Por que é tão urgente falar sobre inclusão social e acessibilidade?

CLEOomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Você sabia que, de acordo com o último censo demográfico realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2010, pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência? Isso representa 24% da população do nosso país. Mais do que tudo, essa é uma questão de inclusão social.

Em números absolutos, é uma quantidade de pessoas que equivale ao total de habitantes de grandes países como Colômbia e Espanha, por exemplo

Uma realidade social pouco divulgada mas que está presente todos os dias em nossas famílias, escolas, trabalho e nas ruas de nossas cidades.

Antes de tudo, segundo o texto da 1ª Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, aprovado pela Assembleia Geral da ONU em 2006, PcD é o indivíduo que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, pode ter obstruída sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Existem diversos tipos de deficiências reconhecidas pelas leis. As mais comuns são: deficiência física, deficiência visual, auditiva, intelectual, psicossocial e deficiência múltipla, em que o indivíduo pode possuir duas ou mais combinadas.

Além disso, há também as deficiências ocultas, que não são facilmente percebidas à primeira vista, como baixa visão, dificuldades de aprendizado, TDAH e autismo.

Em 2020 foi aprovado o Projeto de Lei (PL) 5.486/2020, que oficializa o uso de uma fita com desenhos de girassol como símbolo de identificação para pessoas com deficiências ocultas.

Desde 1991, as empresas com mais de 100 colaboradores devem empregar pessoas com deficiência, conforme a Lei de Cotas 8.213/91.

Apenas em 2002 a Libras (Língua Brasileira de Sinais) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão, por meio da Lei nº 10.436.

Tendo em vista todos esses avanços citados acima, ainda existe um longo caminho para ser trilhado rumo a uma sociedade inclusiva e justa que abrace essa parcela tão significativa do Brasil. Afinal, antes de se falar sobre políticas públicas, esse é um assunto que alcança os corações de milhões de pessoas.

Leia mais: Faculdade Única garante atendimento gratuito de fisioterapia para os pacientes das UBS’s de Ipatinga

Acessibilidade e Inclusão Social: Um assunto que toca

Falar sobre inclusão social é, antes de mais nada, falar sobre um tema que vai muito além de meras estatísticas. Trata-se de uma questão que influencia diretamente a vida de muitas pessoas: tanto aquelas com deficiência (PcD) quanto suas famílias, e também o Sistema Educacional Brasileiro.

Wanilda Varela é educadora há mais de 20 anos. Atualmente é coordenadora do NAPSI (Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Social) da Faculdade Única. Seu currículo engloba experiências em diversas áreas do conhecimento: Psicologia, Psicopedagogia, Neuropsicologia, entre outras. No entanto, sua vivência juntamente a pessoas com deficiência está entrelaçada por uma razão que vai muito além de qualquer grade curricular.

“Meu tempo trabalhando com PcDs é de mais de duas décadas. Mas pessoalmente falando, estou nessa causa desde que eu nasci porque tenho uma irmã com deficiência. Eu sempre estive enraizada nessa questão da pessoa com deficiência, porque vivo isso na pele”, conta.

Vania Coelho tem uma trajetória parecida. Já são décadas de estrada atuando na área do serviço social. Inicialmente como estagiária, ela se desdobrava entre o trabalho de auxílio no Conselho da Mulher e a criação de seus filhos.

O primeiro contato da Vania com PcDs foi em 2007, quando viu na igreja de sua mãe um grupo de surdos se comunicando em uma linguagem que até então era completamente nova para ela: a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Desde então, a vida dela nunca mais foi a mesma.

“Penso que quando você se envolve de verdade, acaba aderindo à causa. Comigo foi assim. Hoje em qualquer lugar que vou, uma das primeiras coisas que observo é se esse lugar possui acessibilidade para todas as pessoas. Quanto mais o tempo passa, mais me envolvo. Não tem volta!”, explica.

A trajetória profissional da Vania Coelho comprova que em determinados momentos não somos nós que escolhemos nossas áreas de atuação, mas são elas que nos escolhem. Nesses casos, a nobreza de ser útil se torna mais importante do que o prestígio.

“Não faço nada para ser admirada, é só uma realidade que está ao nosso lado e a maioria das pessoas não enxergam”, completa.

Quem também teve seu primeiro contato com pessoas com deficiência no ambiente religioso foi Cristiane Campos. Ao perceber uma intérprete de língua de sinais traduzindo o culto na Igreja Presbiteriana, aquilo a chamou atenção. Esse foi o ponto de partida para uma vida inteira dedicada à causa da inclusão social.

“Meu primeiro contato com a libras foi em 2008 na IPB do bairro Bom Jardim, onde eu moro.

Lá na igreja mesmo eu fiz um curso básico, mas nada como profissão. Comecei a interpretar cobrindo professores que saíam de férias e em 2017 tive minha primeira experiência como intérprete de sala de aula, aqui na Faculdade Única”, relembra.
Educação Inclusiva no Vale do Aço

Com tanto tempo envolvida no campo educacional, é possível realizar uma análise mais aprofundada sobre a situação atual da inclusão social e acessibilidade.

Cristiane Campos recorda-se da época em que era aluna e compara esse período com o atual cenário da educação básica.

“Em 2000 eu estudava na escola e a minha turma tinha um aluno surdo. Ele não tinha intérprete e precisava fazer a leitura labial do professor para conseguir acompanhar a aula. Hoje, graças ao avanço das leis, os estudantes com deficiência possuem intérpretes e são acompanhados todos os anos”, elucida.

Wanilda compartilha da mesma visão que Cristiane no que tange ao ensino de base para pessoas com deficiência.

“Acho tão bonito quando vejo nas escolas as crianças sem deficiência ajudando os coleguinhas que elas têm. Antes os pais nem queriam que esses alunos estudassem na mesma sala, no entanto, atualmente tivemos, sim, uma evolução”.

Contudo, de acordo com a educadora, a questão da inclusão social e da acessibilidade ainda tem um percurso bem longo a percorrer no universo do trabalho e no ambiente acadêmico.

“Penso que as PcDs continuam ocupando cargos mais simples no mercado de trabalho. Na minha opinião, quando se trata de nível superior, acho que estamos ainda engatinhando”, completa Wanilda Varela.

