Violência escolar afeta saúde mental de crianças e de adolescentes

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

A saúde mental das crianças e dos adolescentes nesse período de ameaças em escolas e de outros tipos de violência foi o tema central do CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília. A convidada foi a psicóloga Doralice Oliveira Gomes, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), e professora de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), câmpus Gama.

Na entrevista, concedida nesta quinta-feira (13/4) à jornalista Carmen Souza, a especialista, que é referência em cultura de paz nas escolas, também comentou sobre os impactos da pandemia nesse cenário de violência escolar e destacou a importância da presença policial nas unidades de ensino, para que os estudantes se sintam seguros.

Quais os impactos desse cenário de violência e de medo nas escolas na saúde mental das crianças e dos adolescentes?

É um impacto imediato. (…) São situações que podem gerar o que a gente chama de trauma, algo que acontece em um determinado momento, mas que tem uma validade eterna se não for trabalhado.

Mas, hoje, qual a repercussão? Temos crianças, adolescentes e familiares preocupados, muitos com dificuldade de dormir, com dor de cabeça, com uma ansiedade maior do que normalmente estariam por estarem inseguros. O espaço da escola, que é é protetivo e acolhedor por excelência, de repente, tornou-se um espaço em que a pessoa pensa ‘como é que poderei estar aqui?’.

Então, é importante a gente conversar sobre isso, para essas pessoas saberem que não são “pessoas espetáculo”. Elas têm nome, local, e têm outras pessoas que olham para elas com essa sensibilidade.

Muitos pais relatam que os filhos não querem ir para a escola porque têm medo. Que tipo de conversa eles devem ter com as crianças?

O que eu recomendo que os pais façam, se eles não estão se sentindo seguros para conversar com o filho, que primeiro procurem o diretor da escola, o orientadora educacional ou alguém da rede de ensino e converse com esse profissional, busque se informar.

(…)A família pode contar com a escola, pode perguntar ‘o que eu digo para o meu filho, como vocês estão lidando com isso, vocês pensaram em algo?’. Os pais podem até dar sugestões para a escola.

(…) Então, vejam como está lá e conversem com seu filho. Fala: “olha meu filho, a sua escola é um espaço que está sendo bem cuidado para você estar lá. Se eu puder eu te levo lá na porta”.

(…) Mas que ele possa ir para a escola, sim, porque é um ambiente protetivo. Tem problemas? Tem. Mas o aluno pode continuar a vida dele com regularidade, que é o que vai fazer com que essa criança tenha saúde mental.

No caso do adolescente, ele sabe o que está acontecendo. Ás vezes, repercute, não percebe a gravidade disso, leva como uma brincadeira. Que cuidados os pais devem ter?

Mostrar a seriedade da situação, que isso não é uma brincadeira, que gerar boatos sobre isso prejudica a vida de muita gente, inclusive crianças pequenas, que são indefesas. Então, que o adolescente saiba que o que ele faz repercute na vida do outro.

Então, ele pode, sim, ter uma atitude mais responsável. E o que é que o adolescente pode fazer? Se chegar esse tipo de notícia, comunicar o diretor da escola, o orientador, alguém da confiança dele. Não propagar isso como brincadeirinha, porque são coisas graves, e ele pode, inclusive, ser alguém que está contribuindo para isso não acontecer. Ele está sendo alguém que está contribuindo para a vida. Acho que os adolescentes também podem ser grandes parceiros nesse processo.

Há uma grande discussão de que o uso de videogames estaria, de certa forma, relacionado a esse comportamento mais violento dos jovens, das crianças e dos adolescentes. É um fato?

Não tem como fazer esse “ligue os pontos”. Vai depender muito mais dos valores que a pessoa tem. Se eu tenho dentro da minha casa um espaço de diálogo, de respeito a conviver com as diferenças.

(…) É reduzir demais uma pessoa porque ela joga um videogame. Pode ser um fator de risco? Pode, mas nunca vai ser isolado. Garanto que se é um espaço de lazer, de entretenimento, mas o adolescente, a criança têm uma saúde bem cuidada, outras formas de lazer, brincam com os amigos, assistem TV, têm uma alimentação bacana, têm espaço de diálogo, têm outras coisas da vida, o fato deles terem um tempinho para jogar videogame… Está tudo bem.

Com o fim do isolamento, houve um período de brigas nas escolas, com vídeos, disseminação de imagens violentas. Qual foi o impacto da pandemia, do isolamento, no comportamento das crianças e dos adolescentes?

Pensa quem tinha uma escola como um espaço de socialização, de encontrar com os amigos, de brincar, de jogar bola. De repente, o mundo caiu. A pessoa está dentro de casa, confinada.

(…) Isso tem uma repercussão na saúde mental daquele adolescente, daquela criança, daquela família.

(…) Se a criança tinha 6 anos, passou 2 anos em que o convívio social é primordial no desenvolvimento, estava em casa. Quando ela volta, isso meche, tem uma readaptação. E no caso dos adolescentes, essa questão da expressão da agressividade, da ansiedade.

Não teria como elencar exatamente o que pode ter acontecido, não sei como é a relação em todas as casas, não sei como foi isso no ambiente familiar. Mas quando isso foi para a escola, é uma sociedade que sofreu um terremoto junto. E uma das formas de expressão que apareceu foi essa agressividade. (…) Durante a pandemia, não conseguíamos chegar em todos os alunos.

Nós, da Secretaria de Saúde, com a Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Gama, fizemos encontros de terapia comunitária on-line com professores de 42 escolas públicas da cidade. Isso porque os professores, que têm acesso aos adolescentes e às crianças, também estavam na mesma crise, saíram do ambiente deles de estabilidade, onde têm todo um repertório de como lidar, educar, trabalhar.

Tiveram de se reinventar. Então, se os professores estivessem melhores, chegariam até os estudantes. A forma que a gente encontrou de estar com os estudantes foi cuidando dos professores, nesse pequeno espaço.

Como esse projeto vem sendo desenvolvido?
Nós temos um projeto com a CRE do Gama, desde 2018, o Escola Inspiradora.

No Centro Educacional Gesner Teixeira —na divisa com Goiás, que é uma região com vulnerabilidade social considerável —, criamos um espaço de acolhimento dos estudantes, onde acontecem várias práticas integrativas — terapia comunitária, meditação, automassagem, reiki. Nós levamos a saúde nessa parceria com a educação, formação dentro das escolas, para que elas tivessem esses espaços de acolhimento. Então, a nossa Escola Inspiradora é o CED Gesner Teixeira, em 2018.

De 2019 para cá, conseguimos expandira proposta para mais oito escolas do Gama e de Santa Maria e para a Universidade de Brasília (UnB).

