pode ser muito íntimo.

Isso não quer dizer que tenha sido uma adaptação fácil para nenhum de nós.

A transição foi difícil para mim, pois minha vida mudou drasticamente. Tive de abandonar minha carreira de professora e isso realmente impactou meu senso de autoestima.

No entanto, tive sorte de poder ter acesso a terapia pelo NHS (serviço de saúde público do Reino Unido), e meu terapeuta e eu trabalhamos muito isso. A principal coisa que ajudou foi reformular o que consideramos ser “útil”.

Então embora eu possa não ser capaz de aspirar a casa ou cozinhar, eu sou toda ouvidos quando ele precisa desabafar sobre como foi o dia. E faço o cardápio das refeições para garantir que ambos tenhamos uma alimentação saudável e equilibrada.

O fato é que o cuidado de alguma forma deve existir em todos os relacionamentos românticos — com deficiência ou não — do contrário, o que exatamente vocês estão fazendo um com o outro?

Em relação à vida fora de casa, ter uma condição flutuante e fadiga crônica significa que nunca podemos fazer de fato planos concretos.

Obviamente, ainda temos nossos momentos de frustração, mas eu diria que isso realmente nos ensinou a ser mais flexíveis e descontraídos, e também a viver um pouco mais no presente e apreciar as pequenas coisas que ainda são acessíveis para nós.

Além disso, aquele cara é tipo, obcecado por mim ou algo assim, ele está feliz apenas por estar comigo! Nossa vida sexual é forte, principalmente porque nos comunicamos.

Como sociedade, ainda não conseguimos ver as pessoas com deficiência como seres humanos plenamente realizados, com o mesmo espectro de necessidades emocionais e físicas que qualquer outra pessoa.

Isso precisa mudar.

Perdi toda a minha confiança e temia que meu marido não me achasse mais desejável, mas isso não poderia estar mais longe da verdade.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: BBC News Brazil/Internet

Todo mundo ganha com a diversidade e inclusão e eu posso provar

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)

“Neste momento, não temos condição de investir em diversidade e inclusão”, “essa pauta é muito importante, mas ainda não faz parte da nossa lista de prioridades”.

Na minha caminhada como palestrante e mentor, já escutei inúmeras vezes frases como essas para justificar a ausência de investimentos em diversidade e inclusão em determinadas empresas.

Mas quais prejuízos nascem dessa ausência? Te garanto: são muitos! Um dos principais é o enfraquecimento da promoção da justiça social.

Vamos lá: Dia após dia, as diversidades e as minorias possam por situações de discriminação e preonceito no Brasil.

Falo isso também por experiência própria: sou um homem negro retinto, trans e disléxico. Por ser quem eu sou, infelizmente já vivi momentos complicados.

Só para você ter uma ideia, pessoas aleatórias já me pararam na rua para tentar tocar meu corpo. Frequentemente, escuto muitas perguntas inconvenientes, além de piadas sobre minha aparência.

Sem falar das tentativas de agressões físicas. Mas a situação mais recorrente é o olhar zoológico. Aquele olhar fixo e invasivo que tenta tirar de nós nossa humanidade!

O que acabei de relatar faz parte das minhas vivências. Mas existem diversidades e minorias que enfrentam situações ainda mais desumanos e que, infelizmente, até viram estatísticas.

O Brasil teve 80 pessoas transexuais mortas no 1º semestre deste ano, segundo relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

As mulheres receberam 77,7% do salário dos homens em 2019. Só para você ter uma ideia, o salário médio mensal dos homens era de R$2.555, já o das mulheres era de R$1.985, de acordo com o BGE.

Já os negros representam 72,9% dos desempregados do país, de um total de 13,9 milhões de pessoas nessa situação, de acordo como IBGE.

A chance de ter um trabalho, um salário digno, equânime e a chance de subir na carreira fazem total diferença!

Mas, com base nos dados apresentados, é possível dizer que muitas empresas ignoram seus papéis no impulsionamento da justiça social.

Faço a escolha da palavra “ignoram”, porque esses e outros dados que demonstram as vulnerabilidades que alguns grupos enfrentam não são novas.

E, infelizmente, muitas empresas não colaboram efetivamente na promoção da justiça social.