Nesse sentido, além de todos os obstáculos sociais que uma pessoa com deficiência precisa vencer todos os dias, a colocação profissional também tem se mostrado outro importante entrave na vida de quem não tem outra opção senão lutar.

“As legislações avançaram bastante, mas temos muito a evoluir. Mesmo tendo leis, muita gente ainda procura brechas para gastar menos ou contratar menos”, argumenta Vania.
Por que falar sobre inclusão social e acessibilidade no campo acadêmico é tão importante?

É muito difícil definir com precisão histórica quando começou, mas nossa sociedade contemporânea atravessa por um período que podemos chamar de “Era da Informação”.

Steve Jobs, fundador da Apple, uma das maiores companhias do planeta, reforça esse novo paradigma quando diz que “a tecnologia move o mundo”. Esses avanços abalam todas as esferas da sociedade, desde o que se conhece sobre trabalho até discussões que passam pela ética das relações humanas.

Nesse sentido, nada melhor do que falar sobre evolução de políticas públicas para pessoas com deficiência, uso de tecnologias assistivas e educação, no maior contexto que existe de produção de conhecimento: o ambiente acadêmico.

É apostando nisso que Cristiane Campos espera que o Mês da Inclusão Social e Acessibilidade alcance o seu objetivo, deixando um legado efetivo na construção de um futuro mais otimista.

“Quando os alunos chegam até a sala de aula na faculdade, eles estão dispostos a aprender algo. Porém, muitos deles nunca tiveram contato com uma pessoa com deficiência. Nosso objetivo com o Mês da Inclusão Social e Acessibilidade é gerar uma inquietação”, define.

Ou seja, é por meio dessa inquietação intelectual que as programações da Faculdade Única visam concluir sua missão: promover igualdade. “Pessoas com deficiência não são limitadas, mas, sim, diferentes. E cada uma merece ser tratada levando em conta suas especificidades”, reforça Cristiane.

Wanilda também mostra muita empolgação com a proximidade dos eventos do mês de setembro, reafirmando o compromisso da Instituição de Ensino Superior (IES) com sua responsabilidade social.

“Sou muito feliz por trabalhar na Faculdade Única, porque aqui não estamos apegados a leis, mas sim ao desenvolvimento das pessoas, sejam elas com deficiência ou não. No nosso seminário teremos ótimos profissionais que virão como palestrantes para nos auxiliar neste caminho que estamos percorrendo na educação para a pessoa com deficiência”, conta.

Dessa forma, as programações do Mês da Inclusão Social e da Acessibilidade não são voltadas apenas para os alunos da Faculdade Única. Colaboradores da IES e professores da rede pública de ensino da região também podem participar do evento, contribuindo com esse importante movimento que começa a partir do dia 5 de setembro.
Normal é ser diferente

O olhar preconceituoso e distante da realidade de 45 milhões de brasileiros, enxerga a pessoa com deficiência de forma discriminatória. De cima pra baixo. Com desdém. Esse mesmo olhar presunçoso, porém, se faz limitado demais ao não perceber sua própria feiura em julgar sem conhecer.

Segundo Wanilda Varela, o que uma pessoa com deficiência tem de mais bonito “é a sua verdade. Sua luta. Porque a maioria das pessoas se acostumam com sua zona de conforto, mas as PcDs nunca estão”.

Já para Vania Coelho, a maior beleza de uma PcD está “na felicidade incomparável de estar viva”. Cristiane Campos complementa destacando a resiliência. “Ela não se limita. Ela não vê em si uma deficiência, mas sim uma característica – a capacidade de não se contentar com o mínimo -, ela sempre corre atrás do mais”, destaca.

Por fim, vai ver, o olhar de uma pessoa com deficiência sobre a vida é o correto. Esse, que prioriza a perseverança, a paciência, a entrega.

Esse olhar que iguala pessoas e respeita as diferenças. Pois como diz Antoine Saint-Exupéry, escritor francês, “o essencial é invisível aos olhos. Só se enxerga bem com o coração”.

Edição: CLEOomira Soares dos Santos
Fonte: Grupo Prominas/Internet
ares

Como surgiram as ONGs no Brasil?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

O surgimento das (ONGs) Organizações Não Governamentais, teve origem a partir de diversos contextos históricos e sociais.

A primeira menção a ONGs remonta ao Conselho Econômico Social da ONU, em 1940, demonstrando um interesse inicial em abordar questões humanitárias e sociais de maneira não governamental.

Logo após a Segunda Guerra Mundial as ONGs surgiram com mais força especialmente no contexto de amparo e acolhimento social.

Com o mundo em reconstrução e um crescente reconhecimento da importância da solidariedade global, diversas organizações surgiram para enfrentar desafios humanitários e sociais emergentes.

Na era moderna, as ONGs evoluíram e diversificaram suas áreas de atuação.

Surgiram organizações focadas em questões ambientais, combate ao preconceito (como racismo e LGBTfobia), direitos das pessoas com deficiência, posicionamentos políticos e uma gama de outras causas.

No Brasil, o surgimento das ONGs aconteceu em paralelo.

Contudo, um ponto de inflexão ocorreu durante a ditadura militar, quando as ONGs se estabeleceram como defensoras dos direitos humanos e da democracia, assumindo um papel crítico na luta contra o regime autoritário.

As Instituições religiosas desempenharam um grande papel no surgimento das ONGs. Sua relação foi fundamental para fornecer doações e realizar ações filantrópicas voltadas para crianças, pessoas desabrigadas e distribuição de alimentos.

Com as constantes mudanças da sociedade, as ONGs também mudaram seu foco, atuando em questões como política, impactos ambientais e políticas públicas.

Movimentos que apoiam os direitos dos trabalhadores rurais sem terra, a luta pela igualdade LGBTQIAPN+, o combate à fome e a defesa da democracia ganharam espaço nas agendas das ONGs.

Por volta dos anos 60 e 70, a fundação das ONGs se basearam nos métodos do pedagogo Paulo Freire, que enfatizavam a educação como ferramenta de empoderamento.

Dessa forma foram criados os centros de educação popular que buscavam trazer educação e conscientização à sociedade brasileira.

Nos anos 90 houve um novo marco no mundo das ONGs brasileiras.