Na UnB têm os jovens que estão na faixa etária de 18 até 23 anos, em geral. Então, a gente tem aí uma experiência bacana. Uma coisa que é um xodó pra mim são as rodas de terapia comunitária com as crianças do jardim, de 4, 5 e 6 anos.

O que temos visto como uma resposta dos governos mais imediata é a presença da polícia nas escolas. Há projetos para haver detectores de metais nas instituições de educação básica. Essas medidas funcionam?

A segurança pública tem um papel fundamental como parceira da educação, porque o estudante precisa se sentir seguro para poder aprender. Do mesmo jeito que ele precisa se sentir bem consigo mesmo, com suas emoções, para poder aprender, também necessita ter segurança.

(…) O papel que a polícia faz externo à escola para que ela se sinta dentro da política pública, amparada, de maneira geral, é de suma importância. O papel da polícia é esse mesmo.

(…) Agora, detector de metais na porta da escola é uma coisa bem nova. Estou pensando sobre isso e não tenho uma opinião formada.

Qual o papel dos pais na dinâmica da cultura de paz?

Quando os pais forem convidados pela escola para participar das atividades, por favor, compareçam, participem.

Sei que muitos pais trabalham, têm uma vida pesada, enfrentam problemas de trânsito, de transporte, mas, muitas vezes, os professores fazem atividades à noite, aos sábados, para que os pais possam estar junto, e eles não vão, ficamos muito tristes.

É importante essa participação dos pais.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Doralice Oliveira Gomes, psicóloga da Secretaria de Saúde e professora da UnB (câmpus Gama) analisa o atual cenário envolvendo as unidades de ensino e fala sobre a importância da presença da polícia nas escolas/Internet

Conheça 17 ONGs de apoio para pessoas com deficiência

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)

Os projetos sociais para pessoas com deficiência buscam garantir para esses cidadãos sua inclusão na sociedade e no mercado de trabalho.

É com tal objetivo que diversas pessoas e instituições têm se unido em forma de organizações não governamentais (ONGs).

No Brasil e no exterior existem diferentes ONGs de apoio às pessoas com deficiência, por isso, ter conhecimento acerca dessas entidades é importante não apenas para esses indivíduos e suas famílias, mas também para a sociedade como um todo.

Afinal, é fundamental que essas iniciativas sejam popularizadas, para que atinjam mais pessoas e consigam um maior apoio.

Seja com o intuito de inclusão social da pessoa com deficiência, promoção dos direitos, trabalhos com a família, ou seja, com o incentivo à prática esportiva, hoje é possível encontrar diversas ONGs de apoio espalhadas pelo Brasil.

Neste artigo, listamos 17 ONGs que fazem esse tipo de trabalho em várias regiões do país:

1. Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD)
A AACD, conhecida em todo o território nacional por meio da campanha do Teleton, tem um dos melhores complexos hospitalares da área, além de ser referência em qualidade no tratamento de pessoas com deficiência física.

A Associação tem como público principal crianças e adolescentes, e possui 12 centros de reabilitação e 6 oficinas de ortopedia no Brasil. O Teleton, maratona televisiva exibida anualmente pelo SBT, é uma das principais formas de garantir a sobrevivência dessa ONG.

Os mascotes “Tonzinho” e “Nina”, marca registrada do Teleton, foram inspirados em usuários da ONG. Tais bonecos podem ser adquiridos durante a exibição do programa de TV, pelo site da AACD e via telefone, sendo que toda a renda é revertida para a entidade.

2. AdaptSurf
Promovendo o contato direto com a natureza, a ONG de apoio AdaptSurf desenvolve a ousada proposta de incluir pessoas com deficiência em um esporte radical.

Criada em 2007, a instituição divulga e desenvolve o surf adaptado, ao mesmo tempo que realiza um trabalho de preservação das praias e luta por acessibilidade nesses locais.

A ONG oferece também treinamento e certificação para as pessoas que se interessarem em trabalhar como voluntárias em um dos projetos desenvolvidos.

Podem se inscrever tanto educadores físicos profissionais, como pessoas de outras áreas (como setores relacionados à saúde e também administrativo).

3. Associação Mineira de Reabilitação (AMR)
Fundada em 1964, a AMR cuida da reabilitação de crianças e adolescentes carentes com deficiência física. Atualmente, atende mais de 500 jovens que, em sua maioria, possuem alguma deficiência física ocasionada por paralisia cerebral e demais síndromes neurológicas.

Esse projeto social proporciona atividades de colaboração com profissionais de diversas áreas da saúde, prestando serviços de assistência e, principalmente, de reabilitação.

4. Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE Brasil)
A APAE é uma associação conhecida nacionalmente, destacando-se por seu pioneirismo e abrangência, está presente, atualmente, em mais de dois mil municípios em todo o território nacional.

Criada por familiares e amigos empenhados na busca por melhores condições de vida para seus parentes com deficiência, as APAEs promovem e defendem os direitos destes cidadãos.

Vale ressaltar que essa associação têm unidades próprias em cada município, onde muitas vezes faz parcerias com o poder público municipal e estadual para receber recursos que auxiliam em sua manutenção.

5. APOIO
Fundada em 2007, em São Paulo, a APOIO oferece serviços de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional à pessoa com deficiência. A Associação foi criada por um grupo de amigos que, ou se tornaram portadores de deficiência, ou passaram boa parte da vida auxiliando indivíduos na mesma situação.

A ONG promove eventos e reforça a importância do conhecimento na hora de auxiliar as pessoas que necessitam, por exemplo, de cadeiras de rodas para locomoção.
6. Casa de David

Fundada em 1962, a Casa de David oferece abrigo e cuida de pessoas com deficiência física, intelectual, ou com autismo. Com sede em São Paulo, e uma unidade em Atibaia (SP), a Instituição atende 438 pessoas carentes, a maioria abandonadas por suas famílias.

Com uma equipe de especialistas, a ONG oferece atividades como: reabilitação aquática, fisioterapia, ioga, entre outros projetos. A ideia é dar um pouco de dignidade e qualidade de vida para essas pessoas, que por motivos diversos foram abandonadas por seus familiares.

7. Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD)
Fundado em 1988, o IBDD busca garantir e promover os direitos da pessoa com deficiência e inseri-la no mercado de trabalho. A ONG de apoio oferece cursos de formação profissional e possui especialistas em legislação da pessoa com deficiência.

No site do IBDD você encontra artigos e publicações sobre Direitos da Pessoa com Deficiência, entre outros materiais.