O que muitas pessoas esquecem é que nós, diversidades e minorias, também temos sonhos profissionais, planos para nossas carreiras, e claro, os boletos que também não param de chegar para a gente. Como é possível pagar nossas contas, ter uma vida mais confortável e digna se, no lugar da absorção de talentos que fazem parte da diversidade, algumas empresas apenas repetem como um mantra: “no momento diversidade não é uma das nossas prioridades”?

Se sua empresa realmente deseja impactar a sociedade de forma positiva e deseja impulsionar na prática a justiça social, já passou da hora de investir efetivamente em diversidade e inclusão.

E, como o próprio título desse artigo já diz, todo mundo ganha com a diversidade e inclusão, ou seja, além da promoção da justiça social, as empresas também podem ser beneficiadas diretamente e eu posso provar. Vamos lá:

Mais Engajamento

De acordo com os dados da pesquisa Hay Group, colaboradores de empresas que praticam a diversidade e inclusão são 17% mais engajados e 76% deles reconhecem que há espaço para inovar no trabalho.

Entre esses colaboradores, o sentimento de pertencimento é maior, eles percebem que podem crescer na carreira, suas vozes e ideias são ouvidas, e são valorizados.

Eles realmente se sentem parte da empresa. Tudo isso ajuda a melhorar a qualidade de vida desses colaboradores.

Menos conflitos

Em um ambiente de trabalho diverso e inclusivo, são muito mais intensos o respeito e a troca de informação, de opiniões e de ideias.

Ou seja, os colaboradores e lideranças escutam mais, ensinam mais e alcançam mais entendimentos.

O estudo Hay Group também mostra isso. Nas empresas em que a diversidade é reconhecida e praticada, a existência de conflitos chega a ser 50% menor que nas demais organizações.

Normalmente, conflitos acabam gerando um gasto absurdo de tempo, energia e, em muitos casos, até de dinheiro para serem solucionados. Sendo assim, um ambiente de trabalho diverso e inclusivo é essencial para qualquer negócio.

Aumenta a inovação e competitividade

Além dos pontos já citados, um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo também aumenta a criatividade e a inovação da empresa. Isso acontece porque há a convivência de diferentes visões de mundo, diferentes bagagens culturais e sociais no mesmo lugar de trabalho.

Assim, diferentes soluções para as dores dos clientes vão ser criadas e diferentes formas de produção vão nascer dessa equipe. Com certeza, isso vai impactar positivamente a inovação e competitividade da empresa.

Aumenta os lucros

Tudo que já foi tratado até aqui também impacta na produtividade.

As empresas que realmente investem em diversidade e inclusão conseguem aumentar a produtividade, tanto na quantidade quanto na qualidade, e isso resulta em lucros!

Só para você ter uma ideia, segundo o estudo “A diversidade como alavanca de performance”, publicado pela consultoria americana McKinsey, empresas com mais diversidade de gênero em cargos executivos têm 21% mais chance de ter lucros acima da média que as que apresentam pouca diversidade. No caso de diversidade étnica, isso é ainda mais aparente: 33%.

Além disso, a criação e promoção da cultura inclusiva, feitas pelas razões certas, também pode melhorar a imagem da empresa. Sem falar que os colaboradores podem levar o que aprenderam no ambiente de trabalho para suas casas, famílias e amigos. Ou seja, o investimento real em diversidade e inclusão podem ultrapassar os muros das empresas.

Tanto a promoção da justiça social, como os diversos benefícios para a organização: quando realmente existe um compromisso das empresas com a diversidade e inclusão todo mundo sai ganhando!

Então, não perca mais tempo, dê o primeiro passo!

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte:Tags carreira diversidade inclusao trabalho
Arthur Bugre-Arthur Bugre é um homem negro, disléxico e transgênero. É palestrante sobre Diversidade e Inclusão e também ativista das causas negras e trans. Presta mentorias sobre diversidade, inclusão e gestão humanizada para empresas. Também é o criador do Instagram @homenstransnegros, que tem como objetivo oferecer visibilidade e representatividade para os homens negros trans.

O alto desempenho das PCDs construção civil

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Políticas de ação afirmativa são cada vez mais comuns no mercado. Ao analisar os índices de produtividade dos trabalhadores com deficiência na construção civil, por exemplo, fica claro que há motivos de sobra para conceder espaço a esses profissionais:

33,3% têm desempenho acima da média, enquanto 61,1% estão dentro do esperado, como aponta o “Estudo de Viabilidade para Inserção Segura de Pessoas com Deficiência na Construção Civil”, do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo).
Reprodução

O levantamento também avaliou a adequação de PCDs (Pessoas com Deficiência) nas posições que ocupam: 88,9% dos entrevistados percebem adaptação satisfatória nas funções e no relacionamento com a equipe.