Com a democracia bem estabelecida, as lutas sociais seguiram seus próprios caminhos.

De acordo com estudos do IPEA, a maioria das ONGs brasileiras foi criada nessa década.

As ONGs são organizações essenciais para a sociedade, pois atuam em diversas áreas, suprindo lacunas deixadas pelo poder público e pela iniciativa privada.

Elas contribuem para a promoção da justiça social, da equidade, da proteção ambiental e do desenvolvimento sustentável.

No Brasil, as ONGs desempenham um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Elas atuam em áreas como assistência social, educação, saúde, meio ambiente e direitos humanos.

Em âmbito internacional, as ONGs também têm um papel importante na promoção da paz, da democracia e da proteção dos direitos humanos.

Elas atuam em diversas regiões do mundo, apoiando comunidades vulneráveis e promovendo a mudança social.

As ONGs são organizações dinâmicas e inovadoras, que estão sempre buscando novas formas de contribuir para a sociedade.

Elas são um exemplo de como a sociedade civil pode se mobilizar para promover o bem comum.

Além de doar dinheiro para as ONGs, existem outras formas de apoiar o seu trabalho. Você pode:

Voluntariar-se para uma ONG que atua em uma área que você acredita.

Divulgar as atividades das ONGs para seus amigos e familiares.
Falar sobre a importância das ONGs nas redes sociais e em conversas com outras pessoas.

Ao apoiar as ONGs, você está ajudando a construir um mundo melhor.

Fazer o bem faz bem.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Proago/Internet

A importância da inclusão em diferentes tipos de ambientes

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Entenda a importância de incluir diferentes pessoas em diferentes setores da sociedade, como escola e trabalho.

No âmbito social, ser incluído significa, antes de tudo, sentir-se acolhido, pertencer a um grupo e ter acesso aos mesmos direitos e oportunidades.

Para a inclusão na prática, o indivíduo não pode sentir que precisa modificar suas características pessoais para se integrar aos demais.

Entenda abaixo a importância da inclusão de todos os tipos de pessoas nas escolas, universidades, empresas, programas de aprendizagem, entre outros.

A diversidade é um componente intrínseco da natureza humana.

Cada pessoa possui suas características próprias que a tornam diferente das demais, única e especial.

Dessa forma, não devemos anular qualquer distinção entre as pessoas, mas incluir as especificidades de cada uma em âmbitos coletivos de convívio.

Muitas vezes, as diferenças são erroneamente consideradas como um limite e um defeito. No entanto, elas são qualidades e fatores importantes para o enriquecimento de qualquer grupo.

Assim, se as diferenças fossem reduzidas ou eliminadas, assistiríamos a um empobrecimento da diversidade e riqueza da humanidade, ou seja, daquelas características únicas que cada pessoa possui.

A inclusão na prática não discrimina ou exclui uma pessoa por conta de alguma característica sua.

Alguns dos principais motivos de exclusão são:

raça;
gênero;
cultura;
religião;
orientação sexual;
limitação física ou mental.

A inclusão social é uma questão fundamental na construção de uma sociedade diversa e igualitária.

Ela garante que todos, independentemente de suas características, tenham respeitados os seus direitos à educação, saúde, trabalho, entre outros.

A inclusão ajuda a enriquecer o espaço onde estamos.

Por exemplo, em uma empresa com pessoas diversas, a tendência é obter melhores resultados justamente porque cada um tem pensamentos e vivências diferentes que podem acrescentar ao grupo.

Inclusão na educação

Naturalmente, a escola, universidade e outras instituições de ensino têm um papel fundamental no ensino sobre acolher o outro, reconhecer e valorizar as diferenças e trabalhar em equipe.

A educação inclusiva pode prevenir a discriminação e o abuso, além de garantir a todos as mesmas oportunidades de participação na vida em comunidade.

Inclusão no trabalho

No mercado de trabalho, a inclusão deve garantir condições de trabalho justas e favoráveis, incluindo igualdade de oportunidades e de remuneração para todos, conforme suas competências e não de acordo com gênero, religião, idade, orientação sexual, entre outras.

Além disso, a inclusão no trabalho não pode acontecer só no dia a dia. Desde o momento da contratação, é necessário não discriminar a pessoa por qualquer característica que possua.

A inclusão é um processo contínuo e diário. Não basta integrar as diversidades, é preciso dar espaço à riqueza das diferenças, adaptando, de tempos em tempos, os ambientes e as práticas a partir das características específicas de cada um.

Entender a importância da inclusão é uma postura imprescindível para o mercado de trabalho.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: CIEE-PR/Internet

Como as entidades sociais podem contribuir para a inclusão social e diversidade.

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Diversidade e inclusão social nem sempre estiveram entre os assuntos mais abordados pela sociedade.

Nos dias de hoje, podemos ver a importância e a necessidade de trazer essa pauta para discussão.

Com as redes sociais, o acesso à temática se tornou mais visível e fortalecida com grandes propagadores da causa.

Atualmente, falar de inclusão social e diversidade nos traz a consciência de um passado não muito distante, onde a inclusão não existia e pessoas consideradas diferentes eram marginalizadas e excluídas do ambiente à sua volta.

Um dos maiores estudiosos de inclusão social no Brasil, o assistente social Romeu Kazumi Sassaki, diz que a inclusão social é “um processo bilateral no qual as pessoas ainda excluídas e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.”

Isso significa que todos podem se envolver em diversas ações que contribuem para a diversidade e inclusão. As ONGs empenham um importante papel na na criação de ambientes igualitários e acessíveis.

Elas trazem a inclusão social no dia a dia através da conscientização e defesa de direitos de grupos marginalizados, lutando pela igualdade, oferecendo programas educacionais, apoio psicossocial, refúgio a desabrigados e projetos comunitários a populações carentes.

Conheça algumas das ONGs que atuam no nosso ecossistema e que vem incentivando a propagação da inserção da individualidade e geração de oportunidades de sucesso a minorias:

Cora

Em busca de trazer sucesso, a Cora é uma Organização sem fins lucrativos que visa promover o acesso à educação de qualidade e boas condições para usufruir do ensino escolar para mulheres negras ingressarem em universidades.

Assim quebrando paradigmas impostos pela sociedade.