8. Instituto Mara Gabrilli (IMG)
Criado em 1997, o IMG desenvolve ações e trabalhos que buscam promover: projetos de orientação (incluindo também familiares), suporte a atletas paralímpicos, suporte a pesquisas e produção de materiais informativos.

Esse instituto tem impacto direto na qualidade de vida de mais de três mil famílias, trabalha e incentiva pesquisas científicas para a cura da paralisia, disponibiliza mais de 300 guias de acessibilidade e ainda oferece suporte direto a 20 atletas de alto rendimento.

No site do IMG você encontra também dicas de exercícios, de convivência, guias de acessibilidade cultural, entre outros.

9. Instituto Novo Ser
A objetivo do Instituto Novo Ser é contribuir com a produção de mudanças capazes de transformar a ótica negativa que é predominante sobre a deficiência.

O projeto tem como foco principal a valorização da pessoa com deficiência enquanto ser humano, ajudando essa a enfrentar seus desafios com dignidade e confiança.

A equipe do Instituto é formada, em sua maioria, por cidadãos com vivência e experiência concreta no cuidado de pessoas com deficiência. E é reconhecida, principalmente, pelo projeto “Praia para Todos”.
10. Vivência e Inclusão da Pessoa Com Deficiência Por Meio de Atividades e Sensibilização (Vidas)

A VIDAS desenvolve um trabalho de socialização para crianças e adolescentes com deficiência física. A ONG busca criar oportunidades de inclusão por meio de atividades de convivência, lazer e prática esportiva.

Surgida da necessidade de espaços escolares mais comprometidos na integração de crianças com deficiência, hoje a ONG também oferece um trabalho junto aos pais e familiares de seus participantes. Como a própria sigla sugere, o seu objetivo principal é prezar pela vida dos participantes.

11. Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu)
“Acreditamos no poder das diferenças. Trabalhamos pela transformação social. Vivemos pela inclusão. Somos a Unilehu”. Esse é o slogan da Universidade Livre para a Eficiência Humana — Unilehu, organização sem fins lucrativos que tem o objetivo de fazer a inclusão acontecer para as pessoas com deficiência física.

A sede da ONG fica em Curitiba, porém os seus trabalhos se espalham por todo o território nacional. Por meio de grupos e instituições parceiras, a Unilehu faz um trabalho árduo para evitar que as pessoas com deficiência se encontrem em situação de vulnerabilidade social.

O “Programa Mais Eficiência” é o seu carro-chefe e atua principalmente para que as leis de cotas sejam cumpridas, garantindo a empregabilidade das pessoas com deficiência. Além disso, por meio de cursos e eventos, a ONG busca preparar essas pessoas para que alcancem vagas no mercado de trabalho.

12. Associação Ita Wegman de Pedagogia Curativa e Terapia Social (AIW)
A Associação Ita Wegman (AIW) é uma instituição paranaense que há 10 anos tem por norte contribuir para o pleno desenvolvimento humano e social, a partir dos fundamentos da Antroposofia.

Especialmente no atendimento às pessoas com deficiência e na realização de cursos que promovam capacitação profissional e autoeducação.

A Antroposofia traz um visão ampliada e profunda do ser humano e de suas relações com o meio ambiente e o cosmos. Foi concebida por Rudolf Steiner, no início do século XX.

Ela fundamenta diversas áreas do conhecimento humano, tais como a Pedagogia Waldorf, a Pedagogia Curativa, a Agricultura Biodinâmica e a Medicina Antropósófica, dentre outras.

A AIW oferece atividades pedagógicas, artísticas e terapêuticas (trabalhos manuais, teatro, jardinagem, música, marcenaria etc.) no contraturno para crianças em situação de vulnerabilidade social, e em período integral para pessoas com com deficiência provenientes de Campo Magro, Campo Largo e Curitiba.

13. Escola de Educação Especial 29 de Março
Em Curitiba-PR, a Escola de Educação Especial 29 de Março, criada em 1990 pela professora Ruth Schrank, atende mais de 100 pessoas com deficiência, a partir dos seis anos de idade.

A sede da escola foi conquistada pela idealizadora, em 1989, por meio de doações oriundas da campanha Criança Esperança, da Rede Globo. A partir de então, iniciou-se um trabalho assistencial e educacional, com foco na educação de crianças com dificuldade de locomoção e outras necessidades.

Sem fazer nenhuma distinção, a escola atende toda população de sua região de atuação, recebendo pessoas de diversas classes sociais e níveis culturais, garantindo a todos a mesma qualidade no atendimento, e com uma proposta pedagógica própria.

14. Instituto Vidas Raras
Com sede em Guarulhos-SP, e visando o desenvolvimento de pessoas com doenças raras (que acometem as funções físicas e intelectuais), o Instituto Vidas Raras realiza pesquisas para identificar e diagnosticar essas patologias.

Além disso, o instituto realiza diversos trabalhos junto à classe médica, divulgando as doenças raras e conscientizando os profissionais da saúde. Assim, trazem instruções sobre como diagnosticá-las corretamente e realizar tratamentos que proporcionem mais qualidade de vida aos portadores.

15. Escola de Gente
Fundada pela jornalista e ativista Claudia Werneck, a Escola de Gente é uma ONG que, por meio da comunicação estratégica, visa garantir registros nas mídias e divulgar causas.

Tem como objetivo o combate ao preconceito e o bem-estar geral das pessoas com deficiência.

Dessa maneira, a escola também visa formar jovens com deficiência, para que eles consigam desempenhar boas funções no mercado de trabalho. Outro aspecto interessante é que a Escola de Gente contribui para a formação e visão empreendedora daqueles que desejam se tornar donos de seus próprios negócios.

16. Associação Desportiva Para Pessoas Com Deficiência (ADD)
A administradora Eliane Miada e o educador físico Steven Dubner fundaram, em 1996, a Associação Desportiva para pessoas com Deficiência. Por meio de doações e o patrocínio de empresas parceiras, a associação atua para o desenvolvimento da prática esportiva entre pessoas com deficiência.

Basquete em cadeira de rodas, natação, ciclismo e atletismo são alguns dos esportes que podem ser praticados em equipes formadas pela ONG, na cidade de São Paulo. O objetivo da ADD é que, por meio do esporte, sejam desenvolvidas as capacidades físicas e também a inclusão social das crianças com deficiência.

17. Acessibilidade Brasil
Não é apenas o ambiente físico que apresenta obstáculos para as pessoas com deficiência, isso também ocorre no ciberespaço e nos meios digitais. Pensando nisso, a organização Acessibilidade Brasil se dedica ao desenvolvimento de novas tecnologias, buscando garantir a acessibilidade para todos no ambiente online.