Sobre o relacionamento intra e interpessoal desses colaboradores, 31,8% dos gestores avaliam como ótimo, 59,1% como bom e 9,1% como ruim.

PCDs no mercado de trabalho: desafios além da contratação

Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2022, existem 18,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil – o equivalente a 8,9% da população com idade superior a dois anos.

A Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (Lei nº 8.213) foi aprovada em 1991 e exige a destinação de 2% das vagas a PCDs em empresas com até 200 funcionários, 3% para quadros com 201 a 500 e 4% e 5%, respectivamente, para negócios que têm 1000 ou a partir de 1001 empregados.

Mesmo assim, os dados do IBGE comprovam que esse grupo tem mais dificuldade no mercado de trabalho. Pessoas com deficiência (acima dos 14 anos) marcam 26,6% em relação ao nível de ocupação, enquanto os brasileiros sem deficiência representam 60,7%.

O rendimento médio real de trabalhos das PCDs é de R$ 1.860 – em contrapartida, o salário médio da população geral é de R$ 2.690.

Co-Criadora e Facilitadora do Programa de Gestão da Diversidade nas Organizações, a advogada Thays Martinez, que é deficiente visual e trabalha no Tribunal Regional da 2ª Região (SP).

Em entrevista ao Valor Econômico, ela declarou que, no geral, o funcionário com deficiência não sofre preconceito, mas não é tratado como os outros: “Uma das situações problemáticas é o gestor que não aponta os erros nem dá feedback negativo, seja para proteger o funcionário ou por não acreditar em sua capacidade”.

A solução proposta por empresas de recrutamento e seleção focadas em pessoas com deficiência, é a sensibilização das equipes diante da humanização e competência desse público.

O investimento na capacitação dos profissionais também é importante para o crescimento na carreira.

PCDs na construção civil: quanto paga? Com o que trabalhar?

O panorama da construção civil para profissionais com deficiência física ou intelectual aponta um rendimento um pouco mais alto que a média geral, de R$ 2.003,22 (44 horas semanais).

Um estudo feito pelo SindusCon-SP e Seconci-SP afirma que apenas quatro categorias de deficiência física ou intelectual não podem ser recrutadas para trabalhar na construção civil:

Deficiência intelectual severa e profunda
Deficiência física nos membros superiores
Deficiência visual (cegueira ou baixa visão)
Ostomia

Colaboradores com nanismo e deficiências auditivas são os mais indicados para o trabalho nos canteiros de obras, mas não devem participar de atividades com escavadeiras, gruas, guinchos e guindastes.

Ao analisar a participação de profissionais PCD no setor da construção de acordo com o cargo, o levantamento identificou que 33,3% dos profissionais PCD são mestres de obras e 16,7% são encarregados de almoxarifado e ajudantes gerais.

Auxiliares administrativos, auxiliares de laboratório tecnológico, carpinteiros, eletricistas, operadores de máquina extratora e pedreiros representam 5,6% cada.

Para mais igualdade na construção civil, o próprio SindusCon-SP organiza ações frequentes de conscientização e diversidade a partir da área de Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social, como a participação na audiência de conciliação na 7ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) em fevereiro de 2022 para apresentar exemplos de inserção segura de PCDs no setor.

Por que é importante contar com pessoas com deficiência na construção civil

As leis 10.098/2000 e 13.146/2015 garantem o direito de espaços adaptados, seguros e confortáveis para PCDs ou com mobilidade reduzida.

Novos condomínios são entregues com recursos destinados a esse grupo, mas ainda há o que melhorar nos projetos de obras, que podem ser particularmente difíceis em prédios antigos onde é necessário transformar estruturas já existentes.

Um prédio com rampas, mas que tem portas e corredores estreitos, por exemplo, não está adaptado corretamente para quem utiliza uma cadeira de rodas.

Outro caso comum é a necessidade de unir pisos táteis às sinalizações em braile nas soluções para deficientes visuais.

Detalhes assim podem não ser claros para profissionais sem deficiência, mas são elementos que fazem parte do dia a dia das PCDs.

Por isso é tão importante incluí-las nas engrenagens da construção civil – não apenas em cargos operacionais, mas também na elaboração dos projetos.