Civito

Criada no ano de 2020, a Civito é uma Organização sem fins lucrativos que busca promover um mundo justo, com acesso à educação de qualidade e cultura, a fim de gerar um futuro promissor ao seu público.

Suas principais ações fortalecem projetos nas áreas de educação, assistência social, direitos humanos e cultura.

As ONGs trazem visibilidade e inclusão a diversas causas, trazem empoderamento, oportunidades de melhor qualidade de vida e incentivo a ajudas filantrópicas na vida de jovens e adolescentes, nos ajudando a reconhecer e a respeitar as diferentes manifestações que moldam a identidade do nosso povo e mostrando a verdadeira relevância que cada um tem dentro das influências sociais.

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Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: propago/internet

Retrospecto histórico da pessoa com deficiência na sociedade

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Nos primórdios da humanidade não havia ainda meios de registros escritos, a respeito de como eram as condições de existência das pessoas com deficiência, pois em grande parte das sociedades primitivas os enfermos e as pessoas com deficiência eram mortos ou abandonados. Não se tem informação exata a respeito de como viviam os homens neste período histórico ou como os deficientes eram considerados na sociedade.

Se o que sabemos a respeito da vida humana na pré-história é pouco, menos ainda se sabe a respeito da existência ou não de pessoas com deficiências nesse período histórico da humanidade. Contudo, a história nos indica que o abandono era provavelmente a prática mais comum.

A deficiência vista no Egito Antigo

No Egito Antigo, a pessoa com deficiência integrava-se nas diferentes e hierarquizadas classes sociais (faraó, nobres, altos funcionários, artesãos, agricultores, escravos), as pessoas com nanismo não tinham qualquer impedimento físico para as suas ocupações e ofícios, principalmente de dançarinos e músicos. Os anões eram empregados em casas de altos funcionários, situação que lhes permitia honrarias e funerais dignos. No Antigo Egito os papiros contendo ensinamentos morais ressaltam a necessidade de se respeitar as pessoas com nanismo e com outras deficiências.

A deficiência na Grécia Antiga

Em Atenas, na Grécia Antiga, os recém-nascidos com alguma deficiência eram colocados em uma vasilha de argila e abandonados. Grandes pensadores como Platão em seu livro “A República” e Aristóteles no livro “A Política”, trataram do planejamento das cidades gregas indicando que as pessoas nascidas com problemas deveriam ser eliminadas. A eliminação era por exposição, abandono ou atiradas de uma cadeia de montanhas na Grécia. O extermínio de crianças com deficiências era tão comum que, mesmo os maiores filósofos da época estavam de acordo com tal costume.

Já em Esparta, onde o cidadão pertencia ao Estado, os pais tinham o dever de apresentar seus filhos perante os magistrados em praça pública, às crianças com deficiências eram consideradas subumanas, o que legitimava sua eliminação ou abandono, atitudes perfeitamente coerentes com os ideais atléticos e clássicos que serviam de base à organização sociocultural dos espartanos.

Dentre os poetas gregos o mais famoso é Homero que, pelos relatos, era cego e teria vivido em época antes de Cristo e escreveu os belos poemas de Ilíada e Odisseia. Homero era cego e ninguém pensa em se referir a ele como Homero o ceguinho, e sim se referem a Homero como um grande poeta, o maior poeta de todos os tempos, assim se diz, mas o fato de ser cego não é significativo era um fato e ponto.

Em Roma as leis não eram favoráveis às pessoas que nasciam com deficiência, aos pais era permitido matar as crianças com deformidades físicas pela prática do afogamento ou abandonavam seus filhos em cestos no Rio Tibre, os sobreviventes eram explorados nas cidades ou passavam a fazer parte de circos para o entretenimento dos homens ricos.

O cristianismo e a relação com a deficiência

Quando surgiu o cristianismo ainda no Império Romano a doutrina combateu, dentre outras práticas, a eliminação dos filhos nascidos com deficiência, nesse período é que surgiram os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes e pessoas com deficiências.

No início da idade média, os deficientes físicos e mentais eram frequentemente vistos como possuídos pelo demônio e eram queimados como as bruxas. A população ignorante encarava o nascimento de pessoas com deficiência como castigo de Deus.

Os supersticiosos viam nelas poderes especiais de feiticeiros ou bruxos. As crianças que sobreviviam eram separadas de suas famílias e quase sempre ridicularizadas, a literatura da época coloca os anões e os corcundas como focos de diversão dos mais ricos.

A segregação de pessoas com deficiência

Depois passou a ser uma prática comum na sociedade feudal a segregação das pessoas com deficiências em hospitais ou asilos. Nos primeiros séculos da idade média, estas instituições eram mantidas basicamente pela Igreja. Apesar da existência dos hospitais e asilos, eles não eram em número suficiente para atender a todos, por isso muitos ficavam perambulando pelas ruas ou eram aceitos por algumas famílias por motivos supersticiosos ou ainda serviam como bobos da corte.

Na Idade Moderna ocorreu a passagem de um período de extrema ignorância para o nascer de novas ideias. Nos séculos XIV, XVI e XVIII ocorreram grandes transformações marcadas pelo humanismo. Gerolamo Cardomo (1501 a 1576), médico e matemático inventou um código para ensinar pessoas surdas a ler e escrever, por meio de sinais.

Esse método contrariou o pensamento da sociedade da época que não acreditava que pessoas surdas pudessem ser educadas. No Século XV o reformador religioso Martinho Lutero afirmava que as pessoas portadoras de deficiência não possuíam natureza humana e eram usadas por maus espíritos, bruxas, fadas e duendes e costumava dar ordem de afogar crianças com deficiência mental.

Durante os séculos XVII e XVIII houve grande desenvolvimento no atendimento às pessoas com deficiência em hospitais. Havia assistência especializada em ortopedia para os mutilados das guerras e para pessoas cegas e surdas. Philippe Pinel (1745-1826) explicou que pessoas com perturbações mentais devem ser tratadas como doentes, ao contrário do que acontecia na época, quando eram trados com violência e discriminação.