A entidade atua no desenvolvimento e divulgação de: sistemas e aplicativos que permitam a leitura de textos digitais; teclados adaptados para pessoas com dificuldades motoras; entre outras tecnologias de acessibilidade.

É cada vez maior o número de ONGs de apoio à pessoa com deficiência no Brasil. Em quase todas as regiões do país, é possível encontrar um grupo de familiares ou amigos realizando trabalhos em busca da promoção do bem-estar, inserção, integração e saúde desses cidadãos.

Ao divulgar o trabalho desses projetos sociais para pessoas com deficiência você ajuda nos resultados, levando-as ao conhecimento de quem necessita. Por isso, atue sempre como um replicador, disseminando esse tipo de informação para os seus familiares e amigos.

Bom, você conhece alguma ONG que faça algum trabalho interessante nesse sentido e que não foi mencionada neste artigo?

Então, deixe um comentário no espaço abaixo e compartilhe um pouco sobre o trabalho realizado pelas instituições que você conhece ou participa.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Freedom/Internet

Como fazer um currículo para PCD: Dicas e informações importantes

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Como montar um currículo para Pessoas com deficiência: Dicas, informações importantes e Modelos

Se você é uma pessoa com deficiência (PCD) e está procurando montar um curriculo de PCD para um emprego, é fundamental ter um currículo bem elaborado e estruturado.

Afinal, esse documento é a primeira impressão que o empregador terá de você e pode ser determinante para conseguir uma entrevista de emprego.

Como-montar-um-modelo-de-currículo-para-Pessoas-com-deficiência
Por isso, preparamos este conteúdo com dicas e informações importantes para ajudá-lo a criar um currículo que destaque suas habilidades e experiências profissionais, ao mesmo tempo em que evidencia as suas limitações e necessidades enquanto PCD. Confira!

Inclua dados de CID e laudo médico
Ao elaborar um currículo para PCD, é essencial incluir informações sobre a sua deficiência. Isso porque muitos empregadores possuem cotas de contratação para PCDs e precisam desses dados para cumprir a lei. Além disso, essas informações ajudam a adequar o ambiente de trabalho às suas necessidades e garantir acessibilidade.

Por isso, é importante incluir no currículo de PCD o número do CID (Código Internacional de Doenças) referente à sua deficiência, bem como o laudo médico que comprova a condição. Essas informações podem ser colocadas na seção de dados pessoais ou em um campo específico para PCD.

Destaque suas habilidades e experiências
Ao elaborar o seu currículo, é fundamental destacar as suas habilidades e experiências profissionais. Isso porque esses aspectos são valorizados pelos empregadores e podem ser determinantes para conseguir uma entrevista de emprego.

Faça uma lista de suas habilidades, levando em conta tanto as habilidades técnicas (relacionadas à sua área de atuação) quanto as habilidades comportamentais (como comunicação, trabalho em equipe, liderança etc.)

. Em seguida, procure destacar as experiências profissionais que evidenciam essas habilidades, ressaltando as conquistas e resultados obtidos em cada uma delas.

Descreva suas limitações e necessidades
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, descrever suas limitações e necessidades enquanto PCD no currículo não é um aspecto negativo.

Pelo contrário, isso demonstra transparência e contribui para que o empregador entenda melhor as suas necessidades e possa adequar o ambiente de trabalho para recebê-lo da melhor forma possível.

Por isso, procure descrever suas limitações e necessidades de forma clara e objetiva, sem deixar dúvidas sobre como a sua deficiência pode afetar o seu desempenho e quais as adaptações necessárias para garantir acessibilidade. Isso pode ser feito em um campo específico para PCD ou em uma seção de habilidades e experiências.

Conclusão
Ao criar um currículo para PCD, é fundamental levar em conta aspectos específicos que evidenciem suas habilidades e experiências, bem como suas limitações e necessidades enquanto PCD.

Além disso, é importante incluir informações sobre CID e laudo médico para cumprir as exigências legais e adequar o ambiente de trabalho às suas necessidades.

Seguindo essas dicas, você aumentará as suas chances de conseguir uma entrevista de emprego e alcançar o sucesso profissional.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: deficienteonline/Internet

Inclusão digital: o que é e como funciona o processo de democratização das tecnologias digitais

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr- Brazil)

inclusão digital é uma forma de democratizar a tecnologia e deixá-la acessível ao maior número de pessoas. Assim, a qualidade de vida das minorias melhora e elas podem pensar além, em outras perspectivas.

A tecnologia abriu muitas portas para a melhoria da sociedade.

Hoje temos acesso a várias informações que não tínhamos antes e, com elas, pudemos transformar nosso trabalho, nossas opiniões e nossa forma de ver o mundo.

Entretanto, nem todos conseguiram ter acesso aos meios tecnológicos da mesma maneira.

Seja pela diferença social ou pela falta de opções para quem tem algum tipo de deficiência, algumas fatias do público ficaram carentes da tecnologia e dos benefícios que ela traz.

A Transformação Digital, que está trazendo uma nova onda de tecnologia, tornando-a mais acessível às empresas e pessoas, tem um papel fundamental na inclusão digital e consequentemente na democratização das tecnologias digitais.

Entenda melhor o que é a inclusão digital e como funciona esse processo. Abordaremos os seguintes pontos:

A inclusão digital é, primeiramente, uma conversa ampla.

É uma extensão natural, para o ambiente digital, de algo que existe pelas diferenças sociais e culturais que permanecem na sociedade.

No Brasil, não é diferente.

A desigualdade social, cultural e física entre as pessoas acaba gerando ainda mais segregação entre elas. A chegada dos computadores e da Internet estava sendo exatamente um prolongamento dessa desigualdade.

Quem tinha privilégios, continuava os tendo, com relação à tecnologia.

Entretanto, o próprio meio tecnológico, principalmente a Internet, é uma forma de democratizar conhecimento e oportunidades. E foi para acabar com diferença, que surgiu a inclusão digital.

Assim, esse conceito procura tornar acessível para o maior número de pessoas, a tecnologia, principalmente a Internet.

Segundo um levantamento feito pela The Economist Inteligence Unit em parceria com o Facebook, chamado The Inclusive Internet, nosso país está em 31º lugar geral sobre o nível de Internet inclusiva.

Esse levantamento leva em consideração pontos como a disponibilidade de sinal, ambiente econômico e os custos. Apesar de ainda sabermos que existem muitas questões que precisam ser mais bem trabalhadas aqui no Brasil sobre a inclusão digital, já melhoramos em na Internet inclusiva, já que em 2016 o Brasil ocupava o 78º lugar nessa mesma pesquisa.