Além do respeito às leis de acessibilidade e o cumprimento do papel do setor na sociedade, a edificação acessível é vista com bons olhos no mercado. Devido ao investimento extra, um imóvel que cumpre as normas de acessibilidade, de acordo com Sérgio Yamawaki, engenheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CRA-PR), pode ter valorização média de 15%.

Release:

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: [email protected]/Internet

Inclusão social: o que é e como acontece!

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Embora nosso país seja conhecido pela diversidade cultural e étnica dos seus cidadãos, o problema da exclusão é grave e atinge várias camadas da sociedade.

Podemos considerar excluídos negros, índios, pobres, transexuais, homossexuais e portadores de deficiência físicas, cognitivas e motoras, que muitas vezes não possuem oportunidades no mesmo nível que outros cidadãos e podem ter até seus direitos de cidadão blindados.

No artigo de hoje, vamos aprender um pouco mais sobre inclusão social, os direitos e deveres das pessoas com deficiência física. Também falaremos sobre a inclusão nas escolas, a questão dos moradores de ruas e ex presidiários e abordaremos o esporte como uma prática inclusiva. Confira!

O que é inclusão social?

A inclusão social é definida por uma soma de atividades que assegura a participação democrática de todos na sociedade, independentemente da etnia, gênero, orientação sexual, educação, condição física, classe social, entre outros aspectos.

O Brasil possui uma leia de inclusão social. A lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, conhecido também como Estatuto da Pessoa com Deficiência:

Art. 1o É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Embora esse estatuto assegure a acessibilidade, acesso à informação e comunicação, tecnologia assistida, direito a participação na vida pública e política, ciência e tecnologia e a justiça, os desafios que as pessoas com algum grau de limitação tem que enfrentar ainda são muitos.

No Brasil, muitos deficientes físicos ainda são vistos com indiferença.

O preconceito ainda é visível, a ergonomia das cidades não atendem por completo as pessoas cegas, idosas, cadeirantes e com outros tipos de deficiência, muitas empresas de transporte público não renovaram suas frotas por completo, entre outras dificuldades.

Não precisa ir muito longe para ter conhecimento desses obstáculos.

Basta olhar ao seu redor com uma visão crítica e perceber onde está a dificuldade.

Felizmente, existem diversos projetos com foco na inclusão social atualmente.

Fundações, ONGs e programas do governo trabalham incessantemente para que o Estatuto seja cumprido e esses indivíduos possam, enfim, viver com dignidade em nosso país.

Inclusão social na educação
A inclusão social também deve ser praticada no âmbito educacional. De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal do Brasil, de 1988:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Infelizmente, a falta de recursos financeiros afasta muitas crianças da escola, muitas precisam trabalhar para ajudar no sustento de suas casas.

Quando falamos sobre pessoas com deficiência, a Lei nº 7.583, de 1989 é clara sobre isso:

Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social. Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de um a quatro anos de prisão, mais multa.

É importante salientar que no Brasil as universidades também possuem sistema de inclusão, inclusive o Brasil se destaca nesse ponto de inclusão na educação. Nesse contexto, a inclusão social na escola e na universidade se dá no Brasil das seguintes formas:

Base Nacional Comum Curricular

A BNCC é um documento que tem como objetivo dar um direcionamento a educação de todo o país, estabelecendo uma base curricular a todas as instituições de ensino, sejam elas publicas ou privadas, diminuindo as diferenças na educacional de base de crianças educadas em escolas particulares e municipais, estaduais ou federais.

Cotas raciais

O sistema de cotas é considerado, desde 2012, constitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

O objetivo das cotas raciais é diminuir as diferenças econômicas, étnicas e educacionais de pretos, pardos e índios, quando se trata do ingresso em universidades públicas, cargos em concursos e bancos.
Cotas sociais

As cotas sociais são uma porcentagem de vagas destinadas aos alunos de baixa renda que cursaram o ensino médio integralmente em escola pública, dando a oportunidade para essas pessoas estudarem em uma universidade de qualidade sem sofrer a concorrência desleal com aqueles que foram mais bem preparados durante a vida escolar.

Segundo o portal do MEC, a lei de cotas:

garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência.

O sistema de cotas sociais é legal, estabelecido pela Lei nº 12.711/2012, e sancionado pelo Decreto nº 7.824/2012.