No século XIX Louis Braille (1809- 1852) criou o sistema de escrita “BRAILLE” usado por pessoas cegas até os dias de hoje. Foi no Século XIX com os reflexos das ideias humanistas da Revolução Francesa que se percebe que as pessoas com deficiência não só precisavam de hospitais e abrigos, mas de atenção especializada. É nesse período que se inicia a constituição de organizações para estudar os problemas de cada deficiência.

A visão do Brasil na época do Imperador Dom Pedro II

No Brasil o Imperador Dom Pedro II (1840-1889), cria o Imperial Instituto dos Meninos Cegos atualmente Instituto Benjamin Constant, três anos depois em 26 de setembro de 1857, o Imperador funda o Imperial Instituto de Surdos Mudos atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES, que passou a atender pessoas surdas de todo o país, a maioria abandonada pelas famílias.
No Século XX por volta dos anos de 1902 até 1912, já começavam a perceber que as pessoas com deficiência precisavam participar ativamente do cotidiano e integrarem-se na sociedade.

Como exemplo de pessoas com deficiência pode-se citar:

Luís de Camões (1524 a 1580), o poeta de “Os Lusíadas”, perdeu a visão de um dos olhos, em batalha no Marrocos.
Galileu Galilei, físico, matemático e astrônomo, em consequência de seu reumatismo, ficou cego nos últimos anos de sua vida, mas ativo em suas pesquisas científicas.
Situação semelhante foi vivida pelo astrônomo alemão Johannes Kepler (1571 a 1630), que tinha deficiência visual e desenvolveu estudos sobre o movimento dos planetas.
O 32º Presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, que era paraplégico, embora não gostasse de ser fotografado em sua cadeira de rodas, contribuiu para uma nova visão da sociedade americana e mundial de que a pessoa com deficiência, com boas condições de reabilitação, pode ter independência pessoal.

O impacto da sociedade

Historicamente os indivíduos com deficiência têm sido caracterizados por diversos paradigmas no decorrer da história os quais resistem ao longo dos séculos, tendo provocado consequências históricas, pois é mais fácil prestar atenção aos impedimentos e às aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas.

A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade, essas pessoas sempre foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.

Atualmente o que se percebe é que mesmo com avanços significativos no que se referem a questões sociais, políticas e legais as pessoas portadoras de deficiência ainda continuam à margem da sociedade, sendo taxados como incapazes e improdutivos chamados por nomes pejorativos como: coitadinhos, pobrezinhos e tantos outros.

Na realidade, o processo de inclusão vai muito além da inserção de alunos com deficiência na escola dita regular ou na reserva de um percentual de vagas em concursos públicos a serem ocupadas por candidatos com deficiência.

É necessário que seja exigida uma mudança na estrutura social vigente, no sentido de se organizar uma sociedade que atenda aos interesses de todas as pessoas indiscriminadamente. Dessa forma, lutar a favor da inclusão social deve ser responsabilidade de cada um e de todos coletivamente.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: portal da educação/Internet

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A importância da acessibilidade nas academias e como se adequar

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

A acessibilidade nas academias é muito importante, porque permite que as Pessoas com Deficiência (PCD) possam viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social.

A importância da acessibilidade nas academias e como se adequar

A Lei Brasileira de Inclusão, juntamente com a ABNT 9050/2015 garantem o direito à acessibilidade às pessoas com deficiência física, auditiva, visual ou com mobilidade reduzida. Promover a acessibilidade é um dever em ambientes públicos ou privados e isso inclui as academias.

Uma academia adaptada promove o direito às pessoas com deficiência de participarem de atividades comuns da forma como elas desejarem, além de ampliar seu público no espaço de saúde física.

Para você entender melhor a importância da acessibilidade e como adequá-la em sua academia, continue a leitura do nosso blog!

Por que toda academia precisa ser adaptada?

A percepção de que as pessoas com deficiência devem ter os mesmos direitos do que todas as outras, inclusive às atividades físicas, fez com que parques, quadras e academias passassem por adaptações.

Os ganhos de condicionamento físico, fortalecimento da musculatura e desempenho são os pontos mais importantes para a reabilitação e adaptação física de pessoas com dificuldades de locomoção, por exemplo.

Os espaços de exercícios não devem apenas adaptar a sua estrutura física, mas também, trazer profissionais especializados em orientar as PCDs.

Como garantir acessibilidade nas academias?

Para uma pessoa com deficiência é muito importante estar em ambientes adaptados, como por exemplo, um banheiro exclusivo para cadeirantes. Isso não só garante a segurança do cliente, mas também o espaço que ele frequenta.

Mas, não adianta fazer um local adaptado, se a PCD não conseguir se deslocar adequadamente até ele.

Por exemplo, para um(a) cadeirante andar em linha reta, a passagem mínima para a cadeira de rodas é de 90 centímetros, sendo que, para fazer uma curva de 90 graus, é necessário um espaço de 1,20 m, e para uma curva de 180 graus, é necessário no mínimo um metro e meio.

No caso da rampa de acesso, há uma tabela de inclinação versus desnível a ser vencida. Essa inclinação varia de 5% a 8,33%.

Os balcões de atendimento também devem ser adaptados, contendo uma parte mais baixa, com espaço para as pernas do cadeirante. Além disso, deve ser prevista uma porta de acesso, pois a catraca é inviável.

Para deficientes visuais, indicações em braile e piso tátil são fundamentais, além de profissionais especializados nas academias para orientar adequadamente os exercícios.

A acessibilidade também é um instrumento necessário para a eliminação das barreiras sociais, que impedem o exercício de direitos por parte das pessoas com deficiência. É através da acessibilidade que todos podem e devem se inserir na sociedade em suas diversas áreas, como educação, trabalho, lazer etc.

Por isso, ao abrir um espaço, como academias, as primeiras providências a serem tomadas são se informar e garantir os direitos de acessibilidade a todos e todas.

O que adaptar nas academias para garantir a acessibilidade da pessoa com deficiência?

Adaptar a acessibilidade nas academias permite que pessoas com alguma deficiência ou mobilidade reduzida sejam incluídas em atividades comuns e socializantes.

Para isso, é preciso buscar conhecimento prático das técnicas e normas, e um profissional da área, como um arquiteto, que respeite as características e normas no desenvolvimento da estrutura adaptativa do espaço.