Entretanto, levando em consideração apenas a disponibilidade de sinal, nossa posição cai para o 44º lugar.

Ainda temos um longo caminho a percorrer aqui no Brasil.

Por que a inclusão digital é importante?
A inclusão digital, juntamente à inclusão de PCD’s, a inclusão de pessoas negras e outros, como a diversidade e inclusão nas empresas, devem ser assuntos que devem ser falados e discutidos em sociedade.

Isso porque tendemos a não enxergar a causa e a dor do outro e assim, deixamos passar oportunidades de crescer enquanto pessoas e sociedade.

Afinal, o crescimento existe na diferença, em suas diversas maneiras.

E olhando para o lado empresarial também, existem ganhos na mudança desse olhar. Alinhar marketing e código de cultura gera uma série de benefícios, como a melhoria da satisfação dos colaboradores e consequentemente, aumento na produtividade.

Sem contar que o público que era deixado de lado, passa a ser consumidor com a inclusão digital. São pessoas que podem se expressar com mais liberdade e também a consumir produtos que antes não tinham acesso.

Como funciona a democratização digital?
A democratização digital, que pode ser considerado um sinônimo para a inclusão digital, mas, na verdade, é uma consequência dela, pode ser realizada pelos governos ou pelas parcerias com empresas de vários ramos, não só da tecnologia.

No Brasil, ainda consideramos que a inclusão digital está caminhando a passos lentos. Mesmo com iniciativas do governo federal, como o programa “Computador para Todos”, que existe desde 2005 e subsidiava computadores e notebooks com acesso à Internet para as classes mais baixas da população.

Existem também iniciativas dos governos estaduais, como o do Ceará, que premia os melhores alunos da rede pública de ensino com notebooks, incluindo as escolas indígenas, estimulando o ingresso desses alunos no ensino superior.

O crescimento da inclusão digital é lento pelas próprias características geográficas, sociais e culturais do país.

Por isso, esperar apenas por iniciativas dos governos não é uma boa saída.

As empresas também podem (e devem) atuar ativamente para acelerar a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. E a inclusão social é uma dessas maneiras de causar impactos positivos no país e no mundo.

E engana-se quem pensa que somente grandes empresas, gigantes da indústria ou multinacionais podem criar e sabem como começar projeto de impacto social relevante.

Logicamente, elas dispõem de mais recursos, sejam eles materiais ou humanos, para impactar o maior número de pessoas em situação de desigualdade. Mas empresas de todos os portes podem criar seus próprios projetos de impacto social, de acordo com seus valores, com a sua disponibilidade e com o seu core business.

A Rock Content, por exemplo, tem a Rock.org, que é um projeto de impacto social que acredita na educação e no empreendedorismo como ferramenta de inclusão social. Assim, foi criado o Rock Volunteer Day, em que 250 colaboradores da empresa puderam participar e contou inclusive com uma premiação em forma de doação para uma ONG.

Buscar iniciativas de Responsabilidade Social Empresarial (RSE), por exemplo, é uma maneira de começar a pensar nos impactos sociais que a sua empresa pode trazer.

Isso gera melhoria da imagem da empresa, aumento no número de consumidores, engajamento dos colaboradores e clientes, além de aumentar a fidelidade deles, fortalecendo a marca.

Os projetos sociais, usando ou não a inclusão digital, geram uma série de benefícios para a empresa e para a sociedade, criando um ciclo virtuoso.

É importante lembrar que a inclusão digital é uma das consequências positivas da Transformação Digital.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Rockcontente-Raissa Serique/Internet

O que a Síndrome de Down me ensinou sobre a vida

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

Confira o relato do ex-jogador de futebol e atual senador Romário sobre sua relação com a filha, Ivy.
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á 10 anos minha vida deu uma guinada.

Era 2005 e eu, aos 40 anos, me surpreendi com o nascimento de uma filha com síndrome de Down. Meu desconhecimento sobre o assunto era tão grande que sofri por alguns minutos. Foram poucos, graças a Papai do Céu.

O amor por aquela criança dissipou rapidamente qualquer sentimento ruim.

Naquele momento, as notícias sobre o assunto não foram as mais razoáveis. “Romário enfrenta drama com nascimento do sexto filho”, escreveu um jornalista.

Enquanto inúmeras outras pessoas cochichavam com preconceito sobre as características da síndrome. Definitivamente, o mundo era outro.

Muitos acharam que eu esconderia minha princesa, mas, sendo um homem público, chamei uma coletiva para falar sobre a Ivy. “Hoje o assunto aqui não é futebol, é síndrome de Down”, anunciei aos jornalistas que ouviram com espanto.

Em abril daquele mesmo ano, me despedi da Seleção Brasileira, com um gol em um jogo contra a Guatemala. Havia ampla cobertura da mídia e, na comemoração, exibi a camisa da causa: “Tenho uma filhinha Down que é uma princesinha!” Foi assim, apresentando minha filha ao mundo que mudei muita gente, assim como mudei a mim próprio.

Ivy veio ao mundo com uma responsabilidade enorme, mudar o Romário. Ela me deu tranquilidade e pude me tornar um cara menos egoísta, mais calmo e, assim, melhorar minha relação com os meus outros filhos e o trato com as pessoas.

Ela fez isso tão bem que, junto com esse pai babão, mudou milhões de pessoas. Recebo muitas mensagens de pais que ficaram tranquilos em receber a notícia do nascimento de um filho com Down. Certa vez, um médico comunicou a uma mãe que ela havia dado luz a uma criança como a filha do Romário. Ela sorriu com emoção e me contou, tempos depois.

Esse poder é da Ivy. Quem a conhece sabe de sua luz, alegria, inteligência e amor que encanta a todos a sua volta. Graças a ela, hoje sou uma pessoa mais sensível, paciente, compreensivo. Ela me deu um novo sentido para viver.

Por causa dela, resolvi lutar por um mundo melhor para as pessoas com deficiência. Nestes cinco anos no parlamento, posso dizer, modestamente, que já deixei minha marca.

Em apenas seis meses de mandato, consegui fazer importantes mudanças na legislação em favor das pessoas com deficiência. Uma delas está relacionada ao Benefício de Prestação Continuada.

Também conhecido como BPC, o benefício garante o auxílio de um salário mínimo à pessoa com deficiência de baixa renda.

A mudança na Lei Orgânica de Assistência Social (Lei n° 8.742/1993) prevê que a contratação de deficientes físicos como estagiários não mais acarretará na suspensão ou cancelamento do BPC.

Como aprendiz, eles poderão receber, por até dois anos, a remuneração e o benefício simultaneamente. Já no caso do deficiente ser contratado ou se tornar um microempreendedor individual, o benefício será apenas suspenso.