Tipos de inclusão social

Cadeirante

A inclusão social não é exclusiva para pessoas com deficiência. Como exposto no início do texto, ela abrange o direito a uma vida digna independentemente de vários fatores físicos e sociais. Separamos aqui mais 2 tipos de inclusão, para que você fique informado:

Inclusão social de moradores de rua

Basta sair às ruas para ver que eles existem, em números relevantes e vivendo em uma condição sub-humana. As causas de escolherem as ruas como moradia são muitas: uso de drogas, alcoolismo, falta de recursos, desavenças familiares costumam ser os mais comuns.

Buscando promover a solução desse problema e a inclusão social, a câmara aprovou o projeto de lei que obriga as empresas vencedoras de licitação de obras ou serviços de administração pública a contratar moradores de rua habilitados para o trabalho para fazer parte da equipe que vai atuar nessas atividades.

A justificativa é lógica: os municípios oferecem abrigo a essas pessoas, mas não podem morar nesses lugares permanentemente, fazendo com que voltem as ruas. O trabalho é fundamental para que não caíam em uma situação depressiva ou de vício.

Inclusão social de ex-presidiários

Falar sobre o sistema prisional do Brasil é difícil. Por ser cheio de falhas, o assunto acaba se tornando polêmico. Contudo, as leis de inclusão social também promovem a reintegração dos ex-detentos na sociedade.

De acordo com a Lei Nº 7.210/84, essas pessoas podem e devem retornar ao mercado de trabalho assim que concluírem a suas penas.

Entretanto, pode iniciar a atividade laboral ainda dentro do presídio, caso tenha um bom comportamento. No regime semiaberto, pode trabalhar durante o dia, em qualquer empresa da cidade, e dormir no presídio.

Parece simples, mas, na prática, a inclusão social de ex-presidiários é a mais difícil de acontecer e apontada como uma das mais necessárias para a recuperação daqueles, que algum dia, cometeram algum delito.

Esporte como ferramenta de inclusão social

Pessoas jogando basquete

Quando falamos em inclusão social, logo nos lembramos do esporte como ferramenta para que ela aconteça. É comum que esportistas famosos deem entrevistas falando sobre como a prática mudou suas vidas.

O site da ESPN, famoso canal exclusivo de esportes, publicou uma matéria que traz um relato emocionante de Gustavo Hofman, ex-jogador de basquete e jornalista desportivo, sobre o acesso ao esporte em comunidades carentes:

Eu realmente acredito no esporte como a melhor ferramenta de inclusão social existente. Conhecimento empírico, baseado no que vivi e conheci até hoje. Ter o esporte consigo fortalece, cria laços afetivos, ensina a vencer e perder, te coloca no rumo certo.

Os esportes têm mesmo uma participação bastante expressiva na inclusão social. Prova disso é a realização das Paraolimpíadas, evento internacional desportivo para atletas portadores de limitações físicas e sensoriais. A 15 edição do evento aconteceu em 2016 no Rio de Janeiro, cerca de um mês após as Olimpíadas, que também foi realizada na cidade carioca.

Os seguintes esportes foram disputados:

Atletismo
Basquete em cadeira de rodas
Bocha
Ciclismo de estrada e de pista
Canoagem velocidade
Esgrima em cadeira de rodas
Futebol de 5 e de 7
Goalball para portadores de deficiência visual
Levantamento de peso
Hipismo
Judô
Natação
Remo
Rúgbi em cadeira de rodas
Tênis em cadeira de rodas
Tênis de Mesa
Tiro esportivo e com arco
Triatlo
Vela
Volei sentado

Os jogos Paraolímpicos são realizados desde o ano de 1960, e a sua primeira edição foi em Roma, mas o Brasil foi representado somente a partir de 1972. A delegação brasileira paraolímpica de 2016 foi considerada a maior de sua história, com 285 atletas, ficando em 8º lugar no quadro de medalhas com 72 condecorações.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte; /blog.stoodi.com.br/blog/sociologia/inclusao-social/Internet

Dislexia: 5 sinais para você reconhecer

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Você sabe tudo sobre dislexia? Pense bem: a saúde mental é um tema de extrema importância nos dias atuais, e entender suas diferentes facetas é essencial para promover o bem-estar e a inclusão de todas as pessoas.

Nesse contexto, a dislexia desponta como um transtorno específico de aprendizagem que afeta a capacidade de ler, escrever e soletrar de maneira precisa e fluente.

Segundo dados oficiais, a dislexia é mais comum do que se imagina, afetando cerca de 5% a 10% da população mundial.