Pensando nisso, listamos alguns itens importantes para a adaptação de uma academia:

Estacionamento

Instale placas verticais com indicação para deficientes e pessoas com mobilidade reduzida. Ofereça condições para que essas pessoas se sintam bem recebidas em sua academia.

Calçadas de acesso

Como primeiro passo nas calçadas de acesso, coloque rampas auxiliares sempre com orientação profissional. Assim, cadeiras de rodas ou pessoas com muletas entram na academia com facilidade.

Piso

O piso deve ser modificado para garantir segurança e guias aos deficientes visuais. São placas, normalmente de material antiderrapante, que indicam os caminhos livres na academia, evitando acidentes. Lembre-se também de garantir profissionais especializados na orientação e acompanhamento dos exercícios.

Vestiários exclusivos

Nos vestiários feminino e masculino deve haver barras de metal para que as pessoas possam se apoiar. É muito importante lembrar do espaço reservado para cadeira de rodas, muletas ou andadores, que são utilizados pelas pessoas com deficiência.

Portas

As portas, principalmente as dos banheiros, devem possuir sinalização visual e tátil com altura (A) entre 1,20 m e 1,60 m em plano vertical na parede adjacente à porta.

Sanitários de uso restrito

Veja também se os sanitários de uso restrito possuem um dispositivo de emergência perto do boxe. O mictório também deve ter barras de apoio.

Bancadas

As bancadas também precisam ser adaptadas com pelo menos uma barra posicionada nas extremidades e ter uma alavanca na torneira.

Quais equipamentos são necessários nas academias com maior circulação de pessoas?

Além das adaptações mencionadas acima, é importante utilizar equipamentos capazes de oferecer acessibilidade nas academias a todas as pessoas com quaisquer tipos de deficiência.

Veja a lista que separamos para você:

Corrimãos nas rampas de acesso

As rampas precisam ter corrimãos circulares com altura mínima de 5 cm, e faixa de piso tátil de alerta de início e fim.

Plataforma de acessibilidade

As plataformas de acessibilidade são aquelas capazes de transportar bens e pessoas na vertical, como as acopladas em escadas. O equipamento facilita o deslocamento entre dois níveis distintos que pode ser instalado no interior ou no exterior da sua academia.

Instale elevadores

Uma academia, que tenha mais de um andar, deve ter elevadores que garantam o acesso das pessoas com deficiência. A cabine precisa ter largura de 90 cm e comprimento de no mínimo 1,40 m. A porta deve ter visor, com largura mínima de 60 cm, e borda inferior, de altura entre 30 cm e 90 cm do piso.

Profissionais qualificados

Ter profissionais da educação física especializados nas deficiências físicas é de suma importância. Isso porque, cada aluno terá a orientação e avaliação física adequada nos exercícios adaptados a sua deficiência, além de terem segurança e conforto no local que frequentam.

Não ao capacitismo

O Capacitismo é o preconceito ou discriminação por parte de alguém que duvide, ou desmereça, da capacidade de pessoas com deficiência em realizar ações comuns do cotidiano.

Como traz o Grupo Conduzir, o Capacitismo é considerado crime, previsto na lei brasileira de inclusão L13146:

“Art. 4º: Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.”

Existe ainda o capacitismo estrutural: aquele que está há muito tempo na sociedade, em que muitas pessoas, por exemplo, infantilizam a pessoa com deficiência ou a enxergam como exemplo de superação em tudo que faz.

Que possamos, através da acessibilidade, conscientizar a respeito do capacitismo em todos os espaços, incluindo nas academias, para que esse preconceito seja extinto, e que todas as pessoas tenham direito à saúde física e em todos os lugares.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte:As ferramentas do Sistema SCA também te ajudam a ter facilidade em mostrar que a sua academia oferece acessibilidade a todos(as) alunos(as). Faça um teste grátis agora
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Respeito às diferenças e o desenvolvimento de uma cultura de diversidade e inclusão na empresa

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Toda empresa que tiver a pretensão de demonstrar um modelo moderno de gestão, com toda certeza deve partir da demonstração da inclusão da diversidade aos seus clientes internos e externos. A diversidade tem revolucionado o mercado, uma vez que, quando a empresa garante equipes com pessoas de diferentes orientações ideológicas e histórias de vida, além de condições sociais, de gênero e físicas, ela abre uma porta importante para um universo de possibilidades de desenvolvimento de novos conhecimentos e diferenciais.

Para que tenhamos inovação, é preciso ter a cultura da diversidade como parte estratégica de uma organização, na qual deve estar presente a cultura organizacional da empresa.

Pensar diferente e trocar experiências em um ambiente de trabalho é muito saudável e motivador. Pode ressignificar e transformar seu negócio! Contudo, esta nova cultura deve ser construída de forma gradativa. É preciso fazer com que todos se engajem e, principalmente, mantenham o diálogo aberto, pois, somente assim é possível garantir a execução das ações necessárias e o atingimento positivo dos resultados.

A cultura da diversidade deve ser abraçada por todos os setores e processos da empresa. Quanto mais líderes envolvidos e engajados existirem, melhores serão os resultados. Como toda ação dentro de uma empresa, o desenvolvimento da cultura da diversidade deve ser alicerçado nos valores universais e com definição de resultados, afinal, deve se manter um monitoramento, visando à manutenção constante desta nova atitude/cultura.

Desenvolver um projeto de cultura organizacional engajado na diversidade é um desafio, mas tudo começa com o planejamento e é preciso que os valores determinados sejam praticados por todos. Sempre deve ser considerada a questão inclusive do layout do ambiente de trabalho, gestão justa de cargos e salários, promover oportunidades e muito mais.

Uma grande porta de entrada seria a formação de um Comitê de Diversidade e Inclusão. Quanto mais profissionais estratégicos forem envolvidos, maior será o respeito à integridade humana e a justiça social. Este comitê seria responsável desde o planejamento até a previsão e monitoramento de atingimento de metas que sejam compreensíveis e relevantes.

Portanto, incentivar o respeito às diferenças e desenvolver uma cultura de diversidade e inclusão na empresa perpassa pela definição de perfis funcionais baseados na diversidade, na promoção de processos seletivos mais justos, no desenvolvimento de grupos de apoio à diversidade, no desenvolvimento de ações contínuas que promovam a educação e o diálogo, no desenvolvimento de critérios de validação dos resultados, no reforço do trabalho junto às lideranças, na criação de uma estrutura de comunicação interna, na otimização do ambiente de trabalho com foco na diversidade e, acima de tudo, na constante promoção de capacitações em prol da diversidade.