Desta forma, quando a atividade remunerada cessar, o beneficiário voltará a receber automaticamente o auxílio, sem necessidade de nova perícia.

Além disso, foi engrandecedor participar da construção do Plano Nacional de Educação e tantos outros projetos para o País. Agora, me honra ser o relator da Lei Brasileira de Inclusão.

E tudo isso, apenas uma pessoa é responsável. Quem diria que a síndrome de Down me daria tantas novas possibilidades na vida.

Hoje eu agradeço a Ivy por tudo. Especialmente pela oportunidade de lutar pela sociedade.

Por contribuir para melhorar a vida de tantas pessoas com síndromes, deficiências, doenças raras e tantas outras incapacitantes.

Com 10 aninhos, minha filha ainda não tem dimensão de sua importância para este mundo, mas um dia terá.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: vidamais livre/Internet

Cão-guia representa a inclusão social das pessoas com deficiência visual e a sociedade precisa aprender a recebê-lo

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr – Brazil)
Por George Thomaz Harrison, instrutor de cães-guia do Instituto Magnus

Eles são os olhos daqueles que não podem enxergar. Dão segurança, autonomia e promovem a inclusão social das pessoas que apresentam algum tipo de deficiência visual.

Embora a história do cão-guia do Brasil tenha um início recente, hoje existem aproximadamente 200 cães–guia em atividade.

O número é ainda muito baixo, diante da necessidade das mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência, entretanto, existem algumas entidades que têm trabalhado para que essas demandas sejam, aos poucos, atendidas.

Pelo fato de ser algo pouco difundido, é preciso levar ao conhecimento da sociedade que o cão-guia é um fator agregador, muito benéfico para a pessoa que o tem como companheiro.

Até mesmo por isso, ele não deve e nem pode ser vetado dos espaços públicos ou privados, inclusive, isso está em lei. Em vigência desde 2005, a Lei Federal 11.126 e o decreto 5904, de 21 de setembro de 2006, que regulamenta a lei, asseguram às pessoas com deficiência visual – cegos ou com baixa visão – o direito de permanência com seu cão-guia em todos os estabelecimentos de ordem pública ou privada, de uso coletivo. Tal lei, garante o direito de ir e vir dessas pessoas com mais autonomia e confiança, adquiridas a partir do animal treinado para esta finalidade. Isso quer dizer que o cão-guia pode ingressar em transportes públicos, centros comerciais, bancos, enfim, onde quer que seu tutor precise ir.

Esclarecida essa questão, um outro ponto que ainda precisa ser trabalhado, refere-se a como as pessoas – principalmente as que gostam de cachorros – recebem o cão-guia. Sabemos que os cães adoram interagir conosco, especialmente Labradores e Golden Retriever, raças amáveis e as mais utilizadas para cumprir tal função. Mas quando um cão-guia está em serviço, qualquer distração pode acabar atrapalhando seu trabalho. Acariciar, brincar, ofertar alimentos é algo tentador às pessoas, mas quando o animal estiver com o arreio, significa que está a serviço e não deve sofrer interferências. E isso não é algo ruim para ele, que foi treinado por um longo período para isso. Em horários específicos, ele receberá suas refeições, petiscos, água, fará suas necessidades e para ele está tudo certo. Tirar sua atenção, implica em problemas e até mesmo perigo para a pessoa com deficiência visual.

Portanto, se algum dia encontrar um cão-guia em um transporte público, uma estação de metrô ou um parque, aproveite para observar como ele se porta, como atende aos comandos e admire seu trabalho. É possível também conversar com seu tutor e entender um pouco mais da sua rotina, entender suas limitações e como o cão-guia foi capaz de mudar sua vida para melhor.

Edição? CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: vidamaislivre/Internet

Inclusão: Um olhar além das diferenças na busca pela igualdade

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

A inclusão é um conceito cada vez mais relevante e necessário em diversas áreas da sociedade.

A inclusão abrange a ideia de proporcionar igualdade de oportunidades e tratamento justo para todas as pessoas, independentemente de suas características individuais, origens étnicas, orientações sexuais, identidades de gênero, habilidades físicas ou mentais, idade, religião, ou quaisquer outras diferenças pessoais.

Qual é o conceito de Inclusão?
O conceito de inclusão refere-se ao ato ou processo de garantir que todas as pessoas, independentemente de suas diferenças individuais, características ou origens, sejam valorizadas, respeitadas e tenham acesso igualitário a oportunidades, recursos e participação na sociedade.

A inclusão é baseada no princípio de que todos os indivíduos têm o direito fundamental de serem reconhecidos como membros iguais da comunidade e de participarem ativamente em todas as esferas da vida, seja na educação, no trabalho, na cultura, na política, na tecnologia, entre outros.

Essencialmente, a inclusão promove a ideia de que todas as pessoas devem ser tratadas com equidade e justiça, independentemente de suas capacidades físicas, origens étnicas, orientações sexuais, gênero, idade, religião ou qualquer outra característica pessoal.

O objetivo é criar ambientes e sistemas sociais, educacionais e profissionais que sejam abertos, acolhedores e acessíveis a todos, onde cada indivíduo possa desfrutar de oportunidades iguais de desenvolvimento pessoal e participação ativa na sociedade.

A inclusão não se limita apenas à aceitação passiva da diversidade, mas envolve ações e esforços deliberados para eliminar barreiras, preconceitos e discriminações que possam marginalizar ou excluir certos grupos de pessoas.

A busca pela inclusão é uma jornada contínua que requer a colaboração de indivíduos, comunidades, organizações e governos, trabalhando juntos para criar um mundo mais justo, respeitoso e solidário, onde a diversidade é celebrada e valorizada como uma riqueza essencial para o progresso humano.
Quais são os tipos de Inclusão?

A inclusão tem vários tipos para abranger diferentes áreas e contextos da sociedade, garantindo que todas as pessoas, independentemente de suas características e necessidades, sejam plenamente integradas e tenham acesso igualitário a oportunidades e recursos.

Esses tipos incluem a inclusão social, educacional, no mercado de trabalho, digital, financeira, cultural e política, abordando diversas dimensões da vida em sociedade e promovendo uma convivência respeitosa e igualitária.

Inclusão social
É o processo de integrar pessoas de diferentes origens, características e habilidades na sociedade, garantindo que todos tenham acesso aos mesmos direitos, oportunidades e serviços. Um exemplo de inclusão social é a criação de programas de assistência social para grupos vulneráveis, como moradores de rua, pessoas em situação de extrema pobreza ou refugiados, que buscam reintegrá-los à sociedade, fornecendo abrigo, alimentação e oportunidades de emprego.