A falta de conscientização e compreensão sobre a dislexia pode levar a estigmas, baixa autoestima e até mesmo ao subdiagnóstico.

Por isso, é fundamental abordar esse assunto com seriedade e empatia, para aqueles que enfrentam o transtorno possa receber o apoio necessário e desenvolver todo o potencial.

Conversamos com Sara Santos, psicóloga da Conexa Psicologia Viva para entender melhor sobre o assunto. Veja só!

O que é dislexia?

Segundo a profissional, dislexia é um transtorno que causa dificuldades em identificar palavras e sons.

“Se apresenta na fase da alfabetização, quando a criança entra em contato de forma mais enfática com números e letras, consequentemente com leitura.

É natural os pais acharem que é uma dificuldade passageira ao invés de perceberam que é um transtorno de fato”.

Ela ainda explica que esse transtorno está relacionado a funcionalidade dos circuitos cerebrais.

Assim, as áreas não funcionam de forma correta, ocasionando uma má funcionalidade das áreas relacionadas à leitura e à escrita, dentre outros.

Diferenças entre TDAH e Dislexia

O Transtorno de Déficit e Hiperatividade (TDAH) e a dislexia são condições neurológicas que podem afetar o desempenho acadêmico e a saúde mental das pessoas, mas é importante compreender suas diferenças para um diagnóstico e tratamento adequados.

“O disléxico tem facilidade em memorizar tabuada, diferenciar direita e esquerda e vê as horas, já o paciente com o TDAH não demonstra essas dificuldades”, afirma a profissional.

Ou seja: enquanto a dislexia está relacionada às dificuldades específicas na leitura, escrita e ortografia, o TDAH envolve problemas com atenção, hiperatividade e impulsividade.

Pessoas com TDAH podem ter dificuldades em se concentrar, seguir instruções, organização e administração do tempo. Já a dislexia afeta, principalmente, a habilidade de decodificar e compreender as palavras, resultando em dificuldades na leitura fluente e compreensão de textos.

Outra diferença notável entre as duas condições é a sua origem. Enquanto a dislexia é considerada uma condição genética e hereditária, o TDAH é influenciado por fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos.

É importante ressaltar que é possível que uma pessoa seja diagnosticada com TDAH e dislexia simultaneamente, pois essas condições podem coexistir em alguns casos.

Principais sinais da dislexia

Os principais sinais da dislexia são:

Atraso no desenvolvimento inicial da linguagem;
Dificuldade para reconhecer as diferenças entre sons semelhantes;
Aprendizagem lenta de novas palavras;
Dificuldade em copiar no quadro, do livro e dificuldades em aprender habilidades em leitura, escrita e ortografia.

É importante ressaltar que a presença de um ou mais desses sinais não necessariamente confirma o diagnóstico de dislexia, mas pode indicar a necessidade de uma avaliação mais aprofundada por profissionais especializados.

Segundo Sara, as causas podem ser por questões didáticas, estruturais e culturais, falta de estímulo da família ou até falhas no aprendizado da alfabetização.
Tem solução!

O tratamento da dislexia é multifacetado e visa proporcionar às pessoas afetadas as ferramentas e estratégias necessárias para superar as dificuldades.

Embora seja uma condição de longo prazo, com intervenção adequada, é possível desenvolver habilidades compensatórias e aprender a lidar com os desafios.

Um dos pilares fundamentais no tratamento da dislexia é o suporte educacional especializado.

Professores treinados com técnicas específicas para ajudar os alunos com o transtorno podem fornecer estratégias de ensino diferenciadas e utilizar recursos visuais e auditivos que facilitem a aprendizagem.

A abordagem individualizada é essencial para atender às necessidades específicas de cada pessoa.

Além disso, a terapia pode ser uma ferramenta valiosa.

Por meio desse apoio, os indivíduos com dislexia podem aprender a identificar suas habilidades e dificuldades específicas, desenvolvendo métodos personalizados.

A psicóloga ainda reforça:

“Quando existem comorbidades associadas à dislexia, como questões emocionais, é preciso que se entenda e faça a criança entender e aumentar a sua autoestima, e que o psicólogo esteja em contato com professores auxiliando na aprendizagem”.

Sara Santos Borges é psicóloga da Psicologia Viva.
A profissional atua em temas como déficit de atenção, maternidade, infância, ansiedade e muito mais.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: https://perfil.psicologiaviva.com.br/saraborges/Internet