Variar perspectivas
Ter maior criatividade
Ter maior inovação
Ter uma resolução mais rápida de problemas
Ter uma posição melhor para tomada de decisões

Esses com certeza são benefícios em um ambiente de trabalho com diversidade!

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: *Cris Baluta é CEO Roadimex Ambiental, co-Founder Instituto SER Ser (Sustentabilidade, Engajamento e Realização) e conselheira e coordenadora do GIEMA + SG – Grupo de Intercâmbio de Experiências em Meio Ambiente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

Adaptações razoáveis no local de trabalho das Pessoas com Deficiência

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Existem hoje uma grande variedade de pessoas no mundo, e quando no trabalho podemos estar com muitas situações que adaptações razoáveis será um fator crucial para que a inclusão se torne viável, já que podem ter clientes externos e internos com alguma deficiência.

A necessidade de adaptações razoáveis como um meio para eliminarmos barreiras, principalmente nos locais de trabalho, é citada inúmeras vezes no texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), adotada em 2006 pela Assembleia Geral da ONU (NAÇÕES UNIDAS, 2006),

Brasil participa da Conferência da ONU sobre Direitos da Pessoa com Deficiência
Delegação brasileira é liderada pelo pelo secretário-executivo do Ministério dos Direitos Humanos, Engels Muniz, na 11ª Conferência de Países Signatários da Convenção da ONU (COSP)

Por exemplo, no Preâmbulo da CDPD, os Estados Partes, “reconhecendo a importância da acessibilidade aos meios físico, social, econômico e cultural, à saúde, à educação e à informação e comunicação, para possibilitar às pessoas com deficiência o pleno gozo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais (item v)”, se declaram “convencidos de que uma convenção internacional geral e integral para promover e proteger os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência prestará significativa contribuição para corrigir as profundas desvantagens sociais das pessoas com deficiência e para promover sua participação na vida econômica, social e cultural, em igualdade de oportunidades, tanto nos países em desenvolvimento como nos desenvolvidos (item y)” (grifos do autor do texto original.

A CDPD defende o desenho universal como o principal critério a ser utilizado no planejamento e execução dos referidos ajustes e modificações, definindo-o como “a concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados, até onde for possível, por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específico. O desenho universal não excluirá as ajudas técnicas para grupos específicos de pessoas com deficiência, quando necessárias” (Artigo 2).

Os Estados Partes se comprometem a “realizar ou promover a pesquisa e o desenvolvimento de produtos, serviços, equipamentos e instalações com desenho universal (…), que exijam o mínimo possível de adaptação e cujo custo seja o menor possível, destinados a atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência, a promover sua disponibilidade e seu uso e a promover o desenho universal quando da elaboração de normas e diretrizes” (Artigo 4, item f).

Encontramos no Artigo 5, item 3, a garantia de que “a fim de promover a igualdade e eliminar a discriminação, os Estados Partes adotarão todas as medidas apropriadas para garantir que a adaptação razoável seja oferecida”.

O objetivo das adaptações razoáveis é tornar acessíveis para as pessoas com deficiência os ambientes, os equipamentos e as ferramentas de trabalho. A acessibilidade constitui um dos princípios da CDPD (Artigo 3, item e).

De acordo com o Artigo 27, item 1-i, “os Estados Partes adotarão medidas para “assegurar que adaptações razoáveis sejam feitas para pessoas com deficiência no local de trabalho”.

A primeira lei federal a incorporar os principais ditames da CDPD, inclusive as adaptações razoáveis, é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que as trata em diversas partes (BRASIL, 2015), e também tem a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou em 2017 dois documentos que abordam exaustivamente a questão das adaptações razoáveis no local de trabalho (OIT, 2017a; OIT, 2017b).

As adaptações razoáveis

O termo e o conceito adaptações razoáveis apareceram pela primeira vez na Lei dos Direitos Civis (GOVERNO DOS EUA, 1968), mas fora do contexto da pessoa com deficiência. Este conceito, já em relação às pessoas com deficiência no contexto do mercado de trabalho, foi inserido na Lei de Reabilitação de 1973 (GOVERNO DOS EUA, 1973), dos EUA, mais especificamente na Seção 503 (Ação Afirmativa) e na Seção 504 (Discriminação).

É aqui oportuno repetir a definição dada pelo Artigo 2 da CDPD para adaptações razoáveis: São as modificações e os ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso (Brasil, 2007).

Gopal Pati e Glenn Morrison (1982) publicaram, na revista Harvard Business Review, um artigo sobre adaptações razoáveis à luz da Lei de Reabilitação Profissional (GOVERNO DOS EUA, 1974), e da Lei de Educação para Todas as Crianças com Deficiência (GOVERNO DOS EUA, 1975). Estes autores concluem que, com pouco custo e esforço, empresas no início da década de 80 conseguiram fazer adaptações razoáveis nas seguintes áreas:

Seleção de pessoal (p.ex.: funcionário de recursos humanos lia as questões para candidatos cegos; outro escrevia as respostas dadas por candidatos que possuíam mãos sem funcionalidade);
Locais de trabalho (p.ex.: supervisores mudaram leiaute dos armários de arquivos, ampliaram áreas de acesso físico, adaptaram controles de equipamentos para serem operados com a mão ou o pé, instalaram telefones com teclas (na época eram comuns os telefones com disco);

Recintos (p.ex.: empresa instalaram rampas e corrimãos);

Esquemas de trabalho (p.ex.: empresa ajustou horários de trabalho para pessoas com deficiência evitarem congestionamento no trânsito ou comparecer a consulta/tratamento programado, tomar remédios. Em certos casos, pessoa com deficiência trabalhava parte da semana na empresa e parte no domicílio);
Reestruturação do trabalho (p.ex: supervisor modificou as atribuições de certas funções para que funcionário com deficiência pudesse desempenhá-las sentado, quando tradicionalmente eram realizadas em pé, ou algumas atribuições foram trocadas com outro empregado);