Inclusão educacional
Consiste em proporcionar a todos os estudantes, incluindo aqueles com necessidades especiais, um ambiente educacional inclusivo e adaptado. Por exemplo, escolas que implementam o ensino inclusivo oferecem recursos pedagógicos e materiais que atendem às necessidades individuais dos alunos, como salas de aula acessíveis para cadeirantes, professores capacitados em educação inclusiva e uso de tecnologias assistivas para alunos com deficiência visual ou auditiva.

Inclusão no mercado de trabalho
Refere-se a criar ambientes de trabalho inclusivos, onde todas as pessoas têm oportunidades iguais de emprego e desenvolvimento profissional.

Empresas que promovem a inclusão no mercado de trabalho podem adotar práticas como programas de diversidade, treinamentos de sensibilização sobre inclusão e adaptação do ambiente físico para acomodar as necessidades de funcionários com deficiência.

Inclusão digital
Diz respeito ao acesso igualitário às tecnologias da informação e comunicação. Um exemplo de inclusão digital é a criação de sites e aplicativos acessíveis para pessoas com deficiências visuais, oferecendo recursos de leitura de tela e contraste adequado.

Além disso, a oferta de cursos de inclusão digital para comunidades de baixa renda é uma forma de garantir que todos possam se beneficiar das oportunidades oferecidas pela tecnologia.
Inclusão financeira

Busca garantir que todas as pessoas tenham acesso a serviços financeiros básicos, como contas bancárias e meios de pagamento eletrônico. Um exemplo de inclusão financeira é a oferta de contas bancárias simplificadas e isentas de taxas para pessoas de baixa renda ou que vivem em áreas rurais, onde os serviços bancários tradicionais podem não ser facilmente acessíveis.

Inclusão cultural
Envolve a valorização e promoção da diversidade cultural em todas as formas de expressão. Um exemplo é a realização de festivais culturais que celebram as diferentes tradições e costumes de grupos étnicos e religiosos presentes em uma comunidade, promovendo a convivência harmoniosa e o respeito mútuo entre as pessoas.

Inclusão política
Refere-se à participação ativa e igualitária de todos os cidadãos nos processos políticos. Um exemplo de inclusão política é a implementação de cotas para minorias étnicas ou grupos sub-representados em órgãos governamentais ou a criação de espaços de participação cidadã, como conselhos locais, para garantir que as vozes de todos sejam ouvidas nas decisões públicas.

Por que a Inclusão é importante?
Em uma sociedade inclusiva, a diversidade é reconhecida como uma riqueza, não como um obstáculo. Cada indivíduo é visto como uma peça importante no mosaico social, contribuindo com suas habilidades, experiências e perspectivas únicas.

A inclusão não se trata apenas de aceitar as diferenças, mas de promover ativamente a igualdade de oportunidades e de remover barreiras que possam impedir a participação plena de todos.

Primeiramente, a inclusão é um direito humano fundamental.

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, todas as pessoas têm direito à igualdade perante a lei e à não discriminação. A inclusão, portanto, é um imperativo moral que assegura o respeito à dignidade e aos direitos de cada indivíduo.

Além disso, a inclusão é um fator essencial para o desenvolvimento social e econômico. Quando todos têm acesso a educação de qualidade, saúde adequada, emprego digno e oportunidades de desenvolvimento, a sociedade como um todo se beneficia.

Pessoas que se sentem incluídas e valorizadas tendem a ser mais produtivas, criativas e engajadas, contribuindo para o crescimento econômico e a construção de uma comunidade mais resiliente.

Exemplo um caso de Inclusão
Um exemplo de inclusão notável é o “Caso Valentina”, ocorrido no Brasil em 2018. Valentina Muniz, uma criança de 5 anos com síndrome de Down, foi impedida de participar de uma apresentação de dança de uma escola particular em Natal, Rio Grande do Norte, sob o argumento de que sua presença poderia “atrapalhar a harmonia do grupo”.

Esse caso gerou grande repercussão nas mídias sociais e na sociedade em geral. Muitas pessoas se manifestaram em apoio à Valentina, denunciando a discriminação e defendendo o direito dela de ser incluída em atividades escolares como qualquer outra criança.

A reação pública ao caso foi extremamente positiva, e diversas instituições e pessoas se mobilizaram para apoiar Valentina e sua família. Em resposta ao ocorrido, a escola se retratou e permitiu que Valentina participasse da apresentação de dança.

Esse episódio ressalta a importância da inclusão na educação e na sociedade como um todo. Mostra como a luta pela igualdade de oportunidades e pela valorização da diversidade é fundamental para construir uma sociedade mais justa e acolhedora.

Através de casos como esse, podemos perceber que a conscientização e o combate à discriminação são passos essenciais para promover a inclusão em todas as áreas da vida.

A inclusão também é uma poderosa ferramenta para combater a exclusão social e a desigualdade. Através dela, é possível romper os ciclos de pobreza, marginalização e discriminação que afetam muitas comunidades. Ao promover a inclusão, reduzimos as disparidades e promovemos a coesão social, criando um ambiente de respeito mútuo e empatia.

Outro aspecto relevante é a construção de uma cultura de respeito e valorização das diferenças. Através da inclusão, as pessoas aprendem a enxergar além das aparências e estereótipos, reconhecendo o valor intrínseco de cada indivíduo. Isso resulta em uma sociedade mais tolerante, menos preconceituosa e mais aberta ao diálogo e à colaboração.

Por fim, a inclusão é um pilar fundamental para a construção de um futuro sustentável.

À medida que enfrentamos desafios globais, como as mudanças climáticas e a escassez de recursos, a inclusão se torna ainda mais importante. Somente com a participação de todos, podemos encontrar soluções criativas e inovadoras para os problemas que enfrentamos como sociedade global.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: fm2s/Internet

Pessoas com deficiência podem ser consideradas idosas a partir dos 50 anos

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel – Pr- Brazil)

É o que afirma projeto de lei 401/2019 que está pronto para ser votado no Plenário do Senado

O projeto de lei 401/2019 Site externo propõe que o Estatuto do Idoso reduza de 60 para 50 anos a idade para que pessoas com deficiência sejam consideradas idosas.

Também prevê que esse limite pode ser reduzido por meio de uma avaliação médica, psicológica e social. O relator na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, defende a proposta.

A ideia é estender a proteção garantida aos idosos por normas específicas, notadamente o Estatuto do Idoso, para pessoas com deficiência.

Além disso, o projeto viabiliza a aplicação de conceitos de envelhecimento ativo, minimizando os possíveis impactos negativos do avanço da idade em um grupo social subrepresentado.

O senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, relator na Comissão de Assuntos Sociais, ressalta que “o marco etário da condição de idoso será definido por avaliações individuais.

É importante que se diga, mediante avaliação biopsicossocial, multidisciplinar, da deficiência. Porque não é generalizada, é em função de pessoas”, afirma.

Conforme a deficiência, é possível considerar reduções na expectativa de vida que variam até algumas décadas para baixo, se compararmos com a média da população.

Mesmo que, de modo geral, se observe um aumento da expectativa de vida das pessoas com deficiência, estamos longe de um patamar de igualdade.

Como já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto seguirá para sanção presidencial se passar pelo Plenário do Senado.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Rádio Senado/Internet

O autismo e o orgulho

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel – Pr – Brazil)

“Se há orgulho em ser autista? É incerto dizer, pois o orgulho deveria advir do que alcançamos e não daquilo com que nascemos. Seria como ter orgulho em ser loiro”

Escrito por Beatriz Carvalho, aluna de 5º ano do Mestrado Integrado em Psicologia, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, este artigo, publicado originalmente no jornal O Público, propõe-se a discutir o dia do orgulho autista.

Ao que a palavra orgulho da data se refere? Confira na leitura:

“No dia 18 de junho celebra-se o Dia do Orgulho Autista.

Um dia dedicado à celebração da neurodiversidade e das caraterísticas únicas das pessoas com o transtorno.

Quando nos orgulhamos do autismo, estaremos a orgulhar-nos das dificuldades? Estaremos menosprezando essas características ao tomá-las como traços de identidade, esquecendo-nos da sua origem como transtorno?

Uma das premissas do Dia do Orgulho Autista é a ideia de que as pessoas com autismo não são doentes, mas sim que as suas características são únicas.

No entanto, o próprio nome de “transtorno do espectro do autista” sugere as dificuldades e sofrimento que daí advêm, sendo insensato diminuí-lo ao ponto de “particularidades do indivíduo”. Ao fazê-lo, esquecemo-nos de tudo aquilo que as pessoas com autismo atingem, apesar da sua perturbação, ignoramos todos os esforços feitos para aumentar o bem-estar e sucesso desta comunidade e diminuímos o esforço que fazem para atingir os seus objetivos, apesar das suas dificuldades.

A celebração da diferença passa por elevar os sucessos das pessoas, apesar da mesma, e não pela normalização das suas dificuldades, e aí há muitos motivos para orgulho.

Sendo o transtorno do espectro autista caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, existem vários marcos para a pessoa com autismo e para os técnicos que com ela trabalham que são motivos de orgulho.

Sempre que uma pessoa com autismo ultrapassa o sofrimento que lhe causa a interação social e interage com sucesso, sempre que consegue reunir esforços para entrar no mercado de trabalho ou ir à escola todos os dias, apesar da sua percepção do mundo ser tão diferente da nossa, há um motivo de orgulho sem igual. Sempre que alguém deixa o preconceito de lado e olha para uma pessoa com autismo como para si mesmo, há motivo de orgulho.

Não deveria ser necessário um dia do Orgulho Autista para que todos nós olhássemos para a pessoa com autismo como um ser humano com valor e motivos de orgulho. Deveria estar implícito nas regras de convivência básica. Mas se assim for necessário, que esteja sempre presente que o transtorno do espectro autista se manifesta de formas totalmente diferentes de indivíduo para indivíduo, mas não o define.

Se há orgulho em ter autismo? É incerto, pois o orgulho deveria advir do que alcançamos, e não daquilo com que nascemos. Seria como ter orgulho em ser loiro. Mas certamente há orgulho em ser humano, ter defeitos e qualidades, ser único e atingir objetivos e metas”.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Público Internet

Inclusão Social: direitos iguais a todos

CLEOdomira Santos de Oliveira (Cascavel – Pr – Brazil)

Priscilla Maria Bonini Ribeiro, Secretária de Educação do Guarujá e Conselheira Estadual de Educação de São Paulo, fala sobre acessibilidade e inclusão no País.

De extrema importância não apenas no Brasil, mas em todos os países, a inclusão social não pode existir só no papel: é preciso efetivá-la nas ruas, avenidas, postos médicos, shoppings, unidades escolares e outros ambientes. O direito de ir e vir dos cidadãos está garantido pela lei e o acesso seguro a estes lugares é essencial.

Falando em educação, como mãe, sei que os pais desejam o melhor a seus filhos, e como Conselheira Estadual de Educação, Presidente da Undime-SP Site externo e Secretária de Educação do Guarujá Site externo, tenho a certeza de que oferecer uma estrutura eficiente nas unidades de ensino transfere aos alunos especiais sentimentos como satisfação, prazer e comprometimento com o que é ministrado em sala: melhor convívio (comunicação), evolução física e intelectual, entre muitos outros benefícios.

Apesar das deficiências, é possível sim alçar voos maiores no quesito ‘promover qualidade de vida’. Na Secretaria de Educação do Guarujá, por exemplo, realizaremos em breve um concurso para tradutor intérprete de libras, ampliaremos a Sala de Recursos Multifuncional na Educação Infantil e instalaremos um driver para impressão em braile. Investimos desde sempre na inclusão social e futuramente os deficientes auditivos, físicos e visuais contarão com uma estrutura ainda maior. Este deve ser o espírito!

Você já observou a sua cidade como um todo?

É possível notar, quando damos a devida atenção, espaços completamente inadaptados, nos quais cadeirantes não conseguem circular ou possuem enorme dificuldade para isso. Já se imaginou nessa situação?

Antes de pensar em melhorias, é necessário conversar com estes indivíduos. São eles que passam dificuldades no cotidiano quanto à acessibilidade e podem nos auxiliar nas mudanças.

Com esta postura, otimizamos ações e reduzimos gastos, afinal, podemos pensar, por exemplo, que elevadores aos cadeirantes são melhores – dependendo, claro, da quantidade de andares, mas estes podem preferir as rampas. Ou seja, a conversa é crucial.

Ouça o que o outro tem a dizer e viabilize, assim, ações inteligentes. Note as carências do ambiente que o ronda. Muitas vezes o diretor ou proprietário do espaço (seja ele hospital, galeria, restaurante) pode não ter pensado no assunto, mas quando ouve o seu ponto de vista, leva em consideração e o adapta, promovendo consequentemente a inclusão social.

Crianças especiais merecem acompanhamento digno, pois com profissionalismo, amor e afeto todas as diferenças são superadas. Pense nisso. Todos podem colaborar, inclusive você.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Internet