Ajudas técnicas (p.ex.: mais e mais empresas já estavam investindo em tecnologias para viabilizar o desempenho de funções por empregados com deficiência);

Ledores e intérpretes (p.ex: um empregado cego necessitou uma pequena parte do tempo de empregado não-cego para ouvir as instruções sobre o seu trabalho. Um empregado surdo precisou comunicar-se em língua de sinais com empregado não-surdo, com ou sem intérprete;

Política flexível (p.ex.: empresa adotou licença administrativa ou licença não-remunerada para o empregado receber treinamento sobre ajudas técnicas ou para aprender novas atribuições ou funções);
Designação e treinamento em nova função (p.ex.: empregados que adquiriram uma deficiência pós-acidente ou pós-doença ocupacional puderam ainda ser uma força produtiva na empresa por terem recebido treinamento para novas funções);

Transporte (p.ex.: supervisores puderam ajudar empregados com deficiência a chegar ao serviço provendo-lhes vagas reservadas no estacionamento próximo à empresa, organizando esquemas de carona e apoiando autoridades na disponibilização de ônibus adaptados).

E sua empresa, está preparada?

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: Categories: 2023, Surdos, Trabalho Agradável, Tradutor de Libras Tags: Acessibilidade, Inclusão Social, Inclusão Social de pessoas com Deficiência, Inclusão Social e Acessibilidade, Surdos, Surdos no trabalho Leave a comment=21 de maio de 2023

Telemedicina em Libras

CLEOdomira Soares dos Santos (Cascavel Pr Brazil)

Apesar da lei que reconhece a Língua Brasileira de Sinais – Libras como ‘meio legal de comunicação e expressão’ completar 21 anos em 2023, os surdos e outras pessoas com algum tipo de deficiência auditiva ainda enfrentam muitos desafios e obstáculos no país, mesmo na hora de acessar os serviços básicos do dia a dia. Pensando nisso, a Help24 (Plataforma de telemedicina) disponibilizará, de maneira inédita e pioneira no país, teleconsultas para pacientes surdos com a ajuda de um interprete de Libras.

“Teremos o primeiro plano de saúde do Brasil com total acesso aos 10 milhões de usuários que dependem da de libras no país. Será um marco para a comunidade surda e um feito histórico para a medicina no quesito inclusão social”, explica Ronnie Girardi, CEO da RG Holding. A Help24 faz parte do conglomerado de 5 Health Techs da RG Holding, sendo uma das maiores empresas do país em saúde digital, com mais de 1 milhão de consultas realizadas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5% da população brasileira possui algum tipo de deficiência auditiva, e parte dela usa a Libras como auxílio para comunicação. O número representa 10 milhões de pessoas no país, sendo que 2,7 milhões delas não ouvem nada. De acordo com uma estimativa da Organização Mundial da Saúde, 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez no planeta até 2050.

A falta de acessibilidade e de profissionais capacitados acabam tornando o hábito de cuidar da saúde ainda mais desafiador para essa comunidade. As principais queixas incluem a falta de intérpretes e de informações em formatos acessíveis. Além disso, os deficientes auditivos enfrentam também barreiras físicas ao acessar serviços de saúde, pois muitos hospitais e clínicas não contam com estruturas e sinalizações adequadas.

“Diante dessas dificuldades, é fundamental que os planos de saúde ofereçam soluções e profissionais capacitados para promover a inclusão social de pessoas com deficiência auditiva“, ressalta Girardi.

O empresário destaca, ainda, a importância da telemedicina nos dias de hoje, em especial para as pessoas com dificuldade de locomoção ou que moram em áreas remotas.

“A telessaúde é um exemplo de como a tecnologia pode transformar a maneira como cuidamos do nosso bem-estar. Na Help24, uma plataforma de telemedicina que reúne especialistas de diversas áreas, a gente disponibiliza assistência imediata e sem precisar sair de casa, além de ter uma rede conveniada de farmácias, laboratórios e clínicas que oferecem descontos aos nossos clientes.

Em resumo, utilizamos a tecnologia para garantir o atendimento de forma rápida, a qualquer momento do dia e em qualquer lugar“, finaliza Girardi.

Edição: CLEOdomira Soares dos Santos
Fonte: Lucas [email protected]/Internet

Qual a capital mais acessível do Brasil?

Gilson de Souza DANIEL (Cascavel Pr Brazil)

Guiaderodas realiza estudo de acessibilidade através das avaliações em seu App
Pulicado em 13//09/2023

Um estudo recente reuniu dados do país inteiro e ordenou nossas cidades de acordo com a quantidade de estabelecimentos friendly para cadeirantes e demais pessoas com deficiência física.

O levantamento foi feito a partir do Guiaderodas — uma espécie de TripAdvisor da acessibilidade —, onde o usuário empresta sua percepção para avaliar a acessibilidade dos locais que frequenta.

Do total de avaliações realizadas no aplicativo ao redor do Brasil, as 5 capitais brasileiras com mais estabelecimentos avaliados como acessíveis foram:

São Paulo, com um índice de acessibilidade em 62%;
Curitiba, com 58% dos estabelecimentos acessíveis;
Porto Alegre vem logo atrás, com 52%;
Rio de Janeiro fica em 4º, com metade das avaliações positivas;
Belo Horizonte fecha o ranking acessível, com 44%.

No quesito lazer… Menos da metade dos restaurantes brasileiros foi classificada como acessível dentro da plataforma. Pensando em baladas e casas noturnas, fica um pouco pior: apenas 37,6%.

O relatório informou que cerca de 1/3 das avaliações foi feito por usuários do aplicativo que declararam utilizar cadeira de rodas. É quase meio milhão de avaliações catalogadas pela ferramenta.

A população com deficiência no Brasil foi estimada em 18,6 milhões pessoas, o que corresponde a 8,9% da população maior de 2 anos de idade. Isso sem falar nos idosos, que representam mais de 30M e também carecem de acessibilidade.

Zoom out: À medida que os consumidores da Gen Z buscam marcas alinhadas a suas causas, questões como a acessibilidade passam a se tornar um diferencial competitivo no mercado. Caso queira ajudar a causa neste Setembro Verde, você pode avaliar aqui.

Edição: Gilson de Souza DANIEL
Fonte: